I just want you for my own. escrita por Jiggle Juice


Capítulo 1
'Cause I just want you here tonight.


Notas iniciais do capítulo

Então nós unimos o útil ao agradável. Fazia séculos que eu estava devendo uma fanfic Elsanna para a Babi (Cerejas Vermelhas), então aproveitei meu espírito natalino e insônia para escrever esta one cheia de fluffy.
Espero que goste :)



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ÁRVORE DE NATAL

— Você sabe que sou uma rainha, certo? Que tenho responsabilidades?

— Não seja chata – Anna puxou sua irmã Elsa pelo braço, sorrindo para duas criadas que passavam no largo corredor com toalhas de linho nos braços – O Conselho poderá cuidar do reino sem você por algumas horas, tenho certeza. Além do mais, nada em Arendelle é decidido sem sua aprovação, então relaxe.

— Eu tenho negócios a resolver, Anna. Southern Isles insiste em querer retornar parceria com Arandelle. Eles acham que me mandar presentinhos vai me fazer esquecer o que Hans fez. E estou prestes a assinar um acordo com Northern Isles. Eles são mais ricos em agricultura do que nós.

— Isso tudo é realmente muito interessante, Elsa – Anna disse distraidamente, nunca parando de andar.

— Isso tudo é sério. Anna? Será que você poderia... Ugh, pra onde estamos indo? Por que você me trouxe até à sala da lareira?

Anna soltou o braço de Elsa, indicando para que ela entrasse na sala. A rainha assim o fez e as inúmeras caixas espalhadas pelo chão chamaram sua atenção.

— O que é tudo isso?

Anna sorriu e juntou as mãos, animação transbordando ao seu redor.

— Você sabe em que época do ano nós estamos?

— ... Inverno?

— E o que é que tem no inverno?

— ... Neve?

— E o que é que vem com a neve?

— ... Frio?

— Pelos céus, Elsa! Natal! Nós estamos na época do Natal! – Anna exclamou, apertando o tecido de seu vestido roxo – Faltam exatamente vinte dias para o Natal e o palácio ainda não tem nenhuma decoração! Os moradores da vila já fizeram isso na semana passada e nós também temos que fazer!

— Oh, sim. Natal... – Elsa olhou para as caixas novamente, percebendo do que se tratava – Você quer decorar o castelo?

— Sim, por favor!

— Tudo bem, você quer que eu chame os criados para te ajudar?

— Não. Quer dizer, sim, também, mas não. Não agora. Não exatamente.

— Você precisa ser um pouquinho mais específica.

— Claro que precisaremos dos criados para decorar o castelo, esse lugar é gigantesco, mas agora só precisamos do... – Anna andou em direção à porta, indicando-a com os braços – Gordon!

Um homem rechonchudo puxava um pinheiro de dois metros de altura para dentro da sala, resfolegando enquanto seus dedos tentavam se firmar ao redor do enorme vaso de cerâmica em que a árvore estava plantada.

— Você pode deixar aqui, Gordon. Ao lado da lareira – Anna indicou ao homem, praticamente pulando de excitação.

— Muito obrigada, Gordon – Elsa agradeceu ao criado, que murmurou algumas palavras atrapalhadas e fez uma reverência nervosa antes de sair do local.

— Os criados são apaixonados por você – Anna comentou com um risinho, ganhando um sorriso de Elsa em resposta – Pronto, agora que a árvore está aqui, nós podemos montá-la.

— Nós?

— Nós.

— Nós quem?

— Nós, eu e você. Elsa e Anna. Princesa e Rainha. Nós.

— Anna...

— Elsa – A princesa a interrompeu – Eu sei que você tem responsabilidades e que é uma mulher ocupada. Sei disso. Mas a última vez que comemoramos o Natal juntas foi a anos atrás, quando ainda éramos crianças. Nós somos adultas agora e eu mal me lembro de nossa infância. E por causa disso eu quero construir novas memórias. O Natal sempre foi a minha época do ano favorita, mas eu nunca pude aproveitá-lo de verdade. E agora que você está aqui, que nós estamos aqui, eu gostaria de poder consertar isso.

Elsa não soube o que dizer durante alguns instantes. A culpa a atingiu como um soco no estômago. Pensar que sua irmãzinha havia passado Natais sozinha – talvez chorando e se lamentando – quebrava seu coração. Sabia que ela havia colocado Anna naquela posição – deixa-la solitária por tantos anos – e que não queria que aquilo se repetisse. Respirou fundo, colocando as mãos na cintura.

— O que estamos esperando para decorar esta árvore?

Anna exclamou em felicidade e foi saltitante até sua irmã mais velha, abraçando-a com firmeza.

— Obrigada, obrigada, obrigada!

Elsa sorriu com Anna pendurada em seus ombros, sentindo a respiração quente de sua irmã na lateral de seu pescoço. A alegria que Anna exalava era algo fascinante para ela.

E não pôde deixar de notar que sua pele estava, mesmo que minimamente – dentro de seus parâmetros de Rainha da Neve –, cálida com a aproximação de Anna.

Elsa a afastou.

— Vamos decorar esta árvore, sim? Sei que você está se contorcendo de vontade – A voz de Elsa era divertida enquanto ia de encontro às caixas de enfeites.

— Sim! Eu estou tão empolgada! – Anna saltitou para onde sua irmã estava, pegando uma bola vermelha e brilhante – Quando foi a última vez que decoramos uma árvore, Elsa? Há mais de dez anos, com certeza. Eu lembro, mesmo depois de todo esse tempo, de como nós tínhamos essa árvore enorme que ficava no salão de bailes. Era tão grande que fazia essa daqui parecer um filhotinho. E então a gente, eu você e mamãe e papai, ficávamos horas decorando porque era simplesmente tão grande que não dava para fazer assim, de uma hora pra outra. Acho que tem uns enfeites aqui que são dessa época, não é? Disso eu não me lembro direito, faz tanto tempo. Já disse que estou empolgada? Eu estou tão empolgada!

A animação de Anna era realmente adorável, fazendo com que Elsa não conseguisse segurar uma leve risada.

Mesmo sendo mulher feita, Anna ainda exalava um brilho infantil que a fazia parecer pura e inocente. Era como se não houvesse maldade em nenhum de seus atos, em nenhum de seus gestos. Elsa achava admirável como a felicidade de sua irmã mais nova poderia ser contagiante.

Tinha absoluta certeza que seus pais estariam orgulhosos da mulher que Anna havia se tornado.

Elsa.

— Sim? – A Rainha foi despertada de seus devaneios, encontrando Anna com fitas coloridas nas mãos e um laço dourado no topo da cabeça.

— Você não está ajudando – Ela estreitou os olhos. Parecia ridiculamente adorável rodeada de todos aqueles artigos de decoração – Você disse que ajudaria e não está ajudando.

— Certo, certo. Me desculpe – Elsa sorriu para sua irmã e tirou o laço de seus cabelos loiros-avermelhados, colocando-o depois em um lugar qualquer da árvore – Viu? Estou ajudando.

— Hm. Seja uma boa irmã e continue a enfeitar a árvore.

Elsa sorriu novamente, maravilhada.

Se ser uma boa irmã faria Anna tão feliz daquela maneira, ela definitivamente seria a melhor irmã de todas.

SUÉTERES DE NATAL/ CHOCOLATE QUENTE

— Por que você está vestindo Olaf?

— Você gostou?

— Eu ainda estou decidindo.

— Eu sei que não é uma obra prima, mas quando eu estava no vilarejo, falando com Mira, Olaf apareceu e implorou para que ela o fizesse no suéter e depois implorou para que eu usasse e eu simplesmente não conseguir negar – Anna suspirou, olhando para o suéter de lã com o bordado meio desfigurado de Olaf – Mira não é muito boa com desenhos vivos.

— Acho que ela se esforçou.

— Sim, mas Olaf nem ao menos notou. Quer dizer, ele ficou tão feliz com o resultado que eu fiquei com medo que ele derretesse.

— Isso não vai acontecer. Eu apliquei um feitiço nele.

— Foi uma metáfora.

— Oh.

— Enfim, Mira pode não ser boa com desenhos vivos, mas ela é boa com natureza morta. Por isso – Anna colocou os braços que estavam escondidos em suas costas na frente de seu rosto e estendeu-lhe um suéter azul com flocos de neve brancos –, yay, esse é pra você! O seu está uma gracinha e é super preciso e conveniente, você não acha?

— E presumo que você quer que eu o vista.

— Eu adoraria.

Anna sentiu o sorriso animado congelar em seu rosto quando Elsa começou a se despir das diversas camadas de vestido que usava, as sedas caindo com suavidade sobre seus pés. Apertou a gola do suéter com força quando só lhe restava às roupas íntimas cobrindo o corpo de curvas delineadas e pele leitosa. Quase parou de respirar por um momento quando Elsa caminhou até ela, tomando a peça de roupa em suas mãos, encostando na ponta dos dedos da mais nova.

Anna desviou o olhar, piscando rapidamente e inspirando até que seus pulmões estivessem cheios de ar.

— Certo, o que você acha? – Sua irmã mais velha perguntou e Anna sentiu que precisava de mais uma generosa lufada de oxigênio.

O suéter ia até a metade de suas coxas, as mangas escondiam suas mãos, mas as pernas longas e esguias estavam expostas, tornando-se um alvo muito fácil para a atenção de Anna.

— Está... Ótimo – A Princesa demorou alguns segundos para responder.

— Tem certeza...? – Elsa a olhou de maneira curiosa – Você não parece ter certeza.

— Tenho certeza absoluta. Está ótimo, ótimo mesmo, ótimo de verdade. Super lindo. Parece confortável. É confortável? O meu é confortável. Pode não ser bonito, mas é bem confortável. O seu é confortável?

— Sim... É bastante confortável – Elsa franziu a testa adoravelmente, estranhando o comportamento de sua irmã – Está tudo bem?

— Tudo radiante como o Sol – Seu tom de voz foi exageradamente alegre, quase psicótico – Sabe do que a gente precisa? – Decidiu abandonar o assunto da melhor maneira que podia – De chocolate quente! E sabe o que eu tenho aqui? – Anna caminhou até a penteadeira de Elsa, que não havia notado uma bandeja de prata sob duas canecas de porcelana – Chocolate quente!

— Wow, nem me lembro há quanto tempo não tomo chocolate quente – Elsa suspirou quando Anna lhe entregou uma das canecas. Havia pequenos marshmallows boiando na superfície.

— Não é mais chocolate quente, já que seu quarto é um absurdo de frio. Chocolate morno, eu diria.

Elsa sorriu e foi então que Anna notou o quão perto elas estavam.

Não moveu um centímetro para criar algum espaço.

— Obrigada – A voz da Rainha era suave, mas transbordava sinceridade – Não só por isso, mas... Por tudo. Obrigada, Anna.

— Não precisa agradecer – Anna sentia-se tremendamente emocionada naquele momento. Ela segurou a barra do suéter de Elsa, a textura macia da lã em suas digitais – Combina com seus olhos. Azuis, quero dizer.

— Com os seus também.

VISCOS

Havia um visco a cada metro quadrado. Talvez dois, em lugares onde o teto do palácio fosse um pouco mais baixo. No batente das portas, no topo das janelas, grudado em uma altura considerável na parede, na árvore de Natal montada na sala da lareira e na do salão de bailes. Era como uma pequena floresta dentro de seu próprio castelo.

— Você não acha que exagerou um pouco?

— Claro que não! Viscos são importantes, Elsa. Se vamos fazer essa grande ceia, precisamos incentivar ao amor. E quer amor mais natalino do que beijar alguém embaixo de um visco?

— Você deve ter acabado com a plantação de viscos do continente.

— Okay, quem está sendo exagerada agora? – Anna sorriu travessa, piscando para sua irmã – Mas admita, é uma boa ideia. Você terá esse monte de gente vindo do nosso vilarejo e nobres de reinos distantes. Pode imaginar a quantidade de beijos de amor verdadeiro que teremos sob esses viscos? Muitos! Essa noite vai ser o começo de vários relacionamentos bonitos e duradouros, tenho certeza que sim.

— Você é uma eterna otimista, huh? – Elsa sorriu.

— Não é questão de ser otimista. Eu só acredito que tudo pode ser feliz. Que todos possam ser felizes.

— Isso é otimismo.

Certo, eu sou otimista. O que eu posso fazer? Está enraizado dentro de mim.

— Eu acho maravilhoso – Elsa beijou a bochecha de sua irmã antes sair pelos corredores para checar se tudo estava pronto para a festa.

— Sim – Até sussurrou para si mesma, parada no meio do salão de bailes. Tocou o local onde os lábios da Rainha tocaram – É maravilhoso.

– - - - - - - - - - - -

— Viu só? – Anna disse em um tom sugestivo, cutucando as costelas de Elsa com o cotovelo – Eu disse que funcionaria.

— Eu acho que nunca vi tantos casais se beijarem ao mesmo tempo como vejo agora – Elsa parecia impressionada.

— Não é simplesmente lindo? Todos parecem estar tão felizes. E, em minha humilde opinião, eu acho que fica tudo mais bonito ainda com esses enfeites e atmosfera natalina. Quem aqui você acha que vai se casar? Eu aposto naquele príncipe do cabelo legal que eu não sei o nome com a Lee de nosso vilarejo. Eles são de mundos diferentes, mas ficam absolutamente perfeitos juntos.

— Eu não diria casamento, mas sim, eles formam um belo casal. Devo nomeá-la cupido oficial do Reino de Arandelle, Anna?

— Seria bastante apropriado – Anna riu, contemplando todos os casais sob viscos no salão – Hey, eu quase me esqueci – A Princesa voltou sua total atenção para a irmã mais velha – Preciso te dar seu presente.

Anna não esperou por uma resposta e segurou a mão de Elsa, puxando-a para fora do tumulto romântico que era o salão de bailes naquele momento.

— Está aqui dentro, embaixo da árvore. Você sabe, tradição de Natal – Anna vasculhou seu vestido, procurando pela chave da porta da sala da lareira – Só um minuto, eu já te dou o seu presente – Procurou pela terceira vez em seu corpete, onde deixara a chave, mas não a encontrou – Ugh, eu perdi a chave. Temos que pedir para algum dos criados abrir a porta. Ou você teria uma chave extra? Porque eu sei que não tenho. Elsa? O que você está olhando?

— Estamos debaixo de um visco – A Rainha murmurou, observando o visco preso ao batente da porta de madeira maciça.

— Oh... Sim... Nós-Nós estamos – Anna olhou para o visco e então para Elsa, que estava tão próxima como quando lhe deu o suéter.

— O que você havia dito sobre relacionamentos bonitos e duradouros?

— Eu não t-tenho certeza – Anna sentia-se hipnotizada pelos olhos azuis de Elsa, encarando-a com uma intensidade que jamais vira. Sem perceber, deu um passo para frente e tocou seu ombro.

Anna não podia deixar de notar em como os lábios de Elsa estavam excepcionalmente vermelhos naquela noite e como as maçãs de seu rosto pareciam delicadamente rubras. Sua pele aparentava estar mais pálida, mas havia um brilho sobre Elsa que tudo o que Anna podia fazer era admirá-la – e tentar não parecer tão patética enquanto o fazia.

A Princesa não fazia ideia de quem havia tomado iniciativa, mas, quando se viu, lá estava ela, com os lábios grudados nos de Elsa, sua língua encontrando-se pela primeira vez com a da mais velha. Seus braços estavam ao redor de Elsa, que tinhas as mãos firmes na cintura de Anna – levemente trêmula pela adrenalina que percorria seu corpo.

Quando se separaram, Anna estava certa de que não havia ar suficiente. Anna olhou em íris azuis cintilantes e depois para lábios que pareciam ainda mais vermelhos do que antes. Sentiu vontade de beija-la outra vez.

— Este foi o meu presente? – A voz de Elsa era deliciosamente arrastada.

— Não... Mas certamente foi o meu – Anna estava sem fôlego.

— Feliz Natal – Elsa tocou sua têmpora, arrastando os dedos até o queixo.

Anna não se preocupou em responder e beijou-a novamente.

Sim, era um feliz Natal.


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Notas finais do capítulo

Sooooooo whaddya think? ;)
Só espero que você se lembre desse meu singelo presente da próxima vez que for fazer alguma coisa sobre Bellex, Bárbara (deixe-me feliz).
Feliz Natal pra todo mundo. Muita comida, dinheiro e orgasmos na vida de vocês ( ´ ▽ ` )ノ
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