Ghost escrita por Black


Capítulo 1
Fantasma


Notas iniciais do capítulo

Olá pessoal, como vocês já sabem - aqueles que leram as notas iniciais - essa one é parte de uma brincadeira da Máfia Bad Boys - uma coisinha que eu criei, juntamente com algumas amigas aqui do Nyah - mas, sem demora vou revelar quem eu tirei.

Enfim eu tirei a Pan (http://fanfiction.com.br/u/203398/). Hello Mainhe ♥ entocés, assim como eu, a senhora gosta muito de HP não é? Tanto que vivemos tentando convencer a Sil a gostar tambám, mas ao que me parece temos falhado miseravelmente. E bem.. Você vai pro Canadá, vai ficar longe da gente :(
Não que eu não esteja feliz por você, mas é que eu vou perder uma amiga. Okey, não perder, é que não vai ser a mesma coisa. Mas, com esse humilde presente de Natal, eu quero dizer que não me arrependo em momento nenhum por ter te conhecido, e se eu soubesse que ler Black me levaria direto a você (juntamente com a minha cara de pau e safadagem), eu faria tudo de novo. Porque a vida é assim, você cativa as pessoas e é cativado por elas de volta. Mas Pan, o que eu quero dizer mesmo é que... eu te amo, assim como eu amo todas as garotas e o garoto da Máfia. Porque vocês são os amigos que o Nyah me deu, e eu jamais poderei me esquecer de vocês.
Então é isso Pan ♥
Feliz Natal



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/574794/chapter/1

“ Então, estou voando para longe, longe

Dirigindo para longe, longe

 

Muita conversa que não faz o menor sentido

Minha noção já se foi…”

— Pearl Jeam

Theodore Nott acordou assustado. A água respingou no chão, se agitando dentro da banheira, devido aos seus movimentos repentinos. O sonserino suspirou profundamente, - Droga, Nott. Vai morrer afogado um dia! - mais uma vez tinha dormido durante o banho e mais uma vez tivera o mesmo pesadelo.

Theodore se levantou lentamente. A água que antes era quente já estava fria, o livro que estava lendo se encontrava caído e na capa negra algumas gotículas de água escorriam. A vela negra com aroma de erva doce, a muito se apagará e uma brisa gélida entrava pelo vitral aberto, anunciando que logo o inverno bateria à porta.

Praguejou baixo ao sair da banheira completamente, escorregando no piso frio e se apoiando na maçaneta da porta, tomando o cuidado de não bater a cabeça no gancho para toalha, como da última vez. Realmente o espaço do banheiro era escasso, mas todo o resto da casa era assim, bem miúda e aconchegante ou pelo menos deveria ser.

Theodore se olhou no espelho, grossas gotas de água escorriam de seus cabelos castanhos, abaixo dos olhos manchas roxas se destacavam contra a pele pálida e a barba estava por fazer. Abriu a torneira e jogou um pouco de água fria no rosto. Novamente se olhou no espelho e viu seus olhos, os mesmos azuis de antes, exatamente iguais aos dela.

Lentamente deslizou a lâmina do barbeador pela pele do rosto, gerando o toque áspero característico que o Nott já conhecia. Algumas gotas de sangue caíram na pia de mármore branco, mas logo foram levadas pela água. Mesmo sendo homem e tendo que fazer a barba regularmente, era quase impossível não se cortar.

Theodore pressionou o polegar contra o corte recente e fechou a torneira com força, mostrando sua irritação. Mal enrolou uma toalha no corpo e saiu do pequeno cômodo, batendo a porta.

Deixava pegadas de água por todo o piso onde passava e se sua mãe o visse, provavelmente, ele já estaria de castigo, só que Theodore não era mais um menino. Assim continuou andando e molhando o piso, que depois ele mesmo teria de secar, logo chegou ao seu quarto.

As paredes ainda eram de um branco imaculável, contrastando com o resto da mobília negra - algo que ela também tinha escolhido, alegando que aquilo era sem dúvida a cara dele - um espelho vitoriano estava pendurado a sua frente, mostrando os contornos perfeitos de um rapaz que só buscava dormir.

Theodore sentia que tudo naquele quarto estava em perfeita sintonia, menos ele. Tudo parecia ter seu lugar, desde as grossas cortinas negras, até as minusculas gotas de tinta que existiam no chão. Só ele que não combinava naquilo tudo e frustrado se jogou sobre os lençóis de sua cama e fechou os olhos, só para vê -la mais uma vez.

— Nott! - Daphnne urrou, da maneira que só ela conseguia. Alto e claro, quase capaz de fazer com que o lustre da sala de jantar dos Greengrass explodisse.

O moreno gargalhou enquanto a mais velha dos Greengrass o fuzilava com olhos azuis, e revirava os mesmo para ele.

Daphnne podia até ser uns meses mais velha que ele - três para ser mais exato - só que Theodore adorava irritá-la, usando principalmente a artimanha de ser bons 20 centímetros mais alto que ela. Fato que rendia as melhores - na opinião do Nott - brigas entre eles. Daphnne era orgulhosa, cabeça quente e um tanto predisposta a arrumar confusões, podendo até mesmo lançar uma azaração em quem respirasse ao seu lado em um dia ruim.

— Eu vou cortar isso que você tem no meio das pernas! - Gritou a garota em fúria.

— Amor, não faça isso. Afinal é você que vai ficar sem - Disse antes de abaixar-se no mesmo momento em que Daphnne tentou atingi-lo com um vaso.

— Eu odeio, odeio você, Nott. - Falou dando as costas ao moreno, que sorria abertamente.

Com os braços cruzados sobre os olhos, Theodore sorriu fracamente. Mesmo que fraco, aquele fora o primeiro sorriso que o moreno deixava escapar de seus lábios em dias. Ele achava errado sorrir ou se quer demonstrar o mínimo de alegria, quando o seu maior motivo para sorrir havia sido arrancado de si.

O Nott se levantou, bateu o dedo mindinho no pé da cama e reprimiu um grito. Porra! Aquilo doía, caralho! Cambaleando e com o último pingo de dignidade que ainda possuía, vestiu uma calça jeans que estava no chão e uma blusa preta qualquer, estilo nunca foi algo que Theodore Nott deu importância.

Secou muito mal os cabelos, apenas os enxugou levemente para que parassem de pingar e saiu de seu quarto. A escada que o levava ao hall não era gigantesca, como a da casa em que nasceu e Theodore revirou os olhos, realmente o complexo de grandeza e luxo era algo que seus só pais compartilhavam, ele não.

Pulando os dois últimos degraus - só para não perder uma velha tradição - acabou pisando no rabo de Salazar, o gato preto que Daphnne tanto gostava e que saia carregando no colo para todos os lados. Coisa que sempre o irritou em Hogwarts, mas depois de tudo, Theodore sabia que não conseguiria abrir mão do bixano. Talvez porque o gato lembrasse um pouco Daphnne.

E agora, olhando nos olhos do gato, perdeu-se novamente em outra memoria dela.

— Você sempre tem que estragar tudo, Nott? - Daphnne perguntou irritadíssima com o fato de Theodore ter quase, mesmo que por um mero segundo, cogitado a ideia de estragar sua noite.

Afinal aquele era um baile muito importante para ela e que, por um azar do destino, o idiota do Nott foi o único garoto que sobrou para levá-la. Já era demais ter que ser alvo de olhares o tempo toda, agora só o que faltava era Theodore encher a cara e pagar o maior mico do século em sua companhia. "Que Merlin não permita!" Pedia a Greengrass.

Theodore passou a mão por seus cabelos castanhos, eles estava maiores do que normal - quase batendo em suas orelhas - e aquele passar de mão não só conseguiu bagunçar ainda mais seus cabelos, como também conseguiu atrair toda a atenção de Daphnne Greengrass, o que o sonserino claramente não deixaria passar.

Nott não queria ir ao baile, aquilo era fato. Mas, quando sua mãe o avisou que iria com Greengrass fez o maior esforço para se animar com tal ideia. Afinal ele poderia irritá-la e para Theodore não havia nada mais engraçado do que ver Daphnne cuspindo fogo.

Algumas alunas da corvinal - facilmente reconhecidas por seus vestidos azuis e o péssimo habito de fofocarem em qualquer local - cochicharam algo como "Eu não acredito, a Greengrass está com o Nott!" e Theodore se viu tentado a virar e dar uma de suas melhores más respostas as garotas, mas antes disso teve uma brilhante ideia.

— Amor, até quando você vai querer esconder o nosso relacionamento? - Perguntou pegando a mão de Daphnne e brincando gentilmente com seus dedos. - Você sabe que não precisa disso, além de que o bebê logo vai começar a crescer e nós não poderemos mais esconder. - Falou olhando fixamente para o ventre liso da garota e se segurando para não rir.

Daphnne arregalou os olhos diante das palavras dele e as exclamações de surpresa das corvinas à suas costas não ajudaram muito, rapidamente e usando toda a brutalidade que não tinha, Daph o empurrou e gritou em pleno baile.

— Merlin, como eu odeio você, Theodore Nott!

Aquele sem dúvida foi um baile e tanto - novamente na opinião de Theodore - que acabou no meio das pernas de uma lufana, enquanto Daphne de atracava com uma garrafa de firewhisky, jogada um canto do salão comunal da Sonserina, mas feliz da vida por ter deixado a marca de seus cinco dedos na cara do idiota - segundo ela - do Nott. Afinal o destino arma coisas diferentes para cada um.

Puxando Salazar para seu colo, Theodore se sentou no sofá de couro e passou a acariciar os pelos engordurados do gato. Em uma dessas suas passadas de mão, seus dedos agarraram em um grande nó e Theodore decidiu que já havia passado da hora de dar um banho - um bom banho - naquela bola de pêlos. Ligou a TV e não esperava que nada de bom passasse pela televisão, afinal era véspera de Natal. Para sua surpresa, estava passando O Estranho Mundo de Jack, um clássico trouxa que Daphnne adorava assistir.

Jogou Salazar no sofá, disposto a dar-lhe um bom banho mais tarde e seguiu para a cozinha, por que infernos tudo tinha que lembrar ela? Irritado pegou uma maça verde e mordeu, o gosto cítrico e característico lhe invadiu a boca, juntamente com uma ideia que lhe rondava a mente.

Rapidamente deixou a maçã de lado, com apenas uma única mordida na casca. Bateu levemente nos bolsos da calça, encontrando a varinha em um deles e seguiu até o armário sob a escada. O leve ranger da porta, trouxe -lhe novamente algumas boas lembranças, além de um lembrete de que deveria colocar um óleo naquela dobradiça.

— Daph, espere! - Theodore pedia, correndo atrás da garota pelo jardim dos Malfoy. - Daphnne Greengrass! - disse irritado.

— O que foi, Nott? - A garota parou de correr e o olhou. - Já não foi o suficiente me humilhar na frente dos meus pais, dos seus pais e dos Malfoy?

— Eu não te humilhei. - Rebateu o moreno - Só não acho justo você negar o nosso amor por mais tempo.

— Mas, que amor Theodore? Eu te odeio! - Daphnne gritou pronta para estapear o primogênito dos Nott.

— Lembra todas aquelas vezes que eu disse que te odiava? - Theodore disse, fitando o chão e se embolando um pouco nas palavras - Pois é, eu menti.

Logo avistou sua vassoura, ainda era a mesma Nimbus 2001 padronizada para a Sonserina, agarrou firmemente a madeira negra e tentou não reparar nas fotos e afins de seu tempo de escola.

Sabia que existia uma foto encantada, de quando ele havia ido pela primeira vez na casa dos Greengrass pedir a mão de Daphne em namoro. Theodore suava frio e o gel a muito tempo já havia escorrido do cabelo, sua mente dizia que não precisava ficar nervoso daquela maneira, era só mais uma visita, mas a preocupação não ocupou mais sua mente, afinal Daphnne estava ali em um vestido verde impecável e sorria para ele.

Balançando a cabeça, mandou um patrono - o seu era uma águia - para Blaise Zabini, caso o moreno fosse aparecer em sua casa, era melhor que mudasse de ideia. Afinal, ele não estaria em casa, havia um lugar que deveria ir, uma pessoa que tinha de ver.

Trocando a água de Salazar e colocando uma nova porção de comida para o gato, juntamente com a promessa de um bom banho, Theodore saiu pela porta da frente, trancando a mesma. Passou pelo jardim e reparou que a grama precisava de um corte, coisa que ele faria em outra hora e de preferência no verão.

Nott não morava na Londres trouxa, tão pouco se mudou para a Romênia, bem como não aceitou a vaga para jogar Quadribol na Rússia, ele optou por residir em Hogsmeath e administrar a empresa da família dali mesmo. Uma fina nevasca caia do céu, fazendo com que Theodore ponderasse se era melhor voltar em casa e pegar um casaco, acabou optando por não voltar em casa, caso contrário perderia o pouco da coragem que tinha, afinal ele não era um grifinório.

Subiu em sua vassoura e meio minuto depois já voava, o vento batia em seus cabelos o jogando para trás e Theodore sentiu falta dos anos em Hogwarts, dos jogos de quadribol e até mesmo das detenções. Ele sabia que podia aparatar, mas quem disse que Nott gostava de fazer as coisas do modo mais fácil?

— Theo? - Daphnne o chamou baixinho.

Ambos estavam no dormitório do moreno, com as cortinas fechadas, já era de manhã e Nott queria muito dormir por só mais alguns minutos.

— Theo? - A garota repetiu.

O Nott se sentou na cama, o lençol mal cobria seus corpos, mas Theodore a olhou e na opinião dele, Daphnne não podia estar mais bonita. A Greengrass estava deitada ao seu lado, na minuscula cama de solteiro dele, no dormitório masculino da Sonserina, os olhos azuis brilhavam e os cabelos escuros estavam espalhados pelo travesseiro.

— Sim? - O moreno respondeu com a voz rouca.

— Eu te amo, ta? - Sussurrou.

— Eu também te amo, Daph.

Mas, algo que nem Theodore podia prever aconteceu, logo a guerra estourou e bem… A família Greengrass perdeu uma de suas filhas. Theodore perdeu seu amor, Astória sua irmã, Blaize sua melhor amiga e a Sonserina uma grande aluna.

E agora, três anos depois, pela primeira vez Theodore estava voltando a Hogwarts. Naquela época moreno não suportou saber que Daphnne estava morta e pior, que ela tinha morrido para salvá-lo.

Na noite em que “você sabe quem” atacou Hogwarts e por um comentário idiota de Pansy Parkinson, todos os alunos da Sonserina foram trancados nas masmorras - salvo Draco Malfoy, Blaize Zabini e Vincent Crabbe.

Theodore não queria ficar preso em uma sala à merce de qualquer Comensal da Morte, sendo assim o garoto se desviou do caminho para as masmorras e se escondeu num armário de vassouras, levando Daphnne consigo. Aquele fora um grande erro.

Fenrir Greyback usava justamente aquele lugar como esconderijo e foi exatamente ali que Daphnne - usando seu argumento de ser mais velha que ele por meses - salvou a vida de Theodore, deixando a sua para trás.

Aquela era uma memória que Theodore daria tudo para esquecer, mas que infelizmente ele não conseguia, e essa lembrança era tambpem seu maior pesadelo, aquilo que não o deixava dormir. Logo avistou os aros do campo de quadribol, juntamente com as arquibancadas decoradas com as cores das quatro casas e a nostalgia o invadiu novamente, mais forte agora do que na hora em que abriu seu velho armário.

Desceu próximo do Lago Negro, por alguma razão gostava dali. Talvez por ser o local onde dera seu primeiro beijo em Daphnne, sim era realmente por isso. Em passos largos chegou as estufas e sem pedir licença entrou na de número três. Ali fora o local em que viera chorar, depois que fora incapaz de salvar  Greengrass.

O sol já estava se pondo, quando atravessou as portas de entrada dando de cara com Minerva McGonagall.

— Nott. - A senhora o saldou.

— Velha magric...- Theodora começou, mas logo se arrependeu - Professora.

— O que faz aqui? - Questionou ríspida.

— Eu só vim ver uma coisa. - Falou - É, rápido. Eu juro.

— Por que eu sinto que não devia confiar no senhor, Nott? - Minerva bufou alto e cedeu passagem ao garoto. - Vá, mas você tem apenas uma hora. Sabe que ex-alunos que não trabalhem em Hogwarts devem ter visitas agendadas.

É o suficiente, Theodore pensou, tomando as escadas para o terceiro andar. Era irônico que as coisas mais bizarras de Hogwarts ficassem escondidas ali. Talvez fosse toda a simbologia por trás do número três, ou talvez fosse a mente perturbada do Nott e seus pés, que insistiam em levá-lo para o exato local onde Daphnne tinha morrido.

Mas no fundo o sonserino sabia do que se tratava. Era algo que ele buscava, afinal não era uma busca idiota, não para ele.

Algumas semanas antes Luna Lovegood (atual professora de Trato com Criaturas Mágicas) lhe mandara uma carta. Theodore nunca tinha sido amigo da loira, ela era estranha e fazia o uso regular de alucinógenos - como Theodore jurava -, só que ela era boa com grande maioria dos seres místicos.

Na carta, Luna o chamava imediatamente para ir a Hogwarts, havia algo ali que o Nott deveria ver. Como a mesma tinha deixado claro na carta, era um fantasma, alguém do passado e o coração de Theodore se apertou quando cogitou a ideia de ser Daphnne. Por isso, passou a semana ponderando se era certo ou não ir a Hogwarts.

Mas agora, estando a centímetros do tal armário, o sonserino suava frio, sua vassoura pesava nas mãos e os olhos pareciam querer se fechar. E se fosse Daphne ali? E se ela estivesse esperado por ele todos esses anos? Apenas aguardando o momento em que ele retornaria?

Tocou a maçaneta da porta e respirou fundo, suas respostas estavam atrás daquela porta - ou pelo menos ele queria acreditar que estavam - usando pouco da sua coragem quase inexistente, girou o metal e a porta se abriu.

Ainda era o mesmo armário de vassouras, que anos antes ele havia estado, hora com garotas e outras horas com a própria Greengrass. O vitral da janela antes quebrado, havia sido concertado e novamente a imagem de um sereiano brilhava devido aos raios de sol e as paredes ainda eram de pedra escur. O coração do sonserino se quebrou em pedaços - como se ainda existissem vestígios para se quebrar - ao constatar que o local estava vazio.

— Parabéns Nott - Theodore resmungava para sí mesmo - Quem mandou acreditar na Di Lua Lovegood? Como Daphnne estaria aqui, esperando por você depois de todos esses anos? - Fechou os punhos sob o cabo da vassoura quase o partindo. - Você é um babaca, Theodore. Daphnne morreu, ela se foi, por sua causa! - Grunhiu, jogando sua Nimbus 2001 em qualquer lugar, antes de cair no chão, chorando como um bebê.

Talvez fossem as lágrimas que manchavam a visão do moreno, ou só a sua insatisfação em conjunto com sua estupidez. Talvez fosse a ficha caindo para ele, de que Daphne não voltaria, nunca. Ela jamais acordaria ao seu lado, ou iria gritar consigo, nem mesmo reclamar por ele deixar a toalha largada no banheiro. Afinal, ela estava morta e os mortos não voltam, nem contam histórias.

Talvez fosse apenas a falta de fé de Theodore em si mesmo, que o impediu de ver um pequeno vulto branco ao seu lado, ajoelhado, com dedos brancos de espectro tentando, inutilmente, secar suas lágrimas. Tal fantasma, vendo que a infelicidade do garoto era tanta, simplesmente o chamou, como nos velhos tempos e assim teve toda a atenção do sonserino.

— Theo?



25 de Dezembro de 2001

Profeta Diário

 

Acaba de chegar em nossa edição que Theodore Nott,

um dos sobreviventes da Segunda Guerra Bruxa veio a falecer nessa véspera de Natal.

Os aurores informam que o corpo foi encontrado dentro de um armário

de vassouras, no terceiro andar da Escola de Magia e Bruxaria de Hogwarts,

a atual diretora da escola, Minerva McGonagall afirma que o Nott

chegou a escola por volta das cinco da tarde, em sua vassoura alegando que precisava verificar algo.

Seu corpo foi encontrado com uma corda no pescoço, sem nenhum vestígio de assassinato, então tudo indica que o jovem Theodore, de apenas vinte anos, se suicidou. Alguns dizem que a três anos, desde a morte da namorada Daphne Greengrass, o moreno sofria de uma

forte depressão, que o fazia ter alucinações com a mesma. Jamais

saberemos o que realmente se passou com o pobre Theodore, mais uma mente atormentada pelas atrocidades da guerra.


Os pesâmes de toda a edição e o apoio moral para o Sr. e Sra. Nott.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Esse final está sem noção -avá Black - mas, eu queria deixar meus leitores imaginarem um pouco... Será que Theodore e Daph ficaram juntos? Ou tudo não passou de uma mera ilusão do sonserino? Que ao fim... bem, já sabemos o que ele fez.Como eu disse... Amo a opinião dos meus leitores ♥, espero que gostem, tanto quanto eu gostei de escrever e não deixe de comentar e/ou recomendar.Assim como eu amo as das meninas da Máfia (sim, isso é uma indireta).Feliz Natal à todos vocês.X O X



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Ghost" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.