April On
No outro dia acordei com uma ressaca desgraçada, agora eu sei como o Stark se sentia de pois de uma bebedeira, e olha que eu não bebi muito. Quando acordei Bucky não estava mais na cama, levantei, tomei um banho relaxante e coloquei uma calça jeans preta e uma regata branca, amarrei o cabelo em um rabo de cavalo e calcei uma sapatilha. Desci para o café, apenas Emma, Steve e Bucky estavam lá
—Cadê o resto da população? - perguntei me sentando
—Papai e Peps tão terminando de se arrumar pra sair em lua de mel, Thor já se despediu deles e saiu com Jane, não vejo Tasha e Clint desde ontem - falou ela com uma cara maliciosa - e o Banner e Betty foram fazer um piquinique, e eu também vou ter que sair, Papai e Peps vão ficar um mês fora em tuor pela Europa e Oriente Médio ela passou a responsabilidade da Stark Industries pra mim, acho que ela quer ver a falência da empresa
Pepper e Tony chegaram na cozinha, estão prontos pra sair, nos levantamos
—Bem já estamos indo - falou Tony - nada de aprontarem enquanto estivermos fora
Ele abraçou Emma
—Se cuida filha, qualquer coisa é só ligar
—Tai uma coisa que eu não vou fazer - falou ela sorrindo
—E você - falou ele olhando para Steve - nada de se aproveitar da minha menininha
—Ta bem Stark, você acha que o puritano do Steve vai fazer isso? - perguntei com cara de deboche
—Melhor previnir que depois remediar - falou ele
Pepper abraçou Emma e cochichou algo no ouvido dela, que fez ela rir, ficar vermelha e mais um milhão de coisas
Tony olhou pra minha cara e arqueou as sombrancelhas
—Você não vá levar a Emma pro mal caminho nesse mês
—Eu não vou fazer nada, ela já tá no mal caminho - falei e a minha amiga quase comeu meu fígado com os olhos - talvez não?
—Melhor você ficar quieta - falou ela
Depois de se despedirem de nós, descemos com eles, eles embarcaram no carro e foram rumo ao aeroporto, Emma e Steve foram pra Stark logo em seguida. Natasha e Clint levantaram e logo sairam também, no final só restamos eu e Bucky naquela imensa torre
—Quer fazer alguma coisa? - perguntei
—Já tenho um plano em mente - falou ele - quer conhecer um lugar?
—Que lugar? - perguntei curiosa
—É uma cabana, perto daqui, perto dela tem uma cachoeira, é bem bonito, conheci quando eu estava meio que fugindo, me escondi lá e organizei o local
—Eu adoraria conhecer - falei
—Então pegue seu casaco, vamos de moto
Subi para meu quarto e peguei meu casaco, desci para sala, e ele me esperava pacientemente, quando me viu ele sorriu e pegou a chave da moto, descemos para a garagem, pegamos a moto e seguimos rumo a tal cabana. Depois de mais ou menos uma hora, chegamos, aquele lugar era lindo, lindo ainda era eufemismo. Haviam flores perto da cabana, a pintura era nova, um caminho de pedras levava ate a cachoeira
—Gostou? - perguntou ele
—Amei
Ele me levou para dentro, era tudo simples, mas organizado, ele me mostrou cada comôdo, e explicou que a casa estava em péssimas condições quando ele a encontrou, mas que depois de algumas reformas ele conseguiu deixar ela assim, o quarto tinha apenas uma cama e um roupeiro
—Você ficou escondido aqui?
—Foi o jeito - ele deu de ombros
—Eu amei aqui, parece aquelas cabaninhas de filme - sorri - só que com um toque seu - falei me aproximando
Eu passei os braços em volta de seu pescoço e nossos lábis se encontraram. O beijo foi amor puro, doce e feliz, sem desespero ou escuridão. No entanto, a intensidade do nosso beijo aumentou. Era ainda cheio de amor, mas se tornou algo mais - faminto e poderoso. A eletricidade veio, nos envolvendo.
Estávamos controlados por forças interiores que não conseguíamos dominar. Era como se estivéssemos morrendo de fome, ou nos afogando, e só a outra pessoa pudesse nos salvar. Eu me agarrei a ele, um braço ao redor de seu pescoço, enquanto a minha mão segurava suas costas com tanta força que minhas unhas quase penetravam a carne. Ele me deitou na cama. Suas mãos estavam ao redor da minha cintura, e uma deles escorregou para a minha coxa e a colocou por cima dele, quase envolvendo-o.
Ao mesmo tempo nos afastamos um pouco, ainda continuando muito proximos. Tudo no mundo estava esquecido naquele momento
—Você acha... - disse ele
—Sim.
Então sua boca estava na minha de novo, e dessa vez eu sabia que não haveria volta. Não havia barreiras agora. Nossos corpos se enlaçaram enquanto ele tentava tirar meu casaco, e ai sua camisa, a minha camisa. Eu acho que, no final das contas, os instintos que controlavam a violência e o sexo não eram tão diferentes. Eles todos vinham do nosso lado animal.
Mesmo assim, conforme as roupas saíam, as coisas, ultrapassaram a paixão animal. Era doce e maravilhoso ao mesmo tempo. Quando eu olhei em seus olhos, pude ver sem dúvida que ele me amava mais do que qualquer pessoa no mundo, que eu era sua salvação, da mesma maneira que ele era a minha. Eu nunca tinha imaginado onde seria minha primeira vez, mas percebi que o lugar não importava. A pessoa, sim. Com alguém que você amasse, você poderia estar em qualquer lugar, e seria incrível. A cama mais luxuosa do mundo não importaria se fosse com alguém que você não amasse.
E, ah, eu o amava. Amava tanto qie doía. Todas as nossas roupas, estavam, finalmente, numa pilha no chão, mas a sensação de sua pele na minha era mais que suficiente para me aquecer. Eu não conseguia saber omde meu corpo acabava e o dele começava, e aí eu decidi que era assim que eu sempre quisera estar. Eu não queria me separar dele nunca mais.
Eu queria ter as palavras certas para descrever o sexo, mas nada do que eu dissesse poderia realmente precisar o quanto era incrível. Eu me senti nervosa, exitada, e zilhões de outras coisas. Bucky parecia tão sagaz, hábil e infinitamente paciente. Segui-lo parecia algo natural, maa ele também estava mais que desejoso de me deixar ficar no controle. Nós éramos iguais, finalmente, e todo toque tinha poder, até a mais suave carícia de seus dedos.
Quando acabou, eu me virei com as costas contra ele. Meu corpo doía... mas ao mesmo tempo era incrível, alegre e contente. Queria que já tivéssemos feito isso há muito tempo, mas eu também sabia que não teria sido certo até aquele exato momento.
Eu descansei minha cabeça no peito de Bucky, me confortando em seu calor. Ele beijou minha testa e passou os dedos no meu cabelo.
—Eu amo você, April - e me beijou de novo - Eu sempre estarei aqui para você. Nunca vou deixar nada te acontecer
—E eu não deixarei nada acontecer a você - mesmo que isso parecesse tolice, eu prometi - eu amo você - ele me beijou de novo, engolindo quaisquer outras palavras que eu pudesse ter dito.
Ficamos deitados juntos por um tempo depois disso, abraçados, sem dizer muito. Eu poderia ficar daquele jeito para sempre, mas, no fim, a gente sabia que precisariamos voltar.