Segure minha mão escrita por NT


Capítulo 16
Capítulo 16


Notas iniciais do capítulo

Dedicado a: B day, Enkantada, Lais Souza, Fya, MartaLaura, Ioma, Heydarling, juliaSmenezes, Anny, Queen, Juliet, Beatriz, Lessa, Analaura, Nanny Claudenice e Kelly, obrigada pelo favoritamento da estória gurias



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/576388/chapter/16

Capítulo 16 — Sem ela, sem vida

Gabriel

Depois de ver ela beijando aquele idiota do Bruno, meu sangue ferveu, comecei a agarrar a Sandra ali mesmo no carro do Diogo.

— Estamos aqui viu? — Diogo disse se referindo a ele e a menina do lado dele.

— E daí? Vai dizer que nunca fizeram isso? — Respondi dando de ombros.

— Na frente de outros? — ele fez uma pausa pensativo. — É... Já fiz sim. — Deu de ombros.

— Eu sei, eu vi. — Dei de ombros também.

Fomos dar uma volta pela praia, Diogo e a garota dele saíram do carro e eu fiquei lá com a Sandra, ela já estava toda pronta para mim, então, fiz o que eu queria fazer, o problema foi que quando comecei, Luiza surgiu em minha cabeça, fechei os olhos pensando nela, abri e vi que estava viajando, era a Sandra ali, acabei parando e ela ficou me encarrando sem entender.

— Por que parou, Gabriel?!

— Eu... — Eu fiquei sem fala.

— Gabriel, você tá broxando para mim? — Ela me olhou indignada.

— Hum...

— Seu idiota, nem foder uma mulher sabe mais, desde que começou andar com aquela tontinha lá!

— Eu sei foder mulher sim porra, só estou enjoado de ti.

— Idiota! — Ela saiu do carro colocando o vestido rápido, mas esqueceu a calcinha e o sutiã.

Caramba, deixei de pegar a Sandra porque estava pensando na Luiza! Fiquei com raiva de mim porque lembrei dela beijando o Bruno, a essa hora ela devia estar numa cama com ele e eu como um trouxa rejeitando mulher por causa dela.

Saí do carro e fui encontrar o Diogo.

— E a Sandra? — Ele perguntou quando os encontrei.

— Foi embora.

— Já?

— Não peguei. — Dei de ombros.

— Por quê? — ele me olhou confuso.

— Sem vontade.

— Você broxou?!

— Cala a boca, mané. Só estou de saco cheio daquela lá já.

— Ela deu para o Sam ontem. — Diogo riu.

— É uma vadia mesmo. — me irritei em saber que ela tinha transado com o Sam, não por ela, mas por saber que o cara era aquele filho da puta, só de ouvir o nome dele ficava com raiva.

— Vamos para o beco? — Diogo perguntou levantando.

— Demorou. — Concordei.

— Vai junto Luci? — Ele perguntou para a garota.

— Claro. — Ela deu de ombros.

Fomos e fumei maconha lá. De noite voltei para casa e me desculpei com minha mãe, ela estava preocupada achando que eu tinha feito alguma besteira, tentou conversar comigo, mas eu disse que ia dormir.

— Filho... o que está acontecendo contigo? — Ela segurou meu braço levemente.

— Nada mãe... Está tudo bem. Vou dormir. — Falei sem olhar para ela, agradeci por ela só ter ligado a luz do abajur da sala, assim ela não viu meus olhos.

Subi, tomei um banho e dormi.

A semana ia passando e eu via a Luiza e o Bruno cada vez mais próximos, eu não aguentava ver ela, a mulher que eu queria do meu lado abraçando outro cara, era tão difícil para mim, mas eu sabia que a culpa era toda minha e em vez de tentar mudar eu me afundava mais.

Apesar disso, e não sei como, mesmo com as drogas, as meninas caiam em cima de mim. Na sexta-feira saí com o Diogo como todos os outros dias da semana, a Luiza continuava me ignorando e aquilo me machucava por dentro, fomos para a balada, bebemos e eu fiquei com uma garota da escola, na segunda-feira ela veio falar comigo.

— Oi Gabriel, lembra de mim? — Falou se apoiando na parede.

— Uhum... — Balancei a cabeça acenando que sim mas eu não lembrava.

— A gente transou na sexta... depois da boate... — Ela fez cara de tédio.

— Ah, claro que eu lembro é... — eu não sabia o nome dela.

— Cecilia!

— Isso! Cecilia, Cecilinda! — brinquei.

— Pois é, não te tirei da cabeça ainda... — ela sorriu se fazendo de tímida, mas eu me lembrei que de tímida ela não tinha realmente nada.

— É? Que bom, também pensei em você... — menti.

— Jura?

— Claro...

Ela não esperou mais nada, segurou meu pescoço e me beijou, beijei de volta, fiquei segurando ela pela cintura e vi a Luiza passar pelo outro corredor olhando para nós, minha vontade era correr até ela, mas eu não podia, tinha que deixar ela viver a vida dela, ela pediu para eu sumir e é isso que estou fazendo, sumindo do mundo dela.

— Então, a gente se vê mais tarde? — Cecilia perguntou depois do beijo.

— Aham... passo na sua casa lá pelas 22:00 horas, beleza?

— Claro, vou esperar, ansiosa... — ela me deu o endereço com um sorriso no rosto.

O sinal tocou e eu fui para a sala. A Luiza estava no colo do Bruno, aquilo me irritava, ele abraçou ela.

— Virou zona essa sala agora. — Falei para o Diogo que entrava atrás de mim em alto e bom som.

— Está me chamando de alguma coisa Gabriel? — Luiza se levantou e parou na minha frente me encarando, meu coração acelerou, aqueles olhos, aquele cheiro perto de mim, eu tinha medo de não me segurar e agarrá-la.

— Não estou te chamando de nada, Luiza. Não queria ofender Você. — dei ênfase no você, eu queria ofender o Bruno.

— Vem aqui, Luiza, deixa esse garoto pra lá. — Bruno disse.

— Esse aí tem nome. — Falei encarando ele.

— E qual você prefere? Drogado, viciado, maconheiro... são tantos, nem sei por qual chamar...

Ah não, agora esse idiota passou dos limites, por um lado era verdade, mas aquelas palavras ofendiam pra caramba, parti para cima dele e dei um soco no seu nariz, ele veio para cima de mim mas o professor entrou na sala e acabou com a confusão, a Luiza olhou para mim.

— Você é mesmo muito idiota né?!

— Vai defender ele? — perguntei incrédulo.

— E você merece que eu te defenda? — Ela perguntou olhando nos meus olhos.

Eu não merecia mesmo.

Sentei no meu lugar e olhei as duas últimas aulas para ela, o Bruno sentou do lado dela e ela ficou passando a mão no rosto dele, ele olhou disfarçado para mim e deu uma risadinha zombeteira, como quem diz “perdeu, ela é minha já”. Aquilo me irritava, eu tinha vontade de ir lá e tirar ela de perto dele, afinal, ela acha que conhece aquele cara lá.

Há uns dois anos ele tentou ficar com uma menina que era minha antiga vizinha, foi na casa dela e a menina era apaixonada por ele, mas ele só enrolava ela, ele dizia que gostava dela e tudo mais, entrou na casa dela e subiu com ela para o quarto, a Vivi era novinha, tinha 14 anos, era virgem, ele tinha uns 16 eu acho, aí ele forçou ela a ficar com ele, eu escutei os gritos e como ela era minha amiga fui lá ver, ele estava por cima dela, machucando, tirei ele de cima dela e bati no idiota, tanto que ele saiu de lá correndo, ajudei ela e depois disso ela contou tudo para mãe, elas se mudaram e eu nunca mais a vi... A Luiza não pode continuar com esse idiota.

Não pode!

Fiquei pensando nisso enquanto lembrava os beijos dos dois e o olhar que ele tinha me dado há pouco tempo.

O sinal bateu, fui embora. Mais uma semana se passou, já estava há três semanas sem falar com a Luiza, exceto pela pequena discussão desses dias.

Chegou o sábado, combinei de ir para os rachas com o Diogo, de tarde não fiz nada, fiquei em casa vendo a Luiza na piscina da casa dela. Ela estava sozinha tomando banho de sol, um tempo depois chegaram a Vic e o Kauã e passaram a tarde ali, eu fiquei o tempo todo olhando para ela, a tarde toda sentado no quarto da minha mãe, escondido atrás da janela vendo os movimentos dela, o sorriso, o olhar e as vezes via ela olhando para minha casa, logo depois ela ficava um tempo triste, até Vic ou Kauã fazerem ela rir de novo. Aquilo me deixava triste também. Já eram quase 18:00 horas e vi o Bruno chegar, ele entrou e deu um abraço nela. Pronto, minha raiva tomou conta de mim. Fiquei cuidando eles e os quatro saíram de casa. Encontraram com a Lê, a Pati e o Pietro e saíram, a Luiza olhou mais uma vez para minha casa, mas o Bruno a abraçou e deu um beijo no rosto dela, ela sorriu e continuou andando abraçada com ele.

Tomei um banho e fiquei esperando o Diogo chegar. Saímos, fomos para uma festa e lá eu bebi muito tentando esquecer ela, fiquei com umas meninas e depois o Diogo me levou para o carro. Íamos correr.

— Vai correr ou eu vou primeiro? — ele perguntou segurando as chaves do carro.

— Eu vou. — afirmei.

Entrei no carro e apostei com um cara, eu estava bêbado, mas ainda dirigia bem. Ganhei do cara e quando voltamos fui cobrar meu prêmio.

— Então, gostou de perder? — perguntei sorrindo para ele, tinha que zoar um pouco...

O Diogo já tinha iniciado a corrida dele.

— Como é? Tá querendo apanhar cara? — O cara me encarou.

— Não sei de quem... — Dei de ombros.

— Ah, moleque, vou te dar uma surra! — Ele disse quase rindo.

— Vem então! — provoquei.

— Segurem ele! — ele falou para dois caras, merda, o cara não vai brigar sozinho, filho da mãe.

— Precisa de ajuda é? — falei provocando, mas, na verdade, naquela hora eu senti um pouco de medo sim, afinal eram três contra um.

— Vou te mostrar com quem você mexeu, moleque! — Ele abriu um sorriso maligno.

Os dois caras me seguraram pelos braços e o outro veio e me deu um soco na boca do estômago, meu corpo se contorceu, o cara não parou e me deu outro, depois socou minha cabeça, meu supercílio abriu e começou a escorrer muito sangue, praticamente sem enxergar consegui acertar um chute nele, mas isso foi pior, ele veio com mais força e começou a socar minha barriga, eu já estava quase desmaiando, afinal, não tinha como me defender, os caras me jogaram do lado da rua e eu me contorci no chão. Tinha apanhado e minha sobrancelha estava sangrando. Acho que apaguei por alguns minutos.

— Porra! Que isso cara?! — Diogo chegou ali assustado.

— Aquele merda... não gostou de perder e me deu uma surra com os amiguinhos dele... — falei sentando no chão.

— Puta merda, Gabriel! Vou te levar embora!

— Não cara, minha mãe não pode me ver assim.— neguei.

— Quer que eu faça o que então?

— Sei lá, cara.

Entrei no carro com o Diogo e acabei apagando Não sabia para onde ele estava me levando, fiquei apagado, só lembro dele me tirar do carro e me encostar em algum lugar, depois ele foi embora. Eu não fazia ideia de onde estava.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Só para constar: Não percam o próximo capítulo. 2bjos ;p