Will you remember me? escrita por C0nfused queen


Capítulo 1
Capítulo 1 - prólogo


Notas iniciais do capítulo

espero que gostem e por favor comentem, favoritem, recomendem, eu quero muito saber o que vocês acharam.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/574298/chapter/1

O sol aos poucos ganhava espaço, tingindo o céu de diferentes cores, laranja, rosa, amarelo, parecia muito com a paisagem que eu costumava ver quando criança, as pessoas aos poucos começavam a ganhar as ruas, saindo para seus trabalhos, abrindo as poucas lojas da cidade, enquanto alguns carros simples começavam a dominar a rua, nada mudara, seria mais um dia como todos os outros na pequena cidade de Paradise, Ohio, população 2.300 pessoas, uma pequena cidade que passa dez dos seus doze meses convivendo com a chuva.

Pude ouvir meu despertador tocar a meu lado, como sempre, me arrancando do melhor de meu sono, tateei a cômoda tentando em vão fazê-lo parar e implorar por pelo menos mais cinco minutos antes de dar inicio a minha rotina, o barulho ainda persistia, o que me fez rolar irritada por entre os lençóis e bufar indignada por ter programado esse terrível aparelho. Aos poucos abri meus olhos sentindo a claridade atingi-los de imediato, levando minhas mãos ao rosto, tentando escondê-los, bocejei sonolenta e reunindo todas as minhas forcas levantei, assim que entrei em contato com o frio chão, senti uma corrente atravessar meu corpo, e cambaleante tropecei em todos os móveis do quarto, que permanecia com a mesma decoração desde meus 12 anos, até chegar ao banheiro.

Assim que olhei meu reflexo no espelho do pequeno banheiro que eu precisava dividir com todos da casa, o que incluía além dos meus pais, minha irritante irmã mais nova, pude perceber os efeitos de uma noite em claro estudando. Desfiz-me de minhas roupas e entrei no chuveiro, sentindo a água fria atingir minha pele branca, me fazendo praticamente pular dentro do Box, e em uma tentativa boba de me aquecer, levar meus braços ao redor de meu corpo, enquanto permitia que meus cabelos ruivos se tornassem molhados devido à umidade, levando aos poucos meu sono para bem longe.

Pude ouvir minha irmã bater na porta e como sempre resmungar que eu não era a única a precisar fazer a higiene matinal, embora às vezes eu desejasse que fosse. Depois da terceira batida bastante sonora na porta, sai do banheiro enrolada em uma toalha, encharcando todo o local e ainda a tempo de ouvi-la exclamar que eu provavelmente acabara com a água, antes de fechar a porta e me jogar sob a cama, não me importando com o fato de estar ensopando os lençóis.

Levei minha mão à testa, passando meus dedos por entre meu cabelo molhado, fechando os olhos, e tentando reunir forcas para sobreviver a mais um dia. Eu nunca quis viver dessa maneira, sempre sonhei em reunir dinheiro e me mudar para uma grande cidade, onde estudaria algo que de fato me atraísse como talvez fotografia, e trabalharia feliz, sabendo que não precisaria mais viver nessa cidade pequena, queria fazer como ele fizera, assim como Steve, eu só queria fugir e às vezes me sentia até mesmo culpada, por responsabilizá-lo por todos os meus problemas, pois quando terminamos tudo o que ele disse foi “Não posso mais viver assim, tenho que correr atrás do que desejo”, que se resumia a cursar medicina em uma grande universidade e não viver confinado nessa pequena cidade, essa vida, nunca fora suficiente para nenhum de nós dois.

Olhei o relógio e percebi que não podia perder mais nenhum minuto, ou me atrasaria como sempre. Levantei apressada e peguei uma calca jeans e meus usuais All-star, que de tanto serem usados já estavam praticamente perdendo a sua cor. Penteei meus revoltos cabelos e os deixei cair soltos em minhas costas, logo em seguida pegando meus livros e bolsa, afinal eu só tinha 17 anos, ainda teria muito tempo para sonhar.

Antes de sair pela porta e me preparar para caminhar como sempre até a única cafeteria da cidade, onde todas as manhãs tomava café com minha melhor amiga Jane, pude ouvir minha mãe se despedir enquanto meu pai se encontrava sentado, folheando seu jornal e tomando o café feito há poucos minutos pela minha mãe. Isso era o bom de morar em cidade pequena, tudo era incrivelmente perto, o que reduzia bastante as minhas caminhadas, embora o meu pai, o xerife, me oferecesse todas as manhãs carona, eu como sempre recusava, chegar de viatura nos locais só era divertido até os 7 anos de idade, e eu também sabia que ele tinha deveres a cumprir.

Comecei a caminhar, enquanto organizava meus livros, que eu lutava para carregar, tentando poupar tempo, eu como sempre nunca prestava atenção no que me cercava, nunca gostara desse lugar e o via como uma forma de me afastar dos meus verdadeiros sonhos. As pessoas se cumprimentavam, todos pareciam se conhecer, como se fossem uma grande família, perguntando sobre filhos que estudavam fora, ou o estado de saúde de algum fulano desconhecido, sempre sorrindo, eu marrenta como sempre, quase nunca podia fazer o mesmo. Ouvi meu celular tocar, perdido em algum lugar na minha bolsa, tentando conter todos os livros que eu carregava e ainda assim achar o celular perdido em algum lugar da minha bolsa, assim que o peguei o atendi, dando espaço para uma Jane furiosa do outro lado da linha.

–Natasha Romanoff, você faz ideia de que horas são? – ela falava irritada, me fazendo revirar os olhos e sorri para ela. – Não mocinha, não ria, nós vamos perder o primeiro horário, eu não consigo ver nada engraçado nisso.

–Calma Jane, preciso de cinco minutos. – eu disse, prendendo o celular entre o ombro, o apoiando com o rosto.

–Você tem três, contando a partir de agora. – ela falou e quase pude imaginá-la com a mão na cintura apontando para o relógio. – Comprei um café pra você bela adormecida.

–Ótimo, nos vemos logo Jane. – eu falei me despedindo.

Logo estava em frente à cafeteria, o velho prédio de portas e janelas verdes, com alguns cartazes presos a parede, um deles chamou minha atenção, PRECISA-SE DE AJUDANTE, isso com toda certeza seria uma opção, precisava economizar.

Pude ver Jane andar de um lado para o outro, com a cara fechada, enquanto Pepper, sentada em uma das mesmas ria da situação da amiga e olhava seu celular, e Darcy, a amiga de Jane que se mudara de Nova York, paquerava o vendedor, provavelmente querendo um desconto no café, o que me fez ri.

Atravessei a rua e pude ver quando Jane, ainda dentro da cafeteria acenou para mim, porém, não consegui chegar até ela, pois senti meu corpo ser atingido com bastante forca, me lançando fraca e atordoada no chão, logo percebendo os gritos de Jane e a voz do motorista, minha cabeça doía, eu provavelmente havia batido a mesma contra o asfalto, aos poucos tudo passou a ser mais e mais distante, e fechei meus olhos, me lançando a inconsciência.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Então???????????