Sempre te amei. escrita por AnaClaudiia


Capítulo 66
Descobertas


Notas iniciais do capítulo

Aqui esclarece totalmente quem é o Fábio, não há espaços pra dúvidas ( espero kkk)
Tomara que gostem, me deixem suas opiniões!
To sem dormir desde ontem, espero que tenha ficado tudo certinho, caso não, me perdoem!



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Por João Lucas

Não acredito que demorei tanto para entender, agora parece tão óbvio! Quando Eduarda e eu constatamos que tinha café ali, chegamos a conclusão que só Fábio poderia ter o derrubado. Eu nunca bebi nada aqui dentro, justo por medo de sujar minhas coisas. Se ele esteve aqui, tinha um motivo, e eu também já sei qual é.
JL: Esse filho de uma puta tava usando a gente Du, ele só queria os documentos da Império! - Digo, me sentando na cadeira e começando a analisar todos os papeis

Os dados contidos aqui são confidências, não sei nem mensurar o quanto a empresa seria prejudicada caso alguém de má índole tenha acesso a eles! E foi justo isso que aconteceu...

Eduarda pega sua blusa no chão e a veste. Nós estávamos em um momento de intimidade, mas fomos interrompidos por um soco de realidade e obviedade. Se não agirmos rápido, vamos estar ferrados.
Du: Está tudo aí? - Ela pergunta, preocupada.
JL Está, mas quem me garante que ele não tirou cópias, fotos dos documentos... Esse cara ta com o futuro da Império nas mãos e com certeza vai fazer merda! E tudo por minha culpa...
Du: Por nossa... - Ela diz, passando a mão por meu ombro ainda nu. - Eu que coloquei esse cara nas nossas vidas, me perdoa!
JL: Não foi você Eduarda, ele mesmo se colocou. Agora eu percebo, o tempo todo o Fábio queria se aproximar da gente, ganhar nossa confiança, fazia de tudo para gostarmos dele. Se fingiu de frágil para sentirmos pena, de amigo para o trazermos para casa...
Du: Lembra da festinha dos nossos filho? O fotografo não apareceu no dia e ele coincidentemente tinha todo o seu equipamento fotográfico no carro!
JL: Cachorro, deve ter armado para que precisássemos dele. Assim ficaríamos devendo um favor...
Du: Fora isso, no dia em que o conheci, ele disse que adorava aniversários infantis, por isso o convidei!
JL: Na verdade, ele mesmo se convidou! - Falo, batendo a mão sobre a mesa. - Pra mim já ficou claro que ele não estava bêbado ontem a noite, fingiu para ficar aqui e ver os documentos... Aliais, foi ele mesmo que sugeriu que eu os trouxesse pra cá!
Du: Lógico, lá na Império ele não ia conseguir ter acesso. - Minha esposa se afasta de mim e se senta em uma cadeira a minha frente. - Falando em sugerir, quem falou pra você tirar as fotos comigo usando as jóias?
JL: Ele! - Dou alguns tapas em minha cabeça. Burro, isso o que sou.– Foi o Fábio que vazou as fotos!
Du: Mas por que ele fez isso? Será que a mando de alguém?
JL: Com certeza! Só não sei quem.... Mas tem 2 opções: Algum inimigo do Comendador ou as empresas concorrentes querendo sabotar a Império.

Meu pai confiou esse trabalho a mim, eu sabia que era uma grande responsabilidade, me senti realizado por ter conseguido isso, o coroa finalmente estava reconhecendo as minhas capacidades, a minha competência... Mas agora, quando ele souber que deixei alguém ter acesso aos documentos da empresa, com certeza ficará decepcionado...
Du: Temos que fazer alguma coisa! - Minha esposa diz.
JL: Fazer o que Du? - A olho com lágrimas no rosto. - Agora já foi, não tem mais jeito... Eu ferrei a empresa!
Du: Não fica assim! - Ela se levanta da cadeira, e volta a ficar a meu lado. - A situação não pode ser tão ruim, tem que ter alguma solução!
JL: Eduarda, esse homem já deve ter enviado os documentos para alguém. Se chega nas mãos das nossas concorrentes, elas com certeza negociarão suas peças a menor preço, desse jeito as joalherias vão preferir comprar as delas e não nossas, a império ficaria com um rombo gigantesco!
Du: Talvez ele ainda não tenha enviado! Vamos achar o Fábio, dar uma boa surra nele e o fazer confessar quais são suas verdadeiras intenções, pra quem trabalha... - Eu sorriu. Dar umas porradas em Fábio é o que mais queria agora. Ele me fez de idiota.

Acreditei na amizade de Fa, até me apeguei, ele parecia ser um bom amigo. Sinto que levei uma facada nas costas, essa não sangra nem deixa feridas na pele, mas dói do mesmo jeito.
JL: Será que alguém pagou ele para nos fazer de trouxa?
Du: Provavelmente... - Ela responde.
JL: Quanto será que vale a nossa amizade? Nem deve ser muito... - Me sinto traído. É duro saber que um amigo é falso, ou melhor, saber que ele nunca foi um amigo de verdade.

Fico em silêncio por alguns segundos, talvez para pensar melhor no que acontece, então Eduarda me fala.
Du: Veste sua camisa! - Ela coloca a parte de cima de minha roupa em meu colo. - O ar condicionado está ligado no máximo, não quero que tu pegue um resfriado...

Eu abro um sorriso. É bom vê-la se preocupando comigo.

Coloco minha blusa, depois sinto Eduarda empurrando minha cadeira pro lado. Ela se senta da frente do computador, e diz:
Du: Eu é que não vou deixar barato! Mesmo que esse cara já tenha jogado tudo no ventilador, pode ter certeza que vai se arrepender de ter se metido em nossas vidas! Cansei de ficar chorando enquanto vejo alguém destruindo nossa felicidade. - Ela olha determinada para a tela do computador.

Essa é a Eduarda que conheço: Forte, decidida, determinada e imparável. Du parece animada, com esperanças de encontrar algo, isso me anima também.
JL: O que vamos fazer? - Pergunto.
Du: Você não conheceu ele num jogo online? Então, vamos tentar achar alguma coisa no fórum do jogo... Quem sabe ele não fala uma rede social que usa, outro sobrenome... Sei lá!

Conhecemos Fábio a um bom tempo, entretanto ele nunca nos passou seu Facebook ou Instagram. Tínhamos apenas seu número de celular, e algo me diz que se ligarmos ele não irá atender.
Du: Qual é a senha? - Eduarda pergunta, olhando para tela de login do site do jogo.
JL: Mas não precisa de senha, já ta salvo no computador...
Du: Não está não! - Ela desvia a cabeça da frente da tela e posso ver que está certa.

Não entendo, sempre joguei e nunca precisei digitar nada... Há não ser que o histórico de navegação tenha sido apagado! Aperto Ctrl + H. Só dados do dia de hoje.
Du: Ele mexeu no seu computador e depois apagou o histórico todo! - Minha esposa me diz.
JL: Mas como? Essa bosta tava desligado, precisa de senha pra entrar...
Du: Você não disse pra ele?
JL: Não, claro que não... - Falo com convicção, nunca faria isso.

Não sóbrio...
Du: Bêbados falam demais... - Minha esposa insinua.
JL: Será que eu contei pra ele ontem?! - Talvez, eu não posso afirmar que não. - Du, eu te disse que não me lembro de ter bebido mais que 2 chopps? - Algo passa por minha cabeça.
Du: Disse... Lucas, esse cara te dopou, deu alguma coisa pra você tomar!
JL: Ual, que plano bem bolado! O Fábio, se esse é mesmo o seu verdadeiro nome, planejou cada detalhe...
Du: Ah Lucas, duvido. Ele não parecia ser tão inteligente assim! Alguém o ajudou e temos que descobrir quem!
JL: Então, o que a gente faz?
Du: Vamos entrar nesse fórum logo, quem sabe temos sorte! - Ela olha pra mim, e pergunta: - Qual é a senha?
JL: Deixa que eu digito...
Du: Por que? Fala logo, não confia em mim? Não vou entrar no seu joguinho...
JL: Não, num é isso, só prefiro não dizer!
Du: Fala logo! - Ela parece impaciênte e também curiosa.
JL: É JL, 1 0 0 sual! - Digo.
Du: Hã? - Ela pensa um pouco e começa a gargalhar. - JL100sual. - Ela grita. - Meu, de onde tu tirou isso?

Estou me sentindo envergonhado, ela não para de rir.
JL: Caramba, precisava ser uma senha difícil...
Du: Difícil é diferente de ridícula! - Ela ainda ri.

Eu não consigo evitar, caiu na risada também!

O mundo, ou melhor, meu Império pode desabar, e estamos aqui rindo, dois bobões... Como é bom ser bobo ao lado dela.
JL: Tá, chega! Digita aí e vamos procurar alguma coisa sobre ele!

Eduarda acata o que digo, mas as vezes ainda me olha com um risinho no rosto: "100 sual... Até que não mentiu!" Ela pisca pra mim.

Ficamos algum tempo fuçando no site até que achamos uma coisa que nos pareceu bem reveladora: "Vende-se esse perfil. Nível altíssimo! Entrar em contato... ReiAndromeda"
JL: Ué, por que o Fábio tava vendendo o perfil? - Ele olha para mim intrigado.
Du: Ele não vendeu, ele comprou! Lógico, era coincidência demais vocês já terem jogado juntos!
JL: Quanto mais eu descubro, mais fico com medo. A gente nunca sabe verdadeiramente quem é a pessoa que está a nosso lado...
Du: Com aqueles olhos azuis e jeitinho meigo, ele parecia um anjo... Mas agora tá mais pra demônio!
JL: Sempre que avançamos um pouco voltamos pra estaca zero. Continuamos sem saber como resolver isso!
Du: Acho melhor falarmos com seu pai, ele com certeza vai saber como resolver...
JL: Ah, não sei não Du! - Na verdade, não quero que ele saiba que falhei. - Agora não, vamos tentar resolver isso juntos!
Du: Lucas você tem que contar, o quanto antes melhor!
JL: Amanha então, por hoje uma bronca do comendador já está de bom tamanho!
Du: Bronca que você não merecia... Tu não fez nada errado, tudo é culpa desse Fábio! E se fomos pensar, o José Alfredo também errou. Devia ter pesquisado melhor antes de contratar ele!

"Fábio" "contratar" Essas palavras me dão uma ideia.
JL: Eduarda. - Me levanto da cadeira. - O Fa assinou um contrato para entrar na Império, lá tinha todos os dados dele. Nome, endereço...
Du: Mas e se ele usou dados falsos?
JL: Bom, daí vai complicar... Mas não foi tu que disse que ele parecia um pouco burro?
Du: As aparências enganam muito!
JL: Pô, me deixa ter esperança. O nome tem que ser verdadeiro no contrato, ele deu os documentos! Se não for, podemos coloca-lo na cadeia por falsidade ideológica... A gente pesquisou Fábio Marchiori no Google, nada apareceu, mas ele deve ter outro sobrenome...
Du: Ok, segunda-feira a gente vai na Império e procura os dados dele!
JL: Mas segunda pode ser tarde demais! Agora já pode ser tarde demais... Temos que ver isso o quanto antes, vamos pra Império!
Du: Tu pirou de vez? Ir como? É sábado, ta tudo fechado lá!
JL: Idaí? Eu sou um dos donos daquele negócio, é só pedir pro chefe da segurança que ele abre tudo pra mim!
Du: Se é assim... - Ela sorri. - Estou amando ser detetive. Se minha carreira de modelo não for para frente, já sei o que vou fazer! - Ela vai rumo a porta eu a sigo.
JL: Tu ia morrer de fome. - Sorrio. - Quem iria contratar uma detetive que deixa o inimigo entrar dentro de casa? - Nós dois rimos e caminhamos juntos até saída de casa.

Quando já estávamos na porta, ouvimos um choro que nos lembra de algo: Nossos filhos.
Du: Meu Deus, a gente estava tão empolgado que íamos sair e deixar eles aqui!

Nós nos sentindo os piores pais do mundo.

Subimos as escadas e vamos ver porque choram. Eduarda diz que é fome, e então desço para preparar as mamadeiras.
JL: Quando eu acabar aqui, vou para a Império sozinho... - Falo, dando a mamadeira a Alfredinho.
Du: Nem pensar, eu vou com você!
JL: Eduarda, não dá! Quem vai ficar com os bebes? Hoje é dia de folga das empregadas, inclusive da babá!

Minha esposa olha em volta do quarto e sorri e dizendo:
Du: Jura? Nem percebi que ela não estava aqui...
JL: Besta!
Du: Meu amor, eu vou com você, não to me aguentando de curiosidade. A gente deixa os bebes com... - Ela pensa um pouco. - Com a Maria, a vizinha! Ela é um amor de pessoa! Deve adorar crianças...

Maria... A mesma que nos soltou quando os bandidos nos deixaram amarrados na cozinha. Acho que não falamos com ela, nem damos uma explicação, desde aquele dia.
JL: A última vez que conversamos com ela, a tratamos super mal!
Du: Porque estávamos nervosos! É só explicar, ela é boa pessoa, vai entender!
JL: Isso, dai a gente agradece e manda ela cuidar dos nossos filhos! Aff Eduarda, nada ver! E se os bebes estranharem ela?
Du: Magina, nunca! Eles vão com todo mundo... Além disso, é só não demorarmos muito!

Ela já decidiu, não vou conseguir tirar isso de sua cabeça. Aceito tentar sua ideia e assim que terminamos de alimentar nossos filhos, os colocamos no carrinho e caminhamos até nossa vizinha.

Não somos os melhores vizinhos do mundo, trocamos poucas palavras com Maria. Ela é uma doce e simpática velhinha, que vive em uma grande casa...

Ao chegarmos na frente de sua residência, que tem a fachada pintada cor de areia, tocamos a campainha. Uma empregada vem atender a porta, e pede para que esperemos na sala. Guio o carrinho dos bebes com cuidado, para não esbarrar em nenhum móvel, e quando chegamos no lugar designado a espera, nos sentamos no sofá.

O cômodo é amplo e bem claro, aqui chega a me dar uma sensação de paz. Há um enorme sofá marrom e algumas poltronas combinando com a cor dele. O tapete do chão é felpudo, sinto vontade de deitar sobre ele.

Paro de prestar atenção na decoração e, olho pros meus filhos que estão no carrinho a nosso lado. Penso um pouco e faço uma pergunta a Du.
JL: O que você vai falar? "Oi, tudo bem? Tu pode cuidar dos meus bebes? Ah, que bom! Beijos, tchau"– Sussurro.
Du: Quase isso! - Ela ri.
M: Eduarda? Lucas? O que os trazem a minha casa? - Ela nos cumprimenta e se senta em uma poltrona.
Du: A gente veio... - Ela pensa. - Pedir desculpas!
MM: Desculpas? Pelo quê?
Du: Aquela vez que entrou bandidos em nossa casa, a senhora nos ajudou e nem te agradecemos direito!
MM: Nossa, mas isso já faz muito tempo, nem me lembrava mais!
Du: Mas eu sim, sinto muito!

Du estende a mão e a mulher a aperta dando um sorriso. Eu não sei fingir bem assim...

Na verdade só queremos um favor, e isso é péssimo. Não deveríamos estar aqui, ela não tem obrigação nenhuma de nos ajudar, estamos sendo falsos. Me sinto mal...
MM: Minha querida, tudo bem... - Ela sorri. - Você trouxe os bebes?! Que bom...

Felizmente nossos filhos ela conhece, nós a convidamos pro aniversário de 1 ano deles... Convidamos o bairro todo!

Ela pega Martinha e se senta no sofá a nosso lado. Minha filha sorri no colo de Maria.

Toda criança tem duas avós, os meus filhos também, mas só uma merece ser chamada assim... A minha mãe!
MM: Sabe... - Ela começa.- Adoro crianças, mas nunca tive filhos, consequentemente também não tenho netos. Vocês podiam trazer eles aqui mais vezes, fico tão só nessa casa gigante.
Du: Sério? - Eduarda pergunta. - Você não se incomoda de ter eles aqui?
MM: Não, claro que não.
Du: Digamos que eu pedisse pra Senhora cuidar deles qualquer dia desses... Tu aceitaria?
MM: Ah sim, claro. Eu gosto mui...
Du: Ótimo! - Du a corta e se levanta do sofá. - Você cuida deles pra mim hoje? Prometo que voltamos rapidinho! Menos de duas horas...
JL: Talvez três...
M: Agora? Mas eu...
Du: Por favor, nós voltamos rápido, é importante.
M: Ok então!

Eduarda sorri, e dá um abraço de agradecimento em Maria.
Du: No carrinho tem tudo que eles precisam, qualquer coisa é só me ligar! - Ela pede papel e caneta a empregada que observava a cena- Você é um anjo!

Eduarda escreveu seu número e já ia colocando o meu também, mas se lembrou que estou sem celular agora.
Du: Se comportem em? - Ela diz olhando nossos filhos e em seguida indo rumo a saída.

Voltamos para nossa casa e corremos para buscar a chave do carro.
JL: To me sentindo o maior cara de pau de todos! - Falo, assim que entro no automóvel.
Du: É, eu também...
JL: E um pouco falso... Coitada, achou que estávamos lá para visita-la, quando na verdade só queríamos um favor. Isso é horrível!
Du: Não exagera. - Du liga seu veículo. - Não é falsidade, gosto dela. Se não gostasse, não tinha deixado meus filhos lá!

Minha esposa dirige rumo a Império e enquanto isso eu faço algumas ligações. É fácil se conseguir o que quer quanto se tem os sobrenomes Medeiros de Mendonça e Albuquerque! Não preciso nem explicar bem meu motivos, os seguranças simplesmente acatam minha vontade. Vão abrir a Império pra mim.

Chegamos na empresa e somos recebidos pelo chefe da segurança. Ele não faz perguntas, só desliga os alarmes e me dá as chaves.

Caminhamos até o escritório de meu pai, onde acho que deve estar o contrato de Fábio, e começamos a procurar.
Du: Se o Comendador nos pega aqui estamos fritos!
JL: Ele faz sarapatel da gente!

Vasculhamos cada gaveta e não encontrando nada.

Talvez isso seja um sinal, para nos mostrar que precisamos pedir ajuda a meu pai, ele certamente resolveria isso tudo, porém quero por fim nessa história sozinho. Provar que sou capaz de agir igual, ou até melhor que ele..
Du: Quantas árvores morreram para poder virar papel e ficar trancados nessas gavetas... - Fala, enquanto olha alguns documentos. - Não tá aqui não Lucas, já conferimos isso mil vezes!
JL: Tem que estar em algum lugar Du!
Du: E nas coisas da secretária do seu pai? Quem sabe...

Guardamos e fechamos todas as gavetas e tentamos deixar tudo na mais absoluta ordem.

Vamos pra mesa da secretária do Comendador, e ao abrir sua gaveta sorriu.
Du: Achou? - Eduarda pergunta.
JL: Não, mas encontrei um remédio tarja preta!

Nós dois rimos.

Continuamos a procurar, e quando já estávamos quase desistindo, achamos o tão almejado contrato.

Sinto vontade de beija-lo, e é isso que faço!

Ligo o computador, enquanto Eduarda arruma a mesa, e quando ele já está iniciado, abro o Google.
JL: Pronta pra saber quem é esse cara?
Du: Prontíssima!

Abro o contrato: Fabiano Marchiori Porto.
JL: Fabiano...
Du: Então Fábio é falso mesmo?
JL: Talvez seja um apelido, meu pai o chama assim, mesmo tendo lido seu nome aqui...
Du: Apelido muito providencial em? Assim nunca o encontraríamos na internet...

Digito seu nome completo, e vários trabalhos seus aparecem! Ele é realmente um fotógrafo, faz sucesso na Europa.
Du: Procura aí um acidente, vamos ver se isso também é mentira...

Procuro, e nada encontro. Concluísse que isso também era invenção de sua cabeça doentia.
Du: Ele deve ter ouvido falar que eu fazia terapia e resolveu se fazer de coitado, só pra mim ter pena dele...
JL: E assim se aproximar da gente...
Du Mas e aquele papo de que me stalkeava? Por que me contou?
JL: Se você desconfiasse dele, ia pensar que ele é só um louco apaixonado por tu, nunca um espião...
Du: Ual! - Ela me encara. - Na próxima encarnação, se eu nascer má, quero saber planejar tão bem assim!
JL: Até que não foi tão bem, nós descobrimos...
Du: Só depois dele ter o que queria! E pior, ele teve acesso a seu computador, deve estar com seu celular, todos os contatos importantes estavam lá. O Fabiano sabe de tudo!
JL: Vou acabar com esse cara!

Estamos passando as fotos dele até que chegamos em uma que chama muito nossa atenção. Parece ser uma fotografia antiga, de uns 5 anos atrás... Há 3 homens na foto ao lado de um velho conhecido nosso: Dr. Merival.

Só de ver sua foto já sinto um arrepio, ele não está mais preso, mas o seu escritório está indo a falência. Depois que todos souberam que ele tentou matar meu pai, e o pior, que mandou sequestrar dois bebes, ninguém quis tê-lo como advogado.

Das 4 pessoas da foto, conheço apenas 3. Um deles me é estranho... Quer dizer, nem tanto.

Dou zoom na fotografia, e fico olhando fixamente para seu rosto.
Du: Aqueles outros dois quem são? - Me pergunta Eduarda.
JL: Filhos do Merival, já fui apresentado a eles...
Du: Ele só tem dois filhos?
JL: Não, tem três, mas um mora no exterior... - Gelo.

Olho seu nome de novo: Fabiano Machiori PORTO.

Merival Porto.

Fabio, ou Fabiano, está diferente na foto, mais gordo e com o cabelo cheio de gel, mas é ele. Agora o reconheci!

Acho que tem alguém tentando se vingar...
Du: A gente precisa avisar seu pai. - A voz de Du está tremula. - Agora!


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Notas finais do capítulo

Agora que sabemos quem ele é, e o que quer, resta desenvolver a história!
Amanha tem mais!