It's About Us escrita por 12th Precinct


Capítulo 2
Sessão cinema.


Notas iniciais do capítulo

Cade os comentários? kkkk Espero que gostem desse capítulo



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Anteriormente em “ It’s About Us”:

– Perdi muita coisa? – pergunto olhando para o quadro branco com fotos e informações da vítima.

– Não muito. – ela sorri. – Na realidade Lanie acabou de me ligar, tenho que ir ao necrotério. Acompanha-me?

– Claro. – respondo sorrindo enquanto levantamos.

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Kate POV.

Assim que chegamos ao necrotério Lanie nos informou sobre as novas pistas. Além do horário da morte, que ficou em torno de 05h30min há 08h00min, a nossa vítima se chamava Peter Bennet, era um pai solteiro de duas filhas, uma de sete anos e a outra e dois. Dar a notícia para a família sempre foi a pior parte para mim, e agora com Alexander e Johanna eu simplesmente não consegui guardar aquele sentimento para mim. Como seria para os filhos de Peter agora? E se isso acontecesse comigo? Ou com Castle?

– Sabe Rick... – digo enquanto subimos pelo elevador. – Fico pensando naquelas crianças agora. A única pessoa que elas tinham no mundo era o pai delas, e agora ele foi embora. E se isso acontecer comigo? Ou com você?

– Kate! – ele me segura pelo braço me fazendo olha-lo. – Nada irá acontecer com a gente.

– Como você pode ter certeza Rick? – pergunto já começando a ficar com os olhos marejados. Dar a notícia para as famílias era algo que eu sempre fiz, mas dessa vez parecia ser diferente.

– Porque eu não vou deixar que nada aconteça com você. – ele responde enquanto a porta do elevador se abre.

– Promete? – pergunto enquanto sento em minha cadeira.

– Prometo. – ele fala enquanto se senta ao meu lado e fica me encarando. – Então... Vamos falar com eles? – ele aponta para um casal de idosos que estavam sentados na sala de descanso.

– Vamos. – respondo já com um sorriso no rosto. Posso ter tido uma crise, mas ele sempre estava lá e sempre sabia o que falar para eu me acalmar. Sempre.

Rick POV.

Antes mesmo de entrar na sala posso ver que Kate está abalada, afinal não é sempre que nós temos que informar para um casal que o seu único filho morreu, ou até que agora os netos vão ter que morar com eles, ou com algum parente próximo.

Não demoramos muito para sair da sala, até porque a senhora já havia se entregado as lágrimas no ombro do marido e consigo perceber que se ficarmos ali durante mais tempo Kate também vai se entregar.

– Então... – começo a falar enquanto encaro o quadro. – Ele parecia ser um bom pai, marido e filho.

– Ninguém é assim tão perfeito. – ela fala grosseiramente. – Não haveria motivos para ele morrer se fosse assim.

– O que? – me finjo de ofendido. – Eu sou um bom pai, bom filho e marido.

– Quem disse que você é um bom marido? – ela olha para mim de cima a baixo enquanto vai em direção à mesa de Espo me deixando de boca aberta.

– Ah é assim então Beckett? – chego ao seu lado e finjo uma cara de magoado.

– Assim o que Castle? – ela me olha enquanto solta uma risada. Depois de toda aquela tristeza arrancar uma risada dela é uma tarefa quase impossível agora. – Então o que vocês conseguiram para mim garotos? – ela pergunta olhando para Ryan e Sito.

– Falamos com os vizinhos do prédio. – começa Espo. – Ninguém aparentemente ouviu nada na hora do assassinato. Porém ontem a noite ouviram uma briga, e pelo jeito bem feia.

– Alguma discrição? – pergunto.

– Ninguém queria se meter. – Ryan responde. – Segundo os vizinhos era uma mulher.

– Olha... – começo a rir enquanto olho para Kate. – Uma mulher brigando com um homem que aparentemente era perfeito.

– Não existem homens perfeitos Castle. – ela ri enquanto sai me deixando sozinho com os dois.

– Ouch! – Espo solta um gemido. – Essa doeu em mim bro.

– Hoje ela está assim comigo. – falo rindo. – Mas eu sou perfeito ok? – brinco com os dois.

– Acho que não em Castle. – ouço um grito as minhas costas enquanto saio voltando para a mesa dela.

O resto do dia se desenrola de forma tranquila. Apesar de ainda não termos descoberto quem era a misteriosa mulher da noite anterior acabamos descobrindo coisas interessantes.

– Então... – ela se senta ao meu lado com uma xícara de café em mãos. – Peter estava com problemas financeiros. E sérios problemas. Será que ele se meteu em alguma confusão?

– Acho provável. – respondo enquanto olho para foto dele pendurada. – Mas o que ele poderia estar fazendo? Vivia basicamente do trabalho para casa.

– Isso é o que eu quero descobrir. – ela retruca. – O cara tinha dois filhos e um emprego que rendia 2.000 dólares por mês. – ela olha os documentos. – Até onde eu sei isso é muito pouco para um pai solteiro.

– É... A sorte dele é que ele não tem uma mãe como a minha. – brinco levantando da beirada da mesa. – Bom... – olho para ela. – Vou buscar eles na escolinha. Nos vemos em casa?

– Ok. – ela responde sorrindo para mim.

Kate POV.

Assim que Castle sai da delegacia o caso fica cada vez mais complicado. Os meninos descobriram a identidade da mulher envolvida na briga, mas ao bater com o banco de dados federal a surpresa foi maior.

– Como uma mulher morta pode ressuscitar? – Ryan pergunta enquanto nós três encaramos o computador.

– Acredite em mim bro. Ela não ressuscitou. – Espo responde.

– Não... - olho para a mulher novamente. Porque ela não me era estranha? Guuys- começo. – Olhem para isso. – coloco a foto da ex-mulher de Peter ao lado da nossa desconhecida e para nossa surpresa: elas são iguais.

– Então quer dizer que a nossa esposa morta não está morta? – Ryan se levanta pegando o paletó. – Acho melhor darmos uma checada nessa história.

– Só vou pegar meu casaco. – digo decepcionada. Por mais que ame meu trabalho já eram 19h30min da noite e eu não fazia ideia de quanto tempo iria demorar com a nossa Sr. Petrelli, isso claro se esse fosse realmente o nome dela. Eu só queria vê-los no momento.

Rick POV.

Entramos no loft, eu com as mochilas em mãos e os dois saltitando e me contando sobre o dia na escolinha.

– E ai papai... – Johanna começou a me falar. – a gente começou a brincar de boneca.

– E eu e o Zack brincamos de fazenda. – Alexander interrompia a irmã. Era quase uma disputa para ver quem conseguia falar mais rápido, por mais que aquilo me dava uma dor de cabeça eles simplesmente eram adoráveis.

– Aé? – pergunto enquanto largo as mochilas em cima do sofá. – Eu também tive um dia muito legal hoje.

– Conta papai, conta. – os dois vinham atrás de mim enquanto eu entrava na cozinha.

– Pegamos um caso novo hoje. – falei enquanto me abaixava na altura deles. – Um homem foi morto.

– Ahh. – eles se olham e falam juntos virando o olhar para mim. Apesar de terem só três anos são acostumados com o universo criminal, desde pequenos eles sabem que o trabalho que a mãe deles faz, e o quão ele é perigoso. Eles veem a mãe como uma heroína.

– Mas vocês devem estar com fome não? – pergunto recebendo gritinhos em resposta. O que vocês acham de nós fazermos pipoca?

– FILME! – os dois gritam e saem correndo em direção à televisão na sala.

– É. Filme. – falo rindo e encarando os dois que já estavam sentados no tapete escolhendo um DVD.

......

– Ok ok. – digo me rendendo aos dois. – Vamos parar com a discussão e escolher um filme? – fazia 20 minutos que os dois estavam discutindo sobre o filme. Johanna queria o filme das princesas e Alex queria o dos super heróis. Essa diferença de escolha simplesmente alegravam meus dias.

– Vamos. – os dois me encaram com aqueles olhinhos brilhando. O que nós vai assistir papai?

– Nós vamos amor. – rio ao ver a fala errada. – O que vocês acham de Meu Malvado Favorito 2?

– É aquele com o vilão papai? – Alex pergunta enquanto se senta ao meu lado.

– Não. – Johanna olha para o irmão o repreendendo. – É o com os amarelinhos. Eles são tão fofinhos dá vontade de apertar né papai? – ela se vira para mim com os olhos azuis como os meus me deixando encantado. – É esse mesmo, vocês dois acertaram.

O filme começa e junto com ele as risadas também. Os dois se ajeitam nos meus braços enquanto pegam as pipocas que estão no meu colo e às vezes as deixando cair no tapete. Depois de 40 minutos de filme sinto meu celular tremendo no bolço da calça.

“Como estão as coisas ai? Acabei de sair do interrogatório, estou indo para casa. KB”

Começo a digitar quando...

– Hey! – olho para os dois que estão virados para mim bravos. – Você não está vendo o filme. – eles reclamam.

–Estou sim meu amor. – respondo com medo daquela carinha. Mesmo tendo só três anos Johanna era Kate escrita, e aquele olhar então... Era a cópia da mãe.

– Está falando com quem? – Alex pergunta intrigado.

– Com a sua mãe. – respondo rindo da pergunta do meu filho.

– Mamãe? – os dois se olham e trocam as caras bravas por um sorriso. – Ela vai demorar?

– Já está vindo. – respondo rindo. – Então... O que acham de irmos para o banho? – pergunto e os dois se emburram.

– E o filme papai? – Alex pergunta se virando para a TV.

– Nós terminamos depois. – me levanto com o pote de pipoca em mãos. – Vamos esperar a mamãe cheirosos?

– Promete que nós vamos terminar depois? – Johanna estica o dedinho em minha direção.

– Prometo. – me abaixo e cruzo os dedos. – De dedinho. Agora vamos?

– Aham. – os dois sobem as escadas me deixando para trás.

Kate POV.

Abro a porta do loft já esperando os ver correndo na minha direção, mas dessa vez, para minha surpresa não encontro nada além da televisão ligada e algumas pipocas no chão. Onde eles estão? – penso.

– Há. – ouço uma risada vinda do andar de cima e sorrio. Acho que descobri.

Subo as escadas devagar enquanto um rastro de água que segue do banheiro vai até o quarto dos dois.

– Boa noite. – digo com um sorriso no rosto enquanto entro no banheiro dando de cara com Rick secando o cabelo de Johanna que está em cima da pia.

– Mamãe. – Alex que estava no sentado no vaso corre em minha direção.

– Oi meu amor. – falo o abraçando e pegando-o no colo.

– Mamããe. – Johanna me olha e manda um beijo no ar em minha direção.

– Oi minha princesa. – mando o beijo de volta. – O que estavam fazendo sem mim em?

– A gente tava vendo filme mamãe. – Alex me responde com um sorriso no rosto. – E agora a gente tava tomando banho.

– Estou vendo. – sorrio ao olhar para o chão molhado. – Então... Enquanto seu pai seca o cabelo da sua irmã o que você acha de me ajudar no jantar?

– Ahaam. – ele sai em disparada do banheiro descendo as escadas.

.....

Depois de uma hora estávamos todos nós novamente no chão da sala vendo o resto do filme, só que dessa vez sem a pipoca.

– Posso colocar play? – Rick pergunta com a mão no controle.

– Pode pode. – os dois respondem animados.

O filme inicia em torno dos 50 minutos então imagino que eles já estavam assistindo antes de mim. Apesar do cansativo caso e da busca por Sra. Petrelli tudo no dia vale a pena só por passar alguns minutos com os dois.

Assim que o filme termina eu olho para os dois que estavam apoiados nos nossos colos.

– Acho que eles dormiram. – falo rindo enquanto pego Alexander no colo.

– Então. – Castle ri enquanto levanta Johanna e apoia a cabeça dela no peito. – Pode deixar que eu levo ele.

– Não precisa. – retruco. – Ele não está assim tão pesado. – minto.

– Péssima mentirosa. – ele ri enquanto sobe as escadas na minha frente.

Deixamos os dois no quarto, cada de nós deposita um beijo na cabeça dos dois e a única que resposta que ganhamos é um gemido sonolento.

– Então... – começo enquanto estou saindo do banheiro e deitando na cama ao lado dele. – Meu malvado favorito?

– É. – ele responde rindo. – Era o único que os dois aceitaram ver.

– Eles discutiram sobre o filme? – pergunto apesar de não estar surpresa. Quando se trata daqueles dois, todos adultos perdem.

– Ninguém mandou eles terem a nossa personalidade. – ele responde rindo.

– Mas eu até que gosto assim. – rio enquanto apago a luz do quarto.

– Eu também. – ele fala colocando a mão em volta da minha cintura e depositando um beijo na minha cabeça. – É perfeito.

– Concordo. – me viro para ele dando-o um beijo apaixonado. – Agora vamos dormir. – mordo o lábio rindo da reação dele.

– Você gosta de brincar com fogo né Katherine Beckett. – ele ri enquanto me olha malicioso.

– Realmente. – sorrio de novo com a língua entre os dentes. – Mas hoje realmente preciso dormir.

– Hmm. – ele ri. – Acho que posso conviver com isso. Mas você me paga.

– Boa noite Rick. – deito com a cabeça em seu peito.

– Boa noite Kate. – ele fala enquanto eu fecho os olhos.


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Notas finais do capítulo

O que acharam? Sugestões??


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