No dia seguinte, Jack foi logo para a escola, e como sempre, Bryan quase atropelou uma velhinha ou algum empresário distraído com negócios. Era um dia normal, como todos os outros.

Depois de duas longas e chatas aulas de Matemática, sobre equações exponenciais e coisas do tipo, a caixinha de som do corredor tocou, e a voz do diretor ecoou:

_Alunos, devido a alguns acontecimentos, deveremos cancelar a aula. Por favor, dirijam-se a porta de saída. Isso é tudo.

Camila estava acabando de fazer uma conta de 200 páginas, e por isso foi uma das pessoas que mais ficaram felizes ao ouvir isso. Freddy estava lendo escondido mais uma de suas revistas “para adultos” e nem percebeu quando quase todos já tinham saído da classe.

Enquanto os três conversavam enquanto saiam da escola, Jack pensou em voz alta:
_Hey, pessoal – os dois olharam para ele – o que você acha que aconteceu para nos dispensarem da aula?

_Hm... – ponderou Camila – não sei. Mas pra dispensar a gente deve ter sido uma coisa séria mesmo. Isso raramente acontece.

_Tá – interrompeu Freddy – Mas... o que vamos fazer agora?

_Vamos pra minha casa – convidou Camila – meus pais não estão. Podemos ficar lá até a hora do almoço, e depois damos uma descansada até a hora do trabalho.

_Mas, Camila, tem certeza que não tem problema?

_Tá tudo bem, Jack.

_Tá bom – concordou Freddy – let’s go!

Eles foram indo até a metade do caminho, quando Freddy exclamou!
_Puuuuutz! Gente, podemos passar na casa da minha mãe antes? É que hoje eu fiquei de cuidar do meu irmãozinho.

_Se tem irmão? – Perguntou Camila

_É, ele é adotivo. 12 anos. Minha mãe ficou com a guarda dele, quando meus pais se divorciaram.

_Pera aí, - interveio Jack – desde quando seus pais estão separados?

_Ah, foi meio que recente. Acho que... ano retrasado. Por que você acha que nunca viram minha mãe e meu pai juntos, tipo assim, no mesmo lugar?

_Bom...

_Tá, – comentou Camila – hoje estamos descobrindo muitas coisas de você, Freddy. Mas acho que já chega. Vem. Vamos logo pegar o tampinha e ir embora. Onde é que fica a casa da sua mãe?

_Daqui a umas duas quadras naquela direção – ele apontou para a direita

Eles foram andando até o prédio que Freddy havia indicado: um cinza e com muitas janelas, como qualquer um por aí. Entraram na recepção, onde o guarda estava dormindo, e subiram no décimo quinto andar.

Ao elevador chegar no andar indicado, sentada na frente da porta de um dos apartamentos, estava uma mulher de saia colorida e camisa branca, com cabelos castanhos e encaracolados e olhos azuis. Ao lado dela estava sentado um menino que aparentava ter uns doze anos, com cabelos loiros escondidos por um boné azul dos Yankness; olhos verdes, camiseta preta e calça jeans. Ele estava com uma mochila verde estufada, que parecia estar pesada.

_Oi irmão! – disse ele, que correu para dar um abraço no maior.

_Oi, tampinha – respondeu Freddy.

_Oi, filho! – cumprimentou a senhora que já havia se levantado e dado um beijo na bochecha de Freddy – Quem são seus amigos?

_Oi mãe. Esses são Jack e Camila, meus amigos de escola. Pessoal, essa é minha mãe: Regina Spielberg

_Ei, filho! Esse é meu nome de casada! Já falamos sobre isso! – ela olhou para o ruivo e a loira – me desculpem. Meu nome é Regina Carter. Muito prazer!

_O prazer é todo nosso, Sra. Carter. – disse Camila – Bem, Freddy, vamos?

_Ah, claro. Tchau mãe. Vem, tampinha.

_Pera! – a senhora se aproximou e deu um beijo na testa do menino loiro – Já disse: obedece seu irmão e....

_Não arrume confusão. Eu sei, mãe. Pode ficar tranquila.

_Então tá, filho. Tchau!

_Tchau!

No elevador, Jack resolveu puxar assunto:
_E então, irmão do Freddy, como você chama?

_Me chamo Gabriel.

_Oi Gabriel. Meu nome é Jack, e a menina é a Camila.

_Oi Gabriel! – acenou Camila.

_Oi. Irmão, essa é a menina que você falou que tá afim de você? – todos olharam para Freddy com cara de “comassim véi”

_N-n-n-n-n-n-n-não, tampinha. P-p-p-para de falar besteira!

_Mas você falou que era uma menina loira de cabelos até o ombro e...

_CALA A BOCA, TAMPINHA!

Jack estava segurando o riso, Freddy estava vermelho até o pé, e Camila estava olhando para Freddy como quem dizia: Só não vou te massacrar agora porque tem uma criança aqui, seu tarado! e em alguns segundos (que para Freddy pareceram horas) o elevador desceu para o térreo.

Um tempo depois, a aula de Bryan na faculdade já havia acabado, e estavam todos na “casa” de Camila. O porquê das aspas? Simples, pois não era uma “casa”, e sim uma ultra-mega-hiper mansão moderna. O pai dela é um empresário famoso que sempre está viajando, e a mãe quase nunca está em casa, então, a Camila fica com tudo pra ela quase sempre, menos na hora do jantar, que é uma das únicas vezes no dia que os três se encontram. _Bem – disse Camila - fiquem a vontade. Vou no meu quarto trocar de roupa e já volto.

Jack resolveu ligar para Bryan, para avisa-los de que estavam aqui.

_Alô?

_Bryan, sô eu.

_Fala Jack

_Tamo na casa da Camila, você vem?

_Claro! Já tô indo! Onde fica a casa dela?

_A casa mais chique da cidade. Aquela lá, do Sr. Willians.

_O que tem ele?

_Ele é o pai da Camila.

_Para de zoar. Onde fica a casa dela?

_É verdade. Vem aqui, pra você ver.

_Na moral, sérião?

_É.

_Tá bom, então sou o Justin Biber.

_Eu não tô brincando. Mas estamos aqui. Vem, anda logo.

_Tá, então. Tô indo

_Falou.

_Falou.

Um tempinho depois, Camila saiu do quarto com uma roupa mais casual, e nessa hora, uma das empregadas chegou:

_Senhorita Camila? – disse ela

_O que foi, Cecília?

_ Um rapaz chamado Bryan está na porta.

_Ah, ótimo. Manda entrar.

_Como quiser.

Bryan entrou, e logo disse a Camila:

_Linda, rica e inteligente, aí sim heim Camila?

_E você: Idiota, feio e velho. (Autor: TURN DOWN FOR WHAT)

_Pô véi, não precisa humilhar.

_Foi brincadeira, idiota. Mas não que seja mentira.

Os dois começaram a rir. Um tempo depois, estavam todos cochilando, para a longa noite que teriam hoje: Virar a noite, ainda mais com a escola... “Acho que foi besteira aceitar esse emprego” pensava Bryan.

Quando eram mais ou menos dez horas Bryan levou Freddy pra casa e foi com Jack para a dele. O combinado era de quando faltar vinte minutos, Bryan pegaria todo mundo e levaria pra pizzaria. Depois, no horário combinado, Bryan cumpriu o que havia dito e levou todo mundo pra pizzaria e, ao chegar lá, um sujeito de aparência de ter uns trinta anos, com cabelos negros e encaracolados, com pele pálida e uma jaqueta verde com calças jeans estava na porta, parecendo estar inquieto.

_Hã... Olá? – cumprimentou Freddy

_O-o-o-oi! – disse o homem – vocês devem ser os novos guardas noturnos que o Sr. Fazbear contratou para me ajudar, certo?

_Sim – respondeu Freddy – Eu sou Freddy, esse ruivo é o Jack, a menina Camila e o outro o Bryan.

_V-v-você é o filho do dono da pizzaria?

_Sim.

O homem ajeitou-se, e enfim disse:

_Meu nome é Mike, o guarda noturno. Bem vindos!