Apenas outro amigo secreto - The NEXT Spin off escrita por The NEXT, The Next


Capítulo 1
Capítulo único.




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Aos poucos os primeiros convidados chegaram e foram tomando seus lugares. O convite misteriosos fora enviado a uma semana pelo espaço-tempo. Luna os selecionou um a um, sabia que os conflitos gerados iriam se complicar e resultar em cômicas situações.

Neste momento Hermann adentra a sala pendurando o casaco sujo de neve.

Bom, agora que todos aqui estamos, algum de vocês poderia me explicar como funciona tal brincadeira? Não conheço costumes brasileiros. - Hermann disse seriamente. Foi chamado para a mansão de Luna junto com outras pessoas que ele desconhecia. Alem disso, lhe foi entregue um cartão com um nome, uma descrição emocional de uma pessoa e a intimação de comprar um presente a ele.

Na verdade, não é uma brincadeira de costume brasileiro… Se me lembro bem… Não teve origem lá no Brasil e sim nos EUA… E onde eu estou e quem são vocês? - Ryder respondeu quase que imediatamente a questão, antes mesmo de perguntar como estava ali e onde estava.

Perdoe-me a ignorância, protótipo de gente, mas não me importa a origem, e sim que o costume é atualmente brasileiro. De qualquer modo, alguem me explique, por favor? - Hermann disse calmamente com dois embrulhos nas mãos

Do que você me chamou?! E da onde você tirou isso em? Seu… - Ryder não conseguiu pensar em nenhum bom xingamento. - Ignorando o comentário, acho que isso seria um amigo secreto não? Por isso os presentes. - ele não tinha nenhum presente em mãos.

Bom, imagino que seja a hora das apresentações. Um conhecido meu entregou-me este presente e disse para eu entregar para um cara chamado...

Ai meu deus que dor de cabeça... -Julian chega no local com roupas mínimas- Lembre-me de nunca mais falar com a Luna sozinha. Quem são vocês? Espera... Que roupa é essa que eu estou? -ela se vê com uma fantasia de rena que parecia ter saído de uma Sex Shop.

Bom, imagino que você deva me conhecer, Julian. - disse Hermann um pouco irritado por ser interrompido

Bem, quem é você? - perguntou Ryder desconfiado. - E enquanto responde, poderia colocar uma camisa e calça por favor? - falou corado.

Também acho, KKD. Isso é uma grande falta de educação. Com nós mesmos, e com nossos olhos. - Maya diz, segurando o embrulho com cuidado.

Com os nossos olhos não me inclui, é claro. - Hermann disse rindo de sua própria condição.

Maya encara Hermann:

Que engraçado. Você sempre faz piada com sua própria desgraça?

Não apenas com a minha, minha cara. Mas com qualquer desgraça. Não temos porque ficar nos lamuriando por problemas, afinal, lagrimas não trazem soluções. Então riremos. Riremos de tudo o que nos vier de malefícios.

Fala para a sua namorada que eu vou matar ela com um canivete. -ela bufa- Essa não é a roupa que eu cheguei aqui...Era um vestido vermelho e longo… Eu realmente não sei o que eu vim fazer aqui, só trouxe um embrulho com um nome estranho... -ela vê o presente ao pé da árvore- Aquele grande ali... Desculpe Hermann... É aquele que você provavelmente tropeçou quando chegou…

Maya apenas olha para o outro lado, com desdém. Elizabeth entra na sala acompanhada de uma criança.

Você tem que me prometer que não vai aprontar nada. Todas as pessoas aqui são decentes e... - assim que vê Julian e suas roupas minimas, ela larga os presentes que trazia e puxa o garoto para perto, tapando os olhos dele.

Eu disse para você colocar algumas roupas mulher! - Ryder aumentou um pouco a voz. - Tem crianças aqui!

Falem para ela que eu sou a rena de nariz vermelho... Já que a namorada de alguem roubou minhas roupas! Só falta o K aparecer vestido de Papai Noel... -me sento com raiva- Aquele vestido me custou um ano de salário.

Ellie tira o casaco que vestia.

Não seja por isso - o oferece a ela e vai procurar um lugar para se sentar.

Preciso achar meu vestido... -Julian sai da sala voltando ao quarto em que acordou.

Julieta aparece, acenando para Otávio e Elizabeth, segurando uma sacola. Ela olha Ryder por um momento e se senta perto dele:

Oi, como vai? Meu nome é Julieta. - ela estende a mão para ele.

Oi, vou bem e você? Me chamo Ryder Sleadnor. - ele a cumprimenta.

Ela sorri:

Nome interessante. Americano?

O nome é americano, já o sobrenome eu não faço a menor ideia. Meu pai mudou o próprio sobrenome para alimentar o seu próprio ego. - ele sorriu. - Mas isso não importa sinceramente, quantos anos você tem só conferindo?

É um pouco grosseiro perguntar a idade de uma dama, não é? - ela escorrega a mão disfarçadamente até a coxa dele.

Haha… - ele dá uma risada sem jeito. - É mesmo? Vou anotar essa dica. Só que… Bem… Haha. Nada não. - ele pensou em citar que era menor, mas deixou de lado.

Ela sorri:

Você é bastante inocente, não?

Eu diria timido, inocente não serve. - Ryder juntou coragem.

Três pessoas adentraram a sala. Duas mulheres e um homem. Uma era baixinha, embora emanasse poder e compreensão. Seus cabelos longos estavam trançados em suas costas, enquanto ela usava um longo vestido azul escuro com a saia balonê bem chamativa, e seu olhar era sério, observando tudo. O garoto que estava no meio usava uma roupa bem antiquada, cheio de babadinhos na gola da blusa branca, calças de couro negro e tinha o olhar surpreendido, avaliando todas as decorações da sala. Já a garota que estava com a mão em seu ombro esquerdo usava um longo vestido vermelho justo, que se acentuava bem suas curvas, suas longas madeixas loiras caindo em cascata em seu ombro esquerdo, dando a ela um charme de superioridade, embora seu olhar demonstrasse algo completamente diferente.

Olá. - disse a mulher de cabelo castanho, admirando uma jovem que a respondera. Seus olhos eram azuis celeste, seus cabelos, ruivos.

Olá. - Maya diz, estranhando aquelas roupas- O carnaval do Brasil passou faz tempo.

O garoto que estava junto com as duas damas riu e disse:

E quem disse que estamos vestidos para uma festa comemorativa do país de vocês? - e a jovem ruiva o encarou enquanto ele sentava-se em uma poltrona a uma distância segura dela.

E quem são vocês? - perguntou a mesma mulher.

Somos da Família Ligthdale. - e fez uma reverência, ainda sentado. - Sou Avalon. Essa é minha mãe, Angelyc. - e apontou para a mulher com o cabelo trançado. - E essa é minha irmã, Arya. - e apontou para a loira. - E vosmecê, quem é?

Meu nome é Maya, da família Lewis. - ela estranha a forma que ele falava - E estou sozinha no momento.

Aproveitando a distraçao de todos com os recem chegados, Otavio escapole rapidamente do sofa com um sorriso sapeca, indo para debaixo da mesa sem que ninguem visse

Interessante maneira de falar, senhorita Avalon. - Hermann diz curioso

Que droga!!! -alguem grita do quarto nervosa- Hermann! Controle sua namorada! -ela sai agarrada a um lençol- Ela não me deixa vestir outra coisa! Só essa maldita fantasia! Vem aqui seu rato cego! -ela marcha em direção a sala.

Senhor, por favor, sou um homem. - ri Avalon. - E vós, meu caro, quem vem a ser sua pessoa?

Perdoe-me, Avalon me parecia um nome feminino e eu não pude vê-lo. - Hermann balança uma mão em sua frente para mostrar a cegueira

Oh! Perdoe-me o senhor, não sabia de seu problema visual perdoe-me mesmo. - disse Avalon, sentindo-se magoado consigo mesmo.

Não se preocupe. - Hermann ri. - Mas parece que eu não sou o unico cego, não? - ele aponta o bastão guia rindo demonstrando a falta de atenção de Avalon

Avalon soltou uma risada alta enquanto Angelyc observava Maya com certa curiosidade. Sentia que conhecia aquela garota de algum lugar. Em vez de se sentar, seguiu em direção a garota ruiva junto com sua filha, que ficara atrás dela, e tocando seu ombro, olhando no fundo de seus olhos.

Sinto que conheço-lhe de algum lugar… Só não sei de onde venho a recordar de ti.

Maya se afasta:

Acho que está me confundindo com outra pessoa, senhora. - a mão dela toca sem querer na da outra garota, Arya.

Seu cego impres... -Ghost interrompe a bronca ao perceber as estranhas figuras vestidas como no início do século- Merda... Me sinto a puta que fugiu do bordel agora…

Que linguajar explícito e indelicado para uma dama. - suspirou Avalon.

Ainda não tem certeza de que eres isso, Ghost? - Hermann gargalhou

Não vai resolver meu problema com a Luna! -ela se sente tonta de repente- Eu conheço você? Arya? Já ouvi isso em algum lugar... Mas foda-se quero meu vestido de volta… Sinto o mesmo que sente por mim. - disse Arya, sentindo-se tonta e sentou-se no braço da poltrona onde Avalon estava sentado, confusa- Sinto como eu estivesse ingerido uma grande dose de liquor, mas não faremos caso por sensações confusas que vem de minha pessoa, e de sua, Maya.

Droga meu almoço! -ela leva a mão a boca e larga o lençol revelando a fantasia tosca- Parece um pesadelo.

Maya a encara, irônica:

Eu acho que você está louca.

Elizabeth apenas observava a cena sem muito interesse, sem entender absolutamente nada. Distraída, vai ate a mesa e pega uma bebida.

NÃO! - Otávio sai debaixo da mesa, dando um tapa na mão dela.

Ela cruza os braços.

E por que não?

Porque...porque... - ele coça a nuca - Porque você tem que dar bom exemplo para mim e não beber isso!

Ela o olha por um momento e desiste das bebidas

Hohoho! Feliz natal! - K entra no local vestido de vermelho com uma barba falsa, um estofado em sua barriga e segurando um saco de presentes. - Sério, por que me forçam a fazer isso?

O papai noel chegou, é agora que começamos com os presentes? - perguntou desesperado Ryder em meio a abusos de Julieta.

Na hora mais apropriada! - disse Avalon, levantando-se num pulo da poltrona, quase derrubando Arya.

Quem é que foi uma boa criança este ano? A Ghost eu sei que não foi. - K manda um olhar de repressão para sua agente.

Culpe suas amizades que gostam de me deixar semi nua... Sabe que isso inspira zôofilia, não é?

Pessoas seminuas… - disse Avalon. - Atraio-me bastante por qualquer pessoa semi nua, e logo após, nua, entre quatro paredes, com minha pessoa. - e deu um sorriso maligno.

Desculpe querido a rena aqui tem um dono possessivo e sádico... Pede para ele. -ela aponta para o "Papai Noel" que era seu chefe e parceiro sexual fixo.

Otávio sai debaixo da mesa, mas em vez de correr ate o papai noel, se atira entre Julieta e Ryder.

O velho do saco veio me sequestrar!

Não encaixo-me bem na lista de “Boas Crianças”. - riu Avalon. - Nunca encaixei-me nessa lista.

Senhores, alguem por favor poderia me explicar pra que me entregaram esse presente? - perguntou Hermann

O presente é um simbolo de felicidade para todos, um gesto de amor ao próximo, e o Papai Noel é só um simbolo que representa tudo isto - diz Joshua saindo de um portal - Bem, foi isso que eu ouvi...

Gosto bastante de receber presentes que sejam de meu agrado, e de agradar quem recebe minhas singelas lembranças. - disse Angelyc, com um sorriso amigável no rosto.

Vocês não param de falar… - Ryder fugiu de Julieta e do menino Otávio, foi a mesa de bebidas, não importou que fosse menor e começou a beber.

Alguém pode pedir pra aquela criança parar de beber? - Disse K irritado

Maya, você que é brasileira e já tem experiências com esta brincadeira, comece logo.

Exato, bela dama. - disse Avalon dando uma piscadela para Maya, e levando um tapa na nuca de Arya, que sussurrou em seu ouvido - Calado, praga desértica. Não sabes quem és ela e do que ela é capaz de fazer contigo.

Maya revira os olhos, se levantando:

Eu não sou brasileira, mas já passei muito tempo aqui, então posso começar. - ela pega o presente - Bem, eu não conheço muito a pessoa que eu tirei, mas pelo que eu vi aqui, essa é uma pessoa muito pervertida. Não é, Avalon?

O garoto abriu um sorriso sincero e disse enquanto se levantava:

Não culpe-me por ser tão atraído por pessoas e curiosidades sobre a intimidade delas, minha bela. - e seguiu em direção a Maya.

Maya dá o presente de má vontade, praticamente jogando em Avalon e se senta, cruzando os braços. Avalon pega a embalagem com as mãos e a rasga, curioso para o que encontraria dentro daquilo. Assim que se rasgou, viu um livro de grossura realmente perceptível, com um leão na capa.

As Crônicas de Nárnia? - disse olhando para o livro. - Nunca o li nem ouvi falar do mesmo, embora terei ENORME prazer em lê-lo, minha bela. - e o entregou para Arya quando foi pegar o seu próprio presente.

É um livro muito bem falado, diga-se de passagem. - K faz um comentário.

Bom. - riu ele, voltando para onde estava. - Essa pessoa que eu tirei é uma mulher. É uma dama. E que dama é esta? Por quê não responde quem é esta bela dama para mim, Maya? - e esticou a mão para entregar a caixa do presente para a mesma e indo se sentar.

Sério isso? A secretária saiu com o esquisito e ele com ela? -ela ri olhando para a expressão incrédula de Maya- Poxa quem saiu comigo deve ser alguem bem chato de se comentar…

Maya se levanta de má vontade, pegando o presente e o abrindo. Um pingente de gota d'água de diamante. Ela o encara:

Diamante? Sério?

Claro. - disse Avalon, com um sorriso sincero no rosto. - Gostastes do que ganhou? - fez uma cara curiosa.

Do presente? Sim. Mas vindo de você? Não. - ela se senta, com a caixa no colo.

Tão bom saber que eu e você não sentimos uma mesma opinião por nós, minha bela. - disse Avalon, maliciosamente. - Queria que pensasse diferente de mim e logo meus lábios tocassem os seus, cara Maya. - e soltou uma risada.

Ela fecha o punho, o mostrando a Avalon:

As vezes chamo minha mão de lábios. Quer provar?

Ao fundo ouve o som da televisão ligada e uma noticia “Tony Hawk está no hospital agonizando de dores. O atacante misterioso está a solta”

Ok... Que tal eu ir agora? -Julian anda até o centro e pega o presente que deixou na árvore.- Pessoal?

Tony Hawk se machucou de novo? Esse aí gosta de sofrer… - Joshua diz assistindo a TV - Assistir a esse negócio é parecido com ficar no contínuo espaço-tempo…

Pobre rapaz. - comentou Angelyc sobre o que ouvia do televisor. - Espero que o mesmo tenha uma pacífica recuperação e logo volte logo a ficar em seu estado normal.

Incrível como vocês ignoram a pobre garota. Sim, Julian, pode ir. - Hermann sorri.

Bom a pessoa que eu sai, juro que nunca ouvi falar... - ela sorri com raiva. - Mas a Luna me deixou uma breve descrição: " sádico, gosta de facas, amarras..." Espera eu sai com o meu peguete de sexta-feira? Ou com o meu inimigo?

Dylan! - Hermann interrompe

Quem? -ela pergunta confusa- Esse não é meu peguete...

Acertei o nome do individuo?

Sim...-ela suspirou e estendeu o presente- É um conjunto de churrasco e um box de 50 tons de cinza... Vem pegar cara...

Ghost, não poderia ter escolhido uma saga melhor não? Esses livros são degradantes… - K diz com uma certa represália no olhar.

O que eu posso fazer se ele me pediu corpos frescos de presente? Cadáveres K!

Bom, obrigado, mas, duvido que ele leria algo assim. - diz Hermann “olhando” para Ghost. -Pessoas, por favor, fiquem quietas para que eu leia o que o Dylan pediu para que eu dissesse. - Hermann tira de seu bolso um bilhete e diz - “Não sei porque estou lhe mandando um bilhete escrito, pois sei que você não conseguiria lê-lo para todos, por isso dou de presente o bilhete em áudio para que você finja que está lendo. Meu colega secreto não será revelado, pois é secreto, mas quem eu tirei nesta estúpida brincadeira onde espero ganhar algo melhor do que livros ou coisas assim, é um playboyzinho mimado. Não sabe nem sequer sua idade e já se acha adulto.”

Alguém disse playboyzinho mimado?! - gritou Ryder alterado pela bebida. - Foi você cego?!

A carapuça serviu com perfeição. É você mesmo, protótipo de gente. - Ele entrega uma embalagem e continua a ler o bilhete. “PS: Peça desculpas ao Tony por mim”

Ryder pega a embalagem das mãos de Hermann com força. Ao abrí-la, vê uma replica de um Hoverboard autografada as pressas por Tony Hawk.

Vou levar o presente numa boa, mas diz para esse seu amigo, que atacou o pobre Tony, que eu tenho um hoverboard que voa de verdade! E você cego! Fica se achando o de maior entendimento aqui da sala dando risada se divertindo sozinho, ninguém se importa!

Imagino eu que seu discurso deveria ser sobre quem você tirou, não sobre sua opinião ou falta dela sobre mim - Hermann retruca rapidamente.

A opinião é minha e eu dou quando eu quiser.

Agora entendo porque o ditado é “cu de bêbado não tem dono”. Você dá quando quiser.

Eu só não fico violento, pois eu tenho morais cego, morais!

E eu tenho cota anti-violencia. - Hermann sorri

Quanto ao meu presente e o meu amigo secreto. O que penso sobre ela é o seguinte. Exibida, explicita e sem educação. - Ryder tira do bolso uma chave.

Ghost! - Kane diz com um sorriso em seu rosto.

Acertou o papai noel! - Ryder ri. - Você papai noel! Você também só sabe falar, quando eu estava bebendo você não fez nada para me impedir, você é um homem de apenas palavras e não ações em?

Eu estou de folga, não vou fazer nada hoje.

Bah, que seja! Ghost! Seu presente eu não pude trazer aqui, está na rua em frente à sua casa, não me pergunte como eu sei onde é a sua casa. Tenho certeza que você irá gostar dela, é sua marca favorita. Fiz umas modificações que você pode gostar, eu adoro coisas que voam.

Vai me dar um jato?- ela sorri.

Não, uma Harley mesmo. - ele riu enquanto jogava a chave na direção dela.

Eu pego! -ela espirra e a chave atravessa seu corpo- Não pego... Droga! -ela se vira tenta abaixar a saia curta ao pegar a chave do chão- Malditos poderes fora de hora! - Ela corre até Ryder e pula em cima dele, estava realmente feliz pelo presente.

Ryder não é? Vai se chamar Ray-ray então! Minha nova moto! -ela se dá conta- Eu tirei mesmo o assassino cruel? Hermann me devolve o kit de facas de churrasco!

—Não. Presente é presente.

Angelyc suspirou exasperada, vendo os presentes sendo entregues com todo um rebuliço e com o linguajar pesado e forte demais para damas ouvirem, embora não ligava. Ouvia coisas do tipo quando brigava com Octavian…

Julian sai do colo de Ryder e volta para a sua cadeira. Ela sorri para Ryder:

—Ei, bonitinho, depois deixa eu testar seu hoverboard?

—Esse Hoverboard não deve voa como meu skate, mas pelo menos tem assinatura de uma lenda. Eu deixo você testar o que você quiser depois moça. - Ryder disse enquanto sentava ao lado dela.

—Agora quem vai? - Joshua pergunta curioso.

—Porque não você, Trip?- Hermann diz se referindo a Joshua

—EU VOU! - disse Arya, mais alto do que o barulho que os outros faziam. - EU VOU! - e correu para o lado de fora da casa.

—Está bem, Stark! Fique a vontade. Mas acho que quando falaram vá não era para fora da mansão - Hermann disse enquanto via a garotinha saindo

—Ela realmente fizera isso? - indagou Avalon para a mãe.

—Sobre a criatura…? Sim, ele fizera isso. - e olhou para Hermann. - Senhor, minha filha fora buscar o presente do lado de fora, se sua pessoa não se incomodar. E o sobrenome da filha minha é Ligthdale, não Stark, senhor. Não confunda-se, peço-lhe.

—Arya, volte logo, pois o inverno está chegando! - Hermann fala novamente.

E logo eles ouviram um leve batucado na janela. Avalon se levantou da poltrona e abriu a janela onde Arya estava segurando uma grossa corda de couro, e tinha um sorriso no rosto.

—Bom, a pessoa que eu tiraste, eu não cheguei a conhecê-la, não cheguei nem a vê-la. Já falaram que ela está em algum cômodo da casa, em profundo descanso, e não sei como entregar para a mesma o Órion. - e puxou um filhotinho de dragão negro para o braço. Ele lembrava um felino. - É um Fúria Noturna, a raça deste dragão.

—Eu entrego para ela. - Hermann sorri esticando os braços. - Luna é minha namorada. Mas onde estão o Viserion e o Rhaegal?

—Como, senhor? - indagou Arya acariciando o dragão. - Não compreendo-lhe. Quem são Viserion e Rhaegal? Deveria conhecer estes cavalheiros?

—Ele está fazendo uma piada com você, existe uma série de livros em que uma personagem tem seu nome. - Joshua a explicou.

—Referências não são deste tempo senhor Hermann... - Ghost sentou e ouviu as palavras saírem de sua boca como se estivesse possuída- Cara isso foi estranho! Preciso de um drink...

—Uma vez disseram que explicar a piada faz ela perder a graça, Doutor. - Hermann fala para Joshua

—Meu nome? - perguntou Arya. - Em uma série literária? Como poderá ocorrer uma coisa destas?

—Não sei muito bem como, mas o escritor o escolheu. E senhor cegueta, já está zoando demais a coitada.

—Vosmecê começou a confundir-me. - disse Arya, pulando a janela. A fenda no vestido facilitou o salto, além de suas habilidades. Com o Dragão no braço, ela se aproximou de Hermann e o entregou Órion. - Espero que vossa senhoria seja um cavalheiro de palavra. - e voltou a se sentar na poltrona.

—Peço desculpas por ela não estar aqui. Deve estar naqueles dias. - a desculpa era cada vez mais frequente, mesmo Hermann sabendo que Luna não menstruava. - Irei entregar. Bom, acho que eu entregarei o presente a ela. Por enquanto, ela está indisposta então permita-me que eu entregue o meu presente.

—Como o senhor quiser. - disse Arya.

Elizabeth se levanta, depois de ficar quieta em seu canto desde o início, segurando uma caixa.

—Bom, eu não sabia o que dar para essa pessoa que eu nem conheço, então peguei algo que achei legal, tipo esse seu vestido - ela da um meio sorriso e estende a caixa para Angelyc, que se levantou e foi em direção a ela e disse:

—Muito obrigada, minha senhora! Por seu comentário sobre meu vestido e pelo presente- e abraçou Elizabeth, logo depois abrindo uma caixa e vendo um punho de espada feito de prata, cujo havia um botão dourado bem no centro. Ela o apertou, e logo uma lâmina com cerca de sessenta centímetros saiu do cabo. - Nossa, minha cara senhora, agradeço-lhe de corpo e alma pelo presente. - Elizabeth faz uma cara feia por ser chamada de senhora e senta. Angelyc pega uma caixa. - Minha amiga secreta é alguém que conheço desde de a prima infância, e amo-lhe com todas as minhas forças vitais. - e olhou para Arya. - É você, minha pequena princesa.

Arya se levantou, foi até a mãe, deu-lhe um abraçou enquanto beijava-lhe a face e pegou a caixa. Assim que abriu, viu um arco e flecha feito de prata, com vários escritos em latim, e rubis encrustados formando uma fênix de asas abertas.

—Belíssimo, minha mãe, belíssimo! - e abraçou novamente a mãe, e logo ambas voltaram a se sentar.

—Já que a senhorita Arya já foi, acho que eu deveria ir. - Joshua foi até o centro. - A pessoa que eu tirei, não faço a menor ideia de quem é, e nem mesmo a vi aqui, então vou dizer diretamente que eu tirei um tal de Caleb...

“Beber algo que lhe oferecem num bar não é bom. Principalmente quando o barman tem uma aparência duvidosa. Agora eu estava parado na frente de uma mansão, com um pacote misterioso que nem sei onde o consegui com um nome escrito. Como uma imã me puxasse entrei assim que meu nome foi pronunciado. Abri a porta e na sala haviam pessoas que eu nunca tinha visto. No centro um homem”.

—Quem me chamou? - Ninguém se pronunciou. - Será que alguém pode me dizer quem me chamou, onde estou, que merda é essa e por que todos estão embaçados?

Em um rompante a porta da mansão se abre revelando uma garota e seu companheiro de viajem meio inusitado. A garota entra com um embrulho de presente em uma de suas mãos. A garota estava usando uma camiseta vermelha, um jeans rasgado e um coturno preto. A garota dirigisse para o centro da sala onde todos as outras pessoas estão reunidas, ela senta-se no sofá e seu tigre deitasse as pés da menina.

—Então o que eu perdi até o momento? - Suzanne pergunta com um pequeno sorriso em seus lábios.

Maya suspira, cruzando os braços:

—Só perversões de pessoas pervertidas. Nada demais. - ela olha para a garota do tigre.

—Então acho que não perdi algo muito importante. - Suzanne fala enquanto afaga o pelo de seu animal.

—Quem são vocês e onde estou? - Caleb pergunta.

Maya encara Caleb:

—Bem, eu sou Maya. Essa é a mansão das perversões, conhece?

—Mansão das Perversões. - disse Avalon, pensativo. - Gosto bastante deste título.

—Nunca ouvi falar dessa mansão. Só quero saber se alguém pode me falar quem me chamou?

—Deve ter sido quem chamou todos nós: Luna, a dona da mansão. - Maya continua o encarando.

—Entendi, mas aquele ali no centro com o embrulho olhando para mim, quem é ele?

—Joshua, um viajante temporal, com perda de memória. Ele quem disse.

—Entendi, mas estamos numa festa de que?

—Bem, esta é uma festa de natal por assim dizer, Luna resolveu que seria divertido, e chamou várias pessoas aleatórias, E esta na verdade é a Mansão dos Desejos. Eu tirei você no amigo secreto da festa, não sabia realmente o que te dar, então comprei esse bracelete de prata. - Joshua entrega o embrulho para Caleb. - Espero que lhe seja útil.

Caleb pega o embrulho, tinha sido há muito tempo que ganhou o seu último presente. O abriu e mesmo tonto por causa da bebida teve que sorrir. Aquilo seria muito útil no seu trabalho.

—Acho que lhe devo um obrigado. Agora me diga, quem diabos é Otávio e por que estou lhe dando um fone?

—Não me pergunte, não sei da maioria das coisas que ocorrem por aqui. Apesar de eu ser onipresente… - Joshua meche em seu cabelo, embaraçado com a situação.

—OTÁVIO! - Caleb grita.

O garoto sai de trás de uma poltrona, onde esteve escondido por algum motivo que o fazia rir. Ele se aproxima, erguendo a mão.

—Presente! Sou eu!

—Isso é seu, faça bom proveito - Caleb entrega o presente e se senta no sofá.

Otávio o abre rapidamente, colocando os fones ao redor do pescoço.

—Legal! Obrigado, moço! O outro que eu tinha quebrou - ele corre ate Elizabeth, puxando-a pela mão - Pega o presente, Ellie!

—Otávio, já te disse que não vamos dar um tigre de verdade para ela! -resmunga - Entrega o outro presente que você comprou.

O garoto abaixa a cabeça, pegando uma caixa grande.

—Ok... meu amigo secreto é... é - ele não se contem, olhando para o tigre - A moça do tigre!

Suzanne levanta-se e vai ao encontro do menino. Na mesma hora o tigre levanta e a segue.

—Obrigada garoto! - Suzanne fala após pegar o presente. - Bom eu tirei uma pessoas que não conheço muito bem, então fiquei meio em duvida no que dar. Optei por um par de luvas de couro, espero que goste Elizabeth. - Suzanne entrega o presente para a Elizabeth.

Elizabeth pega as luvas, avaliando-as, em seguida faz um som de aprovação.

—Vai combinar com meu capacete - ela sorri -Amei. Obrigada pelo presente.

Julieta se levanta, mandando um beijo para Ryder, e indo até a frente, segurando um embrulho. Ela sorri:

—Bem, eu não conheço meu amigo secreto, mas algumas pessoas me falaram bastante dele. - ela olha um pouco para Ghost - Ele é sério, mandão, e também me disseram que ele tem um tripé. - ela sorri maliciosa - Eu tirei o papai noel: Kingston Kane!

Kane se levante de onde estava sentado e se dirige até o centro para receber seu presente.

—Muito obrigado, seja lá o que for. - Ao Kane abrir o embrulho, o “bom velhinho” olha para Ghost com um sentido de represaria, mas apenas da situação. - Sei muito bem de quem foi este presente. E bem, meu amigo secreto é você mesma.

Ela sorri, estendendo as mãos:

— Cadê meu presente, tripé Kane? - ela sorri, maliciosa.

—Bem, não é nada demais, comprei algo que eu gostaria de ganhar, é um terno francês. - Kane tira o presente embrulhado da sacola de presentes.

Ela sorri:

—Muito bonito. Mas eu preferia algo mais… menos, sabe? - ela pega o terno.

Ghost anda até ele e simplesmente disfarçava o olhar, gostava desse jogo, é que o mantinha interessado o tempo inteiro.

—Percebeu algo em mim Kane? -ela encara os outros- Combina com o seu...

—Você quem escolheu essa fantasia, não é? -ele dá um traço de sorriso- Muito indecente, tenho notado desde que cheguei aqui…

—Um a amiga que escolheu… -ela sorri e gruda em seu pescoço- Eu a odeio sabia? Ela escondeu meu vestido vermelho… Aquele que eu te mostrei.

—Engraçado… -ele abre o saco de presentes- Isso estava no meu carro com um bilhete, mas eu deveria adivinhar…

—Por favor! Nos poupem disso! -Hermann cobre os olhos

—Você bebeu demais cego! -Julian dá um meio sorriso e respira fundo preparando sua melhor ofensa- Daqui a pouco vai sair na rua achando que é a Elsa e cantando “Let it go”!

—Perdoe-me. Não conheço tal musical. De qualquer modo, desejo que no ano seguinte, caso este evento se repita, não façamos por papeis e sim por qualquer meio digital. Ou que meu bilhete venha com um interprete. Dadas tais condições, não conheço o meu amigo secreto, mas eu espero que o mesmo goste do que trouxe a ele. - Hermann sai da sala e cinco minutos depois, volta com algo pesado. Uma cabine de telefone similar as antiguidades britânicas.

Caleb que até o momento estava no sofá perguntou:

—O que é isso?

—Uma réplica exata de uma maquina do tempo da clássica serie Doctor Who. - Hermann disse com um fanatismo em relação a série.- E também um relógio. Imagino que ao descrever, vocês saibam quem eu tirei.

—Não sou bom em adivinhações e nem tenho paciência para isso pare de enrolar e diga logo quem você tirou.

—Se está frustrado por ter esquecido de usar o GRAPE em Lyss, não desconte em mim, meu caro.

—Como você sabe disso? Quem é você? Um espião? O que você sabe sobre ela? - Caleb perguntou de forma rápida e ligeiramente assustado.

—Se acalme, príncipe. -Hermann gargalhou intensamente. Sabia que “príncipe” era o apelido de infância de Caleb- Conheço mais de você do que você imagina, mas isto não vem ao caso. Ninguém irá tentar saber qual pessoa eu tirei?

—Não venha mudar de assunto, seu imbecil -Caleb diz se aproximando. - Como ousa me chamar disso? Nenhuma pessoa a não ser ela me chama assim, com que direito faz isso? -Caleb fecha os punhos tremendo de raiva.

—Para vocês, leigos, que não entenderam. Ela é a mãe dele. - Hermann fala para o resto do grupo que ali estava reunido. - Quer que eu pare? Use o GRAPE em mim. Ah, sim. Claro. - Hermann aproxima seu rosto ao de Caleb. - Você o esqueceu. Como sempre. - e rapidamente volta para perto da maquina. - Ninguém mesmo?

—Não vire as costas para mim, ainda não respondeu a minha pergunta: como você sabe disso?

Hermann vira-se para Caleb, tira seus óculos e diz.

—Eu gosto de uvas. - e após piscar para Caleb, recoloca os óculos. - Ninguém? Achei que tal experiência seria mais proveitosa. Caleb, não arremesse nada, por favor.

Caleb descobriu naquele momento que odiava mais aquele homem do que as aberrações que caçava. Mesmo aquele o maldito tendo previsto seus movimentos, ele jogou um vaso que se encontrava ao seu lado numa mesa. Hermann desviou a cabeça mas o vaso estourou em seu ombro.

—Também amei lhe conhecer, príncipe. Pode se dizer que foi uma experiência proveitosa. Aconselho que se acalme, ou seu tão temido general lhe rebaixará de posto. Bom, se esta festa continuar tão lenta quanto você percorrendo a Lyss, não se preocupe, não virei aqui ano que vem.

A bebida deixava Caleb com a mente confusa, ao mesmo tempo que queria matar aquele ser, sua curiosidade em saber quem é ele não permitia, mas ele sabia que tinha que fazer uma coisa antes de poder sossegar. Com passadas largas, ele chegou perto do imbecil de óculos e lhe deu um belo soco de direita. Pelo menos aquilo naquele momento bastava. Apesar do soco forte, Hermann estava sorrindo. Estava com um hematoma em sua face, mas o sorriso no rosto era visível.

—Estou me sentindo bem melhor isso que é terapia _ Caleb disse sorrindo voltando para o seu sofá.

—Bem, eu acho que já sei quem é que você quer dar essa cabine telefônica idiota cego. - disse Ryder enquanto saia de baixo da mesa de bebidas descabelado e com as roupas amassadas. - É o perdido no espaço-tempo esquisito ali.

Joshua se levanta e cumprimenta seu “amigo”.

—Muito obrigado pelo presente, realmente agradeço, mas não tenho onde guardar uma cabine telefônica, objetos como esse não ficam estáveis no contínuo tempo-espaço, fique para você, mas o relógio eu aceito de muito bom grado.

—Até que enfim alguém adivinhou. Já posso ir embora? - Maya diz, se levantando.

—Incrível a animação destas festas. - Hermann riu mesmo. - Se eu não fosse passar a noite aqui, acho que já teria saído. Ryder, espero o chão não esteja semelhante a um quadro de Jason Pollock.

—Sou mais do tipo limpo cego, eu vejo o que estou fazendo. - Ryder riu irônico.

—Mesmo não vendo, faço o que faço melhor do que você um dia fará. Falta apenas a Luna para entregar, então imagino que ela tenha me sorteado. - Hermann disse já subindo as escadas. Quando o viajante quiser pegar a TARDIS, fique a vontade. Boa noite a todos. A proposito, espero que a força do soco não tenha aberto essa sua cicatriz no peito, Caleb. - E Hermann trancou a porta do quarto de Luna entrando nele.

—Já consigo imaginar qual o presente dele… - disse enquanto notava Julieta saindo debaixo da mesa, ela piscou para ele. - Acho que é agora que eu me despeço. Prazer em conhecer todos vocês… Minto que se fodam todos. - Ryder correu e pulou pela janela.

Maya segue para a porta:

—Finalmente essa… coisa acabou! Até nunca mais. Nunca mais me chame para essas festas. Sempre acaba em perversão!

—Até a próxima vez pessoas, e mais uma coisa. Pode ser levemente assustador a primeira vez que passarem pelo portal.

—Isso é chato… -Ghost suspirou- A festa sempre acaba quando eu começo a me divertir. Até que fui uma boa menina...Quase. -ela da os ombros e atravessa.

—Do que está reclamando Ghost, tem uma moto nova agora te esperando! -K simplesmente revira os olhos e atravessa também.

—Bem pessoal, vou mandar-lhes para o local e tempo onde estavam antes de chegarem aqui, e já aviso que poderá doer um pouco, então me desculpem e muito obrigado por este dia tão divertido. - Joshua abre um portal dimensional em cima de cada um deles.

Aos poucos um a um se vai. Todos aparecem em suas portas com os seus devidos presentes entregues. Cada um analisando de uma forma a recepção estranha de mais uma noite na mansão dos desejo.


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