Fins e Meios escrita por SatineHarmony


Capítulo 7
Epílogo: Céu




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— Você tem certeza que não quer que eu o acompanhe? — Yamamoto perguntou. Sua voz transparecia tanto nervosismo que parecia até mesmo que era ele próprio quem iria ver o pai depois de mais de quinze anos separados.

— Acho melhor eu ir sozinho, Takeshi. — Gokudera reteve toda a insegurança e a hesitação que sentia dentro de si, não querendo afetar ainda mais o guardião da chuva. — Eu aposto que ele não reagiria bem caso o visse comigo. O meu pai... — inspirou fundo, buscando as palavras adequadas. — Ele é complicado. — concluiu.

— Mais complicado do que você? — o outro ergueu as sobrancelhas de descrença. — Duvido muito.

Gokudera se permitiu dar uma curta risada, o que resultou num largo sorriso da parte de Yamamoto.

— Eu não sou complicado. — o guardião da tempestade rebateu com falsa inocência. — Você que é péssimo flertando.

Sabendo que aquela fora a forma encontrada por Gokudera para dispersar a tensão e expectativa entre eles diante do reencontro iminente. O moreno decidiu morder a isca:

— Para sua informação, saiba que eu sou irresistível. — cruzou as pernas de forma sugestiva, sentado na beira da cama.

— Takeshi, você demorou mais de um ano para você me conseguir. — Gokudera revirou os olhos.

— Conforme eu disse: você é complicado, Hayato. — Yamamoto riu da forma como o rosto do outro ficou vermelho de vergonha. Porém logo o rosto enrubescido tornou-se sério ao olhar as horas no relógio:

— Eu tenho de ir. — informou Gokudera, enquanto dava o nó na gravata negra em volta de seu pescoço, terminando de se vestir. Takeshi levantou-se da cama para poder acompanhá-lo até a porta do quarto de hotel.

— Vocês combinaram de se encontrar em algum lugar?... — supôs o guardião da chuva, atencioso.

Hayato balançou a cabeça em um movimento negativo:

— Não, isso seria algo primitivo demais para meu pai fazer. — bufou diante de tal "frescura" — Sem dúvidas ele já deve saber que estou na cidade. Aposto que, no momento em que eu sair do hotel, um carro aparecerá para me levar à mansão dele.

Yamamoto envolveu a cintura alheia com um dos braços, e pousou a mão livre sobre o queixo do guardião da tempestade, a fim de fazê-lo virar o rosto na sua direção. Assim feito, deu-lhe um breve beijo.

Aishiteru, Hayato. — Yamamoto sussurrou ao pé do seu ouvido.

Ti amo, Takeshi. — Gokudera respondeu prontamente, lutando contra o rubor que insistia em tomar conta do seu rosto. Com suas esperanças renovadas graças ao ato carinhoso, ele seguiu confiante pelos corredores até o saguão do hotel. Atravessou a porta-giratória e caminhou pela calçada, apreciando a paisagem italiana disposta ao seu redor.

Um carro preto parou na rua, ao seu lado, e o vidro do carona foi abaixado:

— Hayato Gokudera? — perguntou o homem de óculos escuros.

Gokudera deu um sorriso petulante:

— Dessa vez eu tive de ir até a esquina para que fosse buscado. Parece que o velho está ficando lento, nee?

* * *

Era estranho andar por todos aqueles cômodos colossais que esbanjavam luxo. Era estranho ver todas aquelas coisas caras e não sentir o desejo de tê-las. Era estranho ver a casa na qual ele crescera, e sentir nenhuma falta dela. As únicas memórias boas estavam acompanhadas do piano de sua mãe, que agora se encontrava na base Vongola. Aquele não era o lugar de Gokudera; ele nunca fora bem-vindo ali.

Mas então por que ele sentia um gosto amargo na boca?

O guardião da tempestade foi escoltado até as portas duplas que davam acesso ao escritório de seu pai. Os dois homens que o tinham guiado ao longo da mansão se posicionaram ao lado de cada uma das maçanetas, girando-as e abrindo as portas em um movimento fluido.

Gokudera finalmente encontrou coragem de erguer seu olhar do tapete persa que cobria o piso, para avistar o seu pai.

Entretanto, quem estava sentada atrás da escrivaninha era Bianchi.

— Mas que porra? — essas foram as primeiras que passaram pela mente de Gokudera. Ele avançou com passos apressados, e a porta foi fechada atrás de si. — Aneki, o que você está fazendo? Você sabe que o velho preza por essa cadeira mais do que tudo, ele te faria em pedaços se a visse aí.

— Então sorte minha que ele não está mais aqui para fazê-lo. — respondeu, levantando do seu lugar. Só então que ele notou as roupas formais vestidas por Bianchi: paletó e gravata. O seu salto alto ecoou pelo cômodo ao colocar-se na frente de seu irmão: — Hayato, papà se foi.

Gokudera fechou as mãos em punhos e baixou a cabeça, não querendo enfrentar o olhar estoico de Bianchi através dos óculos que ela usava. Ela continuou falando, mesmo sabendo que não obteria resposta alguma de Hayato:

— Câncer no pulmão, você sabe como ele fumava muito. Ele passou o último mês inteiro de cama, e faleceu logo após descobrirmos que Rokudo Mukuro estava por trás do coma de Tsuna. Eu não o avisei porque achei que você já possuía um fardo grande demais sobre os ombros, e Vongola sempre vem primeiro, então...

Gokudera finalmente encontrou sua voz:

— Por que você não me avisou? — perguntou, ainda sem olhar Bianchi nos olhos.

— Eu acabei de dizer, você estava... — ela foi interrompida:

— Não, essa parte eu entendi. — seu tom era de desdém — Por que você não me avisou que ele estava com câncer?

Bianchi suspirou, franzindo os lábios:

— Eu tinha medo de como seria a conversa entre vocês dois. — confessou, erguendo uma das mãos para passá-la pelos cabelos. Ao lembrar-se de que eles estavam presos em um coque, ela estalou a língua de frustração.

— Por quê? Você achou que eu não seria capaz de me comportar por um minuto? Você achou que eu o mandaria ir à merda e iria embora, deixando-o pior do que ele já estava? — questionou, ácido, enfim observando a fisionomia de Bianchi.

— Minha preocupação não era com você. — Gokudera revirou os olhos, e ela insistiu: — Eu estou falando sério, Hayato. Papà enlouqueceu no seu último mês de vida. Por acaso você viu a mama em algum lugar de casa? — perguntou retoricamente — Ela foi embora, Hayato! Papà falou péssimas coisas para ela, e ela se cansou e foi embora. Eu e mama o deixamos sob os cuidados de uma enfermeira particular porque nós não o aguentávamos. É por isso que eu passei esse tempo todo lá na base. — explicou-se.

Gokudera passou um instante em silêncio, absorvendo as informações. Por fim, soltou uma risada seca:

— Nem no final de sua vida aquele homem encontrou alguma dignidade. Isso é deprimente.

— Deprimente é eu ter de sucedê-lo na famiglia. — Bianchi começou a andar de um lado para o outro no escritório; a tensão estava presente em todos seus movimentos. — Papà estava metido em inúmeros esquemas ilegais, e agora é dever meu limpar a bagunça deixada por ele. — suspirou de cansaço.

— Você pode pedir conselhos com o juudaime. — sugeriu Hayato, sentindo-se pequeno. Ele passara tanto tempo tendo problemas com seu pai, porém, no final, quem carregaria a cruz era sua irmã. — Aneki... Se você precisar de ajuda... — sua voz falhou, e ele engoliu em seco — Eu quero que você saiba que eu estou disposto a ajudá-la com qualquer coisa.

— Hayato... — Bianchi acariciou a sua maçã do rosto com um olhar de admiração. — Grazie di cuore. Porém eu acho que é essa a minha oportunidade de amadurecer e finalmente fazer algo de útil com a minha vida. — foi sincera. — Quero dizer, até você encontrou um objetivo de vida, está na hora de eu fazer o mesmo. Ainda mais agora que você e Yamamoto estão juntos, eu preciso conversar sobre casamento com Reborn. Eu me recuso a ficar atrás do meu irmão mais novo. — sua fisionomia tornou-se a de uma criança mimada.

Gokudera riu, e dessa vez foi uma risada honesta que fez Bianchi sorrir em resposta.

— Então estamos de acordo? — perguntou ela, fazendo menção de um cumprimento.

— Ah, só mais uma coisa — pareceu lembrar-se de algo, e tirou os óculos que Bianchi usava. Gokudera esperou pela náusea que não veio, e sorriu, envolvendo a mão alheia com a sua: — Estamos de acordo. — assentiu, dirigindo-se à saída. Quando ele estava prestes a abrir a porta, Bianchi o chamou:

— Hayato, eu estava verificando os registros do papà, e neles consta que ele enviou duas correspondências a você. Eu posso saber o que tinha nas cartas? — sua pergunta dava total respeito a Gokudera caso ele não quisesse respondê-la.

— A primeira continha uma passagem para a Itália. Eu parti no mesmo dia em que o juudaime entrou em coma. — Bianchi permaneceu em silêncio, esperando que Hayato continuasse. — Na segunda carta ele escreveu apenas "Grazie".

Bianchi sorriu, adotando uma expressão maternal:

— Bom saber que no final ele conseguiu atar as pontas soltas com você.

Gokudera sentiu algo incomodar sua garganta:

— Sinto muito que você não tenha tido a mesma sorte que eu.

— Agora eu tenho dezenas de homens sob meu comando. Se isso não é ser sortuda, então eu não sei o que é sorte. — ela riu, descontraída. — Diga a Yamamoto que eu desejo o melhor para vocês dois.

— E eu desejo o melhor para você, aneki. — sinceridade era clara nas palavras do guardião da tempestade.

Gokudera parte da mansão antes que Bianchi veja suas lágrimas.

* * *

Takeshi não questiona Hayato quando este joga no lixo todos os seus maços de cigarro.

* * *

Mukuro estava deitado de bruços, com uma expressão sonolenta no rosto. Suas madeixas roxas estavam dispostas sobre o lençol branco da cama, e Tsuna percorria os dedos por entre os fios sedosos com admiração nos olhos.

— Sabe o que eu mais gosto em você? — o chefe dos Vongola foi retórico.

— O meu cabelo? — Rokudo ergueu uma sobrancelha, divertido. Tsuna sorriu, sem graça:

— Não, a sua forma de dizer "eu te amo". — adotou uma postura pensativa, sentado com as costas apoiadas na cabeceira da cama — Eu sempre soube que você me amava, mesmo que você só tenha tido coragem de me contar isso verbalmente quando pediu o meu perdão. — comentou. Mukuro reprimiu um sorriso:

— E como você sabia do meu amor por você? — seu interesse pela conversa era transparente em sua voz.

— A forma como você me olhava, a forma como você agia à minha volta, a forma como você falava... Tudo isso praticamentetransbordava amor. — o moreno listou, parecendo estar focado em memórias passadas. Então voltou para o presente, observando o ilusionista com uma devoção muda. — Rokudo Mukuro, você é um livro aberto. — pausa — Eu não entendo a incapacidade dos outros de compreendê-lo. — confessou, com os olhos estreitos.

— Você é o único capaz de me decodificar, Sawada Tsunayoshi. — Mukuro beijou os nós dos dedos de uma das mãos de Tsuna. — Falando em outros...

— Não, você não tem o poder de cancelar a reunião de amanhã. — o moreno o interrompeu, e era possível detectar certa autoridade no seu tom de voz. — Você irá encontrar os outros guardiões e pedirá desculpas por tudo. Você fará isso por mim. — determinou.

— O pior não é isso. Você me apresentará a eles como sua waifu. Eu não sei se meu ego será capaz de suportar isso. — Rokudo confessou.

Waifu? — Tsuna ergueu uma sobrancelha diante do termo. — Parece que suas conversas com M.M não estão lhe fazendo bem. — riu.

— Quem é você e o que fez com o meu Tsunayoshi? — o ilusionista estreitou os olhos, resultando em uma expressão dramática de desconfiança. — Rindo imprudentemente, sendo mandão...

— Rokudo Mukuro, depois de toda essa confusão que você provocou, eu posso te garantir uma coisa: eu vou praticamente mantê-lo numa coleira a partir de agora.

— Pensando bem, talvez eu goste mais dessa sua versão nova. — Mukuro apoiou o peso de seu corpo nos cotovelos, de forma que pudesse alcançar a boca de Tsuna. Quando o beijo foi concluído, abriu um sorriso malicioso: — Pronto para o round 2?

* * *

Esta era uma das raras ocasiões na qual a sala principal da base Vongola continha todos os guardiões da décima geração da família. Tsuna ficara muito surpreso ao ver que até mesmo Hibari viera — ele estava sentado em silêncio numa das cadeiras mais afastadas de todos, é claro.

Silêncio tomou conta do cômodo ao verem o seu chefe atravessar a soleira da porta. Sawada nunca se acostumaria com o respeito e autoridade que conquistara da sua família, porém ele tinha de reconhecer que talvez — apenas talvez — ele fosse um bom líder. Entretanto, até hoje ele não conseguia compreender como seus amigos o seguiram no início, na época em que ele negava qualquer obrigação da máfia dada por Reborn.

Ninguém ousou fazer um mínimo som quando Rokudo apareceu atrás de Tsuna, com um rosto inexpressivo. O chefe dos Vongola lançou um olhar paciente para seus companheiros, como se pedisse para eles reconsiderarem quaisquer insultos que desejavam direcionar ao ilusionista traidor.

Ao notar que ninguém romperia o silêncio, respeitando a vontade de Tsuna, este finalmente pronunciou-se:

— Levando em consideração os acontecimentos dos últimos dias, eu decidi reunir todos vocês aqui para deixarmos tudo claro. — sua pronúncia era decidida. — Antes de tudo, eu estou bem. Eu nunca entrei em coma ou coisa alguma, apesar de ter passado um longo tempo sob ilusões. — todos na sala lançaram um olhar com uma pontada de irritação na direção de Mukuro. — Os vindice aceitaram nossas "compensações" pela fuga de Rokudo Mukuro da prisão, portanto não há o que temermos. Como todos nós sabemos, a partir de agora possuímos apenas um guardião da névoa. Chrome — gesticulou para a única mulher da sala — permanece na família por ter sido também vítima das ilusões de Rokudo, porém ele foi terminantemente expulso, e espero que vocês me apoiem nesta decisão; eu tomei a medida que acreditava ser a mais adequada. — alguns deles assentiram em sinal positivo à atitude tomada por Tsuna, e com isso, ele continuou: — E agora eu espero igual compreensão de vocês quando digo que... — o moreno hesitou, mordendo o lábio inferior. Ótimo, ele começara seu discurso tão bem e agora ficaria corado de vergonha por causa de Mukuro.

— Tsuna, você está bem? — Lambo perguntou, estranhando a longa pausa dada pelo seu chefe. Este fez um gesto de desdém com as mãos, tentando transmitir tranquilidade ao guardião do trovão, no entanto as palavras simplesmente não saíam de sua boca.

Reborn revirou os olhos da dificuldade do moreno de falar:

— Dame-Tsuna quer dizer que ele e Rokudo Mukuro estão juntos.

Silêncio. Desta vez, a mudez coletiva é desconfortável, e nenhum dos guardiões parece saber ao certo o que falar em resposta a tal informação chocante. Ryohei resume a confusão de todos ao tomar coragem de se manifestar:

— Quando você diz que eles "estão juntos" — desenhou aspas no ar, voltando-se para o hitman —, você que Sawada e Rokudo são como eu e Hana?

— Sim, Tsuna e Rokudo possuem o mesmo relacionamento que você com Kurokawa, e Yamamoto com Gokudera. — Reborn confirmou.

— Oi? — Lambo parecia estar desnorteado com a conversa, enquanto Chrome reagiu melhor com a informação, sussurrando parabéns para os guardiões da tempestade e da chuva. Hibari bufou de desprezo no canto da sala onde estava, e falou pela primeira vez desde que entrara no cômodo:

— Você nos chamou apenas para dizer isso? — ergueu uma sobrancelha para Tsuna. Este pigarreou, captando de volta a atenção de todos:

— Bem apontado, Hibari. Na verdade Mukuro também queria falar algo para vocês. — informou com cautela, notando a postura tensa de todos. — Mukuro? — Tsuna o chamou, dando um passo para o lado para que o ilusionista tomasse seu lugar.

Rokudo segurou o olhar de todos de cabeça erguida e com confiança, entretanto Sawada percebera claramente a ansiedade contida em seus movimentos. Apesar disso, a voz de Mukuro soou estável:

— Eu lamento pelas complicações que causei à família nos últimos dias. Eu reconheço que sou egoísta e que prejudiquei todos por pensar apenas em mim mesmo. — foi sucinto.

Gokudera franziu a testa de surpresa:

— Ele está falando a verdade. — comentou num sussurro para Yamamoto, notando a pura honestidade contida nas palavras do ex-guardião da névoa. Percebendo a mesma coisa que Hayato, os outros por fim assentiram, parecendo aceitar o pedido de desculpas de Rokudo.

— Isso dito, alguém tem mais algo a adicionar? Expressar uma opinião, talvez? — sugeriu Tsuna, dando espaço para todos falarem. Diante da indiferença dos guardiões, ele concluiu: — Então a reunião está encerrada, obrigado pela presença e perdão pelo incômodo.

Os cantos da boca de Reborn curvaram-se minimamente para cima, satisfeito pelo tom profissional usado por Tsuna. A sala foi esvaziando-se, cada guardião voltando ao seu respectivo afazer, no entanto o hitman manteve-se de pé contra a parede do fundo do cômodo. Ele preferiu observar as ações dos outros membros da família.

Hibari retirou-se antes de todos com pressa, porém sua saída foi feita em silêncio e passou completamente despercebida. O ex-arcobaleno viu Yamamoto e Gokudera saírem juntos, entretidos em uma conversa entre os dois. O guardião da tempestade não estava afobado em acompanhar seu chefe pelos corredores, aguardando pela sua próxima tarefa feito um cão leal. O italiano parara com sua devoção cega, parecendo estar mais prudente e maduro com as mudanças de sua personalidade.

Tsuna fora embora com um Rokudo Mukuro mudo ao seu lado, enquanto conversava animadamente com Ryohei e Chrome. Reborn notou que o guardião do sol estava puxando assunto com o ilusionista, tendo perdoado-o verdadeiramente por tudo o que fizera.

O hitman só voltou sua atenção para si mesmo quando sentiu um toque em seu ombro. Seus olhos focaram-se em Lambo, que estava em pé ao seu lado.

— Agora que Tsuna e Rokudo, e Yamamoto e Gokudera-shi divulgaram para a família o relacionamento deles, que tal nós nos assumirmos também, Reborn? — o guardião do trovão comentou, com um sorriso sugestivo nos lábios.

— Até parece. — Reborn riu. — A Vongola já possui romance o suficiente. — desencostou-se da parede, rumando à porta da sala. Lambo foi atrás:

— Eles parecem estar muito felizes. — notou, com uma nota de satisfação na sua voz.

— Eles merecem. — o hitman assentiu. — Vamos embora, eu estou com fome e encontrei um novo restaurante para irmos. — seu tom foi autoritário, porém Lambo não precisou de mais nenhum incentivo para seguir Reborn sem olhar para trás.

"Caso o príncipe saiba comandar e seja alguém de coragem, que não desanima nas desventuras, tome todas as precauções e tenha inspirado, pelo próprio mérito e pela conduta, confiança no povo, nunca será enganado por ele."

(Maquiavel, O Príncipe)


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Notas finais do capítulo

Antes de tudo: mil perdões pela demora. A inspiração simplesmente decidiu fugir de mim, e eu comecei a protelar esse epílogo :s Até que um dia ela voltou de repente e eu consegui escrever alguma coisa, mas dá para notar claramente nesse capítulo o momento em que ela foi embora de novo .-. Se isso serve de consolo para vocês, saibam que estou me sentindo péssima por ter colocado um final tão blergh em FEM T-T
Sobre a citação no final: basicamente, é um questionamento da habilidade do Tsuna de ser chefe da Vongola. Levando em consideração tudo o que aconteceu na história, o Tsuna agiu certo? Será que ele deveria ter dado uma punição pior para Mukuro? Será que ele sempre deveria ter agido com pulso firme, para evitar que algo como isso não acontecesse nunca? E por tudo o que aconteceu, será que isso significa que o Tsuna (o príncipe) não tem a confiança da família (o povo)? Well, só estou deixando esse pensamento aqui para vocês...
Por fim, muito obrigada a todo mundo que leu a fanfic, e que a favoritou, colocou nos acompanhamentos, escreveu reviews etc. Eu adorei ver quanta gente se interessou pela história, e isso me deixou muuuito feliz. Sério, se não fosse por vocês, eu nem teria terminado essa fanfic



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