Fetiches. escrita por Mao


Capítulo 1
Capítulo único.


Notas iniciais do capítulo

Boa leitura~



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– Ei, Carla...

A voz suave e infantil de Aisha vinha do banheiro, local onde a menor estava já havia relevante tempo – leia-se mais de uma hora. A morena se mexeu sobre a cama e suspirou, alcançando o controle do DVD e pausando, deixando o show que havia ganho da namorada de lado para ouvi-la.

Bem, a porta estava entreaberta apenas, o que deixou a outra curiosa, porque não tinha ouvido nenhum ruído muito relevante vindo lá de dentro, apenas o barulho de uma coisa ou outra batendo sobre a pia, ou zíper fechando. Nada que tivesse soado mais alto do que o som da televisão.

– Aconteceu alguma coisa?

– N-Não, eu só... Quero te mostrar uma coisa...

Poucos segundos após ter proferido aquilo, a menor abriu a porta do banheiro e fez com que a namorada ficasse olhando-a fixamente. Estava trajada em nada menos do que uma lingerie completa e branquinha, com espartilho, cinta liga, meias longas e calcinha. Os cabelos, meio presos como bem sabia que a outra gostava, lhe caiam um tanto pelos ombros.
Aquele sorriso tímido continuava lá, estampado em seus lábios rosados. As bochechas coradas, porém, não a impediram de caminhar até a amada e parar a sua frente, envolvendo de cima seu pescoço e lhe sorrindo de forma boba e envergonhada.

– Eu não sei se iria gostar disso, mas... Eu resolvi que estava pronta para me vestir assim... Para você. – murmurou baixo, se encolhendo um pouco.

A menor sorriu e desviou o olhar, quando teve o rosto erguido pelas mãos delicadas da maior, que se levantava da cama e a abraçava, enlaçando sua cintura. Seus lábios eram tomados por aquela doçura suave que gostava.

Carla deslizava suas mãos pela lateral do corpo menor, que se encaixava perfeitamente entre seus braços. Tocava-lhe a pele ainda coberta pelo tecido da vestimenta, descendo as mãos de sua cintura até suas coxas, acariciando-as sutil.
Seus lábios permaneciam colados e disputando uma batalha sensível de quem conseguiria tomar a posse daquilo tudo. A mais baixa teve as coxas apertadas entre os dedos da outra e acabou por não oferecer mais nenhuma resistência, ainda que quisesse testar a amada – mas jamais seria capaz daquilo.

– Aisha, você sabe que ver você vestida assim sempre foi um dos meus fetiches, certo? Então, para deixar tudo mais excitante, você poderia fazer um strip para mim... Não acha?

A garota afastou-se um pouco da outra, mas fora puxada novamente contra o corpo dela, deixando as mãos espalmadas em seu tórax.
As bochechas ruborizadas não a deixavam esconder que sabia bem o pedido da namorada, mas... Tinha uma relevante vergonha, ainda que tivesse brincado com ela várias vezes falando sobre tirar a roupa e tudo mais.

– Sério?

– Uhum. Vai, vai ser bonitinho de ver, minha princesinha. Ou, caso contrário, vai ser bem difícil de eu conseguir tirar isso tudo... – ela sorriu – Então, podemos facilitar um pouco!

Aisha corou violentamente. Ela gostava de quando a maior a chamava de princesinha e de outros apelidos carinhosos... Aquilo tudo mexia com ela, mas a ideia de fazer um strip para a amada lhe caía na cabeça lentamente.
Parecia que simplesmente ainda não tinha surtado o efeito esperado. Suspirou e pigarreou, afastando-se da namorada que se sentava sobre a cama. Os dedos longos da maior não tardaram em apagar a luz e acender apenas o abajur, dando ao quarto aquela sensação confortável de meia luz, discreto o suficiente para que a outra tivesse toda a coragem necessária para o que faria a seguir.

A menor puxou um pouco de ar para dentro dos pulmões antes de começar a mover-se no ritmo de uma música imaginária e muito atrevida. O medo ainda lhe deixava travada em algumas coisas, a vergonha incidia diretamente em suas sutis bochechas vermelhas... O corpo movia-se delicadamente a meia-luz do quarto. As mãos foram ao espartilho. Ia desamarrando-o devagar, com toda uma lentidão nada casual. Parecia querer fazer uma espécie de tortura, teste com a namorada, que a olhava da cama com uma expressão satisfeita, talvez pela garota que tinha, talvez pela delicadeza que se movia, tão manhosa como sempre fazia, até mesmo no momento em que abriu os fechos da cinta-liga, deixando as meias mais soltas.

O corpo continuava se movendo quando a garota encostou-se no armário atrás de si e deslizou as mãos pelas alças do espartilho, que caíram em seus ombros. Terminou de tirar o que restara da liga e jogou no chão, voltando a abrir lentamente o frouxo espartilho.

Céus... A vergonha já estava sumindo, definitivamente. Uma vez que a vergonha se esvaia, o espartilho deslizava e beijava o chão, ao contrário do que a garota de cabelos compridos fazia. Caminhou lentamente até a namorada e parou a sua frente. Passou os dedos pelos lacinhos que prendiam a roupa intima, deixando-os frouxos. Antes que se despisse completamente, tirou as longas meias, insinuando-se para a outra, arranhando de leve as próprias coxas.

– E-Eu não sei fazer isso...

Seu rosto tornou-se suavemente rubro, mas o sorrisinho ansioso e pervertido da garota não sumiu. Pelo contrário, aumentou quando a amada puxou-lhe pelas coxas, derrubando-a sobre a cama e ficando sobre seu corpo.

– Eu mesma dou um jeito nisso, minha pequena.

Carla então tomou os lábios rosados da namorada com verdadeira paixão, e isso fazia com que o momento adquirisse o toque de romantismo que a menor sempre gostava. Suas mãos atrevidas passeavam pelo corpo quase inteiramente desnudo da namorada, que lhe abraçava forte e arranhava devagar suas costas.

As mãos da morena tocavam os seios pequenos e macios da menor, que arfava por entre o beijo. Seus lábios descolaram-se e ela passou a beijar o pescoço de Aisha, sugando-lhe e mordendo-lhe a pele vez ou outra. Imediatamente, os dedos da menor alcançavam os cabelos da outra e ali se enroscavam. Agora ela trabalhava nas três áreas mais efetivas de seu corpo – beijava-lhe o pescoço, acariciava seu seio e tocava-lhe a virilha -, e isso deixava Aisha simplesmente avoada, quase sem controle sobre o próprio corpo. Um gemido perdido fugiu de seus lábios e ela contraiu o corpo quando a outra adentrou sua roupa intima e tocou seu baixo ventre.
Por um segundo, até se repudiou por ter provocado tanto a namorada, mas aquilo era ótimo. E inegavelmente sentir a maior acariciá-la nos seios agora com os lábios, dando mordidas suaves e delicadas, apenas acarinhando-a, sentir aquele toque gostoso dela em seu íntimo... Aquilo era bom. Muito bom.

Carla deitou-se ao lado da outra e mordiscou-lhe o bico do seio, com calma. Não queria machucar sua pequena, muito menos assustar-lhe com toques despudorados ou exagerados – se bem que nesse toque realmente não havia pudor.

– C-Carla... A-Ah...

Aisha arfou quando Carla tirou sua roupa íntima e jogou-a no chão. O corpo todo despido estremecia e se arrepiava, quente. A maior adentrou um dedo calmamente dentro do orifício quente e úmido da menor, que se contraiu e puxou um tanto dos cabelos da namorada, movendo-o lentamente. Logo, a outra já dava sinais de que estava suficientemente acostumada, então a maior sentou-se entre suas pernas e adicionou primeiro um segundo dedo, depois um terceiro, movendo-os dentro do corpo dela, bastante umedecido.

A boca da morena estava passeando em seu corpo, traçando um caminho que vinha do colo, passava entre os seios da menor e chegavam a seu umbigo, circundando-o com a língua. Em sua descida, mordiam a barriga da menor com carinho, deixando pequenas marquinhas que logo sumiriam. Os dedos continuavam se movendo enquanto os cabelos desta eram puxados um pouco mais pela menor, que se contorcia mais na cama, sobretudo agora que os lábios da morena haviam chegado a sua virilha. Ali, ela dava mordidinhas provocantes, que arrepiavam e enlouquecia mais e mais a menor.

Pelos gemidos, era evidente que a menor já estava ensandecida com tudo, sobretudo porque seu corpo exalava em cada poro um prazer imensurável, que percorria-lhe o corpo todo. A língua da maior tocou-lhe no pequeno ponto sensível em seu íntimo. Dessa vez, ela não havia pedido permissão ou perguntado para a amada se poderia, e talvez nem fosse preciso. Os dedos mais apertados em seus cabelos pareciam responder qualquer pergunta.

Carla sugou a fraqueza da namorada com delicadeza, passando a língua ali novamente enquanto continuava a mover os dedos dentro dela, acariciando-lhe com a outra mão na sua coxa firme. Pouco tempo depois, os dedos saiam do corpo dela e ambas as mãos seguravam suas coxas, acariciando-as na parte interna e apertando como um todo. Os lábios e a língua deixaram de brincar com o clitóris da menor e passaram a brincar com a entrada de seu corpo.

A expressão da menor era quase confusa, se não desse para ler nela todas as faces possíveis do prazer que transbordava seu corpo e inundava sua mente, totalmente perdida. Desnorteada.

– C-Carla... E-Eu...

Ela não respondeu, apenas continuou o que fazia até sentir o gostinho de sua pequena nos lábios e escutar um delicioso longo gemido prazeroso dela. O corpo da menor, completamente suado, encolheu-se na cama.
A morena subiu até seus lábios, traçando o mesmo caminho que fizera antes para chegar a seu íntimo, e a beijou. Era um beijo intenso, passional. Mas demonstrava o quanto ela amava a menor, que se encolhia mais agora que era abraçada.

– Mas... Você é uma criancinha mesmo, né? – a morena riu baixo, abraçando-a mais junto a seu corpo. – Está tudo bem aí?

Aisha assentiu, fechando os olhos e descansando o rosto no tórax da outra, afundado o rosto entre seu pescoço e seu ombro. As mãos repousaram nas costas dela, mantendo aquele abraço terno que ainda compartilhavam.

– É-É...

– O que foi, amor?

– Na próxima, eu vou cobrar que você não fique de roupa, sua... Sem graça. – a menina riu baixo, arrancando um riso divertido da namorada.

– Na próxima vez as tire você mesma. – e deu aquele sorriso malicioso que a menor tanto amava.

– A-Ah... Irei amar fazer isso. – Aisha se aproximou e deu um breve selinho em Carla e logo depois murmurrou. – Eu te amo.

– Eu também te amo, minha pequena. – E as duas acabaram adormecendo ali mesmo.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado, deixem suas criticas, elogios e afins.