Safira: A História de Uma Assassina escrita por Maithe Merizio


Capítulo 4
Capítulo 4


Notas iniciais do capítulo

Heyy, postei esse capitulo faz um tempo né.... hahaha. Então, me desculpe gente... terei que parar de escrever esse livro porque estou morando em SP (Sou do ES) e o computador que estava usando era do meu irmão.... Quando conseguir um computador pra mim vou postar novos capitulos uma vez por semana, ou posso fazer umas surpresas como dois capitulos por dia....
Novamente me desculpe, não é porque estou sem criatividade ou cansei dessa história, eu realmente amo escrever sobre Safira, apenas estou sem computador.



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Estou em meu quarto ajudando as serviçais mesmo que elas me mandem parar e esperar, não me importa ser filha de Bill Lowell, ele apenas me criou até meus sete anos, o resto de minha vida foram pessoas desconhecidas que me criaram, sofri cada dia, tanto aprendendo quanto sendo castigada. Apenas quando fui para Donovan que eu conheci o perdão, o amor, o carinho, tive meu primeiro amigo, finalmente entendi o que era ter família, daquele dia em diante eu quis me casar por amor, agora estou sendo obrigada a me casar com um homem que eu nunca conheci em toda a minha vida.
Só me apaixonei uma vez. Eu tinha nove anos e ele tinha 11, éramos grandes amigos até que certo dia estávamos juntos quando o chamaram e ele entrou em desespero. Falou que me amava que nunca iria esquecer-se de mim, me beijou e logo depois foi embora, ninguém sabia seu paradeiro.
¨¨
Lembro até hoje de quando o vi pela primeira vez, não foi amor a primeira vista, foi ódio a primeira vista - mais parecido com inveja - eu estava sentada ao lado de uma cerca estudando enquanto ele brincava com seus amigos, as meninas ficavam sentadas, rindo e olhando para ele. Assim que terminei de ler o livro me levantei e estava indo para casa quando ele me derrubou, como eu era proibida de usar minhas habilidades me deixei cair.
– Oh, me desculpe - falou
Assenti enquanto ele me ajudava a levantar, estava triste demais para brigar com qualquer um.
“Porque não posso ser normal?" penso.
– Você está bem? - pergunta preocupado
– Sim - mas o que quero responder é não
Pego meu livro e vou embora, ouço-o gritando por mim, mas não olho para trás.
Naquela noite me puniram por chegar suja de lama, não me defendia porque eles ameaçavam contar ao meu pai e eu tinha medo dele. Tinha um corte em minhas costas por causa do chicote. Não sai de casa por um tempo, pois tinha que esconder meus machucados do povo que vivia na vila, mas um dia eles me machucaram tanto pelo simples prazer de me ver sangrar que acabei perdendo a cabeça e os matei, não foi uma morte bonita, amarrei os dois e arranquei os dedos das mãos e dos pés dos dois, depois os torturei um pouco com cortes e facadas por todo o corpo, arranquei suas línguas. Depois de um tempo quebrei o pescoço dos dois e arranquei suas cabeças.
Olhei para os corpos sem vida aos meus pés, minhas mãos sujas de sangue, minhas costas ardendo e corri para o rio que tinha por perto da casa, corri o mais rápido que pude com os olhos embaçados pelas lágrimas. Pulei para dentro do rio, senti minhas costas arderem e arfei esfregando meus braços com tanta força que ficaram vermelhos quando de repente ouvi o som de risadas e foi então percebi que não estava sozinha, as outras crianças e aquele menino que me derrubou estavam lá pescando e brincando na água. Quando perceberam que não estavam sozinhos o riso parou, recuei até bater com as costas em uma pedra me fazendo chorar e gritar de dor, minhas costas estavam em carne viva. Eu estava coberta de sangue tanto meu quanto dos dois que me torturaram, minha vida era tão diferente daquelas crianças que me olhavam assustadas, menos o menino que me derrubou, ele solta a vara de pescar e corre em minha direção, me abraço. Estava cansada e com dor.
– Olá - ele disse quando estava na minha frente - você está bem?
Encolhi-me quando ele estende a mão para mim.
– Calma, sou seu amigo
– Não tenho amigos - sussurrei
Sorrindo ele diz:
– Agora você tem. Chamo-me Thomas
Ele me abraçou tomando cuidado para não encostar-se a meus machucados, e foi assim que nossa amizade começou, ele me ajudou com meus machucados, me protegia. As outras crianças me viam como uma aberração e me julgavam, às vezes jogavam pedras em mim, Thomas me ajudava e eu o ajudava também. O amei por não me julgar, por seu meu amigo, por estar ao meu lado quando eu mais precisava.
Thomas sempre foi e sempre será o amor da minha vida.
¨¨
As serviçais prepararam uma banheira com água quente e fizeram uma limpeza em meu corpo, hidrataram meu cabelo, fizeram as unhas do pé e da mão depois me deixaram relaxar por um tempo, não penso em nada, não penso em meu amigo, no noivado, principalmente no noivo com seus olhos verdes, cabelo louro, corpo musculoso, ombros largos, lábios carnudos, mandíbula quadrada. Imediatamente me levanto da banheira e vou para o meu quarto onde Amber me esperava para me arrumar.
– Estou tão animada com o seu casamento, espero que você seja mais feliz quando se for.
Sorrio e a abraço.
– Obrigada Amber, assim espero.
Enquanto ela arrumava meu cabelo liso deixando-o solto, ficamos conversando e rindo como sempre fazíamos, ela apertou minhas bochechas para da uma cor ao meu rosto. O vestido era violeta, não tinha muitos detalhes porque gosto de coisas simples, tinha detalhes dourados, manga longa estilo boca de sino.
Me olhei no espelho. Era a primeira vez que me arrumava dessa forma, quase não me reconheço, meus cabelos negros estão soltos, o vestido cobre meus pés e é justo em meu corpo abraçando minhas curvas modestas. Meus olhos de um tom de azul escuro estão mais brilhantes.
– Ana, você está magnifica.
Viro-me para Amber e a abraço.
– De todos aqui, você é quem eu vou sentir mais falta, tem certeza que não quer ir comigo? Seu marido pode vir junto - pergunto esperançosa.
Amber enxuga uma lágrima.
– Adoraríamos, mas já temos planos. Estamos pensando em ir morar em Marville.
Corro até meu armário e pego um saco de moedas e entrego para ela.
– Então aceite isso, meu presente para vocês.
– Ana... Não posso aceitar.
– Sim você e irá, agora vá. Vocês tem um longo caminho.
Amber começa a se retirar, mas a chamo.
– Você foi minha única amiga aqui, sei que não falo muito isso, mas obrigada e te amo como se fosse minha irmã
Se antes ela estava chorando agora ela estava desmoronando.
– Também te amo como minha irmã.
Nos abraçamos uma última vez e então ela foi embora.
Respirando fundo vou para o grande salão onde está tendo a festa do meu noivado.


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