Destino! escrita por BarFaberry


Capítulo 4
Capítulo 4 - Perdas!


Notas iniciais do capítulo

Através dos passos alternados de perda e ganho,
silêncio e atividade, nascimento e morte,
eu trilho o caminho da imortalidade.
Deepak Chopra



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Segunda-feira 17 de janeiro de 2014.

19h09min

Kurt acordou em sua cama. Seu pai estava sentado ao seu lado acariciando seu rosto.

__Kurt?

Os olhos do menino finalmente abrem, bem a tempo de ouvir um estrondo vindo do ferro-velho ao lado da casa e anexo a sua garagem.

Kurt se senta abruptamente e solta um suspiro:

__Foi um sonho. Graças a Deus!

Ele olha para o pai e diz:

__Você não vai acreditar no pesadelo que tive.

__Filho...

Os olhos de seu pai estão vermelhos e lacrimejantes.

__Filho você não teve um pesadelo. Você desmaiou na escola.

Os olhos de Kurt se arregalam.

__Não... Mas tem que ser um pesadelo. Rachel não pode estar... Ela não está. Não. Apenas não!

Kurt levanta de sua cama e passa a mão pelo cabelo, pela primeira vez em anos, não se importa se poderá estar bagunçando ele todo.

Seu pai se levanta:

__Kurt!

Ele coloca as mãos nos ombros de Kurt.

__Eles declararam sua morte, logo após seus pais chegarem lá.

Kurt solta um gemido e rosto de Burt Hummel se contorce em uma careta. Ele puxa o filho para si, em um abraço apertado.

__Papai...

Kurt se agarra a seu pai e fecha os olhos, se Rachel está realmente morta, isso significa que... A hora da sua morte não foi um pesadelo qualquer. A culpa e tristeza brigam dentro dele por uma posição de destaque. Ela estava viva, Quando ele foi ao banheiro pela primeira vez, poderia salvar Rachel.

Ele deixa escapar um soluço, é quando seu pai o segura mais firme.

Há outro barulho lá fora.

Kurt se afasta.

__O que é isso?

O rosto de Burt fica ainda mais preocupado.

__Finn. Ele está quebrando as coisas lá fora.

Os olhos de Kurt se arregalaram.

__Devemos ver como ele está.

Burt olha surpreso, mas acena com a cabeça concordando com o filho. Os dois homens Hummel sobem as escadas, porém Kurt permanece segurando no braço de Burt. Eles saem da casa e seguem o caminho para o ferro-velho murado. Outra batida reverbera pelo quintal. Carol Hummel, anteriormente Hudson, está em silêncio no portão aberto.

Burt avança e passa um braço em volta dos ombros de Carol. A mãe de Finn está chorando em silêncio, enquanto observava seu filho rasgar um carro. O rapaz alto tem uma marreta na mão e parece decidido a fazer o maior estrago possível. Seu rosto está angustiado e em agonia enquanto ele bate novamente e novamente. Burt, Carol e Kurt assistem em silêncio enquanto Finn descarrega sua raiva.

__Ele vai se machucar.

A cabeça de Kurt vira rápido quase dando a si mesmo uma chicotada, ao ouvir as vozes. Quinn e Sam levantam praticamente ao mesmo tempo.

__Certo. Quinn, alguém deve impedir. A voz de Sam era suave, mas firme.

E Carol balança a cabeça negando:

__Ele precisa disso.

Os olhos de Quinn são suaves quando ela balança a cabeça concordando.

__Também acho. É mais saudável do que a atitude de Puck, ao menos. Brittany e Santana estão ainda com ele, mas pelo que me disse Brittany Santana passou de uma atitude de choque para outra de fúria.

Os olhos de Kurt se arregalam:

__Puck e Santana vão alimentar um ao outro com o sentimento de raiva.

Quinn responde:

__Eu sei!

Outro estrondo soa quando Finn consegue um golpe particularmente pesado em uma das janelas. O rapaz alto grita quando vê o vidro cair sobre ele.

Ele faz uma pausa e o grupo vê quando seus ombros começam a tremer. Fi nn larga a marreta e se vira. Seus olhos estão molhados de lágrimas enquanto ele caminha em direção ao grupo.

Carol pergunta:

__Finn?

Finn para, respira fundo, fazendo um esforço visível para conter as lágrimas.

__Rachel... Ela não gostaria de me ver destruir qualquer coisa. Baixou sua cabeça e continuou andando.

Carol aperta o braço de Burt e diz:

__Devo seguir ele.

Burt assente:

__Vá querida.

Carol dá a Burt um sorriso triste e corre atrás Finn.

Kurt olha para Sam:

__Você... Você me trouxe para casa?

Sam abre os braços e Kurt voa para eles.

Enquanto segura Kurt, ele responde:

__Sim. Quinn e eu deixamos você e Finn em casa, em seguida, voltamos para deixar Mercedes.

Kurt o abraça tão apertado quanto podia enquanto sussurrava seus agradecimentos.

Suavemente ele diz ofegante:

__Me desculpe. Eu sinto muito.

Braços de Sam apertam mais o menino.

__Oh Kurt, não é sua culpa.

Os olhos de Kurt estão fechados, apertados.

Terça-feira 18 de janeiro de 2014.

08h25min

Burt e Carol oferecem a possibilidade de deixar Kurt e Finn ficar em casa. Kurt estava inclinado a aceitar a oferta feita. Finn calmamente responde que Rachel não aprovaria eles faltarem a escola.

Como ela sempre diz, “Educação é essencial para uma futura estrela, depois de tudo.” O quarterback e o kicker chegaram juntos a escola, se separado para as suas aulas depois de um breve momento de desgosto e angustia de Finn.

__Kurt...

Finn fala quando os dois estão preparados para seguir caminhos separados.

Kurt se vira para trás.

__Sim, Finn?

Os olhos de Finn estão arregalados e assustados.

__Rachel é... Estava na minha primeira aula.

Ele engasga-se um pouco. E parecia tão perdido que Kurt fez a única coisa que pode pensar e o abraça.

Finn devolve o abraço sem hesitação. Depois de um tempo em que o sinal de alerta soa, os dois meninos se afastam.

__Obrigado Kurt.

Finn retorna de volta pelo corredor e, lentamente, quase relutantemente faz o seu caminho para a sua primeira aula.

10h05min

Segunda aula é brutal para Kurt. Ele e Rachel têm compartilhado a aula nesse ano, com Brittany. A loira não é melhor em espanhol este ano e tinha muitas vezes pedido a ajuda Rachel para as respostas. Kurt é longe de ser tão eficiente quanto Rachel, o que o havia livrado de qualquer responsabilidade de ajudar a Brittany, até agora.

Brittany está sentada em sua cadeira por três minutos e olha para a cadeira vazia de Rachel ao lado dela. Quase como se a loira Cheerio esta tentando fazer Rachel aparecer.

Quando o Sr. Schue, finalmente, entra e começa a desempenhar seu papel, Brittany levanta sua mão:

__Mr. Schue.

Mr. Schue, cujos olhos estão vermelhos e cuja voz está um pouco rouca, responde:

__Sim Brittany?

A voz de Brittany é incerta.

__Rachel não está aqui.

Mr. Schue assente e gentilmente responde:

__Eu sei Brittany.

Com uma pequena voz Brittany pergunta:

__Posso sentar ao lado de Kurt? Cadeira de Rachel está solitária e minha cadeira pode fazer companhia.

Mr. Schue nem pisca.

__É claro que sim Brittany, tenho certeza que a cadeira de Rachel é feliz por ter companhia. Não houve zombaria da classe quando Brittany se levanta e se dirige para a cadeira ao lado de Kurt, de fato, algumas das crianças até parecem solidárias.

Depois que Sr. Schue faz chamada, e após um breve tropeço sobre o nome de Rachel, Brittany calmamente pergunta:

__Você vai me ajudar Kurt?

__Sim Britt. Eu vou te ajudar.

12h45min

O almoço está acontecendo em silêncio. Tina e Mercedes parecem que explodiram em lágrimas a qualquer momento.

Finn vai em direção à mesa com sua bandeja para oferecer seus vegetais para Rachel, no meio do caminho ele para subitamente. Ele se senta atordoado durante o resto do almoço.

Mike e Matt, normalmente tranquilos, felizes e sorridentes, estão parecendo perdidos e tristes. A conversa silenciosa normal era inexistente como se tivessem concentrados em sua alimentação.

Brittany não se preocupou em obter uma bandeja, de modo a manter a farsa que ela estava almoçando. Ela simplesmente está sentada com a cabeça no ombro de Santana e olha para o espaço. Santana por sua vez está olhando para qualquer um que não faz parte do Glee clube que está dentro de 10 metros da mesa.

Seu olhar é venenoso e eficaz em manter o resto dos alunos sobre controle.

Artie está brincando com sua câmera. O menino preso à cadeira tem uma estranha mistura de tristeza e culpa escrita em seu rosto. Kurt ia saber depois que Rachel havia pedido várias vezes para Artie levar a câmera e Artie tinha esquecido nada menos do que seis vezes.

Os olhos de Quinn têm sido surpreendentemente vermelhos, estão tristes e perturbados. A cada dois minutos, o ex­Cheerio olhava em direção ao local agora vago de Rachel. Ela faz isso com tanta frequência que seu rosto tem uma expressão quase cíclica de surpresa, então dor, então saudade. Ele faz Kurt curioso e triste ao mesmo tempo.

Sam tem segurado sua mão durante todo o almoço, depois de um Olá murmurado e uma declaração veemente que aula de Inglês foi horrível. Sam tem compartilhado aulas avançadas de Inglês com Rachel. Isso vem como uma surpresa para Kurt que seu namorado não era apenas um cara gay enrustido, mas também um nerd enrustido.

Puck não apareceu.

15h30min

Glee não foi marcado para terça-feira, mas de alguma forma todos, incluindo Mr. Schue e Miss Pillsbury estão na sala do coral.

__Oi pessoal...

A voz de Mr. Schue não tem nada da alegria que normalmente tem.

O clube responde em diferentes graus de entusiasmo, o que significa dizer nenhum ou quase nada.

Senhorita Pillsbury hesita antes de falar:

__Eu sei... Ontem foi horrível para todos vocês. A perda pode ser muito difícil de lidar, mas eu acho que se nós falarmos sobre alguns dos nossos sentimentos e atividades desde que Rachel... Bem, desde ontem, pode ajudar a trabalhar através da dor existente.

Ninguém fala.

Mr. Schue suspira.

__Vamos lá pessoal, não me faça tirar o chapéu para sortear os nomes.

A piada cai no vazio.

É preciso ainda deduzir, quando Brittany retruca:

__Deixa o pato sozinho. Ele sente falta de Rachel também.

A boca de Mr. Schue se fecha, quando todo mundo se vira para olhar Brittany.

Senhorita Pillsbury respira fundo e tenta de novo.

__Luto pode fazer com que façamos coisas que usualmente não fazemos. Alguém já se sentiu assim?

Houve um breve silêncio e, em seguida, alguém diz:

__Eu soquei uma Cheerio.

O clube se vira para embasbacado com Tina.

A menina asiática encontra o olhar de Miss Pillsbury desafiadoramente:

__Ela disse algo significativo sobre Rachel. Ela tem falado todo o ano e... Eu só... O colégio foi tão solitário sem ela e, em seguida, essa Cheerios... Ela diz título como um insulto, fala sobre Rachel, como se nada estivesse diferente, como se Rachel não... Morreu.

Ela respira fundo e continua:

Eu só... Isso me deixa tão louca.

A sala fica em silêncio por alguns minutos, até que:

__Você bateu com força?

Tina olha para Santana.

__Sim... Eu cortei seu lábio.

Santana rosnou.

__Bom!

Todo mundo dá para Tina pequenos sorrisos, menos Puck. Por um instante, o menino de moicano parecia olhar para ela com um novo sentimento de respeito. Um segundo depois, seus olhos fecharam e sua expressão ficou em branco.

Nos próximos 30 minutos o grupo fica em silêncio. Compartilhando a sua tristeza e se confortando na presença uns dos outros.

Artie fala quando a hora se aproxima do fim da reunião.

__Rachel teria tido um ataque se não cantasse pelo menos uma vez durante a reunião inteira.

Quase todo mundo sorri, alguns até riem.

Mr. Schue assente.

__Artie está certo. Como forma de honrar Rachel, nós podemos cantar sua música favorita?

Ninguém parecia inclinado a discordar, mas o quarto ficou tenso. Todos se entreolharam, cada um perguntando a mesma coisa. Qual é a canção favorita de Rachel? Finn recebe olhares questionadores.

Kurt e Mercedes, que muitas vezes falam de música com o sua companheira Diva, são procurados para a resposta por alguns. No final, a resposta vem da fonte mais inesperada.

A voz de Quinn é suave:

__Gotas da chuva em rosas e bigodes em gatinhos, chaleiras de cobre brilhantes e luvas de lã quente...


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Notas finais do capítulo

A música do final é do filme A noviça rebelde,o título é My Favorite Things.
Obrigado pelos comentários e mais um pouco de paciência,a história vai começar a clarear mais pra frente.
Boa leitura!