Em Queda escrita por Um Alguém


Capítulo 11
10º


Notas iniciais do capítulo

Divirtam-se :D



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EATHAN

– Falou com o Gate? - perguntou Mason curioso assim que me sentei ao seu lado. Estávamos na cafeteria (ideia do Mason), sentados em uma mesa longe da entrada. Mary estava sentada a frente do Mason.

– Falei. - contei. - Ele disse que a guardiã do Ralf era a Kate.

– Kate? Essa não é aquela garota que era Arcanjo e foi rebaixada? - questionou Mason.

– Essa mesma.

– Você disse que ela era guardiã dele. Era quer dizer que não é mais? - perguntou Mary.

– É. Por algum motivo que o Gate não quis contar a Kate foi substituída. - disse.

– Quem está protegendo o Ralf agora? - quis saber Mason.

– Rael.

– Rael? Eu achei que ele tivesse caído. - comentou ele.

– Não, não caiu. Como eu, ele também teve uma segunda chance.

– Certo, certo. Mas o Gate sabe o que está acontecendo com esse menino Ralf? - perguntou Mary.

– Não. Ou sabe e não quer dizer.

– Ele não faria isso, faria? - questionou Mason tenso.

– Não sei. Ele estava muito estranho.

– Tudo bem, vamos pensar então. - disse ele pensativo. - O que ou quem poderia estar na cabeça do Ralf, sem o Rael saber?

– Sem o Rael saber? Nada. - pontifiquei. - O Rael sabe.

– Acha que é ele quem está mexendo na cabeça do Ralf? - perguntou Mary.

– Acho que não. Se ele tivesse fazendo isso o Gate e os outros já teriam feito algo. - respondi meditativo.

– Então ele tem um cúmplice ou ajudante? - quis saber Mason.

– Talvez.

– Quem pode ser?

– Não faço ideia. - suspirei.

– Cadê a sua protegida agora, Eathan? - perguntou Mary.

– Está com as amigas. - mais especificamente no apartamento da Tessa.

– Não acha perigoso deixar ela sozinha com essa história toda acontecendo?

– Não. O Ralf foi para casa do Kyle. - expliquei. - Ele não vai chegar perto da Aly hoje.

– O que você acha que devemos fazer, Mary? - perguntou Mason enquanto brincava com um guardanapo. - Tem alguma ideia para nos ajudar?

– Infelizmente não. - ela fez uma careta. - Talvez você deva falar com o Rael, Eathan.

– Talvez.

E aí eu a vi. Alice. Ela, Tessa, Rose e Sarah entraram na cafeteria rindo. O apartamento da Tessa era bem perto dali então eu não devia me surpreender de elas irem ali, mas achei que fosse querer ficar em casa.

– Que merda. - resmungou Mason baixinho. - Será que dá tempo de correr ou ficar invisível?

– Acho que não. - respondi-lhe baixinho também. - Elas já estão vindo.

Logo que entrou Alice me viu. Ela e suas amáveis amigas caminhavam lentamente até mim. Não era para isso acontecer. Não era.

– Eathan. - cumprimentou-me Aly parando ao lado da minha mesa.

– Oi, Aly. - dei-lhe um pequeno sorriso.

– Oi! - disse Tessa afetada atrás da Aly.

– Olá, Tessa.

– Você lembra de mim, hein?

– Eu lembro de tudo. - dei de ombros.

– Não vai apresentar seus amigos? - perguntou Sarah me fuzilando com os olhos.

– Claro. Meninas, esses são Mason e Mary. - Mary forçou (muito mal) um sorriso, Mason (como sempre) abriu um largo sorriso. - Mary, Mason, essas são Rose, Tessa, Sarah e Alice.

– Oi, Mase. - cumprimentou Tessa cheia de charme.

– E aí, Tessa. - respondeu ele com um sorriso de lado.

– Minha nossa. - murmurou Mary com uma careta.

– Quanto tempo, hein Eathan? - disse Sarah com a voz um tanto ácida.

– É, faz um tempinho. - forcei um sorriso. - É que eu andei trabalhando muito.

– Jura? E você trabalha com o quê? - perguntou ela.

– Eu sou segurança. - disse tentando parecer casual. Mason reprimiu uma risada ao meu lado.

– Posso falar com você um minutinho, Eathan? - pediu Aly mais séria do que o normal. - A sós.

– Claro. - concordei levantando. - Sempre.

Deixamos os outros para trás. Ela me guiou para fora da cafeteria, parando na calçada perto de um carro estacionado. Sua expressão era séria, mas seus olhos estavam com um brilho diferente.

– Quero que me diga a verdade, Eathan. - exigiu ela. - A verdade.

– Na maioria das vezes a verdade é um segredo. - disse-lhe calmamente. Ela estreitou os olhos.

– E se você me contar deixa de ser segredo? - sugeriu.

– É. Mas não se preocupe, a verdade sempre vem a tona, cedo ou tarde.

– Por que não diz logo então?

– Porque ainda não está na hora. - respondi. Honestamente não sei se vai haver uma hora para eu contar o que ela quer saber.

– Quero que ajude o Ralf. - pediu ela. Bom, foi quase uma ordem, mas tudo bem.

– Como?

– Bom, não sei. - disse ela com tristeza.

– Vou ajuda-lo. - assegurei-lhe segurando seu queixo suavemente para que ela me olhasse nos olhos. - Vou ajuda-lo por você.

– Obrigada. - sussurrou ela.- Vou te ver de novo? - essa pergunta de novo. Mas dessa vez, mergulhando no azul sem fim dos seus olhos, eu só tinha uma resposta em mente.

– Sempre que você quiser. - respondi-lhe num sussurro também. - Vai me ver sempre que quiser.




Fui embora da cafeteria sem falar com ninguém. Quando Aly voltou lá para dentro para chamar as meninas, fui embora. Não queria ter que dar nenhuma explicação ao Mason e a Mary.

Caminhei lentamente até a casa do Kyle. Quando cheguei lá lembrei de ficar invisível. Encontrei Ralf e Kyle comendo pizza na cozinha. Ralf não parecia raivoso nem perturbado. Estava normal. O Ralf se sempre.

Depois de terminar de comer Ralf foi para o quarto do Kyle e se jogou na cama. Tinha uma expressão triste e um pouco perdida. Entrei na mente dele e não encontrei resistência. A tal coisa que ontem criava um muro impenetrável, hoje desaparecera. Consegui faze-lo ver o que eu queria, sem esforço.

O que está acontecendo? Essa era a pergunta do dia. Talvez a pergunta do século. Primeiro ele parecia estar sendo controlado por algumas coisa, depois ficou totalmente normal. A situação tora era absurdamente estranha.

Também não avistei Rael. Estava começando a duvidar que ele fosse realmente o guardião do Ralf. Como ele poderia proteger o garoto se nunca estava por perto? Talvez ele não quisesse proteger. Mas se algo acontecesse com outro protegido do Rael ele cairia.

Mesmo sem entender nada do que estava acontecendo, resolvi passar o dia na casa do Kyle, vigiando o Ralf. Com certeza a Aly estava bem. Talvez o Mason até estivesse com ela. Fiquei com o Ralf até de noite e nada incomum aconteceu. Ele comeu, dormiu, assistiu televisão, conversou com o Kyle e até chorou. Disse que não se lembrava de nada que havia acontecido no dia anterior e que jamais faria algo para machucar a Aly.

Quando a noite caiu e fiquei esperando. Fui até o apartamento da Tessa e fiquei esperando na calçada. Mais ou menos meia hora depois Alice saiu do prédio. Sozinha. Depois de todas as coisas estranhas que vem acontecendo imaginei que a Alice não fosse querer ficar andando sozinha por aí. Mas ela não pareceu incomodada. Não o suficiente para pedir para alguém acompanha-la até em casa.

Mesmo ainda estando cedo, quando Alice chegou em casa seu pai já estava lá, sentado no sofá da sala perdido em um mar de papéis. Achou que ele nem notou quando ela entrou em casa e foi para o quarto.

Ela tomou banho e ficou um bom tempo sentada à janela olhando para o céu. Ela tinha um olhar perdido em pensamentos. Por fim decidiu deitar para dormir. Apagou a luz e o abajur, mergulhando o quarto na escuridão.

– Tenha bons sonhos. - sussurrei quando ela já havia dormido.


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Notas finais do capítulo

Sejam bonzinhos e comentem, anjinhos ;)



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