Dreaming Again escrita por Sra Manu Schreave


Capítulo 9
Capitulo 8 - Smile


Notas iniciais do capítulo

Ola, meus amores,
Quero agradecer à todo mundo que leu, comentou, favoritou, e a linda da The Liar, que fez uma linda recomendação para DA. A segunda recomendação, alias.
Esse capitulo, eu dedico a Ju Mellark, minha sis, que me deu varias ideia incríveis. E ficava apontando meus erros que eu nunca perceberia. O que seria de mim sem ela? Nothing!
Perceberam que a Tia Manu tá mais responsável? Não? Poxa! Hahaha... Bem, hoje, estou postando exatamente, uma semana apos a ultima atualização, mas não, quinta não é o dia oficial de Dreaming Again, sexta é. Alias, babys, respondi todos os comentários. Se eu tiver perdido o seu no caminho, por favor, me avise, isso pode acontecer.
Bem, espero que gostem.
PS: As notas estão menores que antes. O Nyah sumiu com as primeiras notas que escrevi.
Beijos,
Manu Schreave



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Quando você me deixou pela primeira vez

Eu não sabia o que dizer

Eu nunca estive sozinha daquele jeito

Eu apenas dormia sozinha o dia todo

Eu estava tão perdida naquela época

Mas com uma ajudinha dos meus amigos

Achei a luz no fim do túnel

Certo, certo. Você acordou o garoto, Everdeen, não pode surtar por um atraso de cinco minutos e meio, ou seis minutos, ou... Calma, Katniss! Na minha lista de metas tenho de colocar não me irritar com atrasos, é sério, o mundo atrasa o tempo todo, não posso surtar com cada atraso que tenho de conviver, principalmente nesse caso que ele não é tão culpado assim. Chegou, chegou! Percebo de repente, quando aqueles fios loiros aparecem na minha visão, e o garoto ainda com cara de sono.

—Tomara que o que você deseja falar seja algo realmente importante. Estou caindo de sono. — resmunga se sentando no banquinho da praça, junto comigo.

—Você atrasou, sabia? — não resisto em dizer.

—E você me acordou, mas eu não estou jogando isso na sua cara. Bem, na realidade, agora estou. — ele sorri torto, ironicamente na minha direção. — Mas, afinal, você me liga às sete da manhã, em um sábado, e apenas me diz para te encontrar na pracinha em vinte minutos. Queria o que de mim? Que saísse correndo e viesse apenas de cueca. — informação desnecessária do dia: O Mellark dorme apenas de cueca, mas eu não precisava saber disso.

—Tá bom, tá bom. Eu não deveria ter lhe dado um prazo tão curto, mas, o assunto é sério, Mellark. — suspiro. — Digamos que eu necessite da sua ajuda.

—Olha, esse é um péssimo jeito de dizer que precisa da ajuda de alguém. — anuncia.

—Mas, a ajuda não é para mim, não totalmente. — resmungo aflita e irritada. — Okay, evite ser um babaca completo por dois segundos e me ajude, ou melhor, ajude a Annie.

—A Annie, o que tem ela? — questiona franzindo o cenho.

—Digamos que ela estava namorando o maior babaca do mundo.

—O Christopher? Todo mundo sempre soube que ele é um babaca, o que fez dessa vez?

—Bem... Ele traiu a Annie.

—E, ela já sabe? A gente tem de contar para ela. Ele é mais babaca que eu imaginava. Um idiota! — começa a falar sem parar, ficando vermelho de raiva. E eu até entendo-o, a Cresta não merecia isto.

—Sabe sim, foi ela que me contou. Ela estava tão mal coitada. — balanço a cabeça para tentar afastar a imagem dela tão frágil em sua cama, da forma que deixei. Quando sai deixei apenas um bilhete falando que tinha saído para ‘tomar café’. O que claramente não é a verdade. — Ele é um idiota. Mas, eu não aceito que isso fique assim. Não com a Annie, e é por isso que preciso da sua ajuda.

—Estou ouvindo.

—Eu quero vingança. — falo apenas, e observo a expressão dele. Seus olhos estão cerrados, seu cenho franzido, claramente pensativo. — Só não sei o que fazer.

—Olha, eu tenho uma ideia. Não é metade do que esse desgraçado merece, mas... É o melhor que temos, Katze. — termina de dizer, e solta uma risada que é no mínimo, malévola.

—E qual ideia seria essa?

*****

*Fase 3: Pegar as roupas. Completa. ~ Peeta*

Leio após meu celular apitar, mas volto minha atenção rapidamente para Annie, mandando o olhar para Clove. Ela entende a mensagem. Eles conseguiram.

Bem, pelo menos três fases nós vencemos. A fase um era conseguir a ajuda de Clove e Cato. A dois era conseguir que os outros garotos do time de futebol se mantivessem quietos, e saíssem do vestiário no momento certo. E a três, era Peeta pegar a roupa de Christopher no vestiário, sem ele perceber, obviamente, e deixar a toalha. Okay, isto não é metade do que ele merece, mas será no mínimo, muito cômico.

—Por que a gente tá indo nessa direção? — Annie questiona me tirando de meus pensamentos.

—Annie, eu e a Clove vamos nos encontrar com o Peeta e Cato perto do vestiário, vai com a gente? — informei. Nesses últimos dias, ela está evitando qualquer lugar que houvesse a mínima chance de se encontrar com Christopher, e o vestiário é, sem dúvidas, esse tipo de local.

—Claro que vou, cansei de ficar se escondendo, é ele quem deveria sentir vergonha. — fala corajosa, o que me enche de orgulho.

—Assim que se fala. — eu e Clove falamos ao mesmo tempo, o que nos faz rir.

—Mas, vocês duas, hein? Encontrar com os dois Mellark’s, hum? Suponho que o Cato seja da Clove e o Peeta da Kat, acertei? — comenta, fazendo-me engasgar com minha própria saliva.

—Oi? Que é isso, Annie? Claro que não. — Clove responde mais que rápido, corada.

—Sei... — olha para nós duas desconfiada. Essa é a ideia mais louca do mundo, eu e Peeta. Annie está seriamente precisando de remédios, a traição afetou a mente dela, tadinha.

Vamos nos aproximando do nosso alvo, e percebo que Cato fez a parte dele direito, não sei como, mas há diversas pessoas por aqui. Sinceramente, a parte que mais me frustrou nesse plano, é que não fiz praticamente nada. Eu queria isso, me vingar, vê-lo humilhado, mesmo que não diminuísse o que causou a Annie, mas não fiz nada. O que mais me preocupa nisso tudo é a Cresta, ela vai aprovar ou não, se sentir melhor ou pior. Madge sequer sabe do plano, até porque, está viajando essa semana, e se eu contasse para ela, o mundo inteiro já estaria sabendo, não chamando-a de fofoqueira, obvio que não.

Vejo Peeta vindo em nossa direção com um sorriso torto e aquela cara de criança sapeca que aprontou. Nas mãos carrega uma sacola, onde deve estar as coisas de Christopher.

—Não acha perigoso ficar com isso na mão? — questiono sussurrando no ouvido dele, para Annie não ouvir.

—Eu vou esconder em algum lugar, não se apresse, Katze. — sussurra em meu ouvindo, soltando uma baforada de ar quente que me faz arrepiar.

—Vai logo, então. — falo dessa vez em tom normal, como se não fosse nada demais. Olho na direção de Annie que me manda um sorriso sacana como quem diz “Eu sabia, eu falei! Você tem de me contar tudo.”

Peeta se afasta para colocar a sacola em ‘Deus sabe onde’, e Annie aproveita

—Eu falei, eu falei. — exclama fazendo uma dancinha hilária.

—O que você falou, Annie? — me faço de tola, e ela estreita o olhar para mim.

—Você e o Mellark com essa coisa toda. Segredinhos, olhares, mensagens. — depois dessa, não aguento e começo a rir.

—Ai, desculpa, Ann, mas... — sequer consigo terminar a frase sem rir.

—Vai rindo, vai. Mas, quando assumirem, quem vai rir sou eu. — nego com a cabeça, bem humorada, olho para Clove que não se aguenta de tanto rir.

—Olá, garotas. — Cato chega nos cumprimentando com um sorriso torto. Será que esses Mellark’s não sabem sorrir direito? Tem de ser torto?

—Oi, Cato! — falamos juntas.

Logo, ele se curva e sussurra algo no ouvido de Clove, e ela fica vermelha, mas logo assente. Meu Deus! Ela não pode sentir nada pelo Mellark número 2, apesar de eu implicar sobre Peeta, nunca ouvi maus comentários sobre ele, mas já sobre Cato, sequer é necessário ouvir os comentários, apenas observar cada dia ele desfilando por ai com uma garota.

Ele olha para mim e assente. E sei que logo o ‘show’ começará. Ficamos conversando sobre amenidades, apenas para distrair Annie. Depois de um tempo, mais que o esperado, Peeta se aproxima novamente, desta vez, sem a sacola na mão. Após, ele se postar ao meu lado, me inclino e questiono:

—Onde escondeu as roupas?

—Num lugar bem discreto. — garante sorrindo torto e engraçado.

Por um tempo, ficamos todos em silêncio, apenas observando o corredor que a cada segundo se enche mais de pessoas, o que me deixa curiosa, como Cato fez todos gastarem seu horário livre por aqui. Pesco meu celular no bolso para questiona-lo por mensagem.

*Como conseguiu encher tanto o corredor? ~ Katniss E.*

Quando ele recebe a mensagem, manda um olhar rápido na minha direção. E volta a se focar no celular.

*Digamos que sou influente, e que foi só conversar com um e outro dos jogadores do time de futebol. As pessoas estão esperando por algo, não sabem o que é, mas estão esperando. Mas, pelo que eu analisei aqui, o show vai começar em... 10, 9, 8, 7... Termine de contar por aí. ~ Cato M.*

6, 5,4,3, 2, 1. Conto mentalmente. E um pouco após eu terminar de contar, escuto alguns barulhos vindo de dentro do vestiário, a maior parte das pessoas se calam querendo saber o que é. Quando o silêncio passa a quase dominar, posso ouvir os palavrões vindo de lá. Mesmo lutando contra, um sorriso se espreme em meu rosto. Aguardamos mais um tempo, os palavrões não param, e mesmo assim as pessoas não voltam a falar alto, elas realmente estão esperando por algo.

—O que está acontecendo? — Annie questiona.

—Em breve veremos. — Cato responde antes que eu tenha tempo de dizer algo.

Um tempo se passa, e logo, a porta do vestiário começa a ser aberta, e alguns fios da cabeleira castanha de Christopher começa a aparecer, pouco depois, seus olhos negros se espoem, provavelmente, ele estava querendo conferir se o corredor estava vazio, mas surpreendeu-se. Seus olhos estavam arregalados, e o garoto, sem ação.

—Ei Christopher — gritou um garoto enorme, com jaqueta de jogador. —, sai logo daí, cara. Tá esperando o quê? Ninguém aqui morde, não, pô.

—E-Eu esqueci uma coisa no chuveiro. — gagueja.

—Depois, cê pega, cara. Chega aí. — percebo que o jogador sabe do plano, e que Cato foi muito esperto. Para não se meter em problemas, colocou o gigante para chamar a atenção, até porque, aparentemente, ninguém teria coragem de enfrenta-lo.

—Eu tô com alguns problemas. — falou simplesmente, olhando amedrontadamente para todas as pessoas.

—Tá com medinho, Christopher? Oh, ele tá com medinho, pessoal. — provocou. Algumas pessoas começam a debochar, gritando “Tá com medinho!”, mas nós nos mantemos calados, já aprontamos muito por hoje. Olho para Annie que está com os olhos estreitados, o que me deixa em dúvida se está sentindo-se bem ou mal com a situação. Percebo que Christopher se enfurece, e como já sabe que não há como encontrar uma roupa no vestiário, decide sair porta a fora.

Gotas d’agua escorrem pelo seu peito nu, seus cabelos castanhos estão molhados e livres, e talvez essa cena pudesse ser quase sexy para algumas garotas, ou não, mas, o mais importante agora, é focar em sua única ‘peça de roupa’, uma toalha de rosto rosa. Sério, quando Peeta me falou o plano, no início achei tolo e infantil, mas agora percebo. É humilhante, e claro, hilário. Mas, isso realmente não é nem metade do que ele merece por ter magoado Annie, mas, definitivamente, é humilhante o bastante para eu poder viver nesse mundo sem considera-lo muito injusto, apenas injusto. Olho para Annie, que agora está como todos, rindo muito.

—Uh, bela toalhinha rosa? Adorável, Christopher, aparentemente descobrimos seu medo. — o jogador gigante zoa.

Continuamos a rir por mais um tempo, só percebemos o barulho que estamos fazendo quando a diretora aparece. Oh, no!

—O que vocês pensam que estão fazendo? Que baderna é essa no meio do corredor? — a senhora Coin questiona irritada, até que olha para Christopher ao centro. — E você, Christopher Burp, o que faz nu no meio da escola. Nós temos o vestiário justamente para se vestir lá. Então, é você o motivo de toda essa algazarra? Vista-se e vá até a minha sala, tenho algumas coisas para você por lá, e garanto que não são as suas roupas. O resto de vocês, circulando, agora, a não ser que desejem fazer companhia para o senhor Burp. — após a ameaça, todos os alunos começam a se direcionar para o pátio da escola, ainda rindo.

—Parem, um segundinho. — Annie pede no meio do corredor olhando para o rosto de todos nós. — Foram vocês, não foram? — sem saber o que dizer, apenas assentimos, preocupados com a possível reação dela. — Obrigada, pessoal, foi a melhor coisa que alguém já fez por mim. Mas, e se alguém descobrir que foram vocês? E, se meterem-se em problemas?

—Calma, Ann. — peço. — Nada demais vai acontecer, mas e você, como se sente?

—Sinceramente? — ela pergunta e eu assinto. — Me sinto bem melhor, bem mais leve. Obrigada, gente, serio. Vocês são demais.

Abraço-a pelos ombros e vamos seguindo em direção ao pátio. Quando chegamos, vemos todos apontando em direção ao mastro da escola e rindo, e olhamo-nos, questionando se sabemos de algo, mas é obvio, não sabemos de nada. Quando nos aproximamos mais, podemos ver, o que há no mastro. Uma blusa, uma calça e uma cueca de ursinhos, escrito ‘Chris’, aparentemente, as roupas de Christopher não estão tão perdidas mais. Em meio as risadas, olho para Peeta, que corresponde o olhar, mandando-me uma piscadela, e sorrindo, um sorriso torto.


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Notas finais do capítulo

Uhhu! Vingança merecida? Gostaram? O que acharam? Comentem, deem suas opiniões, favoritem, e se achar que DA merece, façam como a Dri e a The Liar e recomendem.
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Até sexta que vem.
Beijos,
Manu Schreave