On My Way escrita por Marylin C


Capítulo 3
Capítulo 3


Notas iniciais do capítulo

Olá pessoas! Como vão neste belo dia pré-véspera de Natal?

Sem mais delongas, cá está o próximo capítulo.

Espero que gostem!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/575682/chapter/3

Not the snow, not the rain

Nem a neve, nem a chuva

Can change my mind

Podem mudar o que eu penso

The sun will come out, wait and see

O sol vai sair, espere e verá

And the feeling of the wind in your face

E a sensação do vento no seu rosto

Can lift your heart

Pode alegrar seu coração

Oh there's nowhere I would rather be

Oh não tem outro lugar onde eu preferia estar

–Vamos, James! Perderemos o trem se não estivermos lá em vinte minutos! – Lily batia insistentemente em sua porta. O rapaz acordou em um sobressalto e olhou em seu relógio. Vinte minutos para as 10h. Estava atrasado.

Levantou-se de um pulo e trocou desajeitadamente de roupa, pôs seus óculos de armação quadrada e tentou deixar o cabelo menos bagunçado. Abriu a porta e uma Lily irritada estendeu-lhe um pacote de papel marrom.

–Tomei a liberdade de pegar comida para você. Com base no que me disse sobre comida e no que comeu ontem, pude saber o que gostaria de café da manhã. Agora pegue suas coisas e vamos!

James assentiu, recebendo o pacote sem estranhar. Ela era jornalista, afinal. Pegou o violão e as duas malas e os pôs no carrinho atrás da ruiva, o empurrando enquanto segurava o pacote de comida. Lily seguia a passos rápidos a sua frente, apertando o botão do elevador e aguardando-o empurrar o carrinho para dentro antes de entrar e soltar a porta.

Os dois fizeram check-out e em dez minutos estavam sentados em uma das cabines de trás do trem para Munique, James se deliciando com os ovos e o bacon junto com as torradas que Lily havia pego para ele.

–Acertei, não foi? – ela riu da cara que o companheiro de viagem fazia.

–Você é maravilhosa. – tomou um gole de café, sorrindo como uma criança. – Posso ver porque sua mãe e irmã queriam que se casasse.

Lily fechou a cara.

–Sério? Por que então, Potter?

–Hey, calma. Eu não disse nada errado, disse? Você seria uma ótima esposa para alguém. – ele levantou as mãos em sinal de rendição.

–Na verdade, disse sim. Eu não quero me casar com alguém que eu não ame. Posso ser uma ótima esposa e todas as outras baboseiras que minha mãe e Petúnia falaram, mas nunca, NUNCA, diga que as entende. Você não entende, nunca entenderá o que é ser quase que comercializada em troca de privilégios no governo italiano, ser impedida de estudar o que gosta e ter que aprender todos os serviços domésticos antes de sequer saber ler. Então não venha falar do que não sabe. – ela discursou, as bochechas ficando vermelhas de cólera. Quando acabou, olhou pela janela e passou as próximas cinco horas calada com um caderninho e caneta no colo, escrevendo.

–Lily? – James chamou depois de olhar em seu relógio de pulso e perceber que faltavam mais cinco horas de viagem e que a ruiva à sua frente tinha passado tanto tempo sem falar. Mais importante: estava sentindo falta do ritmo cadenciado de sua voz e de seu sotaque quando falava inglês.

Ela finalmente tirou os olhos de seu caderno para olhá-lo, e ele viu o quanto ela tinha se chateado em suas orbes verdes.

–Olha, eu... – hesitou. Então pegou o violão e tocou alguns acordes, acompanhando com a voz em um ritmo inusitado – Eu só quis fazer um elogioooo. Me desculpe. Não sou o melhor com as palavraaas. Só queria dizer: você é. Incrível. Maravilhosa. Me descuuuulpe...

Lily se esforçou para manter-se séria, mas no final da pequena canção ela já ria abertamente.

–Tudo bem, tudo bem. Está perdoado, mas por que só não disse o que quis dizer sem acompanhar com aquele ritmo ridículo no violão?

–Não sou o melhor com as palavras, já disse. Me sinto mais seguro quando as canto do que quando as falo normalmente. – James corou um pouco. – E então, somos amigos de novo?

–É claro. – ela sorriu, guardando o caderno e a caneta em sua mochila e observando a paisagem:

–Oh não. – mordeu o lábio.

–O que foi? – James também olhou pela janela.

–Vê as nuvens muito escuras? Vai nevar daqui a pouco. Não poderemos prosseguir por um tempo, a ferrovia ficará obstruída.

–Tudo bem, desde que eu chegue a Londres. – ele sorriu, passando a mão pelo cabelo e assumindo uma pose despreocupada em seu assento. Lily torceu o nariz.

–Mas chegar atrasado não te preocupa? Pelo que me contou, sua mãe é muito metódica.

–E é. Mas o que posso fazer? Impedir a neve? Não. Então o que me resta é esperar e tentar aproveitar o tempo que tenho. – ele deu de ombros. Lily balançou a cabeça, compreendendo. – E abra a janela um pouco.

–Abrir? Por quê?

James sorriu, levantou-se e abriu a janela. O vento invadiu a cabine, despenteando os cabelos ruivos bem arrumados de Lily.

–Arrgh! Meu cabelo, Potter! – ela levou as mãos ao cabelo para tentar mantê-lo no lugar.

Ele riu e a fez abaixar as mãos.

–Relaxe, ruiva. Feche os olhos – ela obedeceu, sem entender. – Agora sinta o vento frio batendo em seu rosto.

Lily se acalmou depois de alguns segundos se concentrando na sensação gostosa que era o vento.

–Viu? Não é tão ruim, é? – James sorriu. Ela abriu os olhos para encontrá-lo sentado no assento ao seu lado, não mais em sua frente. Ele estava... Perigosamente perto.

–James... Isso é maravilhoso. – O moreno mordeu o lábio e tentou se concentrar nos olhos da ruiva, sem sucesso. Apesar de adorar os tons verdes deles, prestou mais atenção em seus lábios rosados. Bastante beijáveis.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

E então? Mereço reviews? Vi que tenho quatro acompanhamentos, mas só duas leitoras comentam. Vocês teriam a fineza de aparecer? Quero saber o que estão achando até agora!

Até mais,
Mary