Asgard Academy escrita por Asgard Academy


Capítulo 2
Capítulo 1




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Talvez Kali fosse agitada demais ou Linna desanimada demais, a questão era que a Filha de Thor estava começando a pensa que talvez a Filha de Forseti fosse maluca. Fazia cinco dias desde o começo das aulas e pelos deuses, Kali só parava de tagarelar de noite e olhe lá. Duas vezes naquela semana a garota ficou conversando até ás 1h da madrugada com Linna e contando quando foi para o bosque, blá-blá-blá e se perdeu, blá-blá-blá... Linna caiu no sono.

Mas a questão era que ela estava começando a se acostumar com Kali, e a considerava sua amiga - apesar de tudo. Uma coisa ela sabia sobre a filha de Forseti: ela era realmente direta, em relação a TODOS os assuntos possíveis.

No terceiro dia de Linna na academia, Kali perguntou se ela já teve namorado, se já tinha beijado alguém, se já tinha dormindo com alguém. Linna se assustou um pouco com o modo que Kali perguntava as coisas e como ela levava as perguntas - como se fossem normais. Sem falar que a filha de Forseti sempre falava a verdade, em todos os aspectos. Se você pedisse a opinião em relação a alguma roupa, Kali dizia e de modo um tanto brusco - se quer saber. Ela não ligava se a verdade doeria ou não, simplesmente despejava sua opinião e pronto. E Linna tinha que admitir que gostava disso.

A filha de Thor descobriu quem era Agnetha e porque a odiava. O deus Odín - seu avô -havia pedido para o diretor da academia conceder o melhor quarto para a neta, ou seja, tirando então Agnetha de seu confortável quarto e sua linda vista. Isso não a deixou feliz, é claro. No mesmo dia da briga, Kali contou que Agnetha por ser filha da deusa Sól era orgulhosa e impulsiva, não admitia que alguém tivesse algo dela e que com certeza arrumaria um jeito de se vingar de Linna. Se Linna se importou? Nem um pouco. Aquela loira nunca seria forte o bastante para enfrentar Linna e se ela queria confusão, bom, ela teria.

Daí que Agnetha não implicou mais durante aquela semana - o que não significava que ela havia parado, é claro que não. A filha de Thor achava que Agnetha só estava esperando o momento certo para atacar, mas Linna estaria pronta. Claro que estaria.

Linna conheceu outra garota, que assim como ela, era nova na academia. A garota era ruiva, delicada e a mais baixa - talvez mais baixa de todos os deuses - parecia ter algo mágico dentro de si, tudo bem que todos os deuses tinham algo mágico dentro de si, mas com Elsa, Filha de Nehalennia era diferente. Ela escondia segredos e Linna também não se importava quanto a isso, porque ela era simpática e agora fazia parte de seu grupo.

Assim como Elsa, Astrid era ruiva dos olhos azuis e nova integrante do grupo de Linna. Sentavam juntas no período das refeições e perto umas das outras durante as aulas. O treinamento era um tanto pesado, mas a Filha de Thor logo se acostumou. Nas aulas seguintes, o professor babaca - que agora era chamado de Treinador - não saiu da sala para tomar café e muito menos colocou Linna para lutar com Dahlia.

Seu irmão, Halle, parecia distante durante a semana e Linna queria saber por que. Conhecia o irmão bem o bastante para saber que quando estivesse pronto para falar qualquer coisa, falaria. Porém, a espera era dolorosa. Ver alguém que fosse ama guardando segredos é como ver alguém que você ama não confiando o bastante em você. Ela queria assegurar o irmão que estava ao seu lado, sem parecer que estava querendo se intrometer em sua vida. Mas isso também não importava agora, não com Kali tagarelando e dizendo que se não achasse uma roupa descente não iria para aula - ela falava isso todas as manhãs.

– Você vai mesmo calçar esse All Star surrado? - perguntou Kali, sinceridade exalando.

Linna sorriu e deu de ombros. Era engraçado que apesar de tudo, Kali ligava para moda. Todos os dias ela queria vestir roupas deslumbrantes, parecendo que iria para uma festa. E depois do almoço voltava correndo para o quarto, para poder colocar as roupas de couro do treinamento; o que fazia com que ela sempre chegasse atrasada.

– Algum problema com os meus tênis? - disse Linna, nem ligando para a expressão de reprovação no rosto de Kali.

– TUDO! Como quer conquistar o Gustaff assim? - perguntou Kali, sendo direta como sempre.

– Gustaff? Por que eu iria querer conquistar ele? - A filha de Thor se alarmou. Tinha certeza que estava corando, mas independente se seu rosto a traíria ou não, ela negaria até a morte.

– Ta bom! Acredito muuuuuuuuuito! - respondeu Kali, piscando para Linna.

A outra garota revirou os olhos para Kali, o que fez com que ela desse uma gargalhada nada elegante.

– Já vou descer para aula, porque preciso pegar algumas coisas no meu armário. Vejo você depois.

Quando Linna deixou o quarto, dezenas de roupas estavam espalhadas pelo quarto - inclusive em cima de sua própria cama. Kali podia usar a verdade como mantra, mas a organização passava longe. Desceu as escadas correndo e logo estava em frente ao seu armário.

Colocou a combinação - 336 - que decorou sem rodeios. Procurou pelo livro de artes, quando uma sombra - ou alguém - fez com que a luz sumisse completamente, fazendo com que Linna não avistasse mais nada. Ela se virou para ver um garoto próximo dela - até demais.

– Oi princesa - ele chegou bem perto da garota, querendo pegar na sua mão - Eu vi quanto você sabe lutar naquela sua luta contra a vadia da Dahlia.

Linna estava confusa, nunca tinha visto aquele garoto em toda sua vida e além disso, não gostava do modo como estava se aproximando dela.

– Hmm, não quero ser rude nem nada, mas eu te conheço? - perguntou Linna, querendo que ele se afastasse imediatamente.

– Que ignorância a minha - o garoto falou olhando bem nos olhos de Linna - Sou Rurik, Filho de Tyr, e eu sei que você é a lindíssima Linna, Filha de Thor com a terráquea, estou certo?

O garoto disse a última palavra se aproximando ainda mais. A filha de Thor queria gritar para que ele se afastasse.

– Isso mesmo. Prazer em te conhecer, bom agora eu preciso ir para aula. Se me der licença.. - disse Linna, tentando se esquivar do garoto.

– Eu sou filho do Deus da Sabedoria, sabe docinho? Acho que nós realmente temos que ficar juntos - como Linna ficou paralisada, Rurik começou a tentar beijar seu pescoço.

A garota queria gritar para que ele saísse de perto dela, queria usar sua força para empurrá-lo e ordenar que nunca mais se aproximasse dela. Em vez disso, ficou parada. Completamente chocada.

– O que é isso? - Gustaff apareceu como um raio na frente dos dois, separando Rurik de Linna - Você queria isso Linna?

– Acho que Rurik precisa aprender que eu não dou mole para idiotas. - disse Linna, recuperando a voz após o momento de choque.

Na verdade, ela se ouviu dizendo isso, como se sua boca tivesse vida própria.

– Idiota? Docinho você tava na minha mão - antes que Rurik chegasse mais um pouco perto de Linna, Gustaff o empurrou com um movimento rápido.

PELOS DEUSES, ESSE GAROTO NÃO SABE LEVAR UM FORA?, pensou Linna porém sem um pingo de vontade de dizer em voz alta. Alguns pensamentos deveriam ser apenas... bom, pensamentos.

– Sai daqui seu maluco! - Ele falou com uma voz alta e clara. - Vai atazanar outras imbecis que gostam disso, respeita a Linna que ela não é menina pro teu bico.

Naquele momento, Linna se sentiu grata e um tanto impotente. Não gostava de precisar das pessoas, tampouco que alguém a protegesse.

Depois que Rurik sumiu corredor à fora, Gustaff se voltou para a Filha de Thor.

– Você está bem, Linna? - perguntou ele, com a expressão consternada de preocupação.

– Estou sim e obrigado. - respondeu Linna, acanhada.

Não estava acostumada a ser o centro da atenção e agora os olhos de Gustaff estava apenas nela, observando cada detalhe. Ela torceu para que não estivesse ruborizando.

– Você ainda está um pouco branca - O garoto fez que ia tocar em seu braço, mas ficou com tanta vergonha que não o fez, acabou mudando de assunto - É... Você conhece todo o campus?

Uma faísca de relaxamento atravessou o corpo de Linna, ela estava feliz pela troca de assunto.

– Não, ainda não conheço. Kali tentou me mostrar, mas... ela se distraí muito rápido se quer saber - respondeu Linna, e escondeu um sorriso ao lembrar da amiga.

– Kali, Filha de Forseti? Me disseram que foi ela que colocou a adaga na sua mão segunda-feira - Gustaff deu um sorriso - Talvez eu possa te mostrar alguns lugares hoje, depois do jantar se você quiser, tudo bem?

Estava tudo bem? Linna não fazia ideia. Aquela proximidade entre os dois seria boa? Ela também não tinha a resposta pra isso, mas decidiu aceitar. Era o minímo que poderia fazer para agradecer o que ele havia feito por ela agora pouco.

– Combinado então. - Foi tudo que disse.

– Pego você na sua mesa? Ok? - Gustaff não ficou para ouvir a resposta de Linna, pois alguém o chamou do outro lado do corredor.

Linna se viu falando sozinha: "Ta, a gente se vê então".

Chegou um pouco atrasada para a aula e um garoto chamado Goran estava sentado no lugar dela. Ele fez um pedido de desculpas silencioso e com isso Linna foi se sentar em outro lugar.

No fim da aula, Kali a abordou com Elsa e Nissa. Alegre como sempre, parecendo que sol emanava dela. Logo grudou em Linna como uma sangue-suga, seguida das outras garotas. Fez um comentário sobre a aula - nada construtivo - e foi direto ao assunto, é claro.

– Depois do treinamento vamos ter uma reunião dos SEGREDOS - disse Kali, gritando na última palavra para dar impacto.

Linna se alarmou. Depois do treinamento vinha o jantar e ela não poderia desmarcar com Gustaff - não queria, na verdade. E foi o que disse para Kali, ocultando o encontro com Gustaff, pois não era nada de mais mesmo.

– Não me diga que não sabe! - disse Kali e depois que Linna pareceu confusa, ela continuou - Ai bobinha! O treinador terá que sair mais cedo hoje e o diretor disse que ele "não pode de forma alguma deixar os alunos sozinhos" - disse Kali, imitando uma voz autoritária. Linna riu.

– Então nós temos cerca de 2h antes do jantar livre e por que não fazer uma reunião dos segredos? - perguntou Elsa, soando como Kali.

A filha de Thor olhou para Nissa, como quem pedia ajuda. Nissa apenas deu de ombros e sorriu.

– Qual é, Linna? Por que não? - perguntou Nissa, simpática - Ou então está com medo de dizer seus segredos, hein?

Linna revirou os olhos. - Não tenho nada para esconder.

E depois de um treinamento pesado - em que a Filha de Thor acabou completamente pingando de suor e se sentindo muito cansada - Elsa, Nissa e Astrid seguiram para o quarto de Kali e Linna. A filha de Forseti exigiu que começassem a reunião o mais rápido possível, mas Linna implorou para poder tomar banho e Kali relutante permitiu.

Assim que Linna saiu do banho, percebeu que o quarto estava lotado de velas e cinco almofadas foram colocadas no chão - em circulo -, no meio tinha o que parecia uma garrafa, que Linna soube depois ser o objeto que determinava quem contaria o primeiro segredo e assim respectivamente.

– Sejam bem-vindas a primeira reunião dos segredos anual! - saudou Kali.

– Pare de enrolar e vamos começar logo com isso. - disse Nissa, impaciente.

Todas se sentaram nas almofadas. Linna ao lado de Kali, que estava ao lado de Elsa, ao lado de Nissa, ao lado de Astrid que estava ao lado de Linna. O circulo se fechou. Kali rodou a garrafa. Girou. Girou. Girou. Nissa foi a escolhida.

– Somos todas ouvidos! - exclamou Kali, feliz da vida.

Nissa respirou fundo. Abriu a boca. Fechou. Abriu.

– Eugostodegarotas! - disse Nissa, tão rápido que parecia uma única palavra.

– Que? Eu não entendi nada! - disse Elsa, indignada por não conseguir entender alguma coisa.

Nissa estava descrente, não acreditava que teria que repetir tudo de novo. Mas se era necessário...

– Eu gosto de garotas. - repetiu Nissa, um pouco mais calma.

– O QUEEEEEEEEEEEEEE? - gritou Kali, completamente surpresa, descrente e alarmada.

As outras garotas estavam igualmente surpresas. Surpresas era um eufemismo, com certeza estavam completamente chocadas.

– E de garotos também. - completou Nissa, feliz consigo mesma. - Eu sou bixessual. E por favor, eu só peço que não me julguem e finjam que nunca contei isso. É uma coisa que venho guardando para mim a muito tempo e NINGUÉM pode saber. Okay?

Todas assentiram. Elas seriam fiéis a Nissa, assim como Nissa seria fiel a elas.

A garrafa rodou de novo. Rodou. Rodou. Rodou.

– Sua vez Elsa. - disse Linna, apontando o óbvio.

Elsa parecia relaxada, com certeza seu segredo seria menos chocante do que o de Nissa.

– Bom, todo mundo sabe que sou filha da deusa Nehalennia, mas o que ninguém sabe é que... - ela fez uma pausa, para causar impacto - EU SOU METADE DEUSA E METADE NIXE!!!

Certo. As garotas não estavam surpresas ou chocadas, mas sim confusas. Se ela era uma nixe então onde estava sua calda? E como se lesse pensamentos, Elsa continuou.

– Minha calda só aparece quando entra em contado com a água. E eu tenho um probleminha... - todas a observaram, como se dissessem "apenas um probleminha??" - Se eu fico muito tempo sem contato com a água, eu meio que começo a desitratar. É terrível!

– Vamos torcer para que nunca fique sem água. - disse Nissa e todas riram.

Hora da garrafa. Girou. Rodou. Girou. Kali.

– Certo pessoal, meu grande segredo é que eu tenho uma paixão insana e digo INSANA pelo...

– DIZ, DIZ, DIZ! - gritaram as outras, em uníssono.

Kali fez mais uma pausa. PELOS DEUSES, KALI! ESTÁ NOS DEIXANDO CURIOSAS, pensou Linna.

– Certo, certo. Pelo Havel, filho de Hela.

As garotas gritaram e comemoraram. A filha de Thor tinha que admitir que nunca se divertiu tanto. Só faltava o seu segredo e o de Astrid. Hora de girar a garrafa. Girou. Parou. Astrid.

– Ah, bem - Astrid ficou corada por esse segredo e preferiu não olhar nos olhos de Linna - Eu nunca fiquei com o Gustaff... eu sei que todas vocês pensam que eu já fiquei - todas as meninas assentiram - mas não, sério, no momento que íamos ficar Halle entrou na sala de treinamento e eu virei o meu rosto para o olhar, Gustaff só me deu um beijo na bochecha - a garota sentia como se um peso de toneladas tivesse sido tirado de seus ombros.

O segredo de Astrid não foi chocante, surpreendente, confuso ou engraçado. Apenas... esclarecedor. Linna se sentiu um tanto relaxada ao ouvir da garota que entre ela e Gustaff nunca houve nada, mas ao mesmo tempo um pouco perturbada por saber que ela gostava de seu irmão. Mas se Astrid havia acabado de contar seu segredo então... agora era sua vez. Todas sabiam disso.

A filha de Thor percebeu que não havia mais o refúgio da garrafa. Porém a questão não era contar e sim O QUE contar. Linna percebeu com grande atraso que não tinha um segredo.

– Estamos esperando, baby - disse Kali, toda sorrisos.

– Eu realmente não tenho segredos. - As garotas pareceram céticas, mas Linna continuou - Mas posso contar uma coisa que ninguém aqui sabe sobre mim.

Depois de mais uma pausa, Linna respirou fundo e tomou coragem. Era a primeira vez que falaria sobre seu sonho e suas vontades.

– Bom, como sabem, só entrei aqui porque meu avô fez com que meu pai permitisse. Estou aqui porque eu quero lutar. Eu quero ser forte. Eu não quero ser Linna, filha de Thor. Quero ser Linna, a guerreira ou Linna, a lutadora. Quero poder fazer minhas próprias escolhas, sejam elas boas ou ruins. Quero crescer, o que nunca aconteceria se ficasse dentro de um castelo como prisioneira. - Deu uma pausa para recuperar o fôlego - Aqui é a vida real. Aqui é onde eu aprenderei a ser uma deusa de verdade, alguém de verdade!

Todas pareciam um tanto surpresas. E a filha de Thor a certeza de que ninguém nunca tinha visto Linna desse jeito, como uma deusa que queria ser alguém, que queria ter voz. Talvez essa reunião dos segredos tenha sido a melhor coisa que Kali já inventou. Agora elas não eram apenas amigas, eram confidentes e por incrível que pareça, se entendiam.

Quando Elsa, Nissa e Astrid saíram pela porta, Kali abraçou forte Linna e a garota nunca havia se sentido tão feliz em toda a sua vida. A filha de Forseti foi para o banho e a filha de Thor começou a se lembrar que daqui alguns minutos encontraria Gustaff.

E com passos largos ela deixou o quarto, com a certeza de que a Academia tinha sido a melhor escolha em toda a sua vida.

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Halle estava mais do que agoniado, se Gustaff pudesse ver ele agora iria dizer que estava parecendo uma bichinha. Não estava apenas agoniado por não achar Astrid em lugar algum, mas também por achar que não está cuidando o suficiente de Linna, como seu pai pedira. E ainda estava preocupado pois suas aulas de voo iriam começar essa semana, e seu pai provavelmente iria perguntar como Linna estava se saindo em Asgard, e ele teria que provavelmente mentir para o pai, para não se mostrar tão incompetente quanto estava se achando neste momento.

– Halle? – uma voz feminina soou atrás dele – Você ta bem?

– Eu... Tava lhe procurando! – Halle espantou todos seus outros problemas, para focar na solução de apenas um deles.

– Também estava lhe procurando... – Astrid mal começara a falar e já estava ficando corada

– Estava? – Halle deu um sorriso curioso – Posso saber pra que?

Ela olhou para cima e respirou fundo antes de falar.

– Eu vou falar de uma vez, se não for reciproco, apenas saia e me deixe superar – ela disse apertando os olhos, então os abriu – Eu gosto de você, Halle. Há muito tempo, por sinal.

Ele ficou calado, analisando cada traço do rosto dela, um rosto agora bem avermelhado, quase da mesma cor do seu cabelo. Ela já estava com a agonia saltando de seus olhos quando ele abriu um largo sorriso.

– Eu vinha lhe falar a mesma coisa – ele disse rindo.

– Você me assustou, que merda – ela deu um tapa no braço dele, agora ela já estava mais calma.

Ela abaixou a cabeça, tão envergonhada quanto ele; ambos sem saber o que fazer, pareciam duas perfeitas crianças. Halle levantou o rosto dela, agora tão próximo e tão acessível a ele. Astrid sorriu envergonhada e ela o beijou. Quem olhasse de fora, não saberia quem estava mais feliz ali. Porém Astrid parou o beijo rapidamente.

– O que foi? – Halle perguntou assustado.

– Você ainda ta ficando com a Nerda? – Astrid perguntou.

– Óbvio que não, Astrid – ele disse mexendo no cabelo dela, rindo – E você, ainda ficando com o Gustaff?

– Que!? – ela perguntou assustada – Mas... Eu... Nunca...

– Ficou com ele – Halle completou rindo – Eu sei, queria só ver sua reação.

Rindo ainda assustada, Astrid deu um tapa no braço dele. Ele a abraçou logo em seguida, beijou sua testa, seu nariz e deu um selinho em Astrid.

– Você não sabe o quanto eu esperei por isso – Halle disse olhando nos olhos dela.

Ela abriu um largo sorriso e o beijou novamente.

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Quem esse garoto pensa que é pra ficar atazanando a coitada da Linna? Esse pensamento não saia da cabeça de Gustaff. Ele queria usar todas as táticas de luta corpo a corpo que havia aprendido em seus muitos anos na academia com Rurik, mas na hora que fez a pergunta a Linna ele ficou alarmado de ouvir ”Porque você está fazendo isso Gustaff? Não vê que estamos em um momento íntimo?”.

Isso ia, definitivamente, deixá-lo muito triste.

Ele havia tentado esquecê-la. A semana toda ele fora engolido pelo os treinamentos e viu Linna pegar asas da mesa de seu irmão ainda no terceiro dia de aula, eles se falavam sim, mas só nos intervalos de aula e um “oi” extremamente amigável, o que o deixava uma pilha de nervos. A essa altura, Halle o questionava todos os dias sobre os seus sentimentos para com a sua irmã e ele como não conseguia mentir para o melhor amigo falava que estava gostando muito dela, mas queria a esquecer, pois tinha medo de se machucar.

” Você tem que dar a cara a tapa as vezes amigo” ele ouviu isso por três dias de Halle, no terceiro dia ele perguntou porque ele não dava a cara a tapa para Astrid.

A resposta foi o mais absoluto silêncio. Depois ambos mudaram de assunto.

Agora Gustaff estava se afastando do armário onde havia testemunhado a cena entre Rurik e Linna pensando consigo mesmo “Meu deus eu sou um maluco de simplesmente ter me aproveitado dessa situação pra flertar com ela, a Linna vai me achar um idiota”, o fato é, Gustaff estava com a mente tão a mil que não percebeu quando trombou com Astrid.

– Ai! – eles falaram ao mesmo tempo.

– Me desculpa... – quando virou e olhou para a garota, viu a mesma vergonha que havia estampado no dia em que os dois não haviam se beijado nos olhos dela – Astrid me desculpe, eu não vi você passando.

– Ah, que nada Gustaff... – Astrid baixou a cabeça – Ah... Eu já vou... Eu.

– Ei! – Gustaff pegou a garota pelo o braço – Você ainda tem vergonha de mim pelo o que aconteceu?

Astrid ficou vermelha e olhou para Gustaff – Sim, muito, aquilo foi humilhante Gustaff.

– Mas o importante é que você descobriu de quem você gosta – o menino falou à garota que já não estava mais tão corada.

– É... Mas... Será que ele gosta de mim? – a filha de Loki falou melancólica.

– Vocês combinam de fazer isso? – Gustaff riu quando viu os olhos da amiga ficarem curiosos – Semana passada falei com o Halle sobre isso e ele me fez a mesma pergunta, vocês se gostam mas tem vergonha um do outro. Acho que você tem que ir na cara e na coragem falar com ele Astrid.

– Tenho?

– Sim, não custa tentar.

– Então ok – ela falou acanhada – Obrigada Gustaff e desculpa mesmo.

– Que nada – começou a rir e voltou a caminhar até o centro de treinamento, antes de ser interceptado por outra pessoa.

– GUSSSSSS – quando percebeu, Seren havia se jogado em seu colo e rapidamente os dois estavam se abraçando, apesar de Seren e Gustaff terem se visto umas duas vezes depois do ocorrido no festival, eles haviam criado uma amizade muito grande e Seren era eternamente grata a Gustaff – Você nem vai acreditar!

– O que foi menina – Gustaff falou rindo.

– Meu pai mandou isso pra você – Seren tirou do bolso um envelope aparentemente, e um pouco, pesado e entregou ao amigo – Ele falou que não há palavras pra expressar o quanto é grato há você e eu concordo com ele, você salvou a minha vida meu bem – e com isso eles voltaram a se abraçar.

Se Gustaff tivesse sido um pouquinho mais cuidadoso, ele teria olhado para trás e visto alguém de cabelos loiros claro espreitando essa conversa e vendo a troca de carinhos entre eles. Ele não olhou e ela se fora cedo demais.

– Seren, você é bonita e jovem e não pode ficar condenada a se casar com uma pessoa para pagar uma dívida, você sabe como eu sinto sobre isso – Gustaff falou – mas que bom que nos encontramos, eu quero uns conselhos. Eu to afim da...

– Da Linna eu sei – Seren falou calmamente olhando para o amigo – Eu vi vocês se olhando semana passada.

– Todos viram? – Gustaff ficou alarmado.

– Não meu amigo – Seren falou – Acho que nem Halle percebeu, não se alarme, só vi porque já havia percebido que você estava interessado nela.

– Você sempre percebe tudo Seren – Gustaff falou – Você honra bem o seu posto de futura oráculo, tia Skuld deve ficar muito orgulhosa.

A amiga riu – Oh se não, mas você queria um conselho sobre o que?

– Bem... – Gustaff ficou com vergonha de falar, mas rapidamente isso passou – Convidei ela para conhecer a academia comigo hoje, sabe ela nunca estudou aqui antes, e essa primeira semana deve ter sido uma loucura pra ela.

– Que oportunidade perfeita Gus! – Seren aplaudiu o amigo – Não estrague tudo, e procure ser fofo com ela.

– Ok Seren, qualquer coisa falo pra você – Gustaff saiu correndo para o treinamento.

Depois de mais ou menos duas horas de lutas sozinhas incessantes ele ouviu seu nome sendo chamado por nada mais nada menos que Rurik, o idiota que havia dado em cima de Linna.

– Eu duvido tu me vencer num combate mano a mano seu idiota – Rurik falou e todos os seus amigos fizeram “Oooooh”.

– Cara – Halle chegou do seu lado e colocou a mão em seu ombro – Vai com calma.

– Cara – Gustaff falou olhando pros olhos do melhor amigo – Esse filho da puta tentou agarrar a Linna.

– O que? – Halle transbordava raiva, todo seu controle havia sumido – Mano, mate ele então.

Gustaff começou a rir e olhou para seu treinador que acenou com a cabeça indicando que ele tinha permissão de lutar, antes de ir Gustaff falou para seu treinador “um pouco de sangue” sem emitir som.

O treinador levantou as sobrancelhas, colocou um sorriso de canto e concordou. Pronto, Gustaff tinha tudo o que precisava.

– Escolha sua arma – ele falou a Rurik que riu e cuspiu nos pés do garoto.

– Eu não sou viado como você seu merdinha, eu não... – antes de Rurik terminar de falar alguma coisa Gustaff estava atacando-o pela a frente, desferindo inúmeros socos em seu abdômen, quando Gustaff jogou o garoto no chão, Rurik lhe desferiu uma rasteira caindo de cara no solo de terra da ala de treinamento e sentiu o gosto de sangue na sua boca.

– Treinamento pesado e não sabe lutar, é um merda mesmo – Gustaff usou uma técnica ensinada a ele há alguns dias que derrubou o garoto de costa, rapidamente ele o virou de frente e começou a esmurrar seu rosto.

– Você – desferiu o primeiro soco – Nunca – mais um – Mais – já saia sangue de seu nariz – Vai – não só por Linna, Rurik já havia tentado estuprar Seren e Nerta – Tentar isso de novo, ta ouvindo seu babaca? – e deu um grande soco fazendo com que o nariz do garoto se transformasse em um mar vermelho e todos os outros garotos aplaudissem.

Ele se levantou de cima de Rurik, o levantou e o entregou a um amigo – Leve-o a enfermaria, talvez lá cuidem dele.

E saiu sem olhar pra trás.

Rapidamente chegou a seu quarto junto com Halle que estava a ponto de entrar na enfermaria e matar Rurik.

– Eu estou me sentindo péssimo – Halle falou derrotado – Era pra eu ta lá, era pra eu...

– Cara – Gustaff chegou com o amigo – Não te preocupa, mesmo que eu não tivesse chegado a Linna ia dar uma lição nesse merda, vamos você tem que ta gato pra Astrid – com isso Halle começou a rir – Vai chegar com ela hoje?

– Vou, e vou chegar mesmo.

– Assim que se fala mano – terminou de se vestir e foi para o refeitório jantar.

Durante o jantar ele não conseguia parar de olhar para a mesa onde estava Linna e as meninas. Seren (a única que estava olhando para o amigo) o observava com um sorriso, e quando questionada por uma menina que Gustaff acreditava se chamar Elsa ela apenas ria e falava algo sobre uma piada, Gustaff não avistou Kali, melhor amiga de Linna e imaginou q a mesma estava no banho. Linna estava de costas para Gustaff, ele se perguntava se aquilo era proposital da garota, pois ela estava lindíssima em seu jeans e sua blusa, o que era estranho contando que Gustaff não notava muito a roupa das garotas, ele quase desistiu de ir, e se ela negasse na frente de suas amigas? O que aconteceria com ele?

Bem, com medo ou não ele começou a se dirigir para a mesa onde estavam as garotas, entre elas sua irmã que ficou com uma cara de surpresa quando viu o irmão se aproximando.

– Linna?

– Oi Gustaff – ela se virou olhando para o garoto a sua frente.

– Você... É...Eu... Vamos? – Gustaff estava tão nervoso que não conseguia formar frases completas.

– Vamos. Vejo vocês depois meninas – disse Linna para as amigas.

– Gus já sabe – Seren falou um pouco alto demais, fazendo com que todos olhassem para ela.

– Ok... – ele arregalou os olhos de vergonha – Vamos Linna? – sem dar tempo a garota de alguma reação ele a pegou e começaram a andar pela a academia

Eles andaram um bom tempo calado, vez ou outra Gustaff mostrava a Linna os monumentos da academia e sua história, até que Linna pigarreou.

– Vejo que você e a Seren são bem... Íntimos – começou Linna sendo direta – Por exemplo, ela te chamou de Gus em vez de Gustaff como todo mundo.

– Bem – Gustaff parou de andar e olhou para a garota do seu lado – Seren e eu compartilhamos uma história muito, muito... eu não diria bonita porque senão você iria pensar que era algo a mais. Nós ficamos sim, ficamos umas duas vezes no festejo de Odin, depois nós conversamos sobre a nossa vida depois da academia e ela acabou me contando que iria se casar com uma pessoa, que ela não conhecia e que ela não gostava, para pagar uma dívida do pai – ele ficou calado e olhou para baixo – mas eu fiz uma coisa que salvou ela, por isso Seren é eternamente grata a mim – com isso ele olhou bem fundo nos olhos da garota.

– Você não precisava me falar, quero dizer, fico feliz em saber que pode ajuda-la – respondeu a garota retribuindo o olhar de Gustaff – Isso é bem legal, o que você fez por ela.

– Como você sabe que é tão legal o que fiz por ela? Alguém lhe contou? – Gustaff emanava curiosidade.

– Não, mas se você está falando que ela se sente grata, deve ter sido bom – disse a filha de Thor sendo pega de surpresa.

– Eu acho – Gustaff avaliou a garota por alguns segundos antes de continuar a pergunta, com medo de voltar à estaca zero em seu relacionamento não criado com Linna – Que você quer saber o que eu fiz à ela, não é?

– Só estou curiosa – esclarecendo Linna, dando de ombros.

– Bem, eu consegui descobrir o quanto o pai de Seren estava devendo para esse mercador, então peguei todas as minhas economias que tinha para ir passar as próximas férias na terra e paguei a dívida de seu pai, no começo ele queria me chicotear porque nenhum deus paga a dívida de um elfo – por favor não conte a ninguém isso, principalmente a parte de Seren ser filha de elfo, ela seria expulsa – Mas Seren me falou que ele agradeceu – puxou um envelope de aparência pesado e mostrou a garota.

– Hummm – Linna estava sem palavras – Seu segredo está guardado – foi tudo o que conseguiu dizer.

– Acho que vou deixar você em seu quarto – Gustaff estava arrasado e não percebeu que demonstrou isso em sua voz – Só estou tomando seu tempo e você parece não fazer a mínima questão de minha companhia. Me desculpe Linna – ele se voltou a garota – Eu só pensava que você precisava de um amigo, mas percebi que fui um idiota pois você já esta cheia de amigas, vamos – ele começou a caminhar tristemente para o quarto da garota.

– ESPERA – disse Linna alcançando-o rapidamente – Não tem nada a ver. Eu gostaria muito que você me mostrasse a hmm, academia.

Com isso parecia que uma tonelada havia sido tirada das costas dos dois, a conversa fluía mais animada e com uma rapidez quase estranha. Até que Gustaff decidiu mostrar a garota um dos seus patrimônios.

– Você conhece o jardim feito para a sua mãe? – ele perguntou olhando para a filha de Thor.

– O QUE??? Isso existe aqui? – perguntou Linna, fascinada com a idéia.

– Minha mãe me contou que dois anos antes de eu nascer, Thor conseguiu permissão de todos os anciões para sua mãe Jane Foster morar aqui em Asgard, falaram até que ela teve que tomar o sangue dele para poder ficar com a nossa expectativa de vida – ele viu a garota estremecer – Então ele pensou que seus filhos iriam para a academia no futuro e deveriam se sentir perto da mãe, com isso construiu um dos mais bonitos, senão o mais bonito jardim do campus, vem, é por aqui.

– Meu pai nunca me contou isso – disse Linna para ninguém em particular, se sentindo traída.

– Reza a lenda que você tem que descobrir – ele ficou vermelho – Halle não sabia do jardim, os mais velhos que contaram a ele e a mim. Por isso eu acreditava que você não sabia.

– Faz sentido, mas meu pai nem queria que eu tivesse aqui – respondeu Linna, olhando para a frente - Só estou aqui por causa do meu avô, meu pai acha que eu não sirvo para estar em batalhas. Ele me acha fraca, mas vou mostrar o contrario – disse Linna e sorriu.

– Se seu pai visse você lutando contra Dahlia, não ia achar você fraca – ele riu e sem nenhum dos dois perceberem, pegou na mão da garota – Vamos, fica mais lindo ainda a noite.

Gustaff começou a andar pelo o labirinto que era a academia, até que atravessaram uma porta de madeira grossa e lá estava o local mais lindo que já vira em sua vida. Havia plantas bioiuminescentes que tornavam a utilização de lamparinas desnecessárias, haviam também um piso de musgo que cobria toda a extensão do jardim, flores de diversas cores e aparências, flores que ele nunca havia visto em sua vida (acreditava ter vindo da terra – que flor se chamaria girassol?) decoravam tudo, e no centro se encontrava uma fonte de mármore com a imagem de Frigga e Jane, uma de costas para a outra.

– Sua mãe que pediu essa estatua, porque sua avó deu a vida por ela, mesmo a conhecendo em minutos, todos sentem falta da rainha Frigga.

– Puxa! – exclamou Linna deslumbrada, estava sem palavras.

– Muito lindo né? Dá pra ver só pelo o jardim o quanto eles se amam – Gustaff olhou para baixo – Eu queria conhecer uma pessoa que me amasse tanto quanto sua mãe ama seu pai, ou até como meus pais se amam, eles estão planejando outro filho sabia?

– Acho que o amor é relativo. Cada casal se ama de uma forma diferente – respondeu Linna, não rindo com Gustaff. Estava caminhando e olhado em todas as direções do Jardim.

– O que você quer dizer com isso linda Linna? – o filho de Freya falou olhando bem fundo nos olhos da bela garota a sua frente.

– Na minha opinião, não se pode querer um relacionamento igual o de outras pessoas, porque cada um tem um relacionamento diferente. As pessoas não são as mesmas. – Ela fez uma pausa – Mas o que eu sei? Nunca namorei de qualquer forma.

– Linda assim você nunca namorou? - ele riu chegando perto da garota - Acho impossível Linna, todos os meninos de Asgard Academy dariam a vida pra estar aqui onde eu estou com você - tudo o que ele mais queria agora era juntar seus lábios aos da garota que ele estava se apaixonando.

Sem perceber após ter falado isso, ele começa a se aproximar da garota e ambas as suas respirações começam a ficar entrecortadas, rápidas, ele queria mais que tudo tomar aquele rosto em suas mãos e aquela boca na sua, queria mostrar pra ela que ele podia ser o primeiro namorado dela, que ela ia ver que o amor relativo deles pode ser inesquecível.

Eles estavam tão próximos que Gustaff podia contar os cílios da irmã de seu melhor amigo, vocês devem estar pensando que ela estava totalmente entregue a ele, mas o contrário é muito mais imaginado, Gustaff andava com Linna em seus sonhos a muito mais do que esses cinco dias de aula. Ele estava totalmente entregue à ela.

E mesmo assim parecia errado beija-la na primeira vez em que eles tiveram uma oportunidade a sós, ele não queria que essa garota maravilhosa o imaginasse como um moleque qualquer que só a levou para um jardim para poder beija-la, ele queria conhecer Linna, suas partes boas e ruins, as coisas que a faziam rir, seus medos e anseios.

E esse beijo iria atrapalhar tudo. Ele recuou, por mais que seu cérebro berrasse com ele, e seu coração também.

– Não, você não é menina disso – ele recuou vendo o rosto de Linna ficar surpreso – Vamos esperar uma melhor oportunidade pra darmos o nosso primeiro beijo com perfeição, como você merece. Vamos linda Linna que eu vou deixar você no seu quarto – com isso pegou a mão da garota e começou a levá-la para fora do jardim.

– Como quiser - disse Linna, um tanto decepcionada.

– Não fique com raiva de mim Linna – ele pegou no queixo da garota, fazendo seus olhos se encontrarem mais uma vez – Eu não quero que você me veja como um menino qualquer que te levou num local bonito só pra te beijar, eu quero conhecer você Linna, não vou mentir, eu não quero ser só seu amigo, mas eu também não quero ser só um garoto que vai te beijar, você não é esse tipo de garota. Me entende? – ele quase falou algo que o comprometeria mas os dois chegaram na porta do quarto de Linna.

– Obrigado por me mostrar o jardim e... hum... Por outras coisas também – disse Linna sem jeito.

Gustaff deu um sorriso e os dois se abraçaram na frente do quarto, quando Linna estava quase indo Gustaff falou no ouvido dela.

– Vou pensar em você esse fim de semana todo, boa noite linda Linna – ela o olhou com um sorriso e entrou em seu quarto.

Gustaff nunca se sentiu tão leve e feliz em toda a sua vida.


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