A Garota escrita por Rana


Capítulo 6
Capitulo 6


Notas iniciais do capítulo

Capitulo dedicado a Jade :3 obrigada por recomendar já te amo!! haha obrigada a todos pelos comentários, Molly,Bruna,Luana,Gi, Vick e Lovechiquititas por favoritarem a fic, esse capitulo vai ser dedicado a vocês, continuem acompanhando, beijos!!!



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– Você? - olho pra pessoa que me espera era ela, Viviane.

– Oi. - ela diz.

–O que está fazendo aqui? - pergunto seca.

– Queria conversar com você. - ela diz.

– Não temos nada pra conversar eu acho. - digo pensativa.

– Temos sim. - ela diz.

– O que temos que conversar então? - eu pergunto entrando por fim em casa, fecho a porta.

– Sente-se. - ela diz.

– Eu to bem em pé. - eu falo e ela se acomoda, abre sua bolsa e dele tira um pen-drive rosa.

– Me permite? - ela diz indo até a televisão eu acento com a cabeça que sim, estava cansada me dei por vencida e sentei ao sofá, um slide de fotos nossas começou a passar, eu não pude conter ou esconder que meus olhos se enchiam cada vez mais de lágrimas.

O slide de fotos tinha consigo uma música a nossa preferida que era " Amigas - Fernanda Brum e Eyshila.

Quando tudo acabou eu chorava feito uma criança, ela continuou com a musica e me olhou.

– Bia, eu estou aqui hoje não por um simples motivo, estou aqui pela nossa amizade se é que ainda temos, eu quero dizer-te que sinto muito a sua falta, muita mesmo, eu descobri que fui uma ingrata contigo, eu fui falsa e sei que perdi totalmente sua confiança, eu sei mereço, eu deveria por todo resto da minha vida passar sozinha, eu estou aqui hoje vencendo o meu orgulho pra te pedir perdão, perdão por todas as vezes que te fiz se sentir sozinha, que te magoei, que te fiz mal... Por todas as vezes que fui uma ingrata, uma mal agradecida... Eu não sei o que deu em mim por ser amiga da Mariam, ela só queria colher informações eu juro que não passei tudo que sabia só poucas coisas sobre Eduardo, mas depois que a Ana e ele apareceu na sua vida eu senti muito ciúme e acabei entrando na onda daquela bruxa, me perdoa, por favor. - ela dizia escolhendo as palavras.

– Eu estou machucada Viviane. - eu disse secando uma lágrima.

– Eu sei, eu me sinto um lixo por te fazer sentir-se assim. - ela disse.

– Não é nada fácil vê sua melhor amiga sendo falsa contigo e dando moral pra sua inimiga. - eu falei relembrando fatos e ela fica em silêncio - Você tem noção de como me sinto desde aquele dia naquele vestiário, eu me sinto um caco, minha vida anda de mal a pior, larguei de Eduardo, não tenho mais minha melhor amiga a única pessoa que tenho no mundo é Ana, acabei de voltar de uma audiência e soube que ganhei a guarda dela isso foi ótimo, mas falta você, falta o Eduardo, faltam meus pais, falta tudo. - eu disse chorando. - ela diz.

– Você me tem. - ela disse.

– Viviane, eu preciso pensar... Eu não posso dar o braço a torcer depois de tudo disso. - eu falei.

– Você sempre a Bia difícil. - ela diz e sorri fraco.

– Sim. - eu digo. - Me dê alguns dias pra mim por minha mente no lugar, é muita coisa eu volto a te ligar pode ser? - eu digo.

– Tudo bem. - ela diz levantando-se.

– Aonde vai? - pergunto.

– Vou pra casa, aliás, John deve estar me esperando lá na recepção. - ela diz.

– Te levo até à porta. - eu disse.

– Sua filha é linda espero que não se importe, mas a peguei um pouquinho, completamente fofa igualzinha a você. - ela diz e eu sorri.

– Obrigada. - digo.

A levo até a porta, ela me dá um beijo no rosto e se vai. Eu não posso dar mole, quero que Viviane chore mais um pouquinho.

02 SEMANAS DEPOIS.

Acordei com a campainha do meu apartamento tocando loucamente, a pessoa deveria estar com muita pressa pra apertar tantas vezes.

– Já vai. - gritei e a pessoa para.

. Levanto ainda meio que dormindo, antes de qualquer coisa checo o quarto da Ana e ela dorme feito um anjo, arrumo meu cabelo por cima e a abro vejo que é Eduardo.

– Oi. - ele diz com um sorriso de orelha a orelha.

– Olá. - digo.

– Posso entrar? - ele pergunta.

– Sim. - dou passagem.

Desde a audiência que eu cheguei a ganhar a guarda eu e Eduardo não conversamos mais, tipo... Trocamos conversa o assunto é somente a Ana e nada a mais, não que eu queira falar de sentimentos, eu me sinto bem assim... Estou me acostumando com a ideia de que eu e Eduardo não nascemos pra ficar juntos.

– Onde está Ana? - ele pergunta me dispersando dos meus pensamentos.

– Ainda está dormindo. - falo.

– Que dorminhoca, são quase onze da manhã. - ele diz sorrindo.

– Pois é, mas acorda com uma energia e tanto graças a Deus. - eu digo.

– Meu pai está na cidade e eu gostaria muito que ele a conhecesse se importa seu leva-la? - perguntou ele e eu gelei, era a primeira vez que ela iria sair sem mim, mas eu deveria me acostumar com isso.

– Por mim tudo bem, que horas pretende ir e que horas pretende voltar? - pergunto.

– Vou as 14h00 horas eu contei a ele toda a história, fui obrigado e ele aceitou numa boa e disse que está louco pra conhecer a neta, acho que ela vai ser muito paparicada. - ele diz.

– Normal. - digo e sorriu fraco e fica aquele silêncio, escuto o chorinho de Ana. - Ela acordou! - eu falo e caminho até seu quarto deixando-o sozinho na sala.

– Bom dia pequena. - digo pegando a mesma que abre um sorriso tão lindo quanto ao dia, aquilo me dava orgulho de viver, a pego no colo, ela brinca com o meu colar , quando me viro dou de topa com Eduardo bem próximo de mim, se não fosse a Ana no meio teríamos nos beijado - Que susto - digo e dou um passo pra trás.

– Bom dia filha. - ele diz e dá um beijinho em sua testa, ela logo dá os braços pra ele que a pega.

– Eu ia dar um banho nela. - eu digo.

– Me deixa ficar com ela mais um pouco . - ele diz e sorri branco pra mim.

Eu demorei e custei a acreditar no amor que ele sente por Ana, agora eu sei mais do que ninguém que esse amor é doce e maravilhoso, me sinto privilegiada tendo Eduardo ao lado de Ana a paparicando , significa que não preciso ser mãe e pai ao mesmo tempo, sendo que tem ele.

– Pronto agora dá minha filha. - digo enciumada, e ele ri.

– Vou indo, uma e meia passo aqui pode ser? - ele diz.

– Sim. - eu digo.

– Me leva até a porta? - ele pede.

– Tudo bem. - eu falo e o acompanho até a porta com Ana em meu colo, ele chega à porta e virou-se deu um beijo no canto da boca que me deixou desconcertada e dois beijinhos na bochecha da Ana e foi pra sua casa, suspiro e entro pra dentro.

– Vamos bebê tomar aquele banho pra conhecer o vovô? - eu digo dando um beijinho em seu rosto.

– Pa...pa. - a ouvi dizer.

– O que disse bebê? - eu digo toda boba emocionada.

– Pa...pa.- ela repete.

– Socorro, você está falando papai? - eu disse com os olhos brilhando.

– Pa... pa,pa...pa.- ela bate as mãozinhas.

– Que linda, e você consegue dizer mamãe? - eu a forço.

– Pa...pa. - ela diz.

"Traidora, só fala papai".

– Vamos tomar banho e mostrar pro papai que você consegue falar? - eu digo a levando pro banheiro, tiro suas roupas e coloco a banheira pra encher, quando volto vejo que minha cama estava molhada , Ana havia feito xixi.

– Ana - a repreendi e ela deu uma gargalhada. - Sua feia. - cai na risada a ver gargalhando, tirei meu lençol joguei de canto e a coloquei dentro da banheira. Ela começou a bater as perninhas e só sabia sorrir e dizer

– Pa... pa.

Termino o banho dela, a seco e coloco um vestidinho preto com um cintinho e bolinhas brancas super fofas, coloco uma sandália preta nela, coloco um arco rosa em seu cabelo, e pela primeira vez passo um gloss cor de boca nela, não deu muito certo porque ela comeu tudo, a deixei do carrinho e fui preparar algo pra que ela comesse, dei frutas ela comeu tudo e ainda batia as mãozinhas querendo mais, cortei uma maçã e tratei dela, logo a campainha novamente tocou era Eduardo, abri a porta e ele sorriu.

– Posso entrar? - ele diz.

– Sim. - eu falo e ele entra.

– Cadê a Ana? - ele pergunta.

– Está na cozinha no carrinho, estou dando frutas pra ela comer antes de ir. - eu digo.

– Que gulosa. - ele diz sorrindo e caminha até a cozinha.

– Hoje Ana falou a primeira palavrinha. - eu disse toda boba.

– Sério qual? - ele diz animado.

– Papai. - eu digo com ar de derrota.

– Sério? - ele diz todo bobo.

– Sim. - sorrio.

– Que linda - ele diz acariciando suas mãos.

– Termina de tratar dela enquanto eu arrumo a bolsa? - eu digo entregando o prato à ele.

– Sim. - ele diz.

– Obrigada. - eu falo e levanto.

Caminho até o quarto de Ana, pego sua bolsa lilás coloco fraldas, lenço umedecidos, duas troca de roupas e tudo que dava certo, depois fui pra cozinha coloquei o leite que ela tomava, sua mamadeira, o paninho que ela dorme ao lado e uma chupeta caso ela chore por minha falta, sim eu sou convencida!

Termino e saio em direção à cozinha.

– Bebê do papai, abre a boquinha... Abre? - ele dizia fazendo aviãozinho e ele estava com uma cara enorme de idiota, e a Ana ria assim como eu da cara dele.

– Pronto. - entreguei a bolsa pra ele.

– Obrigada. - ele diz colocando o prato de Ana em cima do balcão.

– Que horas vocês voltam? - eu me preocupo.

– Não sei que horas eu volto, prometo não vir tarde. - ele diz.

– Tudo bem. - abaixo a cabeça.

– Tchau. - ele diz indo até a porta.

– Eduardo. - eu digo e ele se vira.

– Oi? - ele pergunta.

– Posso te ligar de hora em hora pra ver como ela está? - pergunto.

– Melhor não, minha namorada embaça, ela vai estar comigo também, mas prometo que te mando fotos pelo whats de como a Ana está. - ele diz e eu abaixo a cabeça, me arrependo de deixá-lo sair com ela.

– Ok, cuide dela, por favor. - eu falo.

– Sim, sou responsável. - ele diz e dá uma piscadinha.

– Tchau bebê. - dou um beijinho na testa de Ana que sorria.

– Pa... pa. - ela diz que saco

– Obrigada Ana. - eu resmungo.

– Tchau Bia. - Eduardo diz.

– Tchau. - eu falo super triste.

Eles saem em direção ao elevador e eu encosto-se à porta, que aperto no coração, era horrível ficar sem Ana, pra afastar a tristeza liguei o som no ultimo pra acabar com a alegria dos vizinhos que ligam forró as quatro da matina sem se preocupar, estava tocando musica eletrônica no meu rádio e eu começo a limpar casa, mas toda hora checavam as mensagens quando deram três horas recebi uma foto do Eduardo beijando a sua "namorada" e depois um pedido de desculpas dele, senti uma pontinha no peito, será que ele fizera isso por propósito pra me deixar mal, ou foi só um imprevisto? Logo chegou a foto de Ana, toda lambuzada de sorvete sorrindo, toda fofa me apaixonei mais.

Por : Eduardo

Sai com Ana e logo estacionei em frente à casa de Sofia, desci com ela e quando entrei Sofia ela vinha de encontro e me deu um selinho, Ana ameaçou a chorar era ciúme, o que será que ela pensava? Depois apresentei minha filha aos seus pais, Ana foi muito paparicada, mesmo não sendo filha da filha deles, eles a amaram e disseram para que eu a levasse mais vezes em sua casa, finalmente saímos e quando chegamos a frente ao hotel que meu pai estava se hospedando senti meu coração bater mais forte, respirei fundo.

– Vamos entrar amor? - Sofia pergunta.

– Sim. - eu entrelaço nossas mãos

Entramos e apertamos a campainha, meu pai nos recebeu com abraços e já pegou a bebê no colo.

– Entrem. - meu pai disse e entramos - Que bom te ver Eduardo. - ele diz.

– É bom te ver também, pai. - não demonstro muita emoção.

– Linda sua filha. - ele diz brincando com as mãos de Ana.

– Pa.. pa - Ana disse, e eu sorri para ela.

– Que graça , ela já fala papai. - meu pai fica todo bobo.

– E você, qual seu nome?- ele se dirige pra Sofia.

– Sofia. - ela diz.

– Pêra ai, não é o nome que você me passou Eduardo. - meu pai fala desconcertado.

– Pai... - eu o repreendi.

– É sério, pelo que me lembre você passou um nome de Beatriz. - ele disse.

– É a mãe da minha filha, pai. - abaixo a cabeça e vejo que Sofia está me fuzilando com o olhar, meu pai também percebe.

– Vamos preparar algo pra beber, vem comigo Eduardo... Pode ficar com Ana, Sofia? - meu pai diz.

– Sim claro. - ela a pega e eu acompanho meu pai até a cozinha, estamos preparando uma batida de morango com vodka.

– Impressão minha ou você não curte muito sua namorada? - meu pai pergunta.

– Você também percebeu esta tão na cara assim pai? - pergunto.

– Você mal dá atenção pra garota, fora que ela te fuzila mentalmente com as bobagens que digo você não a ama não é mesmo? - ele diz.

– Eu amo a mãe da minha filha, não podemos ficar juntos. - eu digo.

– Você tem que lutar um bom soldado não desiste da luta. - ele diz.

– Sei lá pai, é tão complicado. - eu digo.

– Essa é a definição do amor, do gostar "COMPLICAR", mas filho é assim que é a vida, nada vai ser um mar de rosas, tem que lutar filho, lutar - ele me deu um abraço, há muitos anos eu não ganho um abraço tão bom quanto a esse, só o da Beatriz, poxa ela não sai da minha mente.

Terminamos a batida e voltamos pra sala, Sofia brincava com Ana, mas ela ficava seria e ameaçava a chorar, coitada, dei a batida pra Sofia que me entregou Ana que abriu um sorriso lindo.

– Ela não sorri pra mim. - Sofia diz fazendo bico.

– É porque não conhece anjo. - eu digo sorrindo fraco, que sorriso mais falso, onde aprendeu a fingir assim?

– Teremos mais oportunidades. - ela sorri branco

Será que vai ter?

. Passamos a tarde conversando, meu pai tirou uma foto minha com Sofia da gente se beijando depois de tanto ela insistir, vejo que sem querer ele enviou pra Bia, ele fodia com tudo, mandei uma mensagem de desculpas e ela somente visualizou.

– Hora do sorvete. - meu pai disse.

– Oba. - sorri.

Ele foi até a cozinha e trouxe quatro sorvetes, o da Ana era de morango tratei dela e ela ficou toda lambuzada de rosa, tão fofinha mandei a foto pra Bia que visualizou mas também não respondeu , acho que estava irritada comigo por ter mandado aquela foto, nem foi eu!

Depois que tratei de Ana, chupei o meu sorvete e fui lavar a boca dela no banheiro deixando meu pai e Sofia sozinha na sala, caminhei a procura do banheiro logo encontrei, a cada vez que eu passava a mão na boca com água da Ana, ela colocava a linguinha pra fora, que bobo eu. Pensei em Bia, ela poderia estar ao meu lado agora me ajudando, ou até naquela sala papeando com meu pai. Terminei de lavar a boca da minha princesa , e levei ela até o quarto pra trocar sua fralda que estava cheia de xixi , sofri muito , tirei tanto lenço umedecido sem importância , que acho que acabei com o pote, depois coloquei a fralda toda torta , mas que deu pra tapar acho que não vazaria , abaixei sua roupa a arrumando e vi que Sofia estava jogando todo seu charme pra cima do meu pai , sem se preocupar se eu poderia aparecer ou não , que piranha.

– Cof, cof. - tusso.

– Oi amor, estava aqui exatamente falando pro seu pai o quanto te amo. - ela diz, que falsa.

– A posso imaginar. - sorrio irônico e olho pro meu pai que esta com cara de paisagem.

– Preciso falar com você meu filho. - ele diz.

– No escritório?- pergunto.

– Sim. - ele fala e eu vou, deixando Sofia novamente sozinha, entramos e ele fechou a porta.

– Socorro, não fica mais com essa mulher. - meu pai disse.

– Por? - pergunto.

– Ela estava dando em cima de mim na maior cara de pau meu filho , eu fui levando para poder te contar, ela é uma piranha que você encontrou , nossa ela disse que passaria uma noite comigo acredita? - ele me olha eufórico.

– Nossa essa aí não merece os pais que tem. - eu digo.

– Como assim? - pergunta.

– Os pais dela são gente boa pai, infelizmente não pode dizer o mesmo da filha. - falo.

– Pois é bom filho não é te tocando, mas eu preciso descansar amanhã volto pra Brasília. - ele diz.

– Ok, vou indo e vou dar um chega nessa história. - eu digo.

– Vai lutar por Beatriz? - meu pai pergunta.

– Não sei pai, preciso por minhas idéias, meus sentimentos nos lugares corretos ou acabo enlouquecendo. - eu digo.

– Eu só espero que não demore meu filho, porque há qualquer momento pode aparecer outro e tomar tua vez, e pelo o que você me disse sobre ela, ela parece ser bem responsável e uma pessoa que te faz feliz. Filho não existe amor, sem dor, essa é a realidade. - ele disse.

– Filosofando muito pai, tem lido aqueles livros de romances clichês? - pergunto.

– Não, eu tenho vivido um romance clichê na verdade. - ele diz.

– Como assim? - não entendo.

– Estou quase namorando filho, me sentia muito sozinho pela perda da sua mãe e resolvi me dar mais uma chance de ser feliz, espera que não se importe. - eu falo.

– E ela tem quantos anos? - eu digo.

– Quarenta e Cinco. - ele diz.

– Nova - digo e sorriu.

– Pois é, espero ser feliz. - ele diz.

– Torço pela sua felicidade pai, nunca pensei que falaria isso, mas... Eu te amo! - digo e o abraço.

– Eu também te amo meu filho, mesmo sendo tão duro e rígido contigo. - ele diz.

– Eu sei, eu sei. Agora sem dramas, preciso ir. - digo e sorrio.

– Tudo bem, levo vocês até a porta. - ele diz.

Fui pra sala e Ana ainda estava séria olhando pra Sofia, falei a ela que íamos embora , ela se despediu do meu pai com seu tom provocante e meu pai me olhou , reviro os olhos. Pegamos o elevador e logo estamos em frente à sua casa, ela ia descendo do carro, a pego no braço sem apertar.

– Sofia. - eu digo.

– Oi amor, a já sei o que você quer... Um beijo. - ela diz e me beija, Ana começa a chorar, que ótimo afasto-me dela e ela bufa.

– Não era isso, acabou ta Sofia. - eu digo.

– Acabou o que? - ela pergunta.

– O nosso namoro, o nosso lance. - eu digo.

– Porque, o que aconteceu, o que eu fiz? - ela diz quase chorando, odeio choros.

– Somente deu em cima do meu pai na maior cara de pau, mas sem ressentimentos. - eu digo.

– Não acredito que aquele velho gagá te contou. - ela diz irritada.

– O velho gagá é meu pai, então tenha mais respeito. - eu digo irritado também.

– Desculpa, por favor, não termina comigo. - ela derrama as lágrimas.

– Já era, sinto muito. - eu digo e abaixo a cabeça.

– Tudo bem, eu nem te amava isso tudo era um jogo, em fim... Adeus - ela desce do carro e eu a olho sem entender, em um momento ela me ama, no outro ela me odeia, bipolaridade é complicado.

Olho pra Ana que está sorrindo pra mim e batendo os pezinhos.

– Tu gostaste né pequena. - sorri e dei partida

Logo cheguei ao prédio entrei e apertei a campainha da casa da Beatriz, ela logo atendeu.

– Demorou. - ela disse um pouco seca.

Por: Beatriz


Terminei de limpar a casa e nada de Eduardo chegar, estava ficando preocupada queria poder ligar, mas a namoradinha dele acabaria com a vida dele, e não quero ser o foco do relacionamento de ninguém, logo ouvi a campainha tocar, só podia ser ele abri rapidamente e já fui dizendo.

– Puta que pariu você demorou cara... - a hora que vi, era James meu professor, corei de vergonha de vermelha fiquei roxa.

– Demorei? - ele disse sem entender.

– Ai desculpa. - digo e arregalo os olhos.

– Está desculpada. - ele diz e sorri.

– Entre. - eu digo e ele entra com uma sacola em mãos.

– Onde deixo isso aqui? - ele diz.

– Pode ser em cima do sofá, quer beber algo? - eu pergunto.

– Não, obrigada. - sorri.

– Que bom mas oque te trouxe aqui?- pergunto.

– Então, estava andando no shopping e vi uma coisa totalmente cara da Ana. - ele diz e pega a sacola e tira um presente.

– Deve ser muito fofo, posso abrir? - pergunto.

– Claro. - ele diz e sorri, eu abro, era uma galinha pintadinha totalmente fofa.

– Ai que perfeito. - eu disse toda boba.

– Muito, comprei um pra ela e um pro Rubens. - ele sorri.

– Nossa ela vai amar, muito obrigada. - o abraço, foi automático quando me dei conta estava muito próximos um do outro, quase nos beijando eu queria aquele beijo, ele era lindo, amigo, atencioso então não pensei duas vezes, iniciei um beijo que ele logo retribuiu, sua língua brincava com a minha, mas infelizmente não chegava aos pés do beijo do Eduardo.

Porra, porque estou pensando nele? Concentre-se Bia, você está beijando seu professor delicia! - sorri com o pensamento.

Fui parando o beijo devagar com leves mordidas em seus lábios e sorrisos, por fim paramos e nos olhamos sérios logo caímos na risada.

– Poxa, você beija bem. - ele diz me fazendo ficar envergonhada.

– Ta certo, que isso é contra as regras um professor sair com uma aluna, mas ninguém saberá e você beija muito bem também. - digo e sorriu envergonhada.

– Bora infringir as leis de novo. - ele diz e me beija, só paramos por causa da campainha.

– Droga - eu digo sorrindo, quando abro a porta quase caio de costas, Eduardo está em pé plantado na porta - Demorou - digo seca.

– Desculpas, aconteceram umas coisas. - Eduardo diz.

– Que coisas? - pergunto.

– Comigo e com a namorada, posso entrar? - perguntou Eduardo.

– Melhor não, estou muito cansada. - eu digo e meu professor aparece na porta, PORRA

– Bom Bia, eu vou indo só vim trazer o presente pra Ana mesmo. - ele me dá um beijo no rosto.

– Tudo bem, obrigada e desculpas por qualquer coisa. - eu digo e sorrio.

– Que nada, foi tudo ótimo. - James diz e olha me fazendo entender eu sorrio.

– Até mais. - eu digo e ele se vai, eu volto minha atenção pra Eduardo.

– Agora eu sei por que estava cansada. - ele revira os olhos e me entrega Ana.

– Sabe? - eu pergunto arqueando a sobrancelha.

– Claro, estava com esse professor de merda - ele disse seco.

– É eu estava, mas te garanto que não estávamos fazendo nada que eu não queira. - digo e reviro os olhos.

– Que presente é esse? - ele pergunta.

– Uma galinha pintadinha ou você queria que ele trouxesse um vibrador? - eu digo sarcástica.

– Que seja. - ele disse com ciúme.

– Não estou a fim de ver suas crises, até porque não temos nada e eu nem sequer devo satisfação da minha vida a você, tu sabe não é? - eu digo.

– Sim, o nosso papo é só sobre Ana, mas você podia pelo menos uma vez na vida pensar no que sentimos? - ele diz entrando na minha casa com tudo.

– Eu não sinto nada. - minto descarada mente.

– Sim você sente, mas não quer assumir que sente pra não se machucar, eu te amo Beatriz quantas vezes terei que dizer isso, repetir isso à você ? - ele pergunta.

– Quanta vez quiser, porque eu não acredito. - eu digo indo pra cozinha, coloquei Ana no carrinho, peguei um copo de água eu tremia, do nada o copo caiu das minhas mãos , fazendo um corte artificial no meu dedo, ele viu.

– Machucou? - ele pergunta.

– Corte artificial - eu disse sem dar tanta importância.

– Quer ir ao hospital? - ele diz preocupado.

– Não - eu digo um pouco rígida, coloco um band-aid.

– Bia, não me trate assim, eu te amo. - ele diz.

– Queria que eu te tratasse como Eduardo? Ao pegar você com sua ex namorada? Queria que eu te tratasse bem, te recebesse com beijos com tudo que tem direito? Cara você não sabe o quanto tudo isso dói, eu era apaixonada por você tem noção, eu pensei realmente que poderíamos ficar juntos, me enganei porque enquanto eu quero apenas um você quer exatamente, todas. - eu disse com lágrimas nos olhos.

– Doeu também te ver com aquele professorzinho. - ele diz.

– Quem é você pra falar de dor? - eu digo.

– Eu sou um ser humano, como todos que choram que sofrem que ama que ama errado, aliás, porque quem eu amo ta pouco se lixando pra mim. - ele aumenta um pouco a voz.

– Cala a boca, quem disse que eu estou me lixando pra você? - eu disse chorando.

– Você! - ele disse.

– Você interpreta do jeito que quiser. - seco as lágrimas.

– É talvez! O que mais me fode é que no mesmo dia que largou de mim, você tava com ele naquele restaurante. - ele diz.

– NÃO ACONTECEU NADA ENTRE A GENTE EDUARDO, NADA! - eu gritei.

– Quem me garante? - ele disse.

– Ótimo, agora eu vejo o tanto que me ama, duvidando das minhas palavras, me poupe. Sai da minha casa! - eu digo virando pra ele não perceber o tanto que eu chorava.

– Eu sei que você me ama, eu sei que você não quer se dá a chance de sermos felizes novamente, eu sei que bem no fundo do seu coração você acredita no meu amor Beatriz, eu sei! - ele disse colocando as mãos em meu ombro.

– Tira as mãos de mim, você não tem que me falar essas coisas, você namora e está muito feliz com a sua namorada, tanto que até me mandou uma foto! - eu digo.

– Não fui eu que mandei a foto! - ele diz.

– Foi quem, o cachorro falante do teu pai? - eu digo irônica.

– Não, foi o meu pai que mandou ele tirou a foto de tanto aquela mulher insistir e deve ter lhe enviado. - ele diz.

– Eu não quero saber, e aquela garota é sua namorada. - eu disse.

– Ela não é mais a minha namorada - ele diz e eu me calo. - Largamos agora há pouco no caminho pra cá , porque ela tava dando em cima do meu pai! - ele disse.

– Me poupe da tua vida amorosa, isso só o resultado que se tem quando machuca alguém que te ama. - eu disse.

– Eu sinto muito por ter te machucado! - ele diz.

– Não sente não! - eu digo.

– Eu sinto, eu quero ser feliz com você, por favor, me dá uma chance. - ele disse.

– Eduardo... A única coisa que temos que tratar a respeito é sobre nossa filha Ana, que deve estar assustada agora com seus gritos, por favor vai embora. - eu disse.

– Eu não vou desistir de você, eu não posso desistir de você. Eu sei que aquele Playboyzinho te quer pra ele. - ele diz referindo-se ao professor.

– Para- eu disse.

– Dói a verdade? - ele diz.

– Isso não é verdade e mesmo que fosse você não tem nada haver com a minha vida, eu saio, eu beijo com quem eu quiser você não me manipula, e não é o amor que sinto por você que vai me fazer chorar, que vai me prender, não é Eduardo, você não é o único homem do mundo, da face da Terra. - eu disse.

– Mas sou o único que posso te fazer feliz, o único a quem seu coração pertence - ele diz

Verdade, você é o único que me faz realmente feliz, vem aqui... Beija-me- penso.

– Vai embora. - eu disse.

– Diz que me ama, assumi. - ele diz.

– Sai daqui Eduardo, eu jurei a mim mesma que não choraria mais por você. - falo.

– E está chorando! - ele diz.

– Sai. - eu disse dando soco nele, ele me segurou eu ainda me debatia na última vez que tentei me debater ele me agarrou e me beijou.

SOCORRO, JESUS ME DÁ O AR PORQUE EU PERDI TODO ELE COM ESSE BEIJÃO.

Enquanto ele me beijava, senti que lágrimas escorriam pelos seus olhos e do meu também , que saco, porque não poderíamos ser felizes, sem se preocupar, sem dores, sem sofrimentos apenas sermos felizes? Quando cai em mim o que estava acontecendo, me desfiz rapidamente daquele beijo e me afastei com tudo, crio fôlego.

– Sai daqui, Eduardo - eu disse virando, meu coração batia forte.

Ele deu um beijo no rosto de Ana e saiu, deixando-me ali aos prantos, chorando por tudo, pelo beijo, pelas palavras talvez verdadeiras, o que fazer agora senhor, me ilumine.


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