A Magia que Para O Tempo escrita por Amigo Anônimo
Notas iniciais do capítulo
Desculpem a demora.
Amanhã corrigirei os erros novamente (Estou com muita pressa)
Espero de gostem e obrigado pelos comentários, acompanhamentos e favoritos ^--^
– Rima...
Voltando dois passos e procurando pelo salão de onde vinha aquela sensação familiar, Amu se decepcionou ao não ver o que queria, mas sim um rosto de um alguém que caminhava em sua direção.
– Perdida, minha querida? –Disse um homem de cabelos roxos e olhos castanhos, visíveis por conta dos pequenos buracos feitos para a visão na máscara. Aparentava ser um pouco mais velho e tinha mais estatura, comparado à rosada.
– Como? –Perguntou sem entender a aproximação repentina dele, e então logo concluindo que deveria ser mais um dos esnobes interessados em jovens como ela – Não, eu já estou de saída.
“Estranho. De onde veio essa mesma sensação de poder semelhante ao da Rima?”
Sem querer ficar ali por mais tempo, a moça se virou de costas para o homem de cabelos roxos e apressou o passo para que pudesse alcançar Ami e Yaya.
– "Perdida, minha querida?" –Yaya fez uma pose estranha e uma voz forçada, na tentativa de imitar uma masculina, assim que entraram na carruagem, já à caminho para casa.
Junto dessa fala veio uma risada que não pode ser contida pela parte de Ami e um olhar inicialmente surpreso, e posteriormente de desaprovação de Amu.
– Bem popular entre os rapazes, pois não?
– Yaya, não estou a fim de papo furado.
– Aliás, eu te vi por um instante fora do salão com alguém. Não pude ver o rosto e nem definir se era um conhecido. Era seu novo admirador secreto? –Juntando suas duas mãos, a ruiva fazia um bico e uma pose com o corpo levemente inclinado para lado, cutucando a rosada com o cotovelo na intenção de irritá-la mais.
– O qu... Yaya, tu estavas espionando-me?! –Ela se virou para Yaya, encarando-a incrédula. – Ah, não importa. Apenas pare de me observar com esses teus olhos gigantes interessados na vida dos outros antes que eu tire a tua visão junto com todos os teus outros sentidos.
– Tão adorável –Disse Ami em um tom carregado de ironia, merecendo risadas de Yaya.
– Não se pode mais vir acompanhada de um homem que já começais com as vossas fantasias –A rosada encostou a cabeça próximo da janela da carruagem, cruzando os braços.
– Que houve? Normalmente você não ficaria tão irritada –A garota com feição infantil desfez a sua careta e ajeitou a posição no banco.
– Apenas decepcionada. Não encontrei o que queria hoje.
– Mas tu também sentiste aquilo, não é mesmo? É um sinal, Amu. Significa que está próximo, ou até mesmo bem debaixo do nosso nariz.
– Sim... Eu senti.
– Então, tu não te preocupas. Estamos contigo.
Hinamori forçava um sorriso, querendo muito acreditar naquelas palavras, mas já sabia que quando a hora chegasse não haveria piedade ou misericórdia no mundo que fizesse ela repetir essas palavras novamente. Ela já sabia o que estava fazendo.
Já em casa onde todos dormiam, inclusive Amu, um estrondo vindo do primeiro andar despertou a rosada, a fazendo levantar rapidamente e pondo a caminhar para fora do quarto com passos cautelosos para não fazer barulho, tanto para não acordar ninguém como para não chamar a atenção do que estava lá fora.
Acostando-se à parede da sala e espreitando pela vidraça, a moça via uma criatura deformada, cor escura e com um olho grande e vermelho onde deveria ser a sua testa.
Procurando a sua possível arma, Amu encontrando uma faca na cozinha e correu já sem se preocupar muito se fazia barulho ou não, mas mesmo assim seus passos eram silenciosos. Abrindo a porta que dava acesso à área violentamente e se espantar com a criatura que já estava na sua frente à espera dela. Desviou-se de um ataque curvando o corpo e surgindo atrás do monstro, chutando-o para longe e correndo até ele, enfiando uma faca no seu olho antes mesmo que pudesse atacar novamente e logo após fazer isso, a criatura jorrou um pouco de sangue e se dissolveu.
– Onee...-chan?
Virando-se para a irmã mais nova, Amu via um rosto apavorado encarando o sangue nas mãos e a faca que a rosada carregava.
– Ami... –A mais velha caminhava para se aproximar da imouto¹.
– Não! –Ela recuou. – Eu... Eu estou bem, ainda preciso me acostumar com isso.
Parando de andar e encarando a morena que evitava um contato visual, Hinamori Amu se aproximou apenas para pegar uma roupa que estava perto da porta e se virou de costas, se retirando dali sem muita pressa.
“Eu sei que esses demônios são bem normais, a onee-chan fazer isso para nos proteger, mas..."
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Adentrando em um canto vazio qualquer, Hinamori Amu se despia e se trocava apressadamente e logo retornava às ruas do reino que ainda não tinha muita iluminação do sol, pois estava no começo da manhã.
– Está frio... –Escutou alguém dizer com a voz trêmula, não temendo em entrar na vereda e abeirar-se do dono daquela voz, encontrando um garoto se escondendo em um beco desprovido de luz, uma criança com roupas já velhas e sujas, assim como sua pele que devia branca.
– Quem é?! –Ele se afastou e pegou um pedaço de pau ao seu lado, agarrando-o com as duas mãos.
– Não irei lhe fazer algum mal –A rapariga de cabelos rosados se aproximou um pouco mais, entretanto deixando um intervalo de espaço entre eles para que o garoto pudesse se acalmar.
– Não confio em tu! És alguma enviada do rei que veio para me buscar, não é? Saia! Recuso-me a servir aquele monstro! –O pequeno gritava bravamente, mas Amu pôde perceber que as mãos que segurava o pedaço de madeira estavam trêmulas.
Um momento de silêncio.
Hinamori olhou para os lados como algo tivesse chamado a atenção, fazendo com que a criança estranhasse.
– Shh... –A moça colocou o dedo indicador próximo aos lábios. – Parece que estão se aproximando.
– O qu...?! Pff...! –O menino teve a boca calada por mãos macias, tendo o corpo encostado junto ao da garota que apoiava as costas na parede e procurava não produzir ruído. O mais novo percebeu o que a rosada queria dizer, vendo os guardas do rei passando por ali, provavelmente à procura de meninos como ele.
Se distanciando com cuidado para não pisar em nada que fizesse algum barulho chamativo, o menino encarou a moça, procurando os seus olhos mesmo na escuridão. Algo o assustou: Por um momento, pensou ter visto olhos de orbes douradas. Okay, até aí normal. Mas, o que realmente o fez ficar pasmo foi pensado ter visto um relógio a movimentar os ponteiros dentro do olho dela.
– Está tudo bem?
– Sim... –Fechou os olhos por certo tempo, até que sentisse que tinha voltado à realidade. – Moça, quem é você?
– Amu. Hinamori Amu. Meu nome não é de grande importância, o que realmente me preocupa é tu. Vamos, eu irei levar-te até a tua moradia, teus responsáveis devem estar a preocupar-se.
– Eu... Hmm... –Desviou o olhar para a parede, em busca de fazer com que a moça, que se dizia chamar Hinamori Amu, não percebesse que estava quase a soltar soluços e novamente chorar, porém dessa vez não se assegurava que iria fazer isso silenciosamente como da outra vez, na qual fez desse modo com o intuito de uma fuga silenciosa e despercebida.
– Tudo bem. Se não queres voltar, deixa-me ao menos cuidar de tu por essa noite, assim está bom?
Ele apenas afirmou com a cabeça. Fazer com que palavras saíssem de sua boca só deixaria mais claro o seu nervosismo, pois sua voz acabaria falhando.
Os barulhos vindos de dentro daquele pequeno local denunciavam que as pessoas daquela casa estavam acordadas.
– Amu-chii! –A típica "festinha de boas vindas" da ruiva foi feita, com ela a envolver os braços no pescoço da rosada depois de quase pular nela. – Bem vinda de volta!
– Estou de volta. Yaya, me solta. Estás quase a derrubar-me no miúdo.
– "Miúdo"? –Yaya desfez o abraço e se curvou até ver de quem Amu se referia. – Oh, temos visita, que alegria! E o nome? –Esboçou um sorriso no rosto, se abaixando para ficar da altura da criança que antes estava um pouco assustada ao conhecer as pessoas com quem Hinamori convivia.
– Huh? Visita? –Ami parou de limpar as verduras.
– Sim. Olhe só que fofo, Ami-nyah!
– S... Syo –Todos voltaram a atenção para o pequenino que tinha decidido finalmente falar.
– Oh, teu nome? –Ele balançou a cabeça em afirmação. – Ele não é realmente fofo, Ami-nyah?
Passando pela ruiva e pela criança, que estava quase mudando de idéia de ficar ali ao lado de certo alguém com um olhar de quem estava a admirar um novo brinquedo para cima dele, Amu puxou a orelha de Yaya, colocando a força suficiente para chamar a atenção da rapariga:
– Yaya, ele não é o teu boneco.
– Dói, Amu-chii! Ah... Mas, olhe. Ele é tão pequenino e delicado como tal.
– Não, Yaya.
Novamente uma pequena surpresa foi aprontada pela parte do garoto assim que se pôs a rir da situação.
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Com o passar de uma noite inesperadamente divertida, que na opinião de Syo tinha se passado muito rápida, já pela tarde do outro dia Amu estava a dar mais outro banho nele.
– Syo, eu gostaria que você me levasse aos teus familiares. É necessário que eu fale com eles, espero que tu entendas.
– Tudo bem. –Era visível que o desânimo tinha retornado ao menino, mas ao menos Amu pôde, enfim, convencê-lo de voltar para casa.
O menino se vestiu com suas roupas novas, dadas como presente, e saiu acompanhado de Amu. Yaya até gostaria de ir, mas tinha um compromisso marcado e Ami tinha que cuidar da colheita e dar um banho em certo animal doméstico.
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– Syo, fique atrás de mim. –Disse Amu em um tom de aviso, pois via à distancia guardas do castelo na vila, onde Syo dizia ser o local da sua casa.
A jovem se aproximou calmamente, ainda mantendo a postura natural, mas com um ar mais sério que antes.
– Senhorita, aqui é uma área restrita. Estamos limpando tudo por aqui. –Um guarda impediu a passagem de Amu.
– Estou a procura de conhecidos. –Explicou. – Poderia me explicar o que foi que ocorreu aqui?
– São assuntos confidenciais. Sinto muito, mas não lhe devo explicações.
– Deve. –Respondeu. – Eu estou procurando duas pessoas, é tão difícil assim falar onde estão? Quero saber, tenho o direito de saber! Não me importa os teus planos com o rei, apenas me diga onde estão os moradores dessa vila.
– Ora, mas...! –O homem já ia quase agredindo fisicamente a moça que insistia em discutir e começava a provocar mais, quando um rapaz o impediu. A moça reconheceu o moreno sem precisar forçar a memória. A imagem mais conhecida e popular no reino era fácil de lembrar, pois era um assunto diariamente tratado.
– Peço-lhe que não tenha a ousadia de levantar a mão à uma dama, apesar de que já deveria saber disso sem eu lembrar-te. –Ikuto interveio, largando o pulso do homem.
– Perdoe-me –O guarda curvou-se. –, Mas essa garota está a passar dos limites, ela estava em busca de informações dos habitantes da vila e... –Viu uma criança a se encolher atrás da rosada, agarrando a roupa dela. – Olhe! Deve ser um deles!
O moreno observou a criança e trocou olhares com Amu, quando seus olhos chamaram a atenção dele, pois eram dourados tais como o da garota que, por vezes, passava em sua mente. Tinha ficado sem reação por um tempo, porém logo recuperou a consciência e se pôs a falar:
– Essa criança deve vir conosco.
– Não deixarei que o levem! –Ela segurou firmemente a mão de Syo, determinada a nunca soltá-la.
– Por favor, não complique as coisas. É uma ordem do rei.
– Pouco me importa "o rei". Ele ficará comigo!
Franzindo as sobrancelhas, Ikuto fez um gesto com a mão, chamando os guardas.
– Estamos apenas tentando ajudar, poderia ao menos compreender isso? –Falou para a rosada que se debatia com os guardas que a seguravam.
Hinamori encarou o moreno de cabelos azulados com desgosto, diferente daquela noite, sentia-se fervendo por causa daquele garoto. Com a fala anterior, ela soltou uma risada de ironia e já não hesitou mais em ter cuidado com as palavras:
– Ajudar, O.K. Não vejo ajuda alguma vinda da parte de vocês! –Um guarda pegou Syo pelo braço e o levou para dentro da carruagem, este que já tinha uma expressão de pavor estampada no rosto, não melhorando o humor da rosada. – Solte-o! Solte-o agora!
– Quieta! –O guarda que a segurava pela esquerda ordenou, e logo após a soltou assim como o da direita, logo que o príncipe pediu para que a soltassem.
Se agachando na frente da garota que estava com a cabeça baixa, esta que pensava seriamente em avançar no príncipe, ele estendeu a mão à ela, mantendo-se calmo e paciente:
– Por favor, tente me compreender.
– Tch, não estou interessada em compreender a droga dos motivos que o leva a fazer isso. –A moça, já sem pensar em nas conseqüências de seus atos, bateu na mão que a oferecia ajuda.
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Espero que tenham gostado, mandarei o próximo capítulo e a imagem de como seria o Syo assim que puder.