É um enorme castelo como aqueles descritos em contos infantis, só que com um ar muito mais sombrio.

Apesar de parecer abandonado, sei que não está.

Já está anoitecendo. O que é bom. Dificulta que sejamos encontrados.

Precisamos encontrar uma forma de entrar. Se este é o castelo do rei, tenho certeza de que ela foi trazida para cá.

Sei também que farão perguntas a ela a respeito de seu povo.

Tenho certeza que ela não irá responder. Conheço sua personalidade. É um tanto agressiva.

Uma das hipóteses é que ela será torturada. No outro caso, levanto em conta o que aconteceu com o povo das Planícies Geladas, ela pode ser morta.

Mas, caso ela seja torturada e eles consigam as respostas, ela deixará de ser útil e será morta. E, caso ela seja torturada e não abra a boca de forma alguma, ela também morrerá.

No final, o único destino que lhe espera é a morte.

Tenho que impedir que isso aconteça, caso contrário Gorudo se sentiria culpado pelo resto da vida. Sei que foi ele que a convenceu a sair de Alfheim.

Talvez, aqui, hoje, eu consiga encontrar uma forma de voltar para casa.

Mesmo que eu tenha me acostumado um pouco com esse mundo, não paro de pensar em meu verdadeiro lar.

Muito tempo já se passou. Papai e mamãe já devem ter me dado como morta. Seria uma grande surpresa se eu aparecesse para eles agora. E, o que eu iria dizer? “Olha papai, mamãe, eu estava dormindo e acordei em um reino estranho, onde eu aprendi a atirar com o arco e usar meus instintos, além de que eu era uma garota da profecia com o dever de unir os povos e os levar para liberdade.”

Depois do choque de me encontrarem após tanto tempo sumida, eles me internariam em um sanatório.

...

Finalmente anoiteceu.

Agora é a melhor hora para agirmos. Se quisermos realmente salvar Freya, se é que ela ainda está viva e eu realmente espero que sim, temos que nos mover agora.