Dean suspirou olhando o porta-retratos há tão esquecido. Lá estava ele com seu irmão Sam. Eles tinham uma certa felicidade na época, e agora? Bem, agora os dois nem estavam mais juntos. Já fazia sete meses que Sam fora sugado no portal e fora para o Inferno com Lúcifer e Miguel. E já fazia sete meses de uma saudade interminável.

Mas ele sabia que devia seguir em frente, devia isso ao Sammy. Na verdade, ele prometera isso ao Sammy. Limpou as lágrimas que insistiam em cair, deu um breve suspiro e sorriu, como se nada tivesse acontecido, porque sabia que era isso que seu Sammy queria. Levantou-se e olhou para trás, onde Lisa estava colocando a ceia na mesa e Ben estava ajudando-a, preparando os pratos. Seu sorriso existente abriu-se ainda mais.

E, naquela hora, era um sorriso verdadeiro e não apenas aquele que ele usaria como justificativa de seu falso bem-estar. E eram coisas simples e pequenas que faziam aquele sorriso se tornar verdadeiro, Lisa e Ben tinham esse efeito nele. Sammy tinha esse efeito nele.

Uma lágrima escorreu, mas Dean não fez questão de limpá-la. Era uma lágrima de felicidade, era uma lágrima por Sam e para Sam. O Winchester iria ter um Natal feliz pelo seu irmão.