Segure minha mão escrita por NT


Capítulo 50
Capítulo 50


Notas iniciais do capítulo

Oi Bonitas, atrasei de novo mas estou aqui agora haha
Ai gente, estamos chegando no final, não sei se choro ou se abro um sorriso haeuehae :p
Mas não vou enrolar, então:

Boa Leitura e Divirtam-se!



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Capítulo 50 — Casa comigo?

 

Gabriel

 

Ela abriu a porta e nós nos beijamos. Nos beijamos com tanto amor, com tanta saudade que eu não tenho palavras para descrever, foi o melhor beijo da minha vida. Conheci o Matheus, ele é tão bonito, puxou a Luiza, mas tem uma cara de sapeca que eu poderia jurar que é meu filho. Mas isso não importa, ele vai ser meu filho, porque sou em quem vai educá-lo, que vai ensinar a pegar as menininhas, que vai ensinar a surfar, a andar de bicicleta, de carro, sou eu quem vai levar ele para passear, quem vai curar os machucados e quem vai curar o coração quando ele se apaixonar, eu vou cuidar dele sempre, como se fosse meu menininho.

Luiza foi fazer uma xícara de chocolate quente, abracei ela lá na cozinha e depois voltei para a sala, Matt dormia como um anjo, peguei ele com cuidado em meus braços e levei para o quarto. Era uma sensação tão boa. Coloquei-o no berço e quando virei Luiza estava na porta emocionada.

Fizemos amor no chão da sala, perto da lareira. Como era bom ter ela em meus braços outra vez, como era bom sentir que ela ainda era minha e saber que o nosso amor é tão verdadeiro que nunca morreu. Depois fomos para a cama, dormimos agarradinhos, que saudade que eu senti de dormir assim com ela.

De manhã ela acordou e foi fazer mamadeira para o Matt, depois veio deitar de novo e nós fizemos amor mais uma vez.

Ficamos um tempo nos olhando nos olhos após nos amarmos, eu sorri. Como era bom tê-la de volta, era como se toda minha vida, minha vontade de viver tivesse voltado. Ela passou a mão no meu rosto e eu segurei.

— Você está usando o anel? — falei olhando o dedo dela. O anel que eu havia dado a ela estava lá.

— Eu nunca tirei. — ela disse e sorriu.

— Eu também não. — Peguei no anel que estava no meu dedo. — Luiza, eu não fiz aquilo. — Ela botou o dedo na minha boca.

— Não importa, eu te amo e nada vai mudar isso.

— Idem.

— Sabe... aquela noite... foi... muito especial. — ela disse gaguejando.

— Como assim? — nós havíamos feito amor no jardim do salão, e sim, aquilo foi muito bom e especial... mas a nossa noite também foi estragada...

— Aquela noite, você me deu a maior alegria da minha vida.

Eu ainda não estava entendo.

— Matt vai fazer quatro anos em setembro. — Ela disse e sorriu.

Quatro anos? Mas... mas... em dezembro... espera aí... Sentei na cama.

A formatura foi no final de dezembro. Janeiro, fevereiro, março, abril, maio, junho, julho, agosto... setembro... nove meses depois dela ter ido embora...

— Você está dizendo que eu... eu... sou o pai do Matt? — Perguntei emocionado.

Ela sorriu emocionada.

— Ele... ele é meu filho? Meu menininho? — Falei com uma lágrima caindo.

— Ele é seu filho, é nosso filho. Aquela noite...

— Eu estava sem camisinha...

— E você me deu o maior presente da minha vida.

— Meu filho! — Levantei da cama e fui até o bercinho.

Matt já estava esfregando os olhos, segurei ele no ar e fiquei olhando, aquele rostinho, aqueles olhos, até a cara de sapeca, tudo tinha um pouco de mim nele, eu vi, logo que cheguei, logo que o vi, ele é meu filho!

— Papai! — Ele disse rindo e parecia surpreso.

— Papai? — Falei sem conter minhas lágrimas.

— Mamãe, é o papai em tamanho grande? — Ele disse todo inocente e eu e Luiza rimos.

— É, Matt, é o papai! Eu sempre mostrei fotos suas para ele. — Ela falou sorrindo.

— Meu menininho! — Abracei ele, e ele sem entender, ou talvez entendendo me abraçou também.

Luiza veio até nós enrolada no lençol. Passei uma mão pelo corpo dela e na outra fiquei segurando Matt, eu e ela nos beijamos e Matt ficou olhando. Depois de alguns segundos ele botou suas mãozinhas pequenas nos nossos rostos.

— É assim que se faz tá filhinho? — Eu falei dando um selinho na Luiza.

— Já está querendo ensinar ele a pegar mulher? — Ela disse rindo.

— Claro! Já perdi quase quatro anos! Vou ter que começar rápido. — Falei rindo.

— Meninas. — Ele disse todo manhoso com um sorriso safado igual ao meu.

— Ih... já vi tudo... coitada das menininhas que estão nascendo por ai nesses últimos anos..

— Ele vai ser pegador.

— Só espero que não seja irritante como pai. — ela disse e mordeu o lábio.

— Só espero que não seja bravo como a mãe. — falei e nós dois lembramos o dia em que nos conhecemos.

— É só ele não ser metido!

— Nem ser mandão!

— Nem manhoso!

— Tá bom, tá bom... eu me rendo...

— Mas ele pode ser lindo e perfeito como você.

— E lindo e perfeito como você. — imitei ela.

— Se ele for lindo e perfeito como eu, as meninas vão fazer filas e mais filas...

— Convencida. — selei ela.

— Aprendi com você! — rimos.

Passamos a manhã inteira agarradinhos com Matt olhando uns desenhos animados e fazendo folia.

A tarde também ficamos juntinhos, fomos dar uma volta na cidade e passamos na galeria, alguns quadros já haviam sido vendidos e a galeria estava com um bom público. O estúdio a Lu só abriria em alguns dias.

Quarta-feira ela tinha que ir trabalhar e eu fiquei com o Matt, só começaria a trabalhar na segunda, então eu aproveitaria ao máximo o tempo com meu filhinho. Levei ele ao parquinho e fiquei brincando com ele, depois fui para a praia, porque filho meu aprende a surfar desde moleque!

Brinquei um pouco com ele na água e mais tarde fomos saindo da areia. Vi Cecilia parada no quiosque, ela me viu e veio em minha direção.

— Oi, Gabriel! — Ela disse e sorriu.

— Oi. — sorri. — Matt, da oi para a tia.

— Oi, tia. — ele disse envergonhado.

— Quem é esse menininho lindo? Oi! — ela disse e pegou na bochecha dele.

— É meu filho. — Falei orgulhoso.

— Filho? — Ela estranhou.

— Aquela noite da formatura... a Luiza engravidou... Matt vai fazer quatro anos em setembro. — Falei beijando a testa dele.

— Sério? Ai meu deus, eu quero me matar! Eu não acredito que separei você dele! Meu Deus eu nunca vou me perdoar! — Cecilia falou tapando a mão com a boca, ela parecia muito constrangida.

— Tudo bem, Cecilia, o que importa é o agora.

— Obrigada, Gabi... mas... eu queria tanto poder fazer alguma coisa para mudar aquilo!

Eu pensei um instante e disse:

— Quer me ajudar de verdade?

— Sim!

— Diga a Luiza que aquela noite foi uma armação, diz para ela que eu não a traí. Ela já me perdoou, mas eu quero que ela saiba que não aconteceu nada entre nós dois.

— Eu vou fazer isso sim. Onde posso encontrar ela?

— Ela abriu uma galeria...

— Ah, eu sei onde é. Minha prima mora no prédio da frente e me contou que abriu lá.

— Se quer mesmo me ajudar e ter o meu perdão absoluto, diga a verdade a ela.

— Eu vou falar, hoje mesmo. E, mais uma vez, me perdoe. — Ela disse e deu um beijinho no rosto de Matt, depois foi embora.

Fui para casa com Matt, dei banho nele e ficamos esperando a Luiza, as sete e trinta ela chegou.

— Oi meus cheirosos! — Ela deu um selinho em mim e um beijo em Matt.

— Mamãe! — Ele pulou nela.

— Oi amor. — Selei.

— Amor... a Cecilia... ela esteve na loja hoje.

— É?

— É. E ela me disse toda a verdade. — Luiza abaixou a cabeça.

— Ei — levantei a cabeça dela — é passado.

— Mas eu errei... fui burra...

— Não foi não, se eu tivesse visto o que você viu, talvez tivesse feito pior.

— Mas... — Botei o dedo da boca dela.

— Passou. O que importa é o nosso presente e o nosso futuro. — Dei um beijo nela.

— Você não existe. — Ela disse sorrindo.

Abracei ela e ficamos nos beijando até Matt nos cutucar.

— Filho ciumento. — Falei passando a mão nos cabelos dele.

— Igual ao pai. — Ela sorriu.

— Nem sou ciumento.

— Imagina... — Ela fez biquinho e eu beijei ela.

Luiza foi tomar banho e eu preparei a mamadeira do Matt.

— Amor, quero te mostrar umas coisas. — Ela disse me abraçando na cozinha.

— Sobre?

— Seu filho, o nascimento dele.. os primeiros passos. — Ela sorriu e eu também.

— Você gravou tudo?

— Sim.

— Ah, vamos ver logo então! — falei feliz, não acredito que eu vou poder ver tudo isso!

Fomos para a sala e começamos a assistir aos vídeos. Luiza estava deitada no meu colo e Matt na frente dela. Eu fazia carinho em seus cabelos enquanto assistia emocionado o nascimento dele, os primeiros passos, as primeiras palavras, não segurei minhas lágrimas, eu chorei de emoção.

— Desculpa ter tirado isso de você. — ela disse triste.

— Eu já disse para você esquecer isso que passou, você me deu o melhor presente da minha vida, e o que importa é o que vamos fazer daqui para frente.

— Eu te amo tanto.

— Idem.

Matt já dormia, levei meu filhão para a cama e depois eu e a Luiza fomos dormir.

Os dias estão passando rápido, já comecei a trabalhar na construtora e estou indo muito bem.

Junho passou, julho passou, agosto passou. Estamos em setembro, dia doze é o aniversário do meu filhão e nós estamos preparando uma festa para ele.

Vai ser agora sábado na casa dos pais da Luiza. Convidei todo mundo já, meu filhão vai fazer quatro aninhos. Já está virando um homenzinho.

Era sexta-feira, eu e Luiza estávamos correndo com os preparativos, almoçamos juntos para ver algumas coisas ainda... Vou fazer uma surpresa para ela.

Sexta a noite, fomos dormir cedo, Matt está na creche agora, Liane voltou a trabalhar, eu estou morando com a Lu, é claro, e estamos muito felizes, mas acho que está na hora de oficializar isso.

— Amanhã o Matt faz quatro anos! — ela disse feliz.

— Está grande já, acho que vou começar a ensinar a pegar mulher.

— Aff, seu bobo. — ela me deu um tapa de leve no braço.

— Ai, amor. — fingi que doía.

— Coitadinho, vou dar um beijinho pra sarar. — ela me deu um beijo e eu a peguei no colo e levei para a cama. Matt já dormia. Nos amamos como sempre.

Sábado.

— Acorda, amor. — ela me encheu de beijos.

— Como é bom acordar assim. — sorri.

— Vamos lá para a casa da mãe?

— Vamos, vou arrumar o Matt.

— Ok. Eu arrumo as roupas.

Ajeitamos as coisas, coloquei uma roupa no Matt e uma corrente de metal no pescoço dele só para brincar, quando a Luiza viu ela começou a rir.

— Ai, amor, não faz isso não! — Ela pediu inconformada.

— Ele é estiloso! — pisquei.

Rimos. Fomos para a casa dos pais dela, almoçamos lá e de tarde arrumamos as coisas, colocamos balões e tal. A festinha ia começar as sete, mas seria só para os amigos mesmo, já tínhamos feito uma festinha na creche para os amiguinhos.

As sete horas a galera começou a chegar e logo se adonaram do meu filhão.

— Vem aqui meu fofinho! — Vic pegou ele e abraçou.

— Lindinho da tia! — Pati pegou ele do colo da Vic.

— Não, lindinho da Lê! — ela pegou Matt.

— Ih... coitado... nessa idade e já está sendo assediado, imagina quando tiver uns quinze. — Luiza falou.

— Quinze amor? Que nada, meu filho vai começar a pegar esse ano já! — falei e ri. — As menininhas da creche são bonitinhas, ele já está de olho.

— Se puxar o pai vai ser assim mesmo. — Diogo zoou.

— Ih... está me queimando ai. — ri.

— Queimando nada, ele falou a verdade. — Kauã riu.

— O Gabriel está certo, tem que ensinar desde pequeno! — Pi disse rindo.

— Amém! Um macho! — ri deles.

— Como é amor? — Lê perguntou para Pi.

— O que? Eu não disse nada! — ele se fez de desentendido. Rimos todos.

Minha mãe também veio, Matt ficou todo feliz com o monte de brinquedos que ganhou. Oito e trinta fomos jantar. Catamos parabéns para o Matt.

— Parabéns pra você, nesta data querida, muitas felicidades, muitos anos de vida...

Ele ficou todo envergonhado e risonho. Depois da janta, fomos todos para a sala. Estávamos sentados pelos sofás, rindo e conversando sobre várias coisas, quando o pessoal se acalmou um pouco eu levantei.

— Gente... eu tenho uma coisa para falar... — falei sério. O pessoal ficou me olhando curioso.

— Fala logo, amor! — Luiza disse sendo a mais curiosa.

— Luiza, — fui até ela, peguei em sua mão e a fiz ficar em pé na minha frente. — Eu te amo e você sabe disso — estávamos nos olhando nos olhos, eu ainda segurava sua mão. — Eu sou completamente louco por você e pelo nosso filho, nós já vivemos tanta coisa, sofremos, sorrimos, foi tanta coisa mesmo, hoje a gente mora junto, já somos um casal, já somos uma família, mas, eu quero que seja oficial, quero que todos saibam que você é minha e eu sou seu, quero que todos saibam que você é minha mulher, quero viver o resto da vida ao seu lado, ficar de cabelo branco, ver você envelhecendo e te dizer todos os dias o quanto eu te amo e o quanto você é linda. Eu te quero como esposa. Casa comigo?

Luiza me olhava sem reação, dos seus olhos corriam lágrimas, com certeza de felicidade. Ela não me deu resposta nenhuma, apenas segurou minha nuca com a mão e nós nos beijamos. O beijo dela me faz tão bem, seu toque, seu cheiro, cada vez que nossos lábios se unem, eu sinto que estou mais ligado a ela, mais apaixonado a cada dia que passa.

— Sim. — ela respondeu após pararmos o beijo.

A galera aplaudiu a gente e eu a abracei pela cintura. Já passava das onze da noite.

— Ah gente, está tudo tão legal, mas eu acho que está hora de irmos né, amor? — Vic falou.

— É, vamos deixar o futuro casal ir para o quarto. — Kauã riu.

— É, vão logo embora. — falei brincando, todos rimos.

O pessoal foi embora, estava tarde já. Fomos dormir e Matt ficou com nós na cama, mas isso não impediu eu e a Luiza de confirmarmos o sim. Nos amamos no chão do quarto, para não acordar o Matt.


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Notas finais do capítulo

Não deixem de comentar e semana que vem tem mais! :x É o último capítulo geeente, então tentarei sem falta postar na terça-feira e ainda postar o primeiro capítulo da próxima, isso se vocês quiserem realmente u.u hahah então, apareçam u.u



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