P.O.V Julie

Depois de comermos, arrumei tudo, e fui pra sala, porém, quando cheguei la, vi minha mãe pegando sua tao preciosa caixa.
– Ah nao... - pensei
– Aqui eu tenho todas as coisas do Pedrinho e da Julie - disse ela contando a Daniel - e esse aqui - apontou - é o álbum de fotos da Julie quando era pequena.
– Mãe... Nao tem necessidade de mostrar isso né.
Daniel ria.
– É claro que tem! Ele é seu namorado, precisa ver!
Enquanto isso, Daniel via e revia as fotos, em algumas ele sorria, em outras ele fazia caretas. Isso me assustava.
– Mamãe, vai ficar quando tempo aqui com a gente? - perguntou Pedrinho
– Só hoje filho.
– Ah mãe! - disse a abraçando
Por mais que ela fosse sem noçao, eu a amava.
– Mas eu prometo que eu volto logo ta?
Assentimos.
– Julie, nao vai cantar? - perguntou minha mãe
– Se você quizer eu canto.
– Pega seu violao e vamos fazer um som! - ri com a loucura dela - canta aquela musica que um dia você cantou pra mim por chamada de video.
Daniel parou de ver as fotos, e pegou o violao.

O sol não é o mesmo sol
Sei lá, tudo ficou assim
Tão sem cor
Nem o calor do sol é
Aquele que eu e você sentíamos em nós
Quem foi que parou de falar
Quem foi que já falou demais
Ou foi só um jeito de sentir saudade
Daquela real amizade
Que nunca morrerá
Conte comigo
Aqui ou em qualquer lugar
Até o fim
É só chamar
O meu nome
Junto de mim
Você vai estar
Para sempre nós
Até o fim
É só chamar
O meu nome
Junto de mim
Você vai estar
Para sempre nós
Lembrar não é
O mesmo que
Viver é bom estar
Aqui pra te ver
E sentir que tudo passa
E a gente da risada
E nada importa mais
Conte comigo
Aqui ou em qualquer lugar
Até o fim
É só chamar
O meu nome
Junto de mim
Você vai estar
Para sempre nós
Até o fim
É só chamar
O meu nome
Junto de mim
Você vai estar
Para sempre nós

– Lindo! - aplaudiu minha mãe. - nossa mas, entao, vocês são mesmo reais! Posso ver?
Os fantasmas ficaram em dúvida, mas assentiram.
E por incrível que pareça, ela apertou o braço de cada um.
Ri com a cena.
– Bom crianças, agora tenho que ir.
– Ah naaaao mãe. - disse Pedrinho
– Desculpa meu amor.
– Vamos, eu te levo ate o aeroporto. - disse meu pai
– Tchau crianças, amo vocês!
Nos despedimos, e fui pra edicula, os fantasmas ja se encontravam la.
– Vou ficar um pouco no quarto ta, qualquer coisa me chamem. - avisei
Assentiram.
– Te amo. - Daniel sussurrou
– Te amo também. - sussurrei de volta, e lhe dei um beijo.
Subi, porém quando abri a porta do quarto, recebi uma visita inesperada.
– Ora, ora se nao é a minha amiga Julie.
– O que você ta fazendo aqui?
– Uma visita. Afinal, é proibido?
– a SUA visita sim!
– Ah, me desculpe! Nao sabia... Entao agora VOCÊ vai me fazer uma visita.
– Por que? - senti meus braços sendo presos, gritei e de repente, nao vi mais nada.

P.O.V Daniel

Estava na edicula jogando dardos, quando ouvi um grito vindo de dentro da casa.
" Julie " - pensei
– Julie! - saímos correndo ate seu quarto, chegando la, encontramos um bilhete.
"Suas chantagens nao são válidas para mim. Prender vocês nao adianta, entao agora é a vez da JULIE."
– Desgraçado! - gritei
– O que ta escrito? - perguntou Martim
– Ele levou a Julie! - eu gritava, sem me importar com o barulho
– Julie! - o pai da Julie chegou ate o quarto - cade ela?
– Ele levou ela. - disse Felix
– Ele quem?
– Demetrius.
– Aquele mafioso que prendeu vocês?
– Sim.
– O que vamos fazer?
– O senhor vai ficar aqui com o Pedrinho, nao deixe ele saber de nada, e avise a Bia. - disse Martim - se vocês forem, pode ser mais perigoso.
Eu estava no canto do quarto, quieto, com raiva.
– Eu vou acabar com você Demetrius.
– Daniel, se acalma cara. - disse Felix
– É, pensar assim só vai piorar. - disse Martim
– Ele mexeu no meu ponto fraco. A JULIE.