Os dias foram passando e minha cabeça ficava cheia de pensamentos. Pensamentos como tudo o que Neal me disse ou a situação minha com Killian.

Killian me deixava segura. Porém, nunca tive sorte com amor, eu gosto dele, mas tenho medo de me magoar de novo. Minhas barreiras estão erguidas, não consigo abaixa-las, quero resolver minha situação, mas é complicado, meu medo fala mais alto. Se eu der uma recaída, minha dor será imensa. Também preciso me preocupar com ele, não posso magoa-lo, ele me entende, mas uma hora tudo acaba, seja pra melhor ou não.

Não sei o que fazer.

Minha decisão foi evita-lo por um tempo, até eu me decidir o que fazer. O problema é que tínhamos que sair com o pessoal num passeio a barco.

– Alô Swan.

– Oi

– Tudo bem? Está diferente...

– Esta tudo sim, quer dizer, mais ou menos. Não estou muito afim de sair hoje.

– Por que? Já marcamos com Robin, Regina, Tinker e Will.

– Eu não sei. Minha cabeça está cheia.

– Eu gostaria de respeitar sua decisão mas... somos "namorados".

– É, verdade... tudo bem eu vou.

– Tudo bem então, até mais tarde Swan.

– Até...

Chegando lá, apenas o abracei para cumprimenta-lo para o pessoal ver que estamos bem. E fiquei próxima as mulheres para conversar.

– Acho que estamos num encontro de casal, não acham? - brincou Regina.

– Estamos mesmo hein. Até nosso companheiro Will está com alguém - brincou Killian.

– Ei, tô aqui viu - disse Tinker.

– Sabemos, da um jeito na cabeça dele hein - brincou Robin.

– Ah qual é companheiros! Assim ela desiste de mim - respondeu Will.

Conversa vai conversa vem. Risadas e mais risadas. Tomamos cerveja, pulamos no mar. Foi uma bela tarde de sol, normalmente a cidade parece um freezer de tão gelada.

Mas continuei evitando papo com o Killian.

– Swan? Já que estamos mais sozinhos agora, pode me dizer o que está acontecendo? - perguntou.

– Não é nada - respondi.

– Você está me evitando.

– Não estou evitando. Só estou cheia de algumas coisas ruins aí. Nada de mais.

– Hm... saiba que pode contar comigo ta?

– Claro, obrigada...

No por do sol, fomos de volta para casa. Ele fez questão em me deixar em casa. Aceitei. Mas antes de irmos, escutamos alguém próximo de nós.

– Então pombinhos, estão curtindo bastante pelo jeito - disse Neal.

– O que faz aqui?! - perguntei

– Vim ter um conversa de homem para homem.

– Então fala logo cara, o que você quer? - perguntou Killian.

– Só pra avisar que logo logo esse romance aí, vai acabar.

– Quem você pensa que é falando assim, seu idiota?! – Killian disse exaltado.

– Seu imbecil, você deveria saber que ela não se envolve em relacionamentos sério. A pobrezinha tem medo de se magoar, não sabe firmar algo sério, é tudo passageiro – disse rindo.

– Por culpa tua seu idiota, olha as coisas que você fala! – e deu um soco em Neal.

Ele se levantou e tentou bater em Killian também, deu um chute e soco atingindo a barriga de Killian. Killian revidou com um chute e ele caiu no chão sem se levantar.

– Ei ei!!! Para com isso ok! – segurei Killian que queria mais briga. – e você seu cretino, vai pro inferno, você não presta, tenha nojo de você mesmo olha só pra você – eu disse olhando nos olhos de Neal.

Ele deu uma risadinha e disse - Quer saber, vocês se merecem...

Segurando a mão de Killian, levei-o para o carro e fomos pra minha casa. No caminho ele falava:

– Olha as coisas que ele disse a você, Swan. Eu preciso arrebentar a cara daquele desgraçado! – dizia nervoso.

– Não Killian, não. Você não sabe o quanto isso está doendo em mim agora. Essa briga inútil só vai piorar as coisas. Por mim, eu mesma quebrava ele no meio, não quero que você se machuque também – disse mas no fundo eu estava quebrada.

– Pare com isso, eu não duvido de você mas, nunca deixarei ninguém te desrespeitar.

Nos olhamos.

– Porque me trouxe na sua casa? – perguntou.

– Sua barriga está machucada, não está? – respondi e ele levantou a camisa para olhar.

– Só um arranhão, está um pouco roxo mas só isso. Tudo bem.

– Vem, vamos entrar.

Entramos dentro de casa e meus pais estavam lá.

– Filha, já chegou? – perguntou meu pai.

– Yeah... – respondi.

– Ah, trouxe visita – disse minha mãe quando viu que Killian estava atrás de mim.

– Sim, trouxe.

– Killian Jones, dona Mary Margaret, é isso? – ele se apresentou mostrando seu sorriso encantador.

Ela se encantou abrindo um sorriso enorme no rosto. Não queria nem imaginar o que ela pensou ou que iria me dizer depois.

– Senhor David, é bom rever o senhor. – continuou.

– Igualmente rapaz - disse.

Percebia que ele não tinha o jeito de conversar com os pais da "namorada" então quebrei o gelo.

– Então, vamos subir Killian? Tenho que te mostrar aquela coisa - disse.

– Claro Swan, vamos.

– É rápido - disse.

– Vai ficar para o jantar Killian? - perguntou minha mãe.

– Não não, obrigado dona Mary Margaret. Deixa para a próxima, eu prometo.

Então subimos.