Fotografia escrita por raggedy man


Capítulo 1
Capítulo 1


Notas iniciais do capítulo

Bem, aqui está! Fiquei super feliz de quem eu tirei e eu espero que você goste. Não sei como escrever para um garoto, mas me esforcei bastante e coloquei meu coração nisso.



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– Você está encarando de novo. – Disse a ruiva enquanto lia o Profeta Diário no café da manhã. Ela nem olhava para Hermione para saber o que a morena estava fazendo, o que a deixava impressionada.

– Não estou encarando, só estou olhando casualmente. – Respondeu Hermione tomando um gole do seu suco de abobora e voltando a olhar para a mesa da Sonserina. Ela, de fato, estava encarando, mas tentava disfarçar para que a amiga ou ele percebesse. Falhou nos dois quesitos.

– Hermione, eu nem estou olhando para você e sei que continua olhando para o garoto. – Falou abaixando o jornal e tocando no ombro da amiga, fazendo sua atenção voltar para Gina. – Eu ainda não compreendo como vocês dois se tornaram em um... casal. – Disse um pouco mais baixo. – Vocês são tão diferentes e ele é tão... Sonserino e Malfoy.

Hermione sorriu com o comentário da amiga. Era verdade. Eles eram totalmente diferentes. Hermione Granger era uma garota baixa, com cabelos castanhos enrolados, com um coração enorme e era nascida trouxa. Draco Malfoy, pelo contrário, era alto, com cabelo quase branco de tão loiro, com uma expressão fria e era sangue puro. Eles não tinham absolutamente nada em comum, além do fato de estarem apaixonados um pelo outro. Era tão absurdo que chegava a ser clichê.

– Draco é.... como a neve. – Hermione disse calmamente e um pouco distraída, ainda olhando para ele. – É frio e cruel no começo, mas é de alguma forma bonito, que você sente falta quando não está lá. E se você o segura na sua mão perto o suficiente, por tempo suficiente, ele muda. Ele derrete.

Gina sorriu para a amiga.

– Então, a que horas você vai “estudar comigo”?

– As oito. E não se esqueça, se alguém perguntar...

– Você não estava se sentindo bem e foi para a enfermaria. Não é para incomodá-la por que a coisa era feia e você se sentiria envergonhada. – Ela terminou sorrindo. – Agora, antes que Malfoy roube você de mim mais uma vez, pare de encará-lo e converse comigo.

E assim, Hermione fez.

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Eram oito horas e ele estava sozinho na torre de astronomia. O lugar de encontro das dois todas quintas feiras a noite, uma vez que a maioria dos estudantes dormia cedo já que a primeira aula, as cinco da manhã, na sexta era de Astronomia as cinco da manhã para ver o sol nascer. Como era a última semana antes das férias de fim de ano onde ambos iriam passar em casa, não podiam mandar cartas sem que os pais de Draco interceptassem e descobrissem sobre o namoro secreto com uma sangue-ruim. Nem Draco ou Hermione estavam prontos para que o mundo soubesse da relação tão proibida dos dois.

Havia acabado de dar oito horas e Hermione entrou no local. Ela estava linda como sempre, com um suéter bege, jeans e um gorro vermelho, que continha seus cachos de ficarem mais armados. Ao vê-la, ele sorriu e deu um passo adiante enquanto ela se aproximava e ficava em frente ao loiro.

– Senti sua falta o dia inteiro. – Ela disse sorrindo levemente. Ele tocou de leve em sua bochecha e deu um meio sorriso. – Gina não parava de reclamar que eu não prestava atenção na nossa conversa.

O garoto apenas sorriu e se aproximou de sua boca, fazendo-a para de falar e fechar os olhos enquanto a deixava-a meio aberta. Ele acabou com o espaço que ainda havia entre os dois e a beijou. Foi um beijo cheio de paixão, entorpecente, com os dois pressionando o máximo possível para se aproximar ainda mais. Era um beijo que passava saudades, amor e desejo dos dois lados. Um beijo proibido.

Após alguns minutos eles se separaram ofegantes, mas ainda continuaram nos braços um do outro e de olhos fechados, apenas ouvindo suas respirações. Draco foi o primeiro a abrir os olhos e contemplar o rosto delicado de Hermione.

Eles estavam saindo havia quase oito meses escondidos. Desde que o Torneio Tribruxo havia acabado e o quinto ano começado, eles haviam se encontrado frequentemente na Torre da Astronomia, onde fora seu primeiro beijo, eles estavam se escondendo. Hermione sabia que nunca teria a aprovação de Harry e Rony sobre seu relacionamento, então resolveu deixar isso em segredo até uma boa hora.

Draco precisava também que esse segredo fosse mantido. Seu pai nunca o perdoaria por estar saindo com um sangue ruim, o desertaria e o deixaria sem nada, nem mesmo uma casa para morar. Era melhor deixar tudo em segredo.

– Melhor aproveitarmos esse tempo juntos... – Ele disse acariciando seu rosto lentamente. – Amanhã vamos para a casa e ficaremos sem se ver por um bom tempo.

– Você podia vir me visitar antes de eu ir para a casa dos Weasleys. – Hermione disse se aproximando, mas para sua surpresa, Draco se afastou bruscamente. – O que?

– Hermione, primeiro que você sabe que eu não posso. – O loiro cruzou os braços e adotou uma expressão séria, olhando para a morena. Ele não gostava quando Hermione mencionava Harry ou Ron, uma vez que eram inimigos e sentia um ciúme grande pelos dois poderem passar o tempo com ela e Draco não. – E segundo, por que precisa ir na casa daquele... daquele...

– Por que eu sou amiga dele e da irmã dele. – Ela disse o encarando. – E daquele o que? Traidor do sangue? Que eu saiba, você está saindo com uma sangue-ruim, ou já se esqueceu disso?

Isso o fez suavizar seu rosto.

– Hermione...

– Ou já está se arrependendo? O que será que o seu pai fala de mim pelas costas já que estamos saindo? Ah é, ele não fala, por que você tem vergonha.

– Já se esqueceu que estamos escondendo? – Ela se afastou dele. – Ou o por que estamos nos encontrando se...

Ele não quis ouvi mais, então a puxou pela cintura e a beijou com fervor. A morena correspondeu imediatamente, colocando suas mãos em seu cabelo e o puxando para mais perto, como se fosse juntas os dois corpos em apenas um. O beijo foi esquentando rapidamente, chegando ao ponto onde a mão de Draco acariciava suas costas por dentro da blusa e Hermione começava a ficar incomodada que estava impossibilitada de sentir mais sua pele. Antes de se aprofundarem mais, Draco se separou dela relutante.

– Espere... Hermione, o que... – Ele viu o olhar dela. – Você tem certeza?

Ela apenas concordou e voltou a beijá-lo. E naquela noite, não importava se eram tão diferentes. Não importava que, no futuro, eles podiam não estar juntos ou que se afastariam com o tempo. Naquele momento, eles eram um só.

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No dia seguinte, Draco estava em seu quarto em sua mansão, tirando sua roupa para poder entrar no banho. Odiava viajar com tanta neve. O trem superaquecia demais, parava toda hora devido ao excesso de neve. Se dependesse dele, aparataria de Hogwarts direto para a sua casa, mas ainda tinha quinze anos e não era velho o suficiente para ter lições de aparatação, o que achava extremamente ridículo.

Após tirar sua jaqueta, conferiu os bolsos para ter certeza que não havia deixado nada para trás de importante. Tirou alguns pedaços de pergaminhos e o anel da família. Era impossível usá-lo com a luva. Checou também os bolsos de dentro mesmo sabendo que não havia posto nada ali, porém sentiu alguma coisa. Retirou com cuidado um envelope com um H delicado escrito. O abriu e sorriu satisfeito com o que achou.

Era uma fotografia dos dois juntos, tirado por uma câmera encantada. Eles estavam perto do lago, sentados abraçados e ele brincava com um cacho enquanto falava alguma coisa para ela. Ele sabia o que havia falado. Era a primeira vez que dizia que a amava.

Ele sabia que era perigoso manter aquilo em sua casa, mas ele não poderia destruí-la. Não conseguiria. Deixou então atrás de uma fotografia de seus pais que havia em seu quarto.

Sabia que se fosse pego, seria deserdado na hora. Sabia que aquela simples foto, o colocaria em tantos problemas que nem ele poderia imaginar. Mas pela primeira vez, não se importava.


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