Eliza narrando

Eu acordei de manhã e eu e o Leo estávamos de conchinha então eu fiquei lá deita mais um pouco aproveitando. Mas depois eu tive que acordá-lo porque a gente ia ver a Loren, tomamos um banho, nos vestimos, tomamos café na esquina da casa dele, então depois pegamos um táxi e fomos para o hospital.

Richard:- A Loren já está acordada!- Ele estava nos esperando na entrada do hospital.

Nós subimos até o quarto e a Loren estava vendo TV.

Eu:- Olá!- Dei um beijo nela tomando cuidado com a barriga.

Loren:- Oi meninos, já vão trazer o bebê para mamar e aí vocês poderão vê-lo ok?

Leo:- Tá – ele sentou no sofá para as visitas- E como você está?

Loren:- Ah eu estou bem, em três dias posso ir pra casa – Ela falava baixinho.

Leo:- Meu pai vai ficar aqui com você né?

Loren:- Vai sim! Mas vocês não precisam ficar! Venham só uma vez por dia pra ver o bebê e aproveitem a Califórnia.

Eu:- Pode deixar!

Nesse momento a enfermeira entrou puxando o carrinho em que o Theo estava, entregou pra Loren direto porque ele chorava de fome, então a gente ficou lá babando enquanto ele mamava e depois foi a vez do Leo de pegar, demorou um pouco para ele pegar o jeito, mas ele tinha um olhar tão bonito para a criança que a Loren até chorou, e então depois eu peguei e fiquei admirada em como ele era lindo e em como era fofo.

Leo:- Dá pra acreditar que agora eu tenho um irmão? Depois desse tempo todo?- Ele disse ao sair do hospital.

Eu:- Seu irmão é lindo! Mas eu estou muito bem só com a Annabelle!- Eu disse rindo, ele riu e passou o braço pelo meu ombro.

Leo:- Tá, mas eu não tinha nenhum. Onde quer almoçar?

Eu:- Em qualquer lugar.

Leo:- Que tal um frango frito?- Ele olhou pra mim com cara de cachorrinho- Por favor!!!!

Eu:- Okaaaaaay- Me dei por vencida.

[...]

Leo:- Um balde de frango tamanho gigante, com molho extra, uma porção grande de batata frita, pode colocar bastante ketchup e duas cocas.

Eu:- A minha era diet Leo.

Leo:- Não importa, já vai comer tanta gordura mesmo.

Eu parei pra pensar em toda aquela gordura, travei e acho que fiz uma cara estranha, porque o Leo deu risada e então me abraçou. E ficamos lá na fila abraçados igual ficam os casais, posso afirmar que amei aquilo.

Leonardo narrando

Como todo bom cavalheiro eu paguei e depois levei a bandeja. Não foi difícil achar um lugar, a Eliza olhava pra aquilo tudo e fica com uma cara sem expressão, como pode alguém olhar aquela maravilha e nem pensar em como vai ser feliz enquanto come aquilo tudo.

Ela foi toda discretinha na hora de comer, toda delicadinha, e eu comi como sempre como, ás vezes ficava com a boca suja de molho e a Eliza dava risada. Por incrível que pareça ela não implicou se eu comia todo torto ou se fazia lambança. Claro que eu também não sou nenhum porco, eu me limpava quando sujava, mas na moral, eu não sei comer então me sujo fácil. Mas eu limpo ok? Nada de pensar que eu fiz a Eliza passar muita vergonha. Muita não.

Depois do almoço eu decidi levar ela para praia, na parte das pedras para ela poder apreciar a vista.

Eliza:- Leo eu não vou conseguir subir!

Eu:- Então espera aí- Subi e estendi minha mão- Pega na minha mão Liza.

Eliza:- E se eu puxar você pra baixo?- Eu virei o olho.

Eu:- Vai Eliza, pelamor, pega logo! Você não vai me puxar pra baixo!- Ela pegou na minha mãe e eu a puxei pra cima.

Eliza:- Caramba Leo, isso aqui é lindo!

Eu:- Eu sei! Eu costumava vir aqui! Dá pra sentar!- Eu sentei e ela me acompanhou.

Eliza:- Acho que me apaixonei por esse lugar!

Eu:- Você vai poder vir sempre!- Ela me olhou- Co...migo – Eu olhei para ela.

Eliza:- Tá bom!- Ela soltou uma risadinha e voltou a olhar pra vista.

Eu:- Quando eu vier ver meu pai eu posso trazer a minha... Namorada!

Tá, confesso, eu tava totalmente sem jeito de falar aquilo.

Eliza narrando

PERA AÍ, O QUE?

Eu olhei para ele com os olhos arregalados, e ele ficou sem graça, abaixou a cabeça e deu um sorriso lindo.

Eu:- Como assim?- perguntei rindo.

Ele olhou pra mim:- É ué!

Eu:- É ué o quê?

Leo:- Tu... É minha namorada.

Eu:- Não me lembro de ter tido um pedido!- Olhei pro mar e cruzei os braços.

Ele soltou uma gargalhada, jogou a cabeça para trás, voltou a cabeça, parou de rir, abraçou as pernas daquele jeito de menino sabe, com as pernas aberta, enfim...

Leo:- Quer namorar comigo?

Eu:- Sério Leo? Isso?- Olhei para ele e cruzei os braços

Leo:- Aaah eu não consigo fazer de um jeito “fofinho”- Ele fez as aspas com a mãe e então olhou para o outro lado.

Eu:- Tá, eu vou pensar!

Leo:- Aaah vai pensar!- Ele olhou pra mim boquiaberto.

Eu:- É- dei de ombros- Não sei responder isso de um jeito “fofinho” – Fiz as aspas com a mão e não aguentei, acabei rindo no final. Ele riu também.

Leo:- Ok tá! Eu não sou a pessoa mais romântica do mundo viu? Eu demonstro aos poucos e mais em ações do que hein palavras, e você devia agradecer tem muita gente reclamando que o namorado mais fala do que faz!

Eu:- Vamos ver! Não namorei com você ainda pra saber se vou agradecer!- Eu dei uma risadinha e fiquei olhando para ele.

Ele sorriu e ficou olhando para mim. E depois ambos fomos no caminho de encontro do outro. Envolvemos-nos em um beijo lento, cauteloso no começo como se fosse o primeiro, a gente foi se mexendo se encaixando depois ele colocou a mão na minha nuca e outra na minha perna, e eu coloquei uma mão no seu pescoço e outra em sua cintura. Sorrimos entre o beijo.

Depois voltamos a apreciar a vista um sentado encostado no outro, com os braços entrelaçados pra olhar o por do sol e dessa vez eu não sentia falta de nada. Ele ainda é o mesmo Leo que havia esbarrado comigo no corredor, o menino todo esquisito e errado, mas agora também era o garoto pelo qual eu havia me apaixonado perdidamente.

Leonardo narrando

E pela primeira vez eu sei que eu to apaixonado, sei que posso me fuder em tudo isso, mas agora eu não me importo, eu só quero aquela nojentinha marrenta comigo. E que seja o que Deus quiser, por que na moral essa menina roubou meu mundo!