Acordei assustada por causa do maldito despertador que estava programado para destruir minha vida as 06h00 AM

“Droga” – Pensei comigo mesma.

Infelizmente estava começando um infeliz dia.

Vocês devem estar pesando “O quanto essa garota reclama”

Tudo bem, não culpo vocês...

Mas vocês entenderiam se tivessem 17 anos apanhasse do próprio pai, estudasse em uma escola que não lhe dá futuro, ser chamada de esquisita por todos... Há... E principalmente, sua mãe não foi assassinada na sua frente.

Prazer em conhecê-los, me chamo Elizabeth Carlton , mas podem me chamar de Liza.

6:10 am 

   Fui para o banheiro fazer minha higiene pessoal , lavei o meu rosto na pia e me olhei no espelho .
Eu era uma garota bonita, acreditem...
Tinha olhos verdes expressivos, cabelos castanhos bem claros, quase loiros e perfeitamente lisos. Mas tinha um porém, eu não gostava de sorrir, quer dizer eu não tinha motivos para isso dês de que minha mãe havia morrido.

( N/A Elizabeth : http://images.orkut.com/orkut/photos/OgAAAN1BIcIYURtu9aw-rMgB4dc-aj0N9rtX6utQwCsSKqrQVfm08dHxsgXTOcu49PHScmLXZnrBQZZhPA7DJ5yzFcQAm1T1UKmhHHwKou9nzenVT1VlIvxRMPn5.jpg)

   Minha vida havia se transformado no completo inferno, todas as noites o meu pai bebia e se ele me encontrasse me batia, eu não podia fazer nada, porque eu não podia? Todos os dias ele me ameaçava, caso contasse a alguém eu com certeza poderia sumir daquela casa, da casa de minha mãe.
E por mais que eu quisesse, eu não conseguia... E como se a alma de mamãe estivesse ali para me confortar de tudo.

6:30 am

Estava terminando de calçar meu all star .
Vestia uma saia prega preta mais ou menos na altura dos joelhos , e uma camisa feminina branca de gola.

( N/A : Saia prega: http://media.photobucket.com/image/mini%20saia%20preta/piwipa/03-11-08_203637.jpg
Camisa: http://user.img.todaoferta.uol.com.br/6/F/BD/AJ950G/1238120364161_bigPhoto_0.jpg )


Peguei minha mochila e sai do meu quarto tentando fazer o mínimo barulho para não acordar meu pai . Mas infelizmente ele já estava acordado, sentado no sofá vendo TV.

Estava preparada para abrir a porta da frente da casa e sair até que escutei ele me chamar:

- Já vai vadiazinha?

Não respondi fiquei em silêncio ainda de costas.
Respirei fundo, abri a porta e sai.
Não tinha mais certeza se ia agüentar por muito tempo.

Comecei a caminhar, o colégio não ficava muito longe de minha casa.

Olhei para o céu, a manhã estava nublada com uma leve brisa fria, eu simplesmente amava dias nublados e frios.

Após alguns minutos de caminhada cheguei em frente do portão da escola, faltava 5 minutos para o sinal .
Não estava com pressa alguma, afinal o primeiro horário era física, e eu simplesmente odiava física.

Cheguei à porta da minha sala, onde tinha poucas pessoas.
Caminhei até a ultima carteira no fundo da sala ao lado da janela, onde eu tinha uma ótima visão.

- Bom dia Annie. – Disse sem muita animação
Annie era a única pessoal na qual eu converso ,ela se sentava do meu lado.
- Bom dia Liza! – Disse ela animada

Annie era como eu, as ‘desprezadas da turma’, a tratavam assim pelo simples fato dela ser um pouco acima do peso. Mas eu não ligava, Annie era a única pessoa extremamente sincera e alegre no qual eu me dava bem.

- Alguma novidade? – Ela perguntou
A ignorei...
- O Dia está simplesmente maravilhoso não acha?! – perguntei
Ela sorriu.
Conhecia meu jeito.
- Você sabe que não gosto de dias frio Liza .
- É eu sei... Não sabe o que está perdendo – Sorri para ela .
Ela retribuiu .

Logo ouvimos o sinal para o começo da primeira aula.

A professora com seus irritantes óculos fundo de garrafa, eu suéter azul e sua saia na altura dos seios .
O que havia de errado com o senso de moda dessa mulher?

Enfim, ela passou qualquer coisa sobre movimento, no qual não fiz questão de prestar atenção.

Estava mais concentrada com o pouco movimento da rua.

Olhava atentamente as pessoas quando meus olhos pararam em um carro vermelho estacionado de frente a uma farmácia, havia um homem de terno e gravata e com um sobretudo bege, me encarava friamente .

- ELIZABETH! – Escutei meu nome sendo gritado pela professora de física – Por a acaso está prestando atenção na matéria ?
- Desculpe-me, sim! – respondi um pouco sem graça
O resto da turma começou a rir
Não dei idéia quando olhei para baixo novamente o homem não estava mais lá.
Era meio inacreditável. Resolvi deixar pra lá, acho que foi apenas minha imaginação.

Com um pouco de esforço os dois primeiros horários passaram.
Agora era aula de espanhol.
Particularmente eu adorava essa matéria, ao contrário dos outros.
Deve ser por ser a única que falava perfeitamente o espanhol .

O Sr. Frank era um quarentão muito bem arrumado , e simpático e como ele sabia que eu simplesmente amava espanhol me chamou a frente da turma para recita um poema , no qual teríamos que escrever.

Caminhei até a frente da sala , todos me olhavam , os garotos faziam piadinha ridículas na qual resolvi não prestar atenção .
Olhei para Annie e ela estava sorrindo pra mim , como se dissesse “Manda a ver !”

Peguei minha folha,
Então em voz alta comecei a recitá-lo para a turma :

"Espero que el tiempo de su llegada
 Pero el reloj Bates veces mal
 Dejé que una lágrima incierto
 La certeza de su ausencia
 Pido que en la oscuridad
 Pero mis gritos son silenciosos.
 Me entrego a vosotros
 Pero sufren una incomprensible caída
 Yo sueño con una sonrisa
 Lo que alguna vez me hizo feliz
 Anhelo de un vistazo
 En el pasado me dijo: "Te amo" en cada parpadeo
 Quiero que me toque
 Me subieron a un máximo de vida y la muerte
 Pero usted no viene ...
 Mira el horizonte de una señal de
 Una sombra
 Un sendero
 Algo que pertenece
 Pero pronto comprender
 Lo que no debes
 Para el corazón que una vez perteneció a mí
 Izquierdo
 Y no volver ...
 Y más pesado desesperación
 Desear
 No tener que dedicar este poema ..."

(TRADUÇÃO:
Espero a hora da tua chegada
Mas o relógio bate horas erradas
Deixo rolar uma lágrima incerta
Na certeza da tua ausência
Chamo por ti na escuridão
Mas os meus gritos são mudos.
Entrego-me a ti
Mas sofro um abandono incompreensível
Sonho com um sorriso
Que outrora me fez feliz
Anseio por um olhar
Que no passado me dizia "Amo-te" em cada pestanejar
Desejo o teu toque
Que me elevava ao limite da vida e da morte
Mas tu não vens...
Olho o horizonte em busca de um sinal
De uma sombra
Um rasto
Algo que te pertença
Mas depressa entendo
Que não virás
Pois o coração que antes me pertencia
Partiu
E já não volta atrás...
E no mais pesado desespero
Desejo
Não ter de te dedicar este poema...)
 

Quanto terminei o Sr. Franks me olhava encantado , como se acabasse de dizer a coisa mais linda do mundo , ele sempre me disse que tinha esse dom.

- Elizabeth , você foi perfeita ! – Ele dizia
Eu apenas agradeci com a cabeça .

Estava voltando para meu lugar quando ouvi Fred dizer :
- Você deve fazer um ótimo serviço em quatro paredes Eliza.

Olhei para ele .
Todos na sala que agora riram pararam me observando sérios.

- Le deseo la peor muerte del mundo, para que su cuerpo sea propicio a los dolores sin fin, en la que piden perdón. Pero su alma estaba demasiado débil como para pronunciar una palabra, se le derramó lágrimas, sus gritos se ahogaba, y cuando le das tu último aliento verá que no hay nadie allí y eres un completo idiota que sólo piensa que su vida era maravilloso con sólo capitán de un equipo de fútbol ridiculo ... Pero, créame, cuando eso ocurra será demasiado tarde para cualquier cosa!

 
( TRADUÇÃO = Te desejo a pior morte do mundo , para que seu corpo se compadeça a dores sem fim , na qual você imploraria por perdão . Mas sua alma estaria fraca demais para pronunciar qualquer palavra , você derramará lagrimas , seus gritos serão sufocados e seu quando der seu ultimo suspiro verá que não és ninguém nesse lugar e que você é um completo idiota que apenas achou que sua vida era maravilhosa sendo apenas capitão de um time ridículo de futebol ... Mas acredite quando isto acontecer será tarde demais para qualquer coisa ! )


É claro que o idiota não entendeu o que eu disse , mas meu professor e Annie sim .
E eles me olhavam assustados.
Acho que eu era definitivamente uma garota estranha.

Voltei ao meu lugar, ninguém disse mais nada depois daquilo.
Alguns minutos depois o sinal para o intervalo bateu.

Como de costume Annie e eu esperamos todos na sala saírem.

- Fred me perguntou o que você disse àquela hora Liza. – Disse Annie
- Eu escrevi para ele... Quando terminou de ler colocou fogo no papel, e disse que você era uma bruxa.

Começamos a rir juntas. Era ridículo, infelizmente vivíamos em uma época que algumas pessoas ainda acreditavam em anjos, demônios, bruxas essas coisas que só se vê em festas a fantasia.