Histórias de outros universos - Terras Geladas escrita por Alessandro Costa


Capítulo 16
Memória CATORZE




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Acordo.

Olho ao meu redor. Pareço estar em um quarto.

Tudo é estranhamente pequeno.

Meus braços e pernas estão amarrados. Minha boca esta amordaçada.

Viro a cabeça para a esquerda. Myrddin e Cassiel estão lá. Não estão acordados. Seus braços e pernas estão amarrados. Assim como a minha, suas bocas também estão amordaçadas.

Viro minha cabeça para direita. Gorudo está lá. Está amordaçado, porém preso por correntes.

Tento me soltar, mas não consigo.

Ouço uma voz. É da pequena criatura.

Parece feliz.

Outras vozes.

Tem mais alguns com ele.

Comemoram.

Falam algo sobre terem feito um bom saque.

Não consigo emitir som algum além de abafados gemidos.

Alguns passos.

Estão vindo em minha direção.

Fecho os olhos rapidamente. Finjo estar desacordada.

— Garota inútil. — Resmunga uma das vozes.

— Foi a única que não tinha nada de valor. — diz. — O gordo tinha o arco e a aljava com boas flechas, o velho tinha aquele estranho livro e o garoto tinha a espada e a adaga. Mas aquela garota... Ela não tinha nada de valor!

A terceira das vozes fala pela primeira vez. É engraçada. Me esforço para não rir.

— Talvez ela seja um Elfo de Luz. Podemos troca-la por algo de valor com os Elfos Negros.

— Idiota! — é a voz da pequena criatura. — Eles são selvagens. Selvagens não fazem acordos. Além do mais, olhe para sua pele e orelhas. Sua pele é ainda mais clara que a dos Elfos de luz e suas orelhas não são pontudas.

Elfos de Luz tem peles claras levemente brilhantes, orelhas pontudas e cabelos dourados. Os cabelos dela são praticamente brancos.

— Desculpa.

— Cala a boca! Vamos mata-los e leva-los ao rei Arkadius. Pelo o que vestem, tenho certeza que são das Planícies Geladas. O rei nos dará uma boa recompensa pela cabeça destes rebeldes.

Escuto os passos se afastando.

Um som de porta se fechando.

Eles vão nos matar.

Ainda não cheguei nem perto de conseguir voltar para casa.

Não quero morrer.

Gorudo, Cassiel e Myrddin ainda estão desacordados e parecem que não vão acordar tão cedo. E mesmo que estivessem acordados, não poderiam fazer muita coisa.

Não sei como pretendem me matar. Mas, a única chance que terei de escapar é na hora que forem tirar a minha vida.

Será minha única chance.

Eles não sabem e nem podem descobrir que já acordei. Essa é minha vantagem.

Tenho que imaginar todas as possibilidades possíveis.

Não acho que tenho muito tempo.

*

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