Sentimentos não percebidos. escrita por Gabs


Capítulo 13
Capítulo 13


Notas iniciais do capítulo

OIE. VOLTEI!!! DESCULPEM PELA SUPER DEMORA.
MAS ESTÁ DECIDIDO A PARTIR DE HOJE QUE POSTAREI UM CAPITULO POR MES, E DUAS VEZES DURANTE OS PERIODOS DE FERIAS.

UMA VEZ POR MÊS. PROMETO.



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—A única coisa que sei é que deveria te odiar com todas as minhas forças, e não ficar te beijando pelo castelo.

 

—Lilian, eu também não sei o que é isso, mas eu gosto. Eu me sinto bem quando estamos assim juntos, mesmo que seja conversando. Não gosto de te vê toda carinhosa com Sirius, assim como nunca gostei quando era com Remo...

—Não importa o que isso entre nós signifique. Não posso me envolver com você, nem com ninguém.

 

—Você tem alguém na sua vida trouxa, é isso?

 

—Não.

...

 

—Você não entende Sirius. Na teoria é tudo tão heroico, tão bonito, mas na realidade tudo não passa de uma grande merda. Se eu pudesse voltar atrás eu... Sim, eu desistir. Na primeira trombada, porque todas essas pessoas tinham algo pelo qual lutar, eu já tenho mais. E você tem ideia do quanto isso machuca. Você não tem ideia... E, não o culpo por isso. Porque eu sinto, nos pedacinhos que restaram do meu coração, eu não desejo nem ao meu pior inimigo. Minto eu desejo para algumas pessoas.

 

—É difícil encontrar o amor nesses tempos Lily, não o deixe partir por medo. Porque no fundo é isso que está te prendendo ao luto, o medo, o medo de se ferir novamente, o medo de perder novamente.

...

 

—Isso significa que estamos sozinhos? Lembrei que tenho que fazer uma coisa.

 

Lilian tentou se afastar. James a agarrou.

 

—Precisamos conversar.

Sirius desceu as escadas sorrindo com seu plano brilhante, juntou-se com Remo e Alice, depois de entregar uma pequena bolsa para a Split. (N/A: A garota que denunciou Lilian no quarto dos marotos)

—          -Será que agora eles vão conversar?

Alice perguntou intrigada.

            -Acho que a pergunta correta deveria ser: Ela vai contar para ele?

Sirius comentou.

            -Provavelmente não, ele não contou para nenhuma de nós. Marlene e eu só soubemos por que fomos ficamos preocupadas pela falta de noticias e fomos visita-la. E depois repassamos a noticia para vocês.

Alice retrucou.

            -É, mas James é diferente, não é?

Remo comentou.

            -Acho que sim. Os dois não se comportam normalmente quando estão perto um do outro. Sem contar que desde o primeiro beijo, eles andam de conversinhas pelos cantos do castelo. Vou contar as novidades ao Frank.

            -Talvez devêssemos fazer uma aposta.

Sugeriu Sirius após a saída de Alice.

            -Não sei Sirius. Não acho certo ganhar dinheiro à custa dos problemas dos nossos amigos.

            -Qual é? Uma apostinha básica. Só cinco galeões. Desde quando é um lobo covarde?

            -Sirius!

Exclamou Remo olhando para todos os lados com medo que alguém tivesse escutado Sirius.

            -Não sei o porquê de tanto medo. Você é uma pessoa maravilhosa e o seu pequeno problema só te deixa mais selvagem. Garotas adoram caras selvagens.

            -Sirius, deixa de ser idiota.

...

Lilian Evans.

James me olhou nos olhos. E aquele não era o olhar que eu pensei que veria. Aquele não era o olhar que eu costumava ver nas pessoas, não depois de saberem o que havia acontecido, não depois de saber que as pessoas que eu mais amava haviam morrido, e, eu havia sido tudo culpa minha. E, sempre seria.

O olhar dele, mesmo que escondido por trás daqueles óculos redondos não demonstrava pena, e, o agradeci silenciosamente por isso. Pena era algo que eu não suportava.

Ele ainda me encarava nos olhos quando atravessou o pequeno espaço que dividia sua cama (que ele estava sentado) e a de Sirius (onde eu estava sentada) e, me abraçou.

Nunca gostei de abraços, sempre os achei sufocantes, mas enquanto James me abraçava percebi porquê as pessoas gostavam tanto, abraços poderiam ser reconfortantes.

Tentei segurar as lágrimas, meus olhos ardiam desde que comecei a comentar tudo á ele, mas de alguma forma, no meio daquele abraço todas as minhas barreiras desabaram. E, de um momento para outro já não tentei controlar o choro e o deixei fluir.

Sempre dizem que o choro alivia a alma, mas como nunca acontecera assim, quanto mais eu chorava mais eu sentia a dor no meu peito. Quanto mais eu chorava mais nítido o vazio no peito ficava e mais fácil se tornava senti-lo.

Em certo momento senti as mãos de James puxar, carinhosamente, meu rosto. Eu ainda estava de olhos fechados. Eu sabia que, agora, ele já estaria com aquele olhar de pena. Não queria ver aquele olhar em James, imaginar aquele olhar nele me fazia querer chorar mais.

Lágrimas ainda rolavam pelo rosto quando ele beijou meus olhos e pediu com a voz rouca para eu abri-los. Por trás dos óculos era possível perceber a vermelhidão de seus olhos. Ele também havia chorado.

—Eu estou aqui Lily. E, juro por Merlim, sempre vou estar. Sempre.

O tom dele era doce. Fiquei surpresa, nunca soube que James Potter tinha um lado doce. E eu quis acreditar, verdadeiramente naquelas palavras, quis mesmo, mas eu já havia aprendido que a vida não funcionava dessa forma.

            Tentei desviar meu olhar do dele, aquilo tudo era intenso demais. Não imaginei aquele momento em nenhuma das possibilidades que presumi acontecer assim que conta-se a verdade.

            -Droga! Molhei toda sua camisa. -Digo propositalmente para afasta-lo.

            -Sou um idiota. –James exclama levantando-se, e, me assusto- Sou um completo babaca, um canalha. Se eu fosse Sirius teria me matado.

            -Jam...

            -Eu agi como um idiota. Magoei-te e, você estava passando por tudo isso. Sinto-me um completo... Como - Ele voltou a sentar do meu lado, segurou minhas mãos e mais uma vez olhou em meus olhos - Como, ainda conversou comigo depois de ter te ferido tanto.

            -No inicio eu gostei, não de toda a confusão, mas, eu imaginei que já que você tinha conseguido o que queria me deixaria em paz. Então eu percebi o quão quebrado você estava e, eu entendo de estar quebrado.

Respondo com sinceramente.

            -Entende, mas não deveria. A vida na foi justa com você Lily. Eu deveria ter parado de te importunar depois daquele dia no trem.

            -Quais daqueles dias?

            -O primeiro deles. Eu estava tão ansioso com Hogwarts e com a Grifinória. Você defendendo os indefesos. Eu era um idiota, me achava superior. Embora meus pais abominem a ideia de que nascidos trouxas não deviam ser bruxos, eu, confesso, achava correto.

Surpreendi-me com aquela declaração. Uma das coisas que sempre admirei nele foi o fato de lutar contra essas ideologias. Ele notou minha surpresa e sorriu.

—Como eu disse, eu era um idiota. Então você apareceu, uma nascida trouxa toda petulante, fiquei bravo. Depois conheci o Remo. Com o passar das semanas comecei a admirar sua inteligência, minto, não foi com o passar das semanas foi a partir do terceiro ano. De que forma eu poderia pensar ou seque cogitar a ideia de que nascidos trouxas não poderiam praticar magia conhecendo você, Lilian, e seus inúmeros talentos? Da mesma forma não poderia ser a favor de menosprezar outras criaturas magicas, uma vez que conheci Remos e descobrir a verdade sobre ele.

            -Estou dizendo tudo isso, porque quero que entenda que já fui um ser humano horrível, e mudei, eu diria amadureci, caso não fosse, ainda, muito infantil. E quero que entenda isso porque ser um ser humano ruim foi uma decisão minha, mudar também, mas para isso contei com “forças exteriores”. O que estou tentando dizer e que obviamente não estou conseguido é que há algumas coisas na vida sobre as quais temos controle e há outras que fogem completamente do nosso domínio.

            -O que aconteceu com seus pais, não foi culpa sua. Eu sei que se culpa, mas você não podia imaginar o que aconteceria, e mesmo que estivesse com eles, talvez não pudesse salvá-los.

As lágrimas retornaram aos meus olhos e, mais uma vez estava chorando.

            -Mas eu teria tentado. Eu teria me despedido. Quando eles me chamaram para se despedir eu não desci. Meus pais morreram achando que eu os odiava. Eu deveria ter engolido meu maldito orgulho e ter ido com eles. Eu deveria ter... Eu devia ter sido uma filha melhor.

Digo entre lágrimas.

            -Eles sabiam que você os amava. Acredite, em mim eles sabiam. Nunca duvide que eles não soubessem disso, porque eles sabiam. Eles sabem. Minha costuma dizer que aqueles que nos amam nunca nos deixam de verdade.

Dessa vez sou eu que o abraço.

...


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Notas finais do capítulo

Gostaram? Espero ter feito valer a pena a espera.

Eu queria colocar mais coisas, no entanto, achei que esse final seria a maneira correta de terminar esse capitulo



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