Sempre te amei. escrita por AnaClaudiia


Capítulo 89
Nascimento


Notas iniciais do capítulo

Está acabando, amanhã o último! Obrigada a todos que me acompanharam nessa "jornada"



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/574885/chapter/89

Por João Lucas

Irmãos sempre brigam, isso é normal, mas o que está acontecendo entre eu e ele não se enquadra nessa palavra. É anormal!

Pedro falou mal de mim, acabei o provocando e então José revidou com um soco. Agora estamos os dois aos murros, brigando como dois selvagens.

Algumas pessoas que estavam sentadas vendo o desfile subiram na passarela para nos separar, eles chegaram antes mesmo dos seguranças.

Sinto alguém me segurando e puxando pra longe e então sou afastado de meu irmão.
JA: Eu vou quebrar a sua cara! - Ele diz.
JL: Vem, quero ver! - Provoco.

Por que estou fazendo isso? Prometi a mim mesmo que nunca mais sairia na porrada com ninguém, mas acabei não conseguindo me controlar. Não sou como Jesus, não ofereço a outra face.

Eu escutei Eduarda me chamando, pedindo pra eu parar, mas ao invés disso só me concentrei ainda mais em vencer a briga.

Os seguranças chegaram agora e, estão me arrastando junto de Pedro pra longe das pessoas.

"JA: Eu vou dar uma surra nos dois!"– Meu pai disse, quando estávamos saindo.

José Alfredo voltou a fazer a abertura do desfile, afinal o show tem que continuar, e nós dois acabamos sendo arrastados até a cozinha.
S: Se acalmem aí, daqui a pouco o Comendador vem falar com os dois. - Os seguranças ainda nos seguram.

Agora que a adrenalina está passando, começo a me envergonhar. Briguei na frente de todos, inclusive dos meu filhos. Não quero que pensem que isso é certo, pois não é. Me sinto péssimo!
JL: Podem nos soltar, já estamos mais calmos...
JP: Diga por você, eu ainda quero arrebentar tua cara! - Ele continua muito bravo comigo.

Acho que atingi seu ponto fraco, não deveria ter falado nada a respeito de Amanda ter engravidado de outro. Não deve ser fácil ser traído... Se acontecesse comigo e eu descobrisse que um dos meus filhos não é meu, com certeza ia pirar.
JL: Peguei pesado com as palavras, me desculpa...
JP: É isso que você tem a dizer? Desculpas? Acha que é fácil saber que o meu filho, na verdade não é meu?
JL: Eu sei que não, mas eu...
JP: Mas você tem 2, daqui a pouco três... Foi por isso que o nosso pai te deu o comando da Império, né? Porque tu está lhe dando vários netos!
JL: Ele acredita no meu trabalho, é isso...
JP: E eu cara? Sempre me esforcei, faço de tudo por aquela cadeira... Ele nunca me valorizou, mas já você, o ex doidão e drogado, o pai te reconhece!

Dessa vez não vou brigar mais, manterei minha calma.

Agora só penso em meus filhos e no que eles estão pensando a meu respeito... Como vou exigir que os dois se deem bem, se eu não faço isso com o meu irmão?

Eduarda também deve estar irada, querendo me matar.

Os seguranças já nos soltaram, mas ainda ficam vigiando a gente de perto, meu pai deve ter pedido isso.

Escuto a porta da cozinha se abrindo, estão vejo meu filho entrando correndo.
A: Papai, a mamãe... - Ele respira fundo. - O bebe ta quelendo sai de dentlo da baliga mãe!

Resumindo: Vai nascer!
JL: Cadê a sua Eduarda? - Me corrijo. - A minha, não, a sua mãe... Cadê? - Já estou começando a ficar nervoso.
A: Ta vindo aqui, a tia ta tlazendo ela!

Nesse instante a porta se abre e vejo minha esposa amparada nos braços de Maria Clara e Vicente.
Du: O nosso Lekinho resolveu chegar hoje! - Ela sorri.

Se a minutos atrás eu estava irado e com raiva, agora um sorriso gigante se instalou no meu rosto, nem lembro mais de qualquer outra coisa.
JA: O que foi aquilo, em? Vocês endoidaram? - O Comendador entra, já dando bronca.
JL: Pai, vai nascer! - Digo, me aproximando de Eduarda.

No mesmo momento que falo isso, ele parece também se esquecer o que aconteceu, e só se preocupa com o nascimento dele, do seu neto. No primeiro parto de Eduarda meu pai não estava presente, ainda fingia sua morte, mas agora estará, conhecerá meu filho assim que nascer!
JA: Meu netinho ta chegando... - Ele coloca a mão sobre a barriga de Du e logo começa a gritar por Josué. - Prepare o carro, mais um herdeiro meu está vindo aí!
JP: Você vai deixar a festa pra esperar esse menino nascer? - Escuto Pedro perguntando a meu pai, mas ninguém responde, todos estão só focados em Du.

Meus filhos parecem assustados e preocupados com a mãe, não saem de perto dela.
M: Mom, you está bem?
Du: Por enquanto sim... - Ela responde. Eduarda parece um pouco apreensiva, deve estar se lembrando da dor do primeiro parto.

Pego uma cadeira pra ela e começo a abana-la. Me ajoelho a seu lado no chão e fico repetindo sem parar:
JL: Vai ficar tudo bem, mantenha a calma, não se desespera, tudo vai dar certo! Faz respiração cachorrinho!
Du: Lucas, pega água pra mim?

Me levanto tão rápido do chão que quase tropeço em meus próprios pés, corro até uma geladeira e encontro uma garrafinha, minha mão está tremendo, já tinha me esquecido de quão desesperador são esses momentos.

Começo a lembrar do parto dos gêmeos, foi incrivelmente difícil, pensei que iria morrer, tamanha era a minha agonia, e que meus filhos e esposa não fossem sobreviver!

"Que seja mais fácil dessa vez!" Penso.

Entrego a garrafa para Du então ela a segura dizendo.
Du: Pronto, agora toma isso e se acalma... - Era pra mim, minha esposa já percebeu que começo a me desesperar.
JL: Nem que eu tomasse o Aquífero Guarani inteiro, me acalmar é uma coisa impossível agora.

Todos estão envolta de Du, ela e nosso filho viraram o centro das atenção, o que aconteceu lá fora já foi deixado para trás.

Vejo de relance meu irmão, ele está nos olhando com lágrimas nos olhos. José Pedro me encara por alguns segundos, mas depois sai do cômodo. Será que um dia voltaremos a nos entender? Já estou mal, por estar de mal dele.

O carro fica pronto então eu e Eduarda caminhamos até lá, eu a ajudo a andar.

Meus filhos ficaram aos cuidados de Clara, eles não vão nos acompanhar, até porque hospital não é lugar para crianças...

Com minha ajuda Du sobe no carro e, eu bato a porta com tanta força que nem sei como a outra não abriu. Não estou conseguindo me controlar, ainda mais sabendo que as contrações irão começar daqui a pouco e ficarão cada vez mais fortes.

O parto será normal, toda vez que Eduarda gritar, com certeza gritarei também. Quando Du está mal, eu acabo ficando do mesmo jeito que ela. Se minha esposa sente dor, se chora e grita, dói em mim também... Mas hoje é por um bom motivo, depois de todo esforço virá a nossa recompensa, mais uma criança, um lekinho, outro motivo para sorrir.
Du: Lucas, você vai segurar minha mão? - Ela pergunta.
JL: Sempre! - Falo, entrelaçando nossos dedos.

Eu deveria tentar ficar calmo, isso com certeza a ajudaria a se acalmar também, porém não consigo. Sinto um misto de emoções, parece a primeira vez, o primeiro parto.

Quero chorar e rir.

Estou ansioso e com medo.

Feliz e preocupado.

Tudo isso de um vez só...
JA: Mas que shit, esse carro na nossa frente não anda! - Meu pai reclama.

Sinto a minha mão sendo apertada, então percebo que as contrações começaram.

Meu pai e Josué estão no banco da frente, mas agora parece que só existe nós dois. Ela olha pra mim e eu fito seu olhos. Não trocamos palavras, não tento mais a acalmar, só ficamos escutando o silêncio, as vezes algumas buzinas, e a respiração um do outro. Acho que só minha presença a acalma, e a dela faz o mesmo comigo.
Du: Obrigada por estar me dando mais esse presente... - Ela quebra o silêncio.

Nós colamos nossas testas, então respondo:
JL: Você me faz o mais feliz dos homem, eu que tenho que te agradecer! - Beijo sua boca.

Se tudo tivesse dado certo, agora eu estaria lá na festa, talvez cumprimentando pessoas, recebendo alguns "Meus parabéns" "boa sorte", etc. Porém isso não acontecerá, o que estava programado não ocorreu, até o discurso que fiquei horas me preocupando em fazer não vai rolar... Nem sempre o que queremos acontece, não dá forma que havíamos planejado, mas eu não queria estar em outro lugar agora: Esse carro andando em alta velocidade, meu pai xingando os motoristas lerdos e Eduarda apertando minha mão com força, é a única coisa que eu poderia querer nesse dia, não troco esse momento por glória nenhuma, nem por aplausos, nem por um brilhante discurso.

Chegamos no hospital e minha esposa é levada em uma cadeira de rodas para ser preparada pro parto e, dessa vez meu pai fica a meu lado me dando apoio e dizendo que tudo ficará bem. Esse lugar é medonho: Muitas vezes é o fim, em outras o começo. Aqui muitos morrem, porém várias vidas começam!

Quando a enfermeira veio me perguntar se eu assistiria o parto, simplesmente respondi:
JL: Quem não quer ver uma parte sua vindo ao mundo?

Ela me olhou de cima abaixo e indagou: Tu não vai desmaiar, né?

Não, me manterei firme por Du! Já estou até mais tranquilo agora, tudo parece estar bem, nenhum médico veio dar más notícias, as enfermeiras estão calmas. Sinto que dará tudo certo, que será fácil...

Visto as roupas que me são designadas, as apropriadas para a situação, e então entro na sala com minha esposa.

Du tem uma touca no cabelo, assim como eu, e sua testa está suada, as dores parecem ter aumentado consideravelmente.

Vê-la sofrendo não é fácil, meu coração dói do mesmo jeito que imaginei que doeria, mas vai ficar tudo bem, sempre fica!
Du: Lucas... - Ela me chama, depois solta um grito. - Tá doendo muito, eu já tinha me esquecido de como era! - Minha mulher tem lágrimas no rosto.

Corro até perto de sua cabeça, pego em sua mão e lhe dou um beijo na boca.
JL: Vai passar, você sabe que passa...

Conforme as contrações vão aumentando, ela aperta minha mão ainda mais forte. O parto começou e em alguns momentos senti que meus dedos iam quebrar. Tive vontade de puxar minha mão pra longe da dela, mas nunca faria isso, mesmo que seus dedos fossem facas, ia querer estar grudado a eles sempre.

Eduarda grita muito e eu vejo todo seu esforço, ao contrário do que pensei, não está sendo fácil, nunca é na nossa vida...
Dr: Eu já estou vendo a cabeça dele, faça mais força! - O doutor pede.
Du: Eu não consigo! - Minha esposa diz, e aperta minha mão ainda mais.

Eu acabo soltando um gemido de dor, mas continuo ali, grudado a ela.
JL: Você consegue sim! - Digo em seu ouvido. - Ele já está vindo, só mais um pouco de força, tu pode isso... A minha Eduarda é forte, guerreira, a frase "Eu não consigo" não existe pra ti, ok?
Du: Eu não estou aguentando mais Lucas! - Ela chora.
JL: Não diz isso, você aguenta Du, eu tenho certeza...

Minha esposa respira fundo e faz força novamente,ela parece colocar todas suas energias ali, dá tudo que pode, e isso mostra resultados.

Começo a ouvir um choro fraco e depois de alguns segundos o som aumenta. Olho pro médico e vejo em suas mãos um bebe muito pequeno e todo ensanguentado.

Meu meninão.

Meus olhos se enchem de lágrimas e ao olhar para baixo vejo Eduarda sorrindo.
JL: Você conseguiu... - Me abaixo e lhe dou um selinho.

Nunca duvidei que ela seria capaz, nem por um minuto. Confio mais em Eduarda do que em mim, sei que minha esposa pode fazer tudo, conseguir qualquer coisa, e me dar os melhores presentes...

Tudo que aconteceu de bom na minha vida sempre teve a ver com ela, foi assim desde a época que éramos amigos, e continuará sendo até o nosso fim.

Os médicos trazem o bebe para perto da gente e o colocam deitado perto de minha esposa. Nós não conseguimos falar e se tentássemos, não iriamos entender nada o que o outro diz, tamanha é a quantidade de lágrimas e nós na garganta que ambos tem.

Foram muitas as vezes que sofremos, choramos e pensamos que tudo nunca voltaria a ser bom como antes... Que tolice, isso é impossível!

Quando temos pessoas que verdadeiramente amamos, e que nos amam também, podemos ter certeza que as coisas vão dar certo, que o mal não perpetuará, que as lágrimas ruim vão cessar. Se alguém sente carinho por nós, essa pessoa fará e tentará transformar tudo em algo bom. Assim que funciona o amor: Ele é transformador, renovador e esplendoroso. E eu nem estou falando do sentimento no sentido de casal, é desse modo em todos os outros.

Eu tenho Eduarda, os gêmeos, a minha família louca, e agora mais esse menino, que já me transformou desde o ventre de sua mãe...

Se eu parar pra pensar, sempre que nasceu um filho meu, também surgiu outro Lucas. Antes dos gêmeos, eu era um irresponsável, depois deles virei um verdadeiro pai de família. Os anos de passaram e eu acabei virando um ambicioso, viciado em trabalho, fiquei sabendo da chegada de mais um herdeiro e mudei novamente, me renovei no cara que sou hoje e, que quero continuar sendo sempre.

Todas as formas de amor são esplendidas, a paternal é quase surreal!

Tudo na vida precisa de equilíbrio, que a balança esteja na mesma altura dos dois lado: Nem muito responsável, nem de menos. Nem tanto rebelde, mas nada de ser careta. A felicidade estrema e a infelicidade tem que ser mantidas em constante pesagem, o segredo é viver todo dia no equilíbrio desses dois sentimentos.

A minha família é a minha balança. Sei que com eles nunca mais perderei a noção das coisas, saberei sempre o peso de cada um. Hoje por exemplo, consegui manter em igualdade o meu medo e emoção, estive ao lado de Eduarda o tempo todo e não soltei a sua mão.

Tentar conservar a calma, amar sem medo e viver um dia por vez é o que eu quero daqui pra frente. Hoje é o melhor dia da minha vida, justamente porque estou o vivendo agora!

Olho para meu recém nascido, ele é tão pequeno e frágil, precisa totalmente de mim e de Eduarda, mas é absolutamente incrível ter um serzinho assim pra chamar de seu...
Du: Você não vai dizer nada? - Minha esposa pergunta, olhando para nosso filho.
JL: Dizer o que? Que ele é lindo, que eu estou me sentindo nas nuvens, que te amo, que sou agradecido a você, que tu me faz ser forte, me preenche, me dá ânimo pra continuar e, que a vida começou a fazer mais sentindo quando tu finalmente virou minha mulher? - As lágrimas transbordam. - Não, acho que não preciso... Meus olhos não falam por mim?
Du: Eles estão brilhando! - Ela está cansada e suada, mas ainda assim tem um sorriso maravilhoso na face.
JL: Só estão refletindo os seus... Meu sol! - Dou um beijo na sua boca, e acaricio a cabeça do nosso filho, ainda sem nome.

A lua ilumina a escuridão da noite, mas ela só consegue fazer isso porque tem um sol que a faz brilhar. Não vou dizer que não tenho luz própria, todos tem a sua, mas sou feliz demais refletindo Eduarda.

Ela está feliz: eu também estou.

Seus olhos brilham: os meus estão da mesma forma que o dela.

( 1 dia depois)

Lá no hospital meu pai babou o dia inteiro em cima do meu filho e quando Eduarda recebeu alta já nos disse que apareceria na nossa casa mais tarde, para uma visita. Minha mãe falou pelo telefone que os gêmeos estão ansiosos, querem ver logo o bebe.

Assim que botamos o pé em casa, eu carregando a mala que Maria Marta nos levou ontem, e Eduarda nosso filho, somos recebidos pelos dois. Du se senta no sofá e Martinha pede para segura-lo.

Minha esposa a ajuda e cuida para que ela faça tudo direitinho. Dinho está a seu lado, meus três filhos ali, juntos, se conhecendo.
M: Ele é feio... - Marta começa a dizer. - But eu gosto dele! - Nós rimos e ela continua. - Tomara que he não vire um chato...
A: Mamãe, qual é o nome?

Eu andei pensando nisso, mas nem comuniquei a minha esposa.
Du: João Lucas... - Eduarda responde, sorrindo pra mim.
JL: Não! Eu queria que seja Eduardo!
Du: Eu falei primeiro, vai ser João Lucas!
JL: Nem pensar, você merece essa homenagem mais do que eu!
Du: O nome vai ser João! - Ela diz, decidida.
JL: Eduardo! - Falo, também muito certo do que quero.
M: Vocês no vão brigar por isso, né? - Minha filha começa. - Eu queria que fosse Maria, mas acho que seria estranho um boy se chamar assim... E também eu sei que never vou esquece-la, então tudo bem! Mas já que vocês não sabem que name escolher, coloca os dois: João Eduardo!

Eduarda me olha, aprovando a ideia, e eu balanço a cabeça confirmando que também gostei.

Não é um dos nomes mais criativos do mundo, mas é o melhor que poderíamos escolher: Ele tem um pouco de mim, e dela também.

A campainha toca e é a minha família chegando.

Clara e Vicente, Cristina e seu noivo, minha mãe e meu pai, e até Silviano, nosso doce e fiel mordomo, apareceram aqui. Todos se juntam ao redor de Eduarda e ficam babando em cima do bebe.

"Tão lindo..."

"Parece com você, Lucas!"

"Nasceu com quantos quilos?"

"Qual é o nome?"

São várias perguntas e frases sobre ele, e todas me deixam feliz de ouvir e responder.

Há novamente um barulho de campainha, mas dessa vez quem vai atender sou eu. Abro a porta e vejo meu irmão, José Pedro.
JP: Eu, eu vim conhecer meu sobrinho, posso? - Ele gagueja, parece envergonhado.

Pedro é ganancioso, quer ter poder, se sentir grande e sentar no trono da Império, mas ainda assim é o meu irmão, faz parte da minha família, tenho carinho por ele. Nós brigamos, discutimos, falamos e fizemos coisas erradas, mas não tem jeito, ainda há amor entre nós, é impossível não ter. Ele me disse coisas horríveis, eu fiz o mesmo, nós trocamos socos e ofensas, mas nada apaga o passado: Quando crianças, eu quebrava seu carrinhos, nós discutíamos mas no fim acabávamos nos entendendo, sem ao menos pedir perdão. Foi ele que me ajudou a andar de bicicleta pela primeira vez, o meu primeiro amigo.
JL: Entra aí irmão... - Dou passagem.
JP: Eu falei coisas terríveis ontem, agi mal, te bati... Me desculpe!

Sorriu e lhe digo.
JL: Me desculpe também! Você é a minha família, eu te amo cara...

De repente todos estão aqui, todos os Medeiros, o meu verdadeiro Império. Muitas vezes não concordo e nem gosto do que fazem, mas eles ainda são e tem o mesmo sangue que o meu, me amam e querem o meu bem, cada um do seu jeito. Eu poderia ficar com raiva e brigado pra sempre com Pedro, mas guardar mágoas é uma coisa tão idiota...

As conversas e risadas, todas baixas, se misturam, vejo que Eduarda está cansada, mas ela não larga nosso filho, fica com ele o tempo todo no colo. Ninguém está prestando atenção em mim, estão permito que uma lágrima escorra de meus olhos, estou emocionado de ver todos juntos aqui! Eu amo tanto tudo isso...


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

A minha ideia inicial era que o José Pedro sequestrasse o bebe, mas não consegui fazer isso, prefiro terminar pelo menos a minha fic com amor, com um Pedro normal... Amanhã se encerra, brigadão por todos os comentários, visualizações e mensagens que recebi!
Isso não é da boca pra fora: Eu amo vocês, e tudo que fizeram por mim, o incentivo que ganhei durante esses mais de 89 dias e a motivação que me emanaram foi incrível! Obrigada!