Segure minha mão escrita por NT


Capítulo 48
Capítulo 48


Notas iniciais do capítulo

Olá! Gente, se eu não posto na terça é porque tenho prova no outro dia ok? :) Desculpa pelo mini atraso, mas não deu pra entrar..

Boa leitura e divirtam-se!



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Capítulo 48 — Luiza?

 

Gabriel

 

 

Saí de casa com a pasta e meus projetos em mãos. Fui para a construtora, eram nove horas da manhã. Horário que havia sido marcado. Entrei na sala do seu Pablo.

— Gabriel! Bom dia, meu filho! — Ele disse vindo me cumprimentar.

— Bom dia, seu Pablo. — Apertamos as mãos.

— Então, vamos a entrevista. — Ele apontou a cadeira em frente de sua mesa para que eu me sentasse. — Trouxe ideias como eu pedi?

— Sim, aqui estão. — Abri a pasta e tirei algumas folhas com os gráficos que projetei.

— Nossa, você tem talento, Gabriel! Exatamente como seu pai. — Ele disse ainda olhando as plantas.

— Obrigado. — sorri.

— Eu estava mesmo precisando de alguém com criatividade. Vamos fazer a experiência então? Amanhã você vem aqui assinar alguns papéis e segunda-feira da semana que vem você começa. Tudo bem?

— Claro! — sorri. — Que horas amanhã?

— Venha no término do expediente, porque os papéis só ficarão prontos a tarde provavelmente, lá pelas seis e trinta está bom?

— Sim, seis e meia estarei aqui.

Conversamos mais um pouco, Pablo me falou muito de como meu pai se dedicava a empresa, eles haviam sido grandes amigos.

— Então é isso, Gabriel. E se você se dedicar tanto quanto seu pai se dedicava, acho que pode ser um futuro substituto para mim. — Ele disse e sorriu.

— Que isso, Pablo, só estou começando...

— Talento vem de berço, e minha confiança você já tem, eu te vi crescer.

— Obrigado mesmo pela chance.

— Sempre estarei aqui, meu filho. Seu pai, com certeza, estaria muito orgulhoso se te visse ocupando o cargo dele.

— Farei de tudo para chegar onde ele chegou. — Sorri otimista.

— Que bom.

— Acho que já tomei de mais seu tempo. — Sorri. — Vou indo.

— Tudo bem. — Ele se levantou e me levou até a porta.

— Obrigado outra vez. — Apertamos as mãos.

— Sempre.

Saí dali muito feliz, fui para casa e minha mãe ficou dando pulos de alegria. De tarde saí para jogar bola com os parceiros. Fomos para o ginásio, tinha jogo toda sexta e toda segunda.

— E aí, velho! — Diogo me cumprimentou com um toque de mão.

— E aí. — toquei.

— Fala, moleque. — Pi disse, outro toque.

— Beleza? E aí, Kauã? — mais um toque.

— De boa.

Kauã parecia inquieto, mas eu não sou encanado, então fomos jogar bola.

— Olha a bola o desligado! — gritei para o Kauã.

— Foi mal! — ele respondeu.

Jogamos o nosso tempo e depois sentamos na porta do ginásio para tomar uma cerveja.

— Então cara, e a entrevista como foi? — Diogo perguntou.

— Foi tranquilo, meu pai era sócio do Pablo e ele me conhece desde pequeno... está garantido já. — Falei feliz por ter conseguido.

— Começa quando? — Pi perguntou.

— Próxima segunda.

— Arruma vaga para a gente lá. — Kauã riu.

— Mas claro.

— E tem mulher lá? — Diogo perguntou.

— A secretária é bonitinha... — dei de ombros.

— Opa... vou lá te visitar... — Pi disse, eles ficaram brincando, claro que nenhum estava falando sério.

A secretária era mesmo bonita e parecia ser bem inteligente, mas não adianta nada, nenhuma mulher apaga a Luiza de mim.

— Hora de ir para casa eu acho. — Falei rindo do Kauã, o celular dele estava tocando e provavelmente era a Vic.

— Patroa chamando...

— Estou indo também já. Falou rapaziada. — Pi disse já em pé.

— Vou junto. —Diogo disse.

— Até. — Me despedi e fui para casa também.

Cheguei em casa, tomei um banho e deitei na cama. Fiquei lembrando dela, como eu fazia sempre até dormir. A saudade está insuportável.

Terça. Acordei cedo, fui cortar a grama. Cortei e depois tomei um banho, deitei no sofá e fiquei olhando uns programas de desenho animado. Ficar em casa sem ter nada para fazer é um saco...

A tarde fui para a praia, fiquei um tempo na pedra grande pensando na vida e depois fui dar um mergulho. Saí do mar e sentei na areia.

— Gabriel? Quanto tempo... — Eu conhecia aquela voz.

Olhei para trás e vi Cecilia em pé.

— O que você quer? — falei seco.

— Calma, Gabi...

— Calma o que garota?! Você estragou minha vida, se manda daqui! — Falei irritado, quem ela pensava que era? Tinha feito aquela merda e só porque o tempo passou ela acha que eu esqueci?

— Olha Gabriel, me desculpa, eu sei que estraguei sua vida com a Luiza, sei que aquilo foi uma atitude de cobra, mas... me desculpa mesmo... eu me arrependi muito.

— Seu arrependimento não vai fazer minha vida voltar. — Falei ainda seco.

— Gabi... — ela sentou do meu lado na areia. — Me desculpa, sério mesmo, eu agi como uma criança... Quando a Luiza foi embora eu percebi a burrada que tinha feito. Eu não tinha o direito de fazer aquilo.

— Que diferença faz? Quer meu perdão? Está perdoada! Vá viver feliz agora. — Falei ironicamente.

— É sério, Gabriel. Se eu pudesse voltar no tempo, juro que não faria aquilo.

Vi que ela estava sendo sincera.

— Tudo bem, Cecilia. Eu perdoo você, de verdade. — Falei — Mas isso não vai mudar nem apagar o que você fez, isso não vai trazer a Luiza de volta para mim. — Falei olhando o mar.

— Me desculpa por ter feito aquilo... o amor de vocês é tão verdadeiro... eu não devia... — ela disse e começou a chorar.

Logo depois da formatura ela foi morar com a vó dela no interior, realmente isso fez bem ela.

— Eu vou amar ela pra sempre. — Sussurrei.

— Se eu pudesse... eu juro que tentaria mudar... se eu pudesse eu juro que faria a Luiza voltar para você.

— Esse tempo com sua vó te fez bem né?

— Muito. Eu amadureci. Cometi um grande erro, mas, eu também aprendi com minha avó, que um amor verdadeiro nunca morre. — Ela disse e sorriu, depois me deu um beijo na bochecha e foi embora.

Cecilia estava mudada, se tudo o que ela disse for sincero, ela tem meu perdão. Mas mesmo assim, o arrependimento dela não vai trazer a mulher da minha vida de volta.

Levantei e fui para casa, eram quatro horas da tarde, tinha que ir na construtora ainda, assinar os papéis. Tomei um banho, coloquei uma calça jeans e uma blusa preta, baguncei o cabelo e fui.

Cheguei lá e vi que abriu uma galeria ali ao lado da loja, depois de assinar os papéis eu iria conhecer.

Entrei na construtora e fui até a sala do Pablo.

— Gabriel! Entre. — ele falou me dando passagem.

— Boa tarde. — falei cumprimentando ele.

— Então, os papéis já estão chegando, vamos conversar um pouco.

Sentei na cadeira e nós ficamos conversando, era pontualmente seis e meia, Pablo me contou algumas histórias dele e do meu pai e eu fiquei muito feliz. Meu velho era um cara muito especial mesmo.

Um tempinho depois os papéis chegaram, eu li tudo e depois assinei.

Era cinco para as sete.

— Pronto. — entreguei.

— Ok. Até segunda-feira, as oito então.

— Com certeza.

Apertamos as mãos e ele me levou até a porta, deu um tapinha nas minhas costas e eu saí.

Estava pensando em passar ali na frente daquela galeria que abriu e olhar pela vitrine mesmo. Saí da porta e então paralisei.

Luiza?

Ela estava dando um beijo em um garotinho, que estava em seu colo. Fiquei sem reação. Era ela mesmo? Eu não conseguia tirar os meus olhos dos dela, as pessoas passavam e nossos olhares não se desviavam. É... É a Luiza? E... aquele é o filho dela?

Minha vontade era correr até ela, segurar sua cintura forte e beijá-la, matar toda aquela saudade que me trazia tanta dor, minha vontade era pegá-la no colo, gritar ali na rua, na frente de todos que ela é a mulher da minha vida, minha vontade era sair correndo atropelar tudo ali na minha frente. Eu queria tê-la em meus braços, pedir que acreditasse em mim, pedir que esquecesse todo o passado. Eu queria pedir para ela ser a minha mulher pelo resto de nossas vidas.

O taxista que havia parado chamou a atenção dela, ela olhou para ele e voltou a me olhar, o garotinho puxou seu cabelo de leve e então ela entrou no táxi.

Eu ainda estava sem reação, o choque de vê-la era tão grande quanto minha vontade de tê-la em meus braços.

Quando o táxi começou a andar eu ainda fiquei parado olhando. Eu não conseguia acreditar, ela voltou mesmo! E... e... estava ali na galeria? Será que ela abriu a galeria?

Andei rápido até a vitrine, vi alguns quadros, vi a minha vida com ela pintada neles.

Os quadros dela... ela não me esqueceu, ela nunca me esqueceu! Tudo está ali, cada cor, cada expressão, tudo que nós vivemos está ali, cada momento.

— Você ainda me ama? — Sussurrei para mim mesmo olhando a vitrine. — Um amor verdadeiro nunca morre...

Saí rápido dali, eu precisava encontrá-la. Mas como? Ela não pode estar na casa dos pais dela, eu já a teria visto! Fui direto para lá, toquei a campainha várias vezes, não tinha ninguém em casa. Fui para a casa da Vic. Será que ela sabia que Luiza tinha voltado?

Toquei a campainha, Vic apareceu na porta.

— Gabi! — ela disse sorrindo.

— Victória, me diz a verdade, — Ela me olhou sem entender. — A Luiza, ela voltou?

— Co... como... você...?

— Ela voltou mesmo? — Falei sorrindo e abraçando a Vic, eu não acreditava.

— Ela voltou, Gabi.

— Você sabia, por que não me contou?!

— Ela pediu.

— Desde quando ela está aqui?

— Desde sexta.

— Onde ela está morando?

— Gabi... eu... eu não posso falar... ela ainda...

— Por favor, eu preciso. — falei quase chorando.

Vic me deu o endereço. Eu virei as costas e saí correndo.

— Gabi! — ela gritou, virei para ela.

— O que?

— Ela te ama, ela sempre te amou. — Vic disse chorando.

— Eu a amo mais que tudo.

— Não deixa esse amor morrer.

— Eu não vou deixar. — Falei e entrei no meu carro.

Dirigi rápido e parei em frente a um prédio. Entrei e fui falar com o porteiro.

— Por favor, o apartamento da senhorita Luiza Vianatti?

— Quem deseja?

— É... Kauã. — Menti, afinal se eu dissesse que era eu talvez ela não deixasse subir...

— Um minuto. — Ele pediu e falou com ela pelo interfone, desligou — Pode subir, oitavo andar, trezentos e vinte um.

— Obrigado.

Peguei o elevador e subi ansioso. Procurei o trezentos e vinte e um. Parei na porta. Meu coração estava mil. Toquei a campainha.

 

 


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Notas finais do capítulo

Eita, e agora? :x

HAHAHA beeijos ;*



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