Em teus braços escrita por Isabella Cullen
Quando entrei no jato particular eu percebi que nunca me perguntei como Afrim chegava tão rápido com as cartas. Era muito luxuoso, e assim que sentei a aeromoça levou um susto.
– Senhora? Me desculpe... não esperávamos...
Sorri para ela.
– Tudo bem, é uma surpresa.
– Não comente isso com ninguém. – a voz firme de Afrim soou pelo jato e ela assentiu. – Seria traição estamos entendidos?
– Oh.. é claro... mas...
– Ligue e peça um outro carro para nos levar ao palácio, um discreto e fechado para não chamar atenção.
– Claro, vou providenciar isso.
Ela saiu correndo e quase ri da sua cara de assustada quando Afrim mencionou traição. Ele sentou na minha frente e eu sorri para ele.
– Traição? – perguntei divertida.
– Se a rainha quer segredo, é traição comentar isso antes da hora.
– Não sou a rainha Afrim, sabe que...
Ele pareceu ignorar isso com um leve sorriso no rosto, há anos Alice me perguntava o que eu seria, eu disse que apenas a esposa do sheik. O fato de Edward quase governar o país não me dava algum título especial, a mãe dele por exemplo não teve. A viagem demorou e quase sorri ao pensar que na primeira vez, ela foi rápida demais para mim e como eu morria do medo do desconhecido. Dessa vez eu estava certa do que queria, passei um mês com meus pais mimando Isabel e a vendo ir para a escola pela primeira vez e prometendo muitos presentes para aquela danadinha, eu me despedi de Alice e Rose da maneira correta e sentia que esse era o momento de seguirmos nossas vidas separadas. Alice iria casar e morar com Jasper em Nova York, Rose e Emmett tinham comprado um apartamento e estavam morando juntos e marcamos uma data para daqui a dois meses para nos encontrarmos para o ensaio de casamento de Alice.
– Senhora, só mais uma hora até chegarmos. Se quiser se refrescar enquanto isso, seria uma boa hora.
Sorri para aeromoça enquanto ela tirava nossos pratos. Levantei e peguei minha mala de mão e uma bolsa que tinha trago separada das malas. O jato era maior do que o que andei a primeira vez e o conforto quase inacreditável, tomei um banho e lavei meus cabelos secando eles em seguida. Me maquiei da melhor maneira possível, sem exageros, eu descobri que para ressaltar meus olhos pouca coisa bastavam e isso muito me agradava.Abri a bolsa tirando o vestido o vestido e a túnica bege que o cobria. A túnica era muito luxuosa e escolhi junto com outras roupas em lojas especializadas em roupas tradicionais. Quando a coloquei nunca imaginei que ficaria tão bonita, a túnica era trabalhada em pedras preciosas e bordado em fios de ouro que faziam desenhos bonitos por toda ela. Penteei meus cabelos e coloquei o véu da maneira menos tradicional os deixando só um pouco escondidos, em das cartas Edward confessou que amava o meu cabelo e meu cheiro. Eu respondi que amava tudo nele e sorri colocando o cordão que ele me deu com as areias do deserto e seu coração, o anel de casamento que ele enviou de natal e os brincos de diamantes que ganhei no último aniversário.
Ao entrar novamente no cômodo do jato em que deixei Afrim ele me olhou surpreso e logo se levantou fazendo uma reverência.
– Afrim, ainda sou eu. – falei rindo.
– Se me permite, a senhora está magnífica, Kira.
Quando eu ira responder que não era a rainha a aeromoça entrou e sorriu ao me ver.
– Vamos pousar, sentem-se e coloquem o sinto por favor.
O pouso foi tranqüilo, Afrim informou que iríamos para uma área reservada no aeroporto e que seguiríamos direto para o palácio. E enquanto o carro deslizava pelas ruas eu sentia a diferença, as ruas estavam mais mistas de pessoas vestidas da maneira ocidental, várias lojas conhecida no mercado mundial tinham sido instaladas, homens e mulheres andavam pelas ruas ainda mais bonitas.
– Esse é um dos nossos mais novos hospitais. – Afrim apontou para um prédio enorme e suntuoso.
– Pode marcar uma visita para mim?
– Será um prazer, todos a receberão com um imenso sorriso, tenho certeza.
– Quantos hospitais temos hoje?
– Quatro grandes, com equipamentos específicos para vários tratamentos. Alguns são feitos de graça como para o câncer e há uma rede de clínicas particulares agora que ampliou e restringiu o tratamento para os mais ricos. Isso foi bom para a economia, gerou empregos em vários níveis.
– Isso é muito importante.
– Nosso sheik agora está implantando pequenas clínicas em partes mais isoladas e temos vários médicos que vão toda semana a aldeias mais distantes e viagem por elas por um mês vacinando e cuidando das mulheres e crianças. A taxa de mortalidade caiu com isso, foi idéia sua?
Pensei em uma carta em que Edward me perguntou isso há uns anos atrás. Discutimos sobre a importância do médico ir ate o paciente e não esperá-lo sentado atrás de uma mesa. Algumas pessoas ainda tinham medo da medicina e eu escrevi um artigo sobre os mitos e absurdos da negligência de alguns governos quanto a isso.
– Acho que não Afrim.
– Mas o programa tem seu nome.
– Como?
– Nosso sheik colocou o seu nome no projeto, ele anexou um... um.. algo que a senhora escreveu e todos ficaram surpresos com a sua inteligência. O governo aprovou depois de um discurso enfático de nosso sheik sobre taxa de mortalidade, qualidade de vida e mão de obra saudável para desenvolver as funções que lhes são dadas de maneira competente e ágil.
– Eu não sabia de nada disso...
Afrim sorriu.
– O povo a adora. Eles dizem que você é a inspiração de nosso sheik. Ele a cita em todos os discursos, faz questão de dar notícias a todos que perguntam e se mostra sempre tão agradável quando fala da senhora. O sorriso dele é diferente, ele tem muito orgulho da senhora. Se viéssemos em um carro oficial, na mesma hora todos saberiam que você tinha chegado e ele imediatamente ficaria informado.
– Eu nem imaginava isso... e se eu não voltasse Afrim?
Uma dor percorreu meu corpo.
– Alá sabe os caminhos Kira, ele sabe.
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