Unconsciously escrita por Avery Chad


Capítulo 2
Capítulo 1 - Hurt


Notas iniciais do capítulo

Ola gente linda



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Geralmente cremos que o tempo e universal e do mesmo modo que ele se decorre na velocidade do nosso dia-a-dia temos que ele ocorre da mesma forma com outra pessoa. Mas para cada um em determinado lugar, fazendo determinada coisa, o tempo passa de forma diferente, o ponteiro segue igual, mas como sentimos e analisamos a forma que o nosso dia decorre, notamos que alguns deles demoram a passar, enquanto outros passam como a velocidade da luz.

Se pararmos para analisar nesse momento, olharmos para o que as pessoas estão fazendo podemos supor como o tempo deve passar para elas. Um dia bom, com surpresas e modos interessantes, que geralmente e o dia que você quer que mais demore a passar, pode passar tão rápido que você desacredita quando o ponteiro cruza as 00h. Ou aquele dia em que tudo da errado e a única coisa que você quer e que as horas passem para você deitar na cama e o esquecer. Mas a cada minuto que você olha para o relógio nota que ainda falta tanto para o dia acabar quanto para as coisas melhorarem, e deste modo a vida segue. Contrariando o seus instintos e fazendo de suas horas uma brincadeira somente dela, aonde ela tem o poder, aonde ela determina o quanto suas vontades são favoráveis a ela.

E era assim que Emma se sentia, sem poder de controlar os desastres seguidos que eram sua vida, com dias cada minuto mais longos. Antes suas horas decorriam tão rápido que mal poderia apreciar os momentos bons que vivenciava, agora passavam tão arrastados que não conseguia esquecer as magoas que o mundo há dera para carregar. No fim estava perdida no próprio espaço temporal que a vida em desafio tinha criado para ela e cada vez que ela se perguntava se podia piorar, ele realmente piorava.

Nas primeiras horas do dia esbarrara em uma pessoa arrogante, provavelmente rica, e que deveria a culpara de um erro dela. È agora já no fim dele tentava achar um lugar para se esconder da chuva. E se aquilo estivesse piorando tudo que era sua vida, estava perdida naquela imensa cidade, diferente do lugar aonde veio, aquelas ruas eram como labirintos, prédios iguais e pessoas igualmente. Estava com frio, suas roupas ensopadas e tremia, porem não sabia se era de fome ou de frio.

– Porque? - a perguntava para o vento foi feita como uma apelo, como um grito de socorro no vazio da vida, ela estava tão cansada, seus pés não sabiam mais pra que rua deveria virar, suas pernas não conseguiam mais sustentar seu corpo e assim fora parar de joelhos na calçada molhada, por uma chuva que não deixava de engrossar.

Arrastou se para o canto, em busca de se escorar na parede, esquecer das pessoas que passavam correndo e fingiam que não á viam. Abraçou seus joelhos em uma tentativa de acolhesse e ignorar o quanto se sentia de todas as formas humilhada e ferida. Queria gritar para a vida, que não era justo, que queria saber aonde ela tinha errado. A vida devia isso a ela, mas também quero fechar os olhos e acordar na sua cama, com seu pai a contado uma historia pra dormir.

Com as mãos tremulas, busco o bolso da jaqueta e tirou a foto que carregara por toda a sua vida. Um pouco amassada e gasta, porem se podia ver um homem jovem e bonito, com um sorriso equivalente, segurando em seus braços um embrulho rosa para qual o seu sorriso e sua atenção era dirigida. Emma amava aquela foto, era uma das poucas lembranças físicas que tinha de seu pai, ainda doía no peito a falta que ele fazia, era como se sua vida perdesse o sentido quando ele tinha ido e de algum modo fora aquilo.

– Sinto muito.

As palavras não foram mais do que um sussurro para a foto, mas tambem fora um desabafo. Ela tinha falhado tanto, tinha errado tanto, ela se culpava por não poder ser a filha que seu pai teria orgulho. Olha aonde ela estava? Em uma cidade a milhares de quilômetros da sua, deitada no chão frio e completamente ensopada da chuva e com uma criança em seu ventre. Quando foi que a menina orgulhosa e persistente que lutou por sua posição em sua casa, fora se tornar aquilo? Questionou-se ela por muito tempo. Se perdendo nas horas que estava naquele lugar, sentada observando a chuva cair e a molhar mais um pouco, levando com ela toda a sua dignidade e deixando em si apenas humilhação.

Em alguns metros para cima, uma mulher se encontrava a observar a chuva cair, vivenciando um pouco da solidão que Emma sentia. Pilhas de papieis sobre a mesa, como em uma tentativa de fazer daquilo uma forma de preencher o vazio em tomava seu peito cada dia maior. Estava frustrada com a vida com os rumos que ela tomou, tinha quase tudo que o dinheiro poderia comprar, tinha o poder que muitos queriam, mas ainda sim se sentia incompleta, incompatível com a vida. Ate mesmo indesejada no mundo chegava a pensar.

Porém Regina não era fraca, longe disso. Tinha 1,64 de altura, mas conseguia intimidar qualquer pessoa com apenas um olhar. Já tinha trabalhado para grandes impérios, conseguido um espaço grande na areá do mercado, já tinha ate mesmo trabalhado para alguns senadores o que a deu destaque na sua profissão. Estava satisfeita com seu desempenho profissional, mas nunca o pessoal, tinha 30 anos, nunca teve qualquer caso amoroso duradouro, alguns namoros pela adolescência, mas nada que a marcasse. Não tinha familia, e se um dia chegou a ter, agora não importava mais. Eles a abominavam, então ela fazia por onde eles não existirem pra ela.

Estava de algum modo sozinha no mundo, tinha alguns colegas, porem não amigos, nunca tinha achado alguem que se importasse o suficiente com ela ou ela se importasse o suficiente pra se preocupar. Tinha seus empregados, que trabalhavam para aquela empresas, ninguém reclamava de quanto ganhava ou sua carga horaria. Regina era arrogante e fechada, mas gostava que seus funcionários trabalhassem satisfeitos e fazia por onde isso acontecer.

– Entre. - disse Regina, erguendo a voz assim que ouviu leves batidas em sua porta. Olhava para a grande janela de sua sala, e não tinha mudado de posição, ate ouvir os passos incertos de sua assistente.

– Sra Mills, aqui estão as relações de documentos que pediu. - sussurrou, mostrando a pasta vinho em suas mãos, meio incerta do que deveria fazer. Não tinha mais de 4 meses na empresa, e gostava do seu salario, um dos mais altos que já tivera e não queria o perder.

– Obrigada senhorita French. - agradeceu ao pegar a pasta e depositar sobre a pilha de papeis a sua direita. - Mais alguma coisa?

– Senhor Gold, ligou e perguntou se a senhora poderia remarcar a Reunião da quarta-feira. - Disse incerta da suas palavras, olhando para sobre os pés em um ponto fixo imaginario, sabia o quanto a senhorita Mills odiava marcar reuniões.

– Bem como esta tarde, segunda resolvemos isso. - Disse por fim, assim que olhou para o relógio em seu pulso e constatou que já eram sete horas da noite, e mal tinha visto as horas passarem. - Se não estiver mais nada a fazer pode ir embora, e se possível antes de ir avise a senhorita Lucas que o prazo e ate segunda feira. Bom final de semana. - falou tudo rapidamente, mais ao mesmo tempo observando as reações da mulher a sua frente, era um pouco mais baixa que ela, tinha olhos azuis profundos e cabelos marroes bem mais claros que os dela, estavam soltos. O que ajudava a se esconder do seu olhar, o que a fez sorrir e logo se voltar a sua mesa quando viu a jovem acenar e fugir da sala, como um servo em busca da fuga de um leão faminto.

– Senhor Humbert poderia pedir um taxi? - quando enfim tinha conseguido organizar seus documentos e estava prestes a ir embora ligou para o porteiro do prédio,seu carro estava quebrado e estava vivendo de Taxi. Mesmo podendo alugar um carro, não estava com cabeça para dirigir e nem a procura de alguem a sua disposição e deste modo via o taxi como sua melhor solução. - Obrigada. - agradeceu quando o homem na outra linha disse que ja estaria ligando e com isso desceu para o terreo em busca de esperar seu transporte.

Ao colocar seus pés fora do grande prédio que estava recendendo sua empresa, lembrou da menina petulante de poucas horas ao amanhecer, tinha conciencia que a culpa da esbarrada era dela, e se sentiu culpada por jogar suas frustrações naquela menina que parecia indefesa. Suspirou olhando para os lados da rua, estava com frio e queria ir para casa o quanto antes. Porem algo a chamou a atenção, um pouco mais de 2 metros a sua direita estava a menina que tivera um contato hoje mais cedo. Estava molhada da chuva e se abraçava como se estivesse com frio.

Regina sentiu se obrigada a andar ate ela, se sentia culpada de jogar a pilha de frustrações do seus pensamentos da manhã sobre aquela criança indefesa e com esse sentimento andou ate a menina, ignorando a chuva que a deixava mais molhada a cada passo que dava.

– Olá. - Disse por fim quando muito pensou e nada conseguiu formular. A menina com longos cabelos loiros agora molhados, ergueu o rosto mais nada disse. - Não sei se ainda vale, mas gostaria de me desculpar sobre hoje mais cedo. - tentou novamente e a menina apenas balaçou a cabeça, Regina nunca tinha falado com ninguém nessas condições, não tinha idea de como agir. Participava de leiloes beneficentes, mas jamais teve que tratar com os beneficiarios do direito, estava frustrada com aquilo. - Esta com fome? - tentou mais uma vez e um aceno de cabeça positivo a fez sorrir internamente. - Quer comer algo? a uma lanchonete a alguns passos daqui. - continuou tentado chamar a atenção da menina que a olhava assustada, mas estava tão faminta que não pensou em nada, apenas balançou sua cabeça positivamente e aceitou as mãos da mulher de roupas chiques que estava a oferecendo bem mais do que qualquer pessoa naquela cidade.


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