A mestiça escrita por Beatriz Dias


Capítulo 5
Capítulo 5


Notas iniciais do capítulo

Espero que gostem! Boa leitura



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Depois de meia-hora contando tudo sobre meu dia, como são meus dons, como eles reagiram quando descobriram que eu sou a única mestiça viva e que meu pai é motivo de polêmica, disse que eu não era o único alvo porquê um garoto era da origem de demônios.
–Bom, espero que você não seja uma grande amiga desse garoto - Diz minha mãe sempre bancando a superprotetora.
–Não mãe, nós não conversamos - Minto - Eu nem olhei pra cara dele direito - Minto feio mas eles não percebem, eu até que queria contar o que eu tinha visto na mente de Dave só que depois do que eu ouvi minha mãe dizer perdi a coragem - Bom, vocês querem ver como meus dons funcionam? - Digo sorrindo.
–Estou ansioso - Diz meu pai, me levanto e começo a voar, levando comigo minha cadeira, a endireito e sento nela enquanto flutuo, sorrio para meus pais orgulhosos e desço.
–Nossa - Diz minha mãe com as mão na boca, e enquanto eles piscam como se isso ajudasse a encarar a realidade eu sumo, eles me procuram em volta da cozinha branca com detalhes de animais na parede, olham na direção dos armários pretos que ficam presos no teto e do balcão embaixo dele que fica grudado no chão, olham pra geladeira branca e para a pia, não acham em lugar nenhum, até procuram no teto para ver se não estou voando e a única coisa que veem é a lâmpada, começam a me chamar e apareço na frente deles só por um segundo suficiente para me verem, toco na mesa e volto a desaparecer dessa vez com a mesa e todas as frutas e telefones em cima dela, meus pais riem e eu volto.
–Você me matou de susto garota, não faça mais isso - Diz minha mãe com a mão no peito - Qual os outros dons que você tem? E são quantos afinal? - Pergunta meu pai.
–Eu tenho 6 dons, o terceiro é de ler mentes o quarto é o de fazer as pessoas me obedecerem com um simples pensamento o quinto dom é o de - Faço fogo sair de uma mão e água da outra, sumo com os dois e continuo - Posso controlar os quatro elementos e posso fazer animais virem até mim.
–Seu avô tinha o dom de ler mentes,era por isso que ele sabia quando eu aprontava - Sorrio, meu avô, nunca o conheci, morreu quando minha mãe estava grávida de mim.
–Eu vou subir e tomar um banho - Digo levantando da cadeira e indo para a sala, pego minha mochila e subo as escadas, meu quarto é no final do corredor, está com a porta fechada e tem uma placa com o meu nome e outra escrito "NÃO ENTRE SE NÃO VOCÊ SE ARREPENDE ", sorrio, eu amo essa placa, entro no quarto pego uma calça legging e uma blusa vermelha de alcinha, tiro meus tênis e coloco chinelos e vou para o banheiro.
Depois de tomar banho e vestir minhas roupas, pego meu celular e vejo uma chamada perdida da Gabi, ligo pra ela, nós conversamos até o momento de minha mãe me chamar para jantar, como e vou ler um livro, é três horas da madrugada quando vou dormir, tenho que acordar dez horas para me arrumar e pegar o ônibus das onze e meia que me leva pra a escola.


Acordo com o barulho da minha mãe berrando - BIAAAA,VOCÊ VAI SE ATRASAR SE NÃO LEVANTAR LOGOO - olho no relógio, 10:07, minha mãe exagera as vezes. Levanto, vou ao banheiro escovo os dentes peenteio os cabelos e os prendo em uma rabo de cavalo, hoje está um pouco frio então coloco uma calça jeans colada e e uma blusa vermelho vinho que deixa um dos meus ombros nus, calço os tênis e desco as escadas sentindo o cheiro maravilhoso de sangue de cervo e de sanduíche de carne, como com gosto e vou até minha mãe, a abraço e olho para ela, está com os cabelos soltos e alguns fios saem de trás da orelha a atrapalhando enquanto ela faz café, coloco os cabelos dela no lugar e olho para meu pai, o sol entra pela janela bate em seus braços deixando as suas cicatrizes douradas e começo a lembrar do dia em que ele foi punido por ter se casado com alguém que não é de sua origem, ele levou 3 chicotadas em cada braço,um arrepio me percorre e ignoro a lembrança e a mando para longe.
Me lembro de arrumar minha mochila, subo correndo e coloco uma muda de roupa limpa dentro dela e lembro que meus cadernos estão no meu armário. Olho no pequeno espelho preso na parede,algumas mechas do meu cabelo se soltaram, e emolduram meu rosto, deixando meu cabelo ainda mais lindo que quando eu o prendi antes.Ligo para a Gabi e falo que eu a encontro no ponto de ônibus, olho no relógio e são 11:25, corro e saio de casa, encontro Gabi no ponto,cpegamos o ônibus e chegamos ao terminal, olho no relógio é meio dia,devemos chegar na escola em 45 minutos, pego o próximo ônibus.
Chego na escola, me despeço da Gabi e sumo no meio da multidão indo até o centro de tatuagem, fico olhando tudo lá por apenas 5 minutos porquê alguém coloca as mãos em meus ombros e dou um pulo, olho para trás e vejo Scot.
–Olá - Sorrio para ele enquanto recupero o fôlego.
–Desculpe se eu te assustei, mas Isaac está te procurando, parece que ele quer te mostrar o centro de tatuagem, não vamos contar pra ele que você já viu, ele não parava de falar disso no ônibus, estava tão cansado de ouvir sempre a mesma coisa que tive que ir sentar ao lado da Megan, ela me irritou o resto do percurso mais era melhor que ouvir o Isaac, até que eu gosto dela, eu vou conquista-la um dia desses - Ele fala parecendo um garanhão, como se tivesse meninas se jogando ao seus pés todos os dias. Sorrio e confirmo, dizendo que não vou estragar o que ele planejou, saimos e quando eu o vejo,fico invisível levando Scot comigo como combinamos e começo a voar ainda levando aquele gordo comigo, ficamos atrás dele, descemos e eu fico visível,pulo em suas costas,ele se assusta mas quando percebe que sou eu sorri do jeito mais conquistador do mundo.
–A droga, só tenho 8 minutos para te mostrar o centro de tatuagem - Diz ele olhando no relógio.
–Tá tudo bem, no intervalo vc vai ter uma hora inteira para me mostrar tudo o que você quiser - Sorrio,parece que essa ideia o anima pois ele me pega e me gira de modo que eu fique de frente pra ele, estou tão perto que posso sentir sua respiração acelerada batendo no ritmo com a minha, nossos corpos estão colados, nossas testas estão coladas, me sinto em pânico, mas ao mesmo tempo me sinto relaxada, não sei o que fazer, não me movo, ele me encara,aqueles olhos azuis penetrantes, me foco neles, não consigo parar de olha-los, parece que vejo sua alma neles, de repente escuto uma tosse muito exagerada para ser de verdade, Isaac me separa de sí e percebo que quem tossiu foi o Scot que estava ali o tempo todo, coro instantaneamente e para minha salvação o sinal bate.
A aula agora é a de treinamento corpo a corpo, me dirijo para a sala e tiro os tênis, a sensação dos meus pés tocando o colchão não é das melhores, o colchão frio afeta meus pés quentes, me sento e fico prestando atenção na janela e dos passarinhos que passeam lá fora. Olho para a porta na hora errada, porque Isaac acabou de entrar e vêm em minha direção.
–Oi.
–Oi - Eu sei que estou corada, tento respirar fundo enquanto esfrego minhas mãos nos braços para não mostrar que estou arrepiada.
–Eu queria saber se você não quer sair comigo sábado? - Ele sorri, e eu percebo que ele também está corado, meu Deus, porque ele quer sair comigo?, não me contenho e começo a ler seus pensamentos, começo quando ele acordou hoje, quando ele colocou a calça jeans e a blusa verde com um lobo desenhado que ele está usando agora, leio o que ele está pensando agora, a espera o está deixando louco, ele acha que eu estou procurando a melhor forma de dispensá-lo.
–Eu adoraria sair com você - Ele respira e fica aliviado.
–Então e gente se encontra as seis no restaurante que abriu de carne? - Já ouvi falar do lugar, o nome é Lobo Mal, um nome sútil, só vampiros e Lobos gostam de lá, porquê tudo no menu de lá é com carne.
–Perfeito, seis horas no Lobo Mal - Ele pisca e o professor chega, a aula passa correndo e quando estávamos saindo da sala, o diretor entra.


–Eu gostaria de dar um comunicado - Depois de falar isso o diretor ergue em vão as calças para tentar esconder sua barriga enorme, ele é baixo e careca, suor escorre da sua testa, ele pega um paninho do seu paletó e limpa - hoje é terça, certo? - O professor confirma com a cabeça - Daqui a uma semana vocês já vão saber de tudo que precisam em lições com caderno,e a partir dai nós vamos treinar vocês, vamos transformar a escola em um centro de treinamento, vem tendo muitas guerras e o governo de origem chegou a conclusão de que será mais conveniente treinar vocês para poderem se defender sozinhos - E então o diretor sai da sala.


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