You're Always Here - Hayffie escrita por F Lovett


Capítulo 29
Capítulo 29 - O Resgate


Notas iniciais do capítulo

AEAEAEAEAEAEAE CHEGUEI! o/

Aos que amam o Peeta: quero dizer que vocês vão gostar do final do capítulo ♥

Esse capítulo deveria ter sido postado no sábado, mas infelizmente não tive tempo de terminar por causa de trabalhos da facu :(

Maaaaas enfim, aqui está o capítulo lindoney!

Boa leitura! ;)



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CAPÍTULO XXIX

Encontro Haymitch no refeitório e quando seus olhos me encontram, sei que estava procurando por mim.

Ele corre ao meu encontro e me abraça.

– Onde você estava?

– Tirando um peso das costas - respondo e sorrio. Haymitch me olha desconfiado.

– Effie, o que você fez? - sua voz soa autoritária e isso me faz desviar o olhar.

– Eu... - passo a língua nos lábios e abaixo a cabeça - fui falar com a Coin.

Haymitch suspira.

– O que você fez? - repete a pergunta.

– Nada que não deveria ter feito - respondo, mas sei que ele não irá parar até descobrir.

– Effie...

– Eu dei um tapa na cara dela. Pronto. Falei.

Não sei escrever exatamente qual a reação que Haymitch tem, mas após me olhar por alguns instantes ele simplesmente desata a rir, o que acaba me contagiando um pouco.

– Onde está Katniss? - indago.

– Está esperando notícias do resgate. Está numa sala com Finnick - ele responde e eu assinto com a cabeça.

– Alguma notícia do paradeiro da equipe de resgate?

– Tudo que sabemos é que o previsto é que eles cheguem por volta das quinze horas.

Balanço a cabeça e procuro um relógio. O mais próximo a nós indica que são 14:43hs.

– Não falta muito - digo.

– Vem - Haymitch diz, segurando minha mão. - Vamos sentar.

Haymitch me guia pelo corredor até parar diante de uma porta e abri-la, certificando-se se há alguém dentro e entra, levando-me consigo.

Me parece uma pequena sala de reunião. Há uma pequena mesa redonda em seu centro e algumas cadeiras. Ele acende a luz e fecha a porta.

– Tem certeza de que podemos entrar assim em qualquer compartimento? - indago, desconfiada. A última coisa que quero é que nos peguem aqui sem podermos.

– Não - ele diz e me puxa, grudando o meu corpo ao seu. Ele me segura pela cintura e me faz sentar na mesa, encaixando-se entre as minhas pernas e começa a me beijar.

Ouço um barulho vindo do lado de fora da sala. Interrompo o beijo e coloco uma mão sobre os lábios de Haymitch. Parecem pessoas correndo.

– O que é isso? - indago.

Depois de alguns poucos segundos em silêncio, Haymitch me ajuda a descer da mesa e vamos até a porta. Ele abre um pouco e podemos ver a movimentação para o lado esquerdo do corredor.

– Será que são eles?

– Temos que ir - Haymitch diz e segura minha mão, conduzindo-me para a mesma direção que os demais.

Corremos em meio a multidão e depois de virar em dois corredores, finalmente avisto-os: a equipe de resgate acabara de chegar.

– Gale! - Haymitch grita e o amigo da Katniss vem em nossa direção, ofegando. - Conseguiram?

– Missão cumprida - ele diz com um sorriso de alívio nos lábios. Não evito sorrir também.

– E Peeta?

Gale parece hesitar antes de responder. Ele suspira.

– Ele está... estranho, mas está vivo.

Haymitch assente com a cabeça e se volta para mim.

– Vou buscar Katniss para ver Peeta - ele diz e eu meneio a cabeça. - Fique em algum lugar por aqui.

– Tudo bem - digo enquanto ele se afasta. Procuro um lugar vago e me sento.

Observo o movimento constante ao meu redor, mas infelizmente dessa vez não posso fazer nada.

Espero que Peeta esteja bem.

~*~

Um tumulto começa a se formar próximo a uma janela. Não entendo exatamente o que é, então me aproximo do volume de gente que se amontoa, transbordando curiosidade.

– O que aconteceu? - indago, mas ninguém me responde.

Tento me enfiar no meio de toda essa gente para ver o que está acontecendo, mas eles se apertam cada vez mais. Então a porta do lado da sala se abre e as pessoas dão espaço para que o grupo passe por eles. Consigo ver Haymitch, mas ele está ajudando a carregar... Katniss.

Ponho uma mão na boca. Ela não deveria estar com Peeta? O que aconteceu?

– Haymitch! - chamo. Ele olha ao seu redor, procurando por quem o havia chamado e me encontra. Ele acena com a cabeça na direção em que estão indo e eu aguardo que passem parar poder seguir. Eles entram num quarto da enfermaria e eu espero do lado de fora, com os braços cruzados para conter meu nervosismo. Sei que minhas mãos estão tremendo, então tendo cessar esse desconforto.

Mordo o lábio e olho de um lado para o outro. Os demais estão afastados, em cada canto do corredor. O murmúrio parece ser infinito.

A porta se abre e Haymitch sai.

– O que aconteceu com ela? - indago e noto minha voz um pouco fora de controle. - Katniss está bem?

– Ela vai ficar - ele diz e posso ver o cansaço dominando-o.

– Mas e Peeta? Onde ele está?

Haymitch suspira. Isso não é bom.

– Ele... Ele atacou Katniss.

Sinto meu estômago despencar. Eu ouvi bem?

A porta é aberta novamente e dessa vez Plutarch sai de lá.

– Plutarch! Plutarch! Como ela está? - pergunto e percebo que estou ainda mais desesperada.

Plutarch também suspira. Ah, nossa, então é pior do que eu imaginava.

– Isso só confirma as minhas suspeitas sobre o que estavam fazendo com Peeta na Capital - ele começa a dizer, olhando para Haymitch, que parece estar bastante atento ao que ele diz. - Peeta foi telessequestrado.

Haymitch parece compreender o que Plutarch acabara de falar, mas, sinceramente, eu não.

– O que isso quer dizer?

– Eles transformaram Peeta na arma dele, assim como Katniss é a nossa - ele explica, olhando para mim dessa vez. - As lembranças que ele tem em relação a Katniss foram alteradas, de forma que ele agora a vê como o inimigo.

– E não há como reverter isso? - pergunto.

Plutarch balança a cabeça.

– O telessequestro requer tempo para que saia com o resultado esperado - ele diz. - Peeta só teve alguns dias e isso deixa tudo mais complicado, porque não sabemos que reações ele pode ter até conosco. Se bem que tenho quase certeza de que ele agiria normalmente com qualquer um de nós. O problema é ela.

– Então ele vai ficar assim?

– Até começarmos a tentar fazê-lo se lembrar ou tentarmos alguma técnica que o tranquilize, sim.

Plutarch fala tão calmamente que por um momento me pergunto se ele realmente se importa.

– Bom, na verdade eu vim chamá-lo porque Katniss não vai levar muito tempo dormindo. Precisamos falar com ela quando acordar...

– Claro, claro - Haymitch resmunga e olha para mim. Percebo que Plutarch provavelmente não havia me incluído nisso. - Tudo bem pra você?

Balanço os ombros.

– Vai lá.

Haymitch segue Plutarch para dentro do quarto da enfermaria novamente e eu suspiro. Olho para os lados e vejo quase todos os olhares sobre mim. Sinto-me corar levemente e sigo meu caminho de volta a sala onde Katniss estava antes. No caminho vejo Finnick e Annie sentados numa maca, de mãos dadas. Sei o seu nome porque Katniss havia falado dela algumas vezes, além de tê-la incluído na lista dos vencedores que seriam resgatados no acordo que fizera com Coin. Ambos estão com lágrimas escorrendo pelos seus rostos, mas com seus sorrisos estampados.

– Effie - Finnick me chama e dou de ombros, sorrindo. Ele acena para que eu me aproxime e não hesito em fazê-lo. - Effie, quero que conheça Annie - ele aponta para a moça ao seu lado que sorri tão simpática que por um momento sinto que poderia apertar suas bochechas por todo o dia. - Annie, esta é Effie. Ela era escolta dos tributos do Doze. Agora... - ele se volta para mim e me olha com um toque de orgulho - ela é uma rebelde, como nós.

Sorrio em agradecimento. É isso que eu sou agora: uma rebelde.

– Olá, Effie - ela diz e eu me adianto em abraçá-la.

– Você é mais linda pessoalmente, sabia? - digo e ela cora bastante. Seguro uma mão dela e uma de Finnick e olho de um para o outro. - Na verdade os dois são.

– Nós vamos nos casar - Finnick diz e Annie solta uma risada tímida.

– Mesmo? - indago e ela assente com a cabeça.

– Não quero mais perder tempo.

Concordo com Finnick. Ninguém aqui sabe o dia de amanhã. Podemos simplesmente não acordar. Pode haver outro bombardeio que nos pegue de surpresa e não haver sobreviventes.

– Bom - digo. - Deixarei vocês sozinhos agora.

Sorrio e me afasto, indo em direção a sala onde, acredito, Peeta está. Antes disso, olho pela janela e percebo que ele está sentado, sozinho, numa maca. De longe percebo o quão diferente ele está. As marcas de torturas estão agora bem mais expressivas.

Abro a porta da antessala e entro. Há dois soldados guardando a porta da sala e, próximo a eles, está...

– Miri? - indago e ela se vira. Sua expressão é a mesma que a minha.

Não tenho tempo de dizer mais nada, pois nos abraçamos imediatamente. Meus olhos umedecem por saber que ainda tenho uma amiga viva.

– Não acredito que você está aqui - sussurro e aperto o abraço.

– Nem eu, nem eu! - ela diz e nos afastamos. Agora posso perceber o quão diferente ela está: seus cabelos num tom loiro-escuro caem sobre seus ombros e ela usa um macacão assim como os demais. Não tão customizado quanto o meu, mas também está com um toque diferente. - Que bom que está viva, Effie!

– Digo o mesmo, Miri!

– Mas o que está fazendo aqui, exatamente? - ela indaga, parecendo um pouco desconfiada. - Sei que você era escolta do Doze, mas... a entrada foi proibida há pouco.

– Eu já imaginava isso, mas preciso conferir uma coisa. Sei que não posso - acrescento quando ela abre a boca para retrucar. - Mas preciso tentar. Ele não é esse monstro, Miri.

– Effie, foram ordens superiores - ela diz e penso em Coin. Fecho minhas mãos em punho e dou de ombros. - Talvez, se você vier depois, e as coisas estiverem mais calmas, acho que poderá entrar.

Suspiro e fecho os olhos. Não posso desistir.

– Miri - digo e seguro suas mãos nas minhas. - Isso é muito importante, e é urgente! Não estaria aqui se não fosse necessário.

Miri franze o cenho e me fita com um pouco de apreensão. Ela lança um rápido olhar para os soldados atrás de mim e acena para eles.

– Eles vão te dar cobertura - ela diz. - Só por precaução, ta bom?

– Obrigada.

Me viro e ando em direção a porta. Os soldados a abrem e me deixam ir na frente. Caminho a passos hesitantes até chegar próximo a maca onde Peeta ainda está sentado. Minha respiração está trêmula.

Então ele se vira e quando seus olhos me encontram, prendo a respiração, torcendo para que ele não me ataque. Mas isso não acontece. Ele apenas me fita com um olhar vazio. Mas percebo que ele também está assustado. Olho para o meu lado esquerdo e vejo um dos soldados numa distância favorável.

– Effie - ele diz e sinto um peso sair do meu peito. O Peeta de antes ainda está vivo em algum lugar.

– Peeta... - contenho minha vontade de abraçá-lo, sabendo que este seria um passo muito arriscado, então sorrio e seguro minhas mãos na frente do corpo.

– Achei que estivesse morta - ele diz com a voz rouca, mas está tão doce que eu poderia acreditar que estou falando com o mesmo Peeta que conheci.

– Confesso que também pensei isso - digo e ele sorri de leve. Uma ponta de esperança surge dentro de mim e me faz acreditar que ele pode sim voltar a ser aquele Peeta gentil e amoroso de antes.

– O que foi que... - começo a perguntar, mas me interrompo. Apenas suas lembranças sobre Katniss foram modificadas. Talvez, se eu perguntar qualquer coisa em relação a ela faça com que ele reaja de alguma forma errada, então decido evitar. - Ah, deixa pra lá. É bom ver você de novo.

– É bom te ver também, Effie - ele diz e seu sorriso se alarga. É tão comovente vê-lo assim. - Está bem... diferente, mas continua sendo a Effie.

– Ah, claro - noto o que quis dizer e ponho as mãos sobre meu lenço na cabeça. - Este lugar é horrível. Essas roupas são ridículas.

– Mas você deu um jeito nisso.

Concordo com a cabeça.

– Bom... eu só queria ver como você estava. Mas agora eu preciso ir, tudo bem? - indago e ele concorda, parecendo perder um pouco a alegria que o havia invadido nesses poucos instantes. - Se quiser que eu venha de novo, eu venho.

– Por favor - ele diz e sinto um aperto no peito. Ele está tão... solitário. Parece que foi colocado numa jaula, afastado de todos.

– Tudo bem - digo. - Então nos veremos novamente.

– Claro - ele diz e volto a caminhar em direção a porta, sentindo os olhares dos soldados sobre mim. Sei que tudo isso aqui foi confuso, até para mim. Mas foi necessário. Eu precisava tirar essa dúvida.

"Effie" ele me chama quando chego a porta. Me viro para encará-lo. "Você e o Haymitch... Vocês estão juntos, não é?"

Meu estômago congela.

– Como você sabe?

Peeta ri brevemente antes de me responder.

– Já desconfiava disso.

Não deixo de sorrir novamente antes de finalmente sair. Ele sempre soube. Sempre soube e ainda se lembra. Isso só me dá mais certeza de que poderemos salvá-lo.


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Notas finais do capítulo

PEETA TUDO SABE, TUDO VÊ! o/

E o casamento do Finnick com a Annie vai rolar SIM! E vai ter surpresinha nele ♥

Bom, não direi tanta coisa dessa vez... queria dizer só que ASSISTI CINDERELLA E TO APAIXONADÍSSIMA PELO FILME E VAI TER COSPLAY DA FADA MADRINHA SIM!!! ♥♥♥

Enfim amores, comentem e façam a Lovett feliz ♥