It's About Us escrita por 12th Precinct


Capítulo 24
Preparação - Parte I -


Notas iniciais do capítulo

Boa tarde meus queridos leitores, como prometido no último capítulo eu não demorei quase nada para postar este, em parte foi para me redimir com vocês pela demora e em outra para dar um pedacinho deste dia tão especial dia 18.

A minha ideia inicial era dividir este dia em 3 partes, ou seja três capítulos. Esta parte I, como vocês viram no próprio título seria uma preparação para noite e para a grande surpresa. Já as outras duas partes seriam divididas desta maneira:

Parte Dois: seria a visão das crianças na casa da Tia Lanie (se preparem para este capítulo porque grandes confusões já estão sendo planejadas). E a Parte Três seria obviamente a noite vista através do nosso casal favorito e a revelação dos tantos mistérios e surpresas que eles vem trazendo durante quase 10 capítulos. O que acharam da ideia? GOSTARAM?

Bom, agora focando nesta primeira parte: espero que se divirtam lendo e claro vejo vocês nos comentários. OBS: Oito anos de casados, será que aquela aposta irá permanecer de pé? Só lendo para saber!

PS: Obrigada a todos vocês por ultrapassarem 13.000 visualizações (loucura pensar que de um capítulo para o outro este número aumentou em 500 visualizações).

Bom capítulo a todos! Beijos sz



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Anteriormente em “It’s About Us”:

– Quer dizer que a Lanie está envolvida nesta grande surpresa também? – penso enquanto sinto-o esticando os lençóis e se deitando ao meu lado novamente.

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Kate POV.

Assim que abro os olhos um sorriso surge no meu rosto. Olho para o lado da cama e encontro um espaço vazio e uma grande bagunça nos lençóis. Onde Castle estava? E justo hoje que eu precisava acordar e logo agarra-lo. Eram oito anos. Oito anos como um casal e mais de 10 anos como amigos, companheiros, como parceiros no crime e na vida. Sinto meus olhos se encherem de lágrimas e resolvo parar de pensar em toda nossa trajetória, porque se eu fosse analisar desde o nosso primeiro caso juntos ia passar um bom tempo dentro deste quarto.

Saio do quarto esperando encontra-lo na sala, mas, para minha surpresa não encontro nem um dos meus três amores em nenhum canto da casa. Vou até a cozinha e passo a mão pela bancada me apoiando por um momento e encarando o restante do loft. Estava tudo em silêncio e era tão estranho. Eu não queria silêncio hoje, pelo contrário, hoje eu queria barulho.

Só de pensar em silêncio ouço meu telefone tocando. Saio correndo pela casa só de pensar em ouvir a voz dele hoje, porém assim que olho para o visor o sorriso desaparece no meu rosto: era só a Lanie.

– Bom dia girl. – ela diz.

– Bom dia Lanie. – respondo.

– E como está sendo está bela manhã de 8 anos? – ela pergunta e eu me sento na cama.

– É... – começo. – Eu estou sozinha em casa Lanie. Não faço ideia de onde Castle e as crianças se meteram.

– Awn girlfriend... – ela fala calmamente. – De certo estão preparando uma surpresa para você, isto é a cara deles.

– Eu sei. – sorrio. – Castle vem me presenteando a semana inteira, mal posso esperar para ver a grande surpresa hoje à noite.

– Como assim presentes a semana toda? – ela pergunta me fazendo rir.

– Hoje à noite lhe conto. – respondo. – Quando for largar as crianças aí.

– É verdade! – ela solta um gritinho. – Os capetinhas vem aqui em casa hoje à noite.

– LANIE! – levanto da cama em um salto. – Eles são uns anj...

– Eu sei girlfriend. – ela me interrompe. – Estava brincando, é claro que eu não quero atrapalhar a surpresa de vocês. Fiquei sabendo que os gêmeos têm um alerta vermelho quando o assunto é você e Castle se beijando.

– Não sei como. – rio. – Eles parecem saber a hora exata de interromper. Sempre.

– Não terá este problema hoje. – ela diz. – Bom... Só liguei para saber como você estava, então nos vemos mais tarde.

– As 19:30 eu estou aí na sua porta. – digo. – Beijos Lanie, mande um beijo para o Espo e para os meninos.

– Eles mandaram outro Kate, beijos. – ela fala pouco antes de desligar me deixando sozinha com o silencioso loft novamente.

Rick POV.

Carregar caixas nunca foi muito o meu forte, e ter que fazer tudo isto em uma só manhã era uma tarefa quase impossível. Depois de 4 horas com a ajuda dos gêmeos eu finalmente consegui organizar tudo, ou melhor, uma boa parte.

– Papai! - Alex vem correndo com o meu celular na mão. – É a tia Lanie.

– Obrigado filhão. – pego o Iphone de suas mãos e ajeito sua camisa que a esta altura estava toda suja. – Fale Lanie.

– Escritor! – ela suspira. – Finalmente consegui falar com você.

– O que aconteceu? – pergunto.

– Kate já acordou. – ela fala e eu arregalo os olhos. Eram 11 horas da manhã. – E pelo visto ela está um pouco muito ansiosa para lhe ver.

– Um pouco muito? – pergunto rindo e ouvindo a risada da legista.

– Volta logo para casa escritor. – ela diz. – Depois nós resolvemos os últimos detalhes.

– Está quase tudo pronto. – respondo. – Descobri um jeito de cansar aqueles dois... – olho ao redor e não vejo nem um sinal dos gêmeos. – Coloque eles para subir e descer escadas com caixas nas mãos.

– Imagino. – ela ri. – Bom... Nos falamos mais tarde então?

– Pode deixar. – sorrio. – E mais uma vez Lanie: obrigada por tudo.

– Imagina escritor. – ela ri. – Até mais tarde!

Dou mais uma olhada ao redor e saio correndo em direção ao carro. O relógio já marcava 11h20mins e eu precisava ver Kate, nem que seja para lhe dar apenas um abraço. Maldita aposta!

– Estão prontos? – pergunto assim que entro no carro e giro a chave na ignição me virando para encontrar os dois acomodados no banco traseiro.

– De volta para casa! – Johanna grita baixinho nos fazendo rir.

Kate POV.

Eram 11h40mins e nada daqueles três. Já havia mandando mensagem para Castle pelo menos umas 20 vezes e até então não havia sido respondido. Ele já deve estar voltando Kate, provavelmente aqueles três estão tramando alguma. – me obrigava a pensar enquanto o feed de notícias do facebook parecia se repetir cada vez mais. Pela primeira vez em alguns anos eu estava me sentindo no tédio.

– Então nós vamos para a tia Lanie. – ouço a voz fina de Johanna e um sorriso brota no meu rosto automaticamente. Eles estão chegando.

– Isto meu amor. – a voz masculina responde. – Vocês sabem que a noite tem uma comemoração especial para eu e a sua mãe não é mesmo?

– Ela vai amar papai! – Alexander fala e eu ouço o barulho metálico da chave sendo inserida e a maçaneta girando. Assim que a porta se abre os dois furacões praticamente me atacam.

– Bom dia mamãe! – eles dão um beijo na minha bochecha.

– Bom dia meus amores! – sorrio abraçando os dois. – Onde vocês estavam? Alexander VOCÊ ESTÁ PODRE!

– Érghh... – ele começa e desvia o olhar para a camiseta que antes era branca e depois encara o pai meio que procurando por uma resposta.

– É assunto para mais tarde. – Castle diz e Alexander dá aquele sorriso sapeca. Se eu não tivesse louca para sumir com as crianças da sala esta conversa provavelmente iria longe. Se não...

– Meu herói. – Castle começa olhando diretamente para mim. Ele parecia conseguir atravessar meu corpo e alma só com aquelas duas írises azuis. – Não acha que o melhor seria você subir e trocar de roupa?

– Pode deixar papai. – ele balança a cabeça fazendo a franja de um castanho escuro ir para o lado. Ato típico de Alexander.

– Eu vou trocar de roupa também. – Jo olha para o short jeans e para sua blusa e depois sobe os degraus.

Quando ouço a voz de Johanna se afastar viro meu rosto para Castle novamente, desta vez ele está parado com o celular na mão e seu olhar parece estar vidrado na tela do aparelho. Fico um tempo parada encarando-o e vendo se tenho algum tipo de resposta, nem que seja um levantar de cabeça ou uma olhada, porém: NADA.

– Você só pode estar brincando. – digo meio revoltada e rindo ao mesmo tempo. Me viro deixando-o sozinho na sala, porém não chego a dar dois passos quando sinto meu braço sendo puxado e meu corpo se chocar contra o de Castle.

– Feliz aniversário senhorita Castle. – ele fala com um grande sorriso no rosto.

– Feliz aniversário sr. Beckett. – digo brincando e o puxando para um abraço. Durante algum tempo eu só fico parada em meio a sala envolta nos braços do homem que eu amava e não consigo pensar em nada que fosse melhor que isto, claro que nós ainda podíamos unir outras partes dos nossos corpos, mas por causa da apost...

Meus pensamentos vão embora logo que sinto os lábios de Castle se colando aos meus. Em um instante fico estática, sem ao menos saber o que fazer com as minhas mãos, já no segundo instante minhas mãos estão na sua nuca e no seu cabelo e as mãos dele estão me pressionando pela cintura. Uma espécie de descarga elétrica percorre meu corpo quando sinto sua língua e a minha batalhando pelo controle de um ao outro. O fogo que ainda existe quando apenas nossos lábios se uniam era algo inexplicável e único, uma vez que durante todos estes oito anos de casados eu ainda sinto o chão ceder quando ele me agarra deste jeito.

– Que se dane a aposta. – ele fala ofegante quando nos separamos me fazendo rir. Assim que nossos olhares se encontram é impossível dizer quem está com a pupila mais dilata ou quem está com os olhos mais brilhosos.

– Oito anos. – ele fala depositando beijos ao redor do meu pescoço me deixando arrepiada.

– Cas... – solto quase como um gemido. – É melhor pararmos, você já quebrou a aposta.

– Tecnicamente hoje já é dia 18. – ele sorri para mim e depois me dá um selinho.

– Finalmente. – brinco. – Acho que não aguentaria mais surpresas suas.

– Não se esqueça que hoje será a maior de todas. – ele pisca para mim e eu mordo o lábio na tentativa de não me avançar nele.

– Não se fala isso para quem é curiosa por natureza Richard Castle. – digo brava e ele ri.

– Ops! – ele fala. – Escapou!

Rick POV.

Muitos dizem que datas comemorativas são sempre a mesma coisa, porém nesta casa cada dia era, no mínimo, extremamente diferente do anterior. Dou uma olhada no relógio da cozinha e confiro que são quase quatro horas da tarde. Precisava voltar para lá, o que seria bem difícil já que Kate e eu estávamos mais grudados que o normal hoje. Bem mais grudados.

– O que está acontecendo aqui? – ouço um grito vindo do quarto de cima e largo a toalha da pia e subo correndo.

– O que houve? – pergunto meio ofegante assim que encaro Kate.

– Por que todas estas caixas? – ela aponta para o chão do quarto dos gêmeos.

– Ah... – suspiro aliviado. – Eles estão se desfazendo de algumas coisas.

– Até dele? – ela aponta para o urso favorito de Johanna que estava dentro de uma das caixas.

– Érgh... – tento formular uma resposta. – Isto você terá que perguntar para ela.

– Falando nisso onde eles se meteram? – ela pergunta e eu simplesmente dou de ombros.

– Devem estar lá embaixo. – digo. – Quando estava lavando a louça vi eles descendo pro nosso quarto.

– Ai meu deus. – ela fala arregalando os olhos e me fazendo rir.

– JO! ALEX? – solto um grito chamando-os.

– Que foi? – um grito fino é escutado como resposta.

– Subam aqui amores! – grito e depois olho para Kate. – Problema resolvido.

– Se eu soubesse que você iria gritar eu mesma faria. – ela vira os olhos convencida com aquela cara de brava que só a fazia ficar mais fofa e irresistível.

– Que foi papai? – Alexander aparece na porta do quarto com uma mochila preta na mão.

– Para que isto? – Kate o questiona assim que ele deixa a mochila em cima da cama e se vira para o armário abrindo as suas gavetas.

– Nós vamos para a casa da tia Lanie hoje mamãe, esqueceu? – Johanna entra no quarto com uma mochila em mãos também.

– Claro que não. – respondo. – E vocês estão arrumando as mochilas sozinhos?

Eles se olham rapidamente e depois se viram para mim e Kate. – Claro que sim. – os dois soltam como se fosse a coisa mais óbvia do mundo.

– Eles estão crescendo. – digo me sentando ao lado de Kate.

– E isto é bom ou ruim? – ela pergunta e eu rio.

– Pode acreditar que é maravilhoso. – olho para Johanna que percorre o seu olhar pelas gavetas e depois coloca uma muda de roupa dentro da mochila. – Menos se ela crescer também.

Kate gargalha. – Ainda não aprendi a impedir que o tempo faça seu trabalho Castle. E se prepare, porque se ela sair que nem a mãe você está frito.

– Não quero nem pensar nisso. – fecho os olhos e respiro fundo. – Ela é a sua cópia se sair diferente de você na adolescência seria um milagre.

– Então acho melhor você começar a acreditar em milagres. – ela pisca para mim e se levanta. – Por que eu infernizei muito a vida do meu pai.

– Coitado do jim! – digo brincando e recebendo um pequeno tapinha no ombro.

– Acho que nós terminamos. – Alexander olha dentro da mochila e depois sorri para nós dois.

– É... – Johanna pega o urso e coloca dentro da mochila. – Acho que eu também.

– Bom meus amores...- começo. – O papai vai ir resolver umas coisas enquanto isso vocês vão querer fazer o que?

– Hm... – os dois se olham sapecas. – Eu tenho uma ideia, mas a gente precisaria de você papai.

– Já não pode ser nada bom! – Kate solta automaticamente e eu só a encaro.

– O que vocês acham de nós jogarmos Laser Tag? – Jo propõe com um grande sorriso no rosto e os olhos brilhando.

– ADOREI A IDEIA! – digo animado. Aqueles dois só podiam ser meus filhos. – Vou ir resolvendo um assunto enquanto vocês se preparam para jogar.

– Quem disse que eu vou? – Kate fala séria enquanto se levanta.

– Ahhh mamãe! – os dois soltam.

– Kaaate. – digo olhando para os dois e depois para ela. – Vamos jogar!

– Ok ok. – ela se rende e nós três comemoramos. – Mas depois vocês têm que arrumar... – Kate para de falar assim que os dois furacões saem do quarto em disparada.

– Ou não. – ela termina.

“ Castle, o nosso combinado está no meio do cômodo em uma sacola branca. ” – leio a mensagem e sorrio.

“ Ok. – respondo. - Agora só faltam os últimos detalhes. ”

Vou digitar algo a mais, porém assim que meu dedo toca no teclado novamente sinto o celular sendo puxado da minha mão em um movimento rápido.

– Vamos ver com quem você tanto fala... – ela coloca a digital desbloqueando o celular. – Alexis, Martha, Jim...

– O que você anda falando com o meu pai Castle? – ela pergunta e eu permaneço calado só tentando pensar em uma história para inventar assim que ela clicasse nas mensagens com Lanie. – Espo, Ryan e... – ela para e me olha com aquele olhar mortífero. – LANIE?

– Deixa eu explicar. – digo tentando pegar o celular dela em uma tentativa falha já que Kate simplesmente coloca a mão no meu peito me impedindo de andar para frente.

– Agora só faltam os últimos detalhes? – ela lê e eu congelo. – Últimos detalhes de que em Castle?

– Infelizmente é um assunto entre nós dois. – digo e fecho os olhos já imaginando a reação de Kate. Ao se passarem segundos e eu não sentir um tapa resolvo abrir os olhos, no entanto ao invés de encontrar Kate na minha frente, vejo só o celular apoiado na cama de Johanna.

– Kate. – vejo os fios castanhos saindo do quarto e resolvo segui-la.

– Meu marido e minha melhor amiga juntos? – ela fala ironicamente. – Não tem como dar certo.

– Amor... – a puxo pela cintura. – Lanie está me ajudando com a sua surpresa. É só isto.

– É sobre isso que você estava falando com ela ontem à noite? – ela pergunta.

– Você ouviu? – pergunto. – Eu achei que você estava dormindo senhorita Beckett.

– É... – ela fala. – Pelo visto você não é tão silencioso quanto acha.

– Ouch! – resmungo. – Essa doeu!

– Era sobre isto ou não? – ela pergunta brava ainda e eu balanço a cabeça confirmando.

– Será que agora nós podemos descer para jogar com aqueles dois? – aponto para os gêmeos que já estavam prontos e escolhendo o armamento para a partida.

– Hoje à noite você me paga por todas estas surpresas. – ela resmunga e depois sorri. – Agora vamos jogar antes que eu mude de ideia.

Kate POV.

Times formados e como sempre eu e Castle éramos feitos de cobaia. Desta vez os eram: Castle e Johanna contra eu e Alexander. Assim como com Alexis, desde pequenos os gêmeos jogam e amam a aventura que Castle apronta ao apagar todas as luzes e fechar as janelas, deixando a sala totalmente escura e silenciosa. Era uma tradição da família, e eu não posso dizer que odiava o jogo, bem pelo contrário, quando nós quatro nos reunimos para jogar era diversão na certa, e desta vez não podia ser diferente.

– Tem alguém vindo? – cochicho para Alexander que está escondido atrás do sofá só encarando a porta do escritório.

– Tudo limpo. – ele sai correndo e assim que dá as caras e abre a porta do escritório ouço um disparo e vejo a luz verde do colete se apagar. Alguém tinha matado Alexander.

– Ah não! – ouço um resmungo. – Nós dois morremos!

– Alex! – Johanna reclama. – Não vale isto!

– Mamãe? – Jo se abaixa ao meu lado cochicando. – O papai está dentro do nosso quarto.

– Obrigada amor. – sorrio e levanto indo em direção as escadas. Se Castle soubesse que a sua parceira no jogo havia acabado de me contar a sua localização iria se sentir profundamente traído.

Caminho devagar, quase parando e encostando somente a ponta do pé no piso. Silêncio era o essencial neste jogo. Paro em frente à porta do quarto e a abro lentamente. O quarto estava totalmente escuro e em silêncio. Logo que piso dentro do cômodo meu instinto é olhar para todos os lugares, até mesmo embaixo da cama. Assim que ouço um barulho vindo do canto esquerdo não posso controlar o sorriso. Castle, você está morto. – penso convencida. Levanto o braço direito onde a arma estava e aponto para o vão entre o armário e a parede.

– Morreu! – solto um gritinho ao disparar contra ele. Ou pelo menos eu pensava que era ele. O canto estava totalmente vazio.

– Não Kate. – ouço quase como um sussurro atrás de mim. – Quem morreu foi você!

Travo assim que ouço a voz dele. Não acredito que iria perder para Castle. Não hoje e nem nunca!

– Já era Kate. – ele fala rindo. – Pode abaixar a arma.

– Não seja convencido Castle. – resmungo.

– Não estou sendo convencido. – ele fala e posso ouvir os seus passos se aproximando. – Só realista. – ele atira e vejo meu colete ainda acesso. É neste momento que vejo a oportunidade perfeita de me virar e atirar contra ele também, a única coisa que me pegou de surpresa foi: Castle estava parado a 2 passos de mim.

O que aconteceu foi um puro reflexo. Nós dois atiramos ao mesmo tempo e por consequência as luzes azul e verde se apagam fazendo-nos gargalhar.

– Quem ganhou então? – ele pergunta enquanto vejo sua sombra tirar o colete do corpo.

– As damas claro. – brinco e tiro meu colete também.

– Acho que podemos disser que foi um empate justo. – ele fala enquanto coloca a mão ao redor da minha cintura e pega o colete da minha mão.

– Pode ser também. – digo rindo sozinha ao perceber que eu e Castle morremos exatamente do mesmo jeito que Alexander e Johanna.

– Que foi? – ele pergunta.

– Sabe de algo engraçado... – começo. – Os gêmeos atiraram um contra o outro.

– Assim como a gente. – ele fala e eu concordo. – É... Acho que eles puxaram aos pais.

– Quem ganhou? – Alexander nos ataca assim que nós dois chegamos à sala.

– Foi um empate. – nós dissemos juntos e os gêmeos se encaram.

– Não pode terminar com um empate! – Alexander reclama. – Agora nós vamos ter que jogar de novo!

– Na na na. – pego o colete da mão dele. – Já jogamos o suficiente, além disso, vocês dois precisam tomar um banho e se arrumar para nós irmos para a casa da tia Lanie.

– É verdade! – Johanna se alegra. – Vem Alex! – ela puxa o irmão.

– Desde quando ela se anima tanto com a ideia da casa da Lanie? – pergunto recolhendo as vestimentas e o armamento.

– Hoje é um dia meio estranho. – Castle fala pegando na minha mão. – Antes da surpresa maior tenho outra para você.

– Só pode estar brincando. – solto assim que vejo a caixa na minha frente.

– Abra. – ele fala.

– Este presente é para mim? Tem certeza que não é para você? – pergunto encarando o vestido preto. (algo deste estilo: https://www.google.com.br/search?tbm=isch&q=angelina+jolie+in+a+dress&imgrc=hVD50Et-RbBzTM%3A&cad=h )

– Ouvi disser por aí que os melhores presentes são aqueles que satisfazem o casal. – ele me provoca.

– E eu suponho que tenha que colocá-lo? – mordo o lábio.

– Eu te encontro lá embaixo daqui. – ele olha no relógio. – 1 hora?

– Você me dará 1 hora só? – pergunto surtada. Faz tempo que eu não consigo me arrumar e arrumar os gêmeos em uma hora só. Ainda mais no dia do nosso aniversário.

– Eu arrumo os gêmeos. – ele fala e eu sorrio.

– Você está passando por bons bocados para me ver neste vestido. – brinco e ele só concorda.

– Depois eu vou ser recompensado. – ele pisca e me manda um beijo fechando a porta do quarto.

Assim que a porta fecha eu encaro a caixa. Vamos lá Kate, a roupa já está aqui agora falta maquiagem, cabelo... MEU DEUS! UMA HORA É MUITO POUCO TEMPO!

Rick POV.

Fecho a gaveta cheia de roupas espalhadas e olho para os dois que agora estão sentados no chão brincando.

– Estão prontos? – pergunto e os dois só balançam as cabeças.

– Aham sei. – falo abrindo as duas mochilas e conferindo o que tinha dentro: uma muda de roupa, pijama, escova de dente, escova de cabelo, meias, cuecas/ calcinhas e um tênis e os brinquedos e ursos de pelúcias. É acho que eles sabem arrumar suas próprias coisas já.

– O papai vai se arrumar agora ok? –anuncio e eles mantem o foco no jogo a sua frente.

Entro embaixo do chuveiro e deixo a água escorrer pelo meu corpo. Tento tirar toda a programação da minha cabeça e procuro evitar pensar na dezena de coisas que podiam dar errado nesta noite. Mentalmente revejo todos os “pontos” para a noite ser como planejada: as crianças estarão na casa da Lanie, o presente já está quase pronto, dentro claro do possível...

– Papai? – ouço batidas na porta e os pensamentos são levados.

– Que houve? – pergunto e Alexander entra no banheiro.

– A mamãe deixou uma caixa para você lá na minha cama. – ele diz e fecha a porta sem ao menos me deixar contestar algo. Uma caixa em cima da cama dele. Quer dizer que Katherine Beckett também tem seus segredinhos não é mesmo?

Dentro de 20 minutos depois já estou seco e saindo do banheiro. Entro no quarto das crianças e não encontro nem uma alma sequer. Devem estar enlouquecendo a mãe já. – penso. Me aproximo da cama de Alexander e pego a caixa preta encontrando a minha roupa para a noite. Ao invés de um vestido preto como o caso de Kate, eu encontro um terno escuro e uma camisa social branca, e, junto a eles tem um bilhete: Achou que só você poderia escolher o que eu vou usar esta noite? Vai sonhando Castle! Estou louca para ver você vestindo-o. Assinado: K.B (algo como isto: https://www.google.com.br/search?q=chris+evans+in+a+suit&es_sm=122&source=lnms&tbm=isch&sa=X&ved=0CAcQ_AUoAWoVChMIga358eqwxwIVxBCQCh1cUgAa&biw=1242&bih=585#imgrc=Vt1ZzYhtfq_40M%3A)

Kate POV.

Assim que os ponteiros marcam 19h5min eu me olho no espelho pela milésima vez. O batom vermelho e o vestido preto davam um contraste contra o verde claro dos meus olhos e a minha pele branca. Suspiro mais uma vez enquanto coloco o celular dentro da bolsinha preta.

– Você está linda mamãe. – Alex sorri para mim apoiado no mastro da porta.

– Você acha amor? – pergunto e ele balança a cabeça.

– O papai vai amar! – é a vez de Johanna se manifestar. – Não que precise de muito para ele gostar de você né mamãe.

– Ouch! – rio.

– O que a Jo quis dizer é que você já é bonita de qualquer jeito aos olhos do papai. – o pequeno solta me deixando surpreendida. Será que eu estava predestinada a amar escritores?

– Isto mesmo. – Jo concorda. – Agora vamos mamãe, o papai deve estar esperando.

– Vamos meu amor. – agarro a mão dos dois e sou levada para fora do quarto. O vestido arrasta pelo chão do loft e meu olhar é desviado para baixo por simplesmente não ter coragem de olhar em frente caso Castle resolvesse aparecer de repente.

– UAU! – ele fala assim que eu estou de frente para ele. – Você está lin..... Não, você está perfeita.

– Eu falei mamãe. – Alexander pisca para mim e depois sobe correndo para pegar as mochilas.

– Você não está nada mal Rick. – olho para o terno preto e os cabelos bagunçados dele. – Pelo visto o terno coube direitinho.

– É... – ele ainda me encara de boca aberta o que me deixa um pouco estática. – E o vestido também.

– Cuidado para não babar papai. – Johanna passa entre nós dois e abre a porta do loft.

– É papai, ta feio. – Alexander olha para o pai e levanta as sobrancelhas me fazendo cair na gargalhada.

– Vamos logo seus pestinhas. – empurro Alexander e sinto a mão de Castle se juntar a minha. - Lanie já está nos esperando.


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Notas finais do capítulo

Esta foi a parte I, o que acharam? Sugestões para as outras partes e para os presentes?

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