Um Natal Inesquecível escrita por Hunter Pri Rosen


Capítulo 1
Enfeites demais?


Notas iniciais do capítulo

Oi, hunters e vamps do meu Brasil!

Tudo cool?

Well, ainda não é Natal, mas como pretendo terminar de postar esta fic antes da famigerada celebração natalina, decidi postar o primeiro capítulo hoje.

Esta história se passa em um momento futuro da fic Heaven and Hell. Por que futuro? Porque para quem está acompanhando a história, que atualmente está no capítulo 31, vai perceber certas diferenças em comparação com esta aqui. Por exemplo, neste momento em H&H, Sam e Claire estão em uma caçada, mas aqui eles já estão de volta ao bunker. No momento, um certo casal está brigado em H&H, mas aqui eles já estão de buenas, entenderam?

Bem, espero que vocês gostem deste especial porque eu me diverti muito escrevendo kkkkkkkkk

A fic terá três capítulos e em breve brevíssimo atualizarei.

Bem, sem mais delongas, protejam os pescocinhos e boa leitura!



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Era manhã do dia 24 de dezembro e Mia lutava para manter a árvore de Natal, um pinheiro de 1,70m de altura, equilibrada em sua base. Depois de ter enchido os galhos com vários enfeites durante toda a manhã, agora Mia tentava, à todo custo, evitar que o pinheiro pendesse sob o peso de dezenas de Papais Noéis rechonchudos, inúmeras bolas coloridas, incontáveis renas puxando pequenos trenós, uma quantidade significativa de bonecos de neve, mini guirlandas, pequenos instrumentos musicais, botas de Papai Noel, caixinhas de presentes minúsculas, ursinhos tocando tambores, tambores sem ursinhos para tocá-los, lacinhos, imitações de flocos de neve e mais uma infinidade de outros adereços.

Após algumas tentativas, Mia finalmente conseguiu deixar a árvore, aparentemente, firme. Então, um tanto hesitante, ela deu alguns passos para trás, parou e observou o pinheiro no centro da sala principal do bunker. Sorriu satisfeita diante do resultado do seu trabalho.

— Eu acho que você colocou enfeites demais. — opinou Castiel, depois de ter aparecido na sala em um piscar de olhos da caçadora. Ou melhor, em um bater de asas do próprio anjo.

Apesar da entrada abrupta, Mia não se assustou com aquilo e, levando em consideração o que Castiel havia dito, ela deu uma boa examinada na árvore de Natal.

Mia não podia negar que ela estava bem enfeitada. Na verdade, era praticamente impossível ver um mísero pedacinho verde da folhagem. Todos os galhos estavam abarrotados de enfeites. Isso porque Mia ainda nem havia colocado o pisca-pisca...

Mas, apesar dos inúmeros e excessivos enfeites, para Mia, a árvore estava linda daquele jeito. Sendo assim, ela retrucou:

— Desculpe, anjo, mas eu vou ter que discordar de você. Em árvores de Natal quanto mais enfeites melhor.

Castiel fitou o pinheiro por alguns instantes com uma expressão um tanto temerosa e indagou:

— Você tem certeza disso?

— Claro. — confirmou ela tranquilamente. — Ah! Mas eu ainda não terminei! — avisou enquanto caminhava até um banquinho ao lado da árvore e subia nele. — Anjo, me dê aquele anjo. — pediu ela.

— O quê? — não entendeu Castiel.

Mia pensou sobre o que havia dito e admitiu:

— Eu sei, isso foi estranho. — em seguida, ela indicou um enfeite em forma de anjo dourado sobre a mesa e explicou: — É aquele ali.

— Ah... — murmurou Castiel seguindo o dedo de Mia e pegando o anjo dourado em seguida. — Mas onde você vai colocá-lo? — perguntou enquanto caminhava até ela e observava a árvore à procura de um mísero espaço onde aquele anjo pudesse caber.

— Aqui, oras. — respondeu Mia, pegando o enfeite e tentando fixá-lo no topo do pinheiro.

Castiel observava aquilo atentamente e, percebendo que a garota estava incomodada com alguma coisa, ele questionou:

— O que foi?

Depois de hesitar um pouco, Mia respondeu:

— É que tem um anjo me olhando colocar um anjo na árvore. Isso é tão... Redundante.

— Era para ser engraçado? — perguntou Castiel, estreitando o olhar na direção dela e percebendo que Mia tentava disfarçar um sorriso.

— Só um pouquinho. — respondeu a garota, sorrindo abertamente. E depois de finalmente fixar o anjo de enfeite no topo da árvore, ela indicou outra coisa sobre a mesa e pediu: — Agora me dê aquele pisca-pisca.

Temeroso, Castiel olhou para a árvore por um longo instante. Parecia que ela estava gritando por socorro e que ia ceder a qualquer momento.

— Mia, você tem certeza que isso é uma boa ideia? Porque eu não estou com um bom pressentimento.

Quando a garota cruzou os braços e o fuzilou com o olhar, Castiel achou melhor não alimentar aquela discussão. Então ele pegou o pisca-pisca e entregou para ela.

Com muita paciência, Mia foi acomodando as pequenas lâmpadas nos galhos da parte superior. Depois desceu do banquinho e começou a arrumar o pisca-pisca na parte inferior.

— Por que nós precisamos de uma árvore mesmo? — questionou o anjo. — No ano passado, se eu me lembro bem, nós não tivemos uma.

— Este ano é diferente, anjo. O Bobby está de volta, nós tivemos notícias de Deus... Que sumiu de novo, mas tudo bem... Você voltou a ser um anjo de verdade, todos estão mais unidos e felizes, nós dois vamos casar em poucas semanas... — enumerou Mia visivelmente empolgada. — E além de tudo isso, nós teremos convidados especiais neste Natal.

— Que convidados? — indagou o anjo, franzindo o cenho.

Percebendo que tinha falado demais, Mia engoliu em seco e se fez de desentendida:

— Convidados? Que convidados?

— Foi o que eu perguntei. — lembrou Castiel.

— Por quê? — rebateu ela enquanto pensava em uma força de sair daquela situação.

Desconfiado, o anjo estreitou o olhar na direção dela mais uma vez e insistiu:

— Porque você disse que este ano nós teremos convidados especiais e eu quero saber quem eles são.

— Eu não disse isso. — negou Mia sem conseguir pensar em algo melhor para dizer.

Em seguida, ela se afastou da árvore e começou a separar algumas guirlandas que estavam sobre a mesa.

Castiel a seguiu com o olhar, ainda mais intrigado, e insistiu mais uma vez:

— Disse sim. — mas, diante do silêncio da garota, ele decidiu mudar de estratégia: — Você sabe o que o Sam e o Dean pensam sobre isso, não sabe? Convidados apenas se forem do círculo de amigos, como o Garth, a Jody, a Charlie...

— Não se preocupe, eles também fazem parte do... Círculo. — assegurou Mia.

— Então você não está mais negando que disse isso? Que convidou alguém? Pelo o que eu entendi, mais de uma pessoa? — perguntou Castiel, pegando Mia no pulo.

Depois de engolir em seco novamente, a garota olhou atentamente para uma das guirlandas em suas mãos e mudou drasticamente de assunto:

— Você acha que seria demais colocar uma dessas na árvore?

— Mia... — começou a dizer Castiel.

— Nossa! — exclamou Sam, entrando na sala, mas parando logo depois da soleira, assustado diante do pinheiro enfeitado por Mia. — O que é... Essa coisa? — perguntou hesitante, embora soubesse muito bem qual era a resposta.

Dean, que veio logo atrás dele, também ficou assustado com o que viu e arregalou os olhos por um instante. Mas em seguida, ele não conseguiu conter um leve sorriso e disse em tom zombeteiro:

— Parece uma árvore de Natal... Disfarçada de Drag Queen.

Magoada com aquilo, Mia fez um bico, cruzou os braços e desviou do olhar dos dois caçadores.

Tentando contornar a situação, Sam decidiu sondar gentilmente:

— Mia, só por curiosidade, quando foi a última vez que você montou uma árvore de Natal?

Depois de pensar um pouco, puxando aquela informação na memória, a garota respondeu com certa tristeza:

— Eu tinha nove anos. Meus pais ainda eram vivos. Foi o nosso último Natal juntos.

Sam e Dean se entreolharam comovidos com aquela resposta, enquanto Castiel olhava para Mia com certo carinho e compaixão. Ele sabia que desde que a garota ficou órfã, aquela era a segunda vez que ela comemorava o Natal. E Mia tinha razão quando dizia que este ano era mais especial do que o anterior. Todos estavam mais unidos, apesar das coisas terem se complicado bastante com o exército de demônios e com Metatron querendo ser o novo Deus.

— É a árvore de Natal mais linda que eu já vi. — elogiou Castiel, sorrindo para ela.

Imediatamente, Mia pareceu ficar mais animada e sorriu de volta. Então o anjo olhou para Sam e Dean e pressionou:

— Vocês não acham que a árvore ficou linda?

Depois de trocar um olhar cúmplice com o irmão, Sam suspirou e mentiu:

— Ficou... Ficou linda mesmo, Mia. Parabéns.

A garota sorriu agradecida e em seguida olhou para Dean, esperando que ele também se pronunciasse à respeito. Como ele permaneceu em silêncio, Sam lhe deu uma cotovelada discreta entre as costelas.

Depois de conter um gemido de dor e respirar fundo, o Winchester mais velho finalmente disse:

— Awesome!

Mia abriu um enorme sorriso, mas o desmanchou assim que Natalie entrou na sala, se assustou com a árvore e exclamou:

— Cruzes! Quem foi que enfeitou esta coisa? O Grinch?

Dean riu um tanto nervoso e, tentando contornar o que a esposa falou, passou um braço em volta dos ombros dela e disse:

— A Naty e o seu senso de humor. Cuidado, Baby, deste jeito a Mia vai pensar que você não gostou da árvore maravilhosa que ela mesma enfeitou.

— Maravilhosa? — repetiu a loira sem entender.

— Viram? Ela achou maravilhosa. — assegurou Dean, apertando os ombros da esposa com mais força e rindo de novo.

Finalmente entendendo o que o marido queria, Natalie disfarçou rapidamente o assombro que sentiu por aquela árvore e afirmou animada:

— Mais do que maravilhosa, Mia! Tão maravilhosa que eu me assustei um pouco com tanta perfeição e precisava fazer uma piada à respeito só para relaxar um pouco. Eu espero que você não tenha ficado chateada.

Um tanto desconfiada, Mia apenas deu um sorriso amarelo e em seguida olhou para Claire, que entrava na sala naquele exato momento.

Seguindo o olhar de Mia, Sam caminhou até a esposa apressado, a segurou pela mão, a trouxe para junto das outras pessoas na sala e foi logo dizendo:

— Claire, meu amor, olha só a árvore linda que a Mia montou. Não ficou ótima?

Claire olhou na direção da árvore e arqueou as sobrancelhas tentando se acostumar com o que os seus olhos estavam vendo. Eram tantas cores...

Em seguida, ela voltou-se para Sam e notou algo em seu olhar. Era quase um suplício. Como se ele estivesse lhe implorando para concordar com aquela insanidade.

Então, depois de respirar fundo, ela olhou para Mia e mentiu da forma mais convincente que conseguiu:

— Ficou linda. Aliás, você leva muito jeito com essas coisas, Mia. Eu adorei as guirlandas que você colocou na porta do meu quarto também.

— Qual delas? — quis saber a garota.

Depois de dar um sorriso amarelo, Claire respondeu:

— As três.

— Ela colocou três guirlandas na porta do quarto de vocês? — questionou Dean em um tom baixo, olhando para o irmão e para a cunhada.

Mesmo assim, Mia ouviu e avisou:

— Não precisa ficar com ciúmes, Dean. Eu estou separando algumas para colocar na porta do seu quarto com a Natalie também.

— Algumas? — repetiu Natalie temerosa.

— Sim, mas depois, porque agora eu vou ligar o pisca-pisca. — anunciou Mia.

Dito isso, ela virou-se, pegou o final do fio e começou a procurar uma tomada na parede mais próxima.

— Ela disse que vai ligar o pisca-pisca? — perguntou Sam, engolindo em seco.

Depois de revirar os olhos, Mia olhou na direção dele e dos outros e esclareceu:

— Olha, eu sei que vocês não gostaram da minha árvore, ok? Eu não sou idiota. Mas quando eu ligar essa coisa, eu tenho certeza que vocês vão mudar de opinião e vão perceber como ela ficou linda.

Ninguém disse uma palavra, mas Dean desejou muito ter um extintor de incêndio por perto, caso houvesse um curto circuito quando Mia ligasse o pisca-pisca.

Felizmente, isso não aconteceu. Quando a árvore se iluminou por todas aquelas lâmpadas coloridas, todos olharam para ela com certo fascínio. No fim, até que tinha ficado bonita. Colorida e sobrecarregada demais, mas bonita.

Então Mia aproximou-se de Castiel, parou ao seu lado e, instantes depois, ele segurou a mão dela. Em seguida, a garota apoiou a cabeça no ombro dele e suspirou feliz.

Sam e Claire ficaram olhando para aquela árvore espalhafatosa piscando de um jeito frenético e aos poucos se aproximaram mais um pouco também. Assim como Dean e Natalie.

Mas, quando o Winchester mais velho ia aproveitar o clima e roubar um beijo da esposa, ela observou intrigada:

— Sr. Awesome, eu acho que a árvore se mexeu.

— O quê? — não entendeu Dean, voltando a olhar para a árvore de Natal.

Natalie tinha razão. A árvore havia se mexido. Ainda estava se mexendo, aliás. Todos notaram. E mesmo assim, não conseguiram conter o espanto quando o pinheiro de 1,70m de altura pendeu para o lado, depois para a frente e finalmente tombou no meio da sala, arrancando o fio da tomada e quebrando algumas lâmpadas do pisca-pisca ao se chocar com o chão.

O enfeite de anjo, que até então estava no topo do pinheiro, se desprendeu e deslizou pelo chão. Percorreu o assoalho e foi parar diante dos pés de Bobby, que tinha acabado de entrar na sala.

Diante daquela cena, ele resmungou mal humorado:

— Balls!

Enquanto Sam, Claire, Dean e Natalie tentavam segurar o riso, Castiel olhou para Mia com compaixão. Ela, por sua vez, suspirou triste e visivelmente decepcionada.

No entanto, logo a tristeza e a decepção deram lugar à apreensão. Isso porque um som cortou o silêncio que havia se instalado e ecoou pela sala. Era o som da campainha tocando.

Mia engoliu em seco e refletiu consigo mesma:

— Eles vieram rápido...

— Eles quem? — perguntaram todos ao mesmo tempo e olhando diretamente para Mia.

Naquele momento, ela se perguntou se não teria sido melhor ter preparado o terreno antes e contado para Sam e Dean sobre os convidados especiais que ela havia chamado para aquele Natal.

Infelizmente, agora parecia ser tarde demais. Os convidados já estavam lá. Do lado de fora. Na porta. Esperando. Ansiosos.

A campainha tocou mais uma vez e Mia teve um sobressalto. Em seguida, caminhou em direção à porta de entrada do bunker rapidamente e avisou:

— Pode deixar que eu atendo!

Todos a seguiram intrigados e curiosos.


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Notas finais do capítulo

E aí? Viajei? Acertei? Gostaram? Odiaram?



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