– Alô. Ah oi amor tudo bem? – Serena se calou enquanto Gabriel falava do outro lado da ligação – Ah sério? – falou totalmente entusiasmada percebeu Diana um pouco confusa já que os dois não estavam muito bem. – Estamos indo pra aí agora!

Diana que estava estirada no tapete olha pra cima da cama esperando uma resposta da amiga que só a encara sorrindo como boba.

– E ai? Vai falar ou não?

– Vamos agora para o campo de futebol. – Já alertou Serena indo ao seu guarda-roupa atrás de um conjunto ao qual lhe satisfizesse.

– Desculpe, mas esse não faz parte do meu habitat natural.

– O Dan vai estar lá. – falou Serena com um sorrisinho sugestivo.

– Talvez eu possa dar só uma passadinha. – falou Diana já esboçando um sorriso só em pensar em ver o rapaz, quem dirá então sem camisa. A mesma se levantou do tapete enquanto dava tapinhas em suas roupas para eliminar resquícios de poeira ou sujeira. - Pensei que você e o Gabriel não estivessem bem.

– E não estamos, mas ele foi tão fofo, acho que tem uma surpresa pra mim, tenho que ir bonita. – falou revirando suas roupas e tacando várias no chão, obviamente as não aprovadas.

– Ta né.

– E você e o Enzo?

– Não existe eu e o Enzo. – explicou Diana fazendo uma careta de nojo. – Existe eu e o Dante no futuro. – falou com jeitinho apaixonado enquanto fazia um arco-íris com as mãos.

– Alguém já te disse que ás vezes você parece uma criança? – brincou Serena enquanto ria já se direcionando ao banheiro com uma peça de roupa em mãos. Um belo vestido preto de renda.

– Enzo me diz isso diariamente. Isso e que não sei me vestir, sou egocêntrica, mandona e blá blá blá. – Ela ri seguida da amiga que está no banheiro. – Você acha que estou apresentável para ver o Dante? – Diz a garota agora se olhando no espelho. A amiga sai do banheiro e a examina.

– Tire a echarpe.

– Por quê?

– Mostre esses belos seios que você tem. – Piscou Serena voltando para o banheiro

~*~

– Estou me sentindo pelada sem minha amada echarpe.

– Deixa de frescura que você esta perfeita.

– Perfeita. Perfeita. Rum. – debochou a garota – Só se for perfeitamente vadia.

– Não me faça rir menina, você sabe que odeio meu sorriso. – falou a amiga soltando uma leve e curta gargalhada.

– Seu sorriso é o de menos, não são seus peitos que estão quase pulando pra fora da minha regata.

– Relaxa mulher, essa jaqueta disfarça.

– Não vejo nada disfarçado. – Disse a garota claramente emburrada.

– Di, cala a boca! – falou Serena fazendo um gesto com as mãos.

Diana claramente viu que não adiantava argumentar, pois aparentemente Gabriel estava vindo em sua direção, quer dizer, na direção de Serena. Ele estava extremamente suado o que denunciava já ter acabado o treino, estava sem camisa, de calça jeans e chinelos. O que a faz indagar: “Pêra. Mas eles não jogam de tênis?”, mas deixa o pensamento de lado e foca nos dois que já estão trocando olhares a distancia.

– Não sabia que curtia segurar vela senhorita organização.

Assustada com a frase repentina e inesperada Diana vira-se e dá de cara com seu detestável colega de quarto.

– Acho que isso não é da sua conta – dá-lhe um sorriso falso e vira a cara pra amiga que já está um pouco longe e parece discutir com o namorado que com certeza, pelo rosto franzido, não está entendendo nada.

Ela vira para o lado na singela esperança de que seu amado colega de quarto já tenha ido embora, mas ele não foi, e pior...

– Pare de encarar meus peitos seu tarado! – vocifera a garota cobrindo-se com sua jaqueta.

– Se você não quisesse que vissem não os estaria mostrando. – diz indiferente enquanto pega uma pedrinha no chão e a tenta jogar no campo.

– Você fala como se eu estivesse pelada. – a garota revira os olhos.

–Não está, mas bem que poderia. – ele vira-se para ela e volta a olhar para a parte a qual agora a jaqueta tampa.

Magicamente, através de uma força exercida por seu braço, Diana roda sua mão no meio da cara de Enzo que para e passa a mão no rosto, o que fez a garota pensar que ele já deve estar acostumado com esse tipo de reação as suas tentativas taradas de conseguir comer garotas inocentes.

– Eu não sei se você sabe, mas eu não sou suas vadias as quais você passa a mão à hora que quer. – a garota se levanta, mas o rapaz a segura pelo braço.

– Eu nunca iria querer uma vadia como você.

– Enzo! – os dois olham para baixo e no campo vêem Dante acenando para o amigo, obviamente não sacou o que estava rolando ali. Aproveitando a deixa à garota se solta e diz uma última frase antes de seguir para fora da arquibancada.

– Vai pro inferno! Você e suas putas!

~*~

A porta vai sendo aberta vagarosamente, Diana se assusta e olha as horas no relógio ao lado da sua cama. 02h56min da manhã.

Ela olha para a porta e dá de cara com Enzo com seus cabelos castanhos e lisos bagunçados e fedendo a álcool.

– Desculpe, não queria te acordar.

– Tanto faz! – falou e virou-se para o lado contrario da porta.

– Deixa eu te falar, desculpa por ter te xingado mais cedo. É que eu não estava bem, por que...

– Esquece isso Enzo. –cortou-o e cobriu-se até a cabeça.

– Okay.