Just One More Music escrita por amanda c


Capítulo 1
Little Hurricane - Capítulo Único


Notas iniciais do capítulo

Olá senhorita Olivia, sim é você minha amiga secreta *-* ♥.Eu não sabia direito do que falar, apenas sabia sobre quem falar, pois você gosta bastante deste casal, não é mesmo?
Quero apenas que você saiba que te considero bastante, que é uma ótima amiga, que eu posso ser estressada, doida, maluca ou qualquer adjetivo que se aplique a mim, eu sempre irei estar por perto. Irei para o Canadá, mas você e nenhuma das meninas e o Mats irão se livrar de mim!
Feliz presente de Natal kk.

(Perdão por qualquer erro)



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Uma musica estridente tocava nos fones de ouvido acolchoados e grandes que cobriam toda a pequena orelha da loira. Ela estava de mudança, indo finalmente para a faculdade, onde iria fazer o curso de música (mesmo contragosto de seu pai).

Quando o táxi amarelo parou de andar, a dona dos cachos loiros abaixou os grande fones de ouvido para o pescoço e olhou para o velho senhor no banco da frente com seus olhos gélidos e cinzentos.

— Ficam duzentos dólares, senhorita – ele diz sorridente. Ela por sua vez ergueu sua sobrancelha quase transparente e retirou da bolsa de marca a carteira vermelha. Acreditava que cores fortes como o vermelho atraiam coisas boas.

Sem ajuda de ninguém retirou as duas malas de rodinha de dentro do táxi amarelo e arrastou-as até a porta do prédio. Iria ter que morar ali durante todo o tempo em que fosse fazer seu curso e para o seu azar teria que se sustentar por conta própria, pois seu pai recusaria bancar uma mulher de dezenove anos.

O lugar não era tão ruim, apenas era pequeno demais para caber mais de uma pessoa. Uma cozinha, ou o que deveria ser uma, logo na entrada do apartamento 25, um sofá velho de costas para a porta, uma televisão antiga próxima à janela que era tampada por uma cortina que já foi bege e duas portas paralelas uma a outra.

Quarto e banheiro. Ambos do mesmo tamanho, o quarto só cabia uma cama de casal e um armário de duas portas do tamanho de um homem adulto, e o banheiro possuía uma banheira razoavelmente grande, um vazo sanitário e uma pia quebrada, o que agradou muito Annabeth.

A loira deixou suas malas sobre a cama, que rangeu com o peso, abriu a menor delas e retirou um lap top de tamanho normal e outro menor. Tirou também todos os fios necessários para ligar os aparelhos e ligou-os a única tomada do quarto com a ajuda de um plugue de encaixe universal.

Olhou para o relógio preso em seu pulso pálido e suspirou. As aulas começariam apenas no dia seguinte, e incrivelmente Annabeth estava ansiosa para aquilo. Retirou o celular do bolso, que ainda tocava uma musica eletrônica nos fones de ouvido, jogou os fones e o aparelho celular na cama, tirou a roupa e caminhou pela casa apenas de roupas intimas.

A vida era engraçada. Horas atrás ela estava andando do mesmo modo pelo apartamento em que dividia com seu pai, sua madrasta e as filhas dela, ignorando qualquer advertência que um deles à dava por estar daquele modo, e agora estava semi nua, andando pelo apartamento alugado no centro da cidade universitária de Princenton, em Nova Jérsei... Tão longe de Oregon.

Notou então que estava parada na frente da janela, onde passava alguns carros e alguns universitários andavam calmamente do lado de fora. Arregalou os olhos cinzentos quando notou que um rapaz de cabelos negros e pele bronzeada observava-a com um ar divertido e curioso.

Ela urrou irritada e fechou a cortina suja tampando sua imagem semi nua. E depois de se irritar consigo mesma por ficar plantada na frente da janela daquele modo marchou até o banheiro e bateu a porta atrás de si. Todo o cômodo tremeu e ela jurou ver alguma coisa se mover atrás da privada para uma pequena fenda na parede.

Revirou os olhos tentando apagar as hipóteses do que poderia ser aquilo e abriu a torneira da banheira.

Após um banho relaxante (ou era aquilo que ela queria ter tido) decidiu que não poderia ficar enclausurada no seu novo lar, então se vestiu com a mesma calça jeans que estava usando ao chegar e a mesma camisa de meia manga laranja.

Calçou seu par de sapatos pretos e trancou o apartamento ao descer as escadas de emergência rapidamente.

Escondeu o celular dentro do bolso do jeans e encaixou os fones grandes nas orelhas, escondendo-o parcialmente com o cabelo loiro ondulado. Colocou as mãos nos bolsos e caminhou calmamente na rua da cidade universitária ao som de uma musica estridente e eletrônica, onde não se ouvia nem mesmo um ruído de voz humana.

A cidade era aparentemente calma, repleta de comércios, bares e lojas atraentes ao olhar do publico universitário. Deixou seus olhos serpentearem pela rua estreita.

Mas no meio daquele centro de comércio juvenil algo chamou a atenção de Annabeth. Um estabelecimento de aparência antiga (um prédio de quatro andares na verdade) onde possuía apenas uma porta de madeira dupla como entrada e uma janela retangular ao lado dela. A porta estava aberta e dentro dava para se ver inúmeros caixotes de discos de vinil, prateleiras e mais prateleiras dessas caixas, e ao fundo do lugar uma sala com um vidro grande como parede.

Annabeth olhou para cima e encontrou uma antena grande. Aquilo era um tipo de estação rádio. Quando deu por si já estava com um dos pés dentro do lugar. Piscou algumas vezes, retirou os fones, depositando-os no pescoço e olhou o lugar.

Não devia entrar em um lugar daquele enquanto não arrumasse um emprego e começasse o curso não poderia pensar em editar suas musicas. Respirou fundo e deu meia volta, gravando muito bem em sua memória o nome da rua onde aquela estação estava.

Voltou a colocar os fones nos ouvidos e caminhou lentamente para seu apartamento. Seria muito duro para ela ter de viver sozinha.

~*~

Havia se passado dois meses desde que Annabeth estava em Nova Jérsei; ela havia conseguido um emprego como caixa em um bar próximo a faculdade por ser boa em cálculos e saber lidar com o dinheiro.

Não ganhava muito, mas o suficiente para pagar as contas do apartamento e o aluguel. Fazia o curso durante a noite e ficava no bar do meio dia até as sete da noite.

Naquele exato momento ela estava mascando uma goma de mascar enquanto fazia todas as contas necessárias para saber quanto que o dono do lugar iria precisar usar para comprar mais cerveja.

— Annabeth, preciso conversar com você – disse o senhor D, como gostava de ser chamado. Era o dono do bar, um senhor de quarenta a cinquenta anos, barrigudo, de barba por fazer, com um olhar irônico e cafajeste e aparentemente 20h do dia embriagado.

A loira simplesmente assentiu, sem olhar para o homem, continuando a estar sentada atrás do balcão do caixa, segurando um lápis amarelo nos dedos fazendo as contas de cabeça.

E então ouviu um barulho metálico à sua frente. Levantou o rosto e viu um rapaz bronzeado como se vivesse sempre de baixo do sol, de olhos verdes e cabelos pretos.

Ele segurava duas cervejas na mão e olhava curioso para a loira, que possuía as sobrancelhas franzidas.

— Posso ajudar? – perguntou ela apertando o lápis nos dedos.

Ele não disse nada, apenas sorriu irônico e balançou as latas de cerveja. A loira suspirou e disse o valor que o rapaz precisava pagar. Quando o mesmo saiu do estabelecimento Annabeth finalmente se levantou do banquinho desconfortável e caminhou até a sala do seu chefe, com o lápis atrás da orelha e os fones de ouvido pendurados no pescoço.

— Feche a porta, por favor – disse o homem com as pernas sobre a mesa de madeira desorganizada. Ele segurava um copo de wisky ou qualquer coisa parecida na mão, porem não bebeu nenhuma vez enquanto Annabeth estava lá.

Após fechar a porta e se sentar à mesa do proprietário do bar, sentiu uma tensão estranha sobre seus ombros. Franziu o cenho e mordiscou o lábio inferior.

— Fiz algo de errado senhor D?

Ele não respondeu, apenas retirou os pés de cima da mesa, colocou o copo arredondado próximo à um bolo de papeis e encarou a loira friamente.

— Você notou que a verba do bar não está alta, que estamos passando por dificuldades financeiras, não é mesmo? – ele disse sentindo o gosto do wisky na língua. Annabeth fechou os punhos em seu colo e esperou pelo pior – Sinto muito em dizer isso, criança, mas não tenho mais como pagar o seu salário... Vou te pagar por estes últimos dias, mas não pelo mês todo. Você pode pegar suas coisas e ir embora, amanhã você passa aqui meio dia e eu lhe darei o seu pagamento.

Annabeth estranhamente entendeu o que estava acontecendo. Pensou que iria reagir de outra maneira, mas então se levantou, agradeceu o homem por tudo e se retirou do estabelecimento com o nariz em pé e os fones escondendo as orelhas.

Foi para casa e lá dormiu até as sete horas, pois teria de ir para a faculdade, mesmo sendo sexta feira não gostava de faltar no curso. Era uma garota bastante inteligente que ao se dedicar sempre tirou notas altas e na faculdade não estava sendo diferente.

No dia seguinte fez o que o seu antigo chefe pediu. Assim que era meio dia entrou no bar de cabeça erguida do mesmo modo que saiu no dia anterior e pegou o envelope da mão dele com um sorriso sincero nos lábios. Guardou seu pagamento dentro da bolsa azul e agradeceu por tudo.

A voz suave da mulher ecoava nos ouvidos da loira enquanto ao fundo a musica eletrônica era tocada de um modo calmo. Era uma das musicas favoritas.

Para voltar para casa sempre teve que passar na frente daquela estação de rádio local, e por algum motivo direcionou seus passos para ela, porem suas portas estavam fechadas.

Leu a placa que estava pendurada na porta de madeira e viu que quem quer que trabalhasse ali estava em horário de almoço. Se sentou no degrau a frente do prédio de quatro andares e encostou a cabeça na parede.

Sentiu alguém lhe chacoalhar e então abriu os olhos. Não conseguia acreditar que havia dormido no meio da rua. O céu estava estranhamente nublado para um sábado tão feliz. Coçou os olhos e olhou para a pessoa que estava na sua frente.

Um rapaz bonito, alto de olhos esverdeados como uma piscina com o cabelo tão preto quanto as penas de um corvo e a pele lindamente bronzeada estava parado na sua frente. Ele tinha o cenho franzido, observando curioso para a menina, pensando que ela fosse uma moradora de rua.

— Posso ajudar? – disse o rapaz pegando uma chave de dentro do bolso da bermuda cinzenta.

— Sim, eu gostaria de falar com o radialista daqui – ela disse se levantando e limpando o jeans rapidamente.

O rapaz riu pelo nariz e abriu a porta deixando Annabeth entrar primeiro. Ele ligou todas as luzes da estação de rádio e caminhou lentamente até a sala ao fundo.

Annabeth ficou encantada com o lugar, era tão retro e ao mesmo tempo vivo e atual que deixava sua adrenalina solta em suas veias. Aquilo era o paraíso para a loira de cabelos ondulados.

Ela prendeu os cabelos em um rabo de cavalo por estar tão entusiasmada com o lugar. Começou a vasculhar os caixotes de discos lentamente, apreciando as relíquias musicais.

— Você baba enquanto dorme – o rapaz disse, ao sair de dentro da sala e se aproximar dela. A loira arregalou os olhos cinzentos e limpou o rosto desesperadamente.

E então ele riu gostosamente e estendeu a mão em sua direção.

— Sou Percy – disse e Annabeth franziu o cenho não sabendo ao certo se saia correndo dali envergonhada ou segurava sua mão se apresentando também – Percy Jackson, sou o radialista, o dono e o DJ daqui.

Annabeth arqueou as sobrancelhas surpresa e finalmente segurou a mão de Percy que possuía um sorriso simpático nos lábios.

— Annabeth Chase, sou estudante de musica e futura DJ – ela disse abrindo um sorriso sapeca nos lábios, que agradou Percy. Porem rapidamente o cumprimento de mãos não durou muito e ele rapidamente cruzou os braços mostrando seus músculos do braço atrás da camisa de gola v laranja.

— O que queria falar comigo? – ele perguntou arqueando apenas uma das sobrancelhas.

— Eu gostaria de trabalhar aqui – disse fechando a boca rapidamente. Nem ela mesmo pensava naquela hipótese, ou pensava mas nunca chegou a realmente concluir a ideia.

Percy olhou a garota dos pés a cabeça e deixou sua cabeça tombar para o lado. Seu cabelo era sedoso o suficiente para que com aquele simples movimento ele caísse em seus olhos.

O rapaz era charmoso e ele sabia do poder que possuía, mas não iria usa-lo contra Annabeth, pelo menos não naquele momento.

— Me prove que você não é uma sem teto que quer apenas me roubar ou qualquer coisa do tipo que te contrato como assistente – ele disse o que fez Annabeth rir. Ela explicou sobre seu ultimo trabalho, sobre sua mudança e sua faculdade. Ele ouviu-a pacientemente e pediu para que ela explicasse uma ou duas vezes a mais alguma história que não havia entendido.

— Semana que vem você já pode começar, irei explicar segunda o que você fará e como fará.

Annabeth sorriu e agradeceu pela oportunidade. Ao chegar em casa terminou alguns trabalhos do curso e mexeu no computador até terminar de remixar a sua musica favorita da banda 30 Seconds to Mars.

Adormeceu com o computador no colo e no restante do fim de semana ficou trancada em seu apartamento, disposta à organiza-lo do modo que queria, arrastando o sofá de um lado para o outro, arrumando a televisão, limpando a casa e tampando todos os buracos com fitas adesivas que encontrava pelas paredes.

Achou, na segunda feira, que iria iniciar seu trabalho sendo uma ajudante de radialista, colocando e tirando as musicas do ar ou algo do tipo, mas o que Percy disse para ela fazer a deixar de boca aberta durante alguns longos segundos.

Varrer todo o lugar não estava em seus planos para se tornar uma DJ, porem logo sua frustração vazou pelos seus poros quando a estação de rádio começo a funcionar e as musicas começaram a tocar.

Aquela rádio era uma típica estação de rádio juvenil onde tocava todo o tipo de musica pop/eletrônica/remixada. E aquilo agradava demais Annabeth.

Depois de varrer, passar um pano com uma substancia lustrosa nas prateleiras, organizar os discos de vinil e os CDs em ordem alfabética e comprar inúmeras vezes um pedaço de bolo estranho de cobertura azul para Percy Jackson, já haviam se passado dois meses que estava empregada na estação de rádio local.

Era estranho para Annabeth ter um chefe tão jovem e tão bonito quanto Percy e ele mesmo podia dizer o quão difícil era ter de encarar a loira de corpo muito bem esculpido todos os dias e não flertar com ela.

— Annie – o rapaz já havia criado uma intimidade com a menina, que ela mesmo duvidava – Hoje não poderei ficar a noite na rádio, pois tenho um festival... Sabe como é, sou um DJ em ascensão... – ele disse encabulado. Annabeth franziu a sobrancelha e colocou as mãos dentro do bolso do short jeans.

— Gostaria que você ficasse aqui como radialista, não há um sábado que a rádio não funcione – os olhos esverdeados do Jackson brilharam intensamente e Annabeth parou de respirar por um tempo.

Ela havia começado a ter essa mania de segurar o fôlego desde quando começou a trabalhar ali.

Talvez a dos olhos cinzentos havia ficado tempo demais observando a beleza diferenciada do Jackson, pois ele começou a rir, o que causou um leve rubor nas bochechas da loira.

— Claro, fico sim na estação... – ela disse coçando a nuca e abaixando o rosto. Sentiu a mão quente de Percy tocar seu queixo e levantar lentamente seu rosto. Sentiu seu estomago se encolher, como se toda a ansiedade ocupasse aquele espaço e seu corpo fosse pequeno demais para tal.

Então o oceano esverdeado encontrou o céu de tempestade cinzento.

— Muito obrigado – disse encostando seus belos lábios na bochecha de Annabeth, que congelou com a aproximação do rapaz.

Horas depois Annabeth estava sozinha no prédio. Descobriu que haviam algumas famílias que moravam nos andares de cima do prédio, que Percy era filho órfão de pai e que sua mãe era dona de uma grande confeitaria, ele se mudou para Nova Jérsei contragosto da mãe, porem vivia viajando para sua cidade natal no litoral estadunidense (o que explicava o seu bronzeado perfeito).

Ela estava sentada dentro da sala ao fundo da estação, com o fone pendurado no pescoço e plugado no computador, que emitia musica por todos os rádios da região. Ela havia acabado de colocar uma musica de alguma banda qualquer de pop quando franziu o cenho pensativa.

Era chance de fazer suas musicas saírem em alguma rádio. Pegou seu celular e passou todas às musicas, que ela mesma havia remixado, para o computador central da estação de rádio. Deixou a musica animada de pop terminar para deixar uma propaganda implícita sua escapar pela antena da estação.

A musica remixada de Hurricane começou a tocar e sentiu-se orgulhosa de si mesma por ter produzido algo do tipo. Enquanto a musica tocava seu sorriso não saia do rosto, durante seis minutos ela ficou com os dentes brancos a mostra, animada e extasiada com o momento tão fenomenal.

Era a primeira vez que estava controlando uma rádio e que uma musica sua estava tocando não apenas para si. E então notou que era aquilo que ela queria, ela queria ser igual Percy, queria trabalhar em uma estação de rádio independente e ser DJ.

O restante da noite intercalou algumas musicas remixadas que já estavam salvas no computador e algumas suas. Quando foram quatro da manhã se levantou, desligou todo o local e foi para o seu apartamento, porem quando pegou sua chave para entrar no prédio sentiu uma presença estranha ao seu lado.

Algo pontiagudo pinicou sua costela e um bafo mal cheiroso e quente bateu em sua nuca. Toda a alegria que sentia sumiu e só conseguiu ficar de pé, pois tinha uma das mãos apoiadas no corrimão.

Não havia ninguém na rua, e se gritasse provavelmente aquele objeto entraria em sua carne. Engoliu em seco e caminhou sua mão para o bolso onde o celular estava. Não conseguiu ouvir absolutamente nada do que o homem disse, mas sabia que ele estava atrás de dinheiro.

Uma dor agonizante rompeu seu corpo quando sentiu a faca perfurar alguns dedos abaixo da costela, Annabeth cambaleou para trás e sentiu sua respiração arder em sua garganta.

Sua visão ficou turva, porem conseguiu ver o que aconteceu a seguir. Um homem não muito alto estava com o punho fechado sobre o rosto do assaltante, percebeu que a faca ainda estava cravada em seu corpo e que depois do susto que o ladrão levou ele saiu correndo deixando a loira com o seu salvador.

Sentiu seu corpo aos poucos pedindo arrego, pedindo uma cama macia e um sol caloroso em seu rosto. Uma mão macia e quente tocou suas costas e os olhos de Annabeth se fecharam quando seu corpo caiu para trás sobre os braços do homem que não reconheceu.

Acordou dois dias depois do ocorrido, sua cabeça latejava, seu corpo estava dolorido e se sentia estranhamente molhada. Abriu os olhos e notou que estava em um quarto de hospital e que haviam duas pessoas sentadas nas cadeiras ao lado da cama hospitalar.

Identificou que um deles era Percy Jackson e a outra pessoa ela não conhecia. Franziu o cenho e tentou se sentar na cama, porem gemeu de dor ao tentar fazer isso. Seu gemido acordou os dois homens, que olharam assustados para Annabeth.

— Acordou! – Jackson disse se levantando e indo de encontro com a loira, beijando seu rosto preocupado. O cenho da loira ainda estava franzido e seus olhos estavam diretamente focados no homem que não conhecia.

Ele por sua vez estava de pé, ainda próximo a cadeira, olhando para Percy com um sorriso carismático no rosto.

— Vejo que sua namorada esta bem Percy – disse ele.

Annabeth arregalou os olhos e sentiu seu rosto esquentar. Não eram namorados, apenas amigos de trabalho! Percy porem não concordou nem discordou do homem, apenas permaneceu olhando para a loira.

— Quem é você? – a Chase disse ignorando a presença do moreno.

O homem desconhecido riu da delicadeza da menina e alisou o cabelo loiro. Seus olhos eram castanhos, um castanho tão claro que pareciam amarelos.

— Sou Apolo, empresário do Percy, que lhe ajudou com o assaltante... – Então ela respirou fundo incomodada com a ultima palavra que saiu da boca do loiro. Ela se arrumou de baixo das cobertas finas e permaneceu com o cenho franzido.

— Por que me ajudou? – disse engolindo em seco.

— Pois notei que ele não estava lhe dando um abraço amigável e também porquê queria falar com você e com um ladrão nas suas costas não conseguiríamos fazer isso... – ele disse com naturalidade.

Ela abaixou os olhos encarando as mãos grandes de Percy e notou que foram aquelas mãos que a ajudaram quando o assaltante fugiu. Eles estavam juntos quando tudo aconteceu.

— O que queria falar comigo?

Apolo sorriu de forma infantil e cruzou os braços por de baixo da camisa social branca. Para um homem de trinta ou quarenta anos ele era extremamente atraente.

— Como disse sou empresário, Annabeth, e ouvi o que você tocou ontem na rádio. Percy me disse que não foi ele que remixou as musicas... – ele disse e deixou a frase morrer no ar.

— Fui eu – a loira respondeu a pergunta implícita. Ela sentiu vergonha por não pedir permissão para Percy, que a olhava fixamente.

— São ótimas musicas, você é ótima nisso – o loiro disse.

Durante duas ou três horas Apolo e Annabeth tiveram uma longa e interessante conversa. Ele queria apoia-la para que ela fizesse um CD de remix com a permissão dos cantores.

Quando Apolo saiu do hospital Annabeth Chase se viu sozinha no local, pois Percy havia saído de lá quando Apolo disse que era um assunto particular. Impaciente ligou para Percy, ela precisava conversar com alguém e o seu único amigo na cidade era ele.

O moreno entrou no quarto de hospital com dois sacos marrons com um M amarelo estampado no seu centro. Um lanche era a ultima coisa que ela poderia comer naquele momento, porem fora exatamente aquilo que ambos fizeram.

Conversaram animadamente pela primeira vez desde quando ela fora aceita no emprego. Fora a primeira vez que não estavam dentro da estação de rádio conversando como dois jovens. Foi a primeira vez que eles notaram o quão diferentes eles eram, mas o quão estavam ligados por tal motivo.

A mão de Percy estava repousada sobre a de Annabeth, que não se incomodava mais com a proximidade do rapaz, ambos estavam sentados sobre a cama hospitalar, recebendo algumas broncas das enfermeiras por Annabeth estar naquela posição tendo o risco de ter seus pontos abertos.

Aquela conversa foi o começo de muitas outras, aquele momento foi o inicio de vários outros momentos tão belos e engraçados. Aquela musica era apenas a primeira de muitas outras.

Annabeth estava apenas começando sua vida sozinha, seu pequeno furação, porem não gostaria de ficar sozinha se não estivesse perto dele.


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Notas finais do capítulo

Eu pessoalmente não gostei muito do final, eu meio que fiz às pressas, não sabia direito como terminar e eu avisei que não era nenhum pouco boa em One Shots... Porem, entretanto, todavia, contudo ai está seu presente de amigo secreto. Feliz Natal a todos e até uma próxima ♥



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