Páginas de um diário sem fim. escrita por undersevenkeys


Capítulo 5
Capítulo quatro.- Eu sou um idiota.


Notas iniciais do capítulo

Oie! Primeiro eu queria pedir desculpas por ter demorado um pouquinho mais do que o prazo necessário, mas confesso que me deu um ataque de preguiça gigantesco. Queria agradecer, por ter atingido as 300 visualizações e oito acompanhamentos, vocês são maravilhosos. Espero que gostem desse capítulo (apesar de eu achar meio sem graça)
Tenho outra novidade também, agora faço parte de um blog, onde sou Beta Reader. Além se ser beta, no blog, fazemos divulgações de fics, críticas para fic e também a betagem c: http://sttories-anotther.blogspot.com.br/
Boa leitura c:



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– Que pena. - ela falou e me beijou. Eu não podia, sabia que estava errado. Essa história só aumentava e aumentava, eu não queria iludir Annabel, muito menos me iludir, mas qualquer lucidez desapareceu quando ela me beijou. Eu me deixei levar por aquela sensação e fiquei vulnerável com o contraste de seus lábios nos meus.

Seus lábios envolviam os meus num ritmo perfeito, eu pressionava seu corpo contra o meu, implorando por mais, levei uma das minhas mãos em seus cabelos, puxando de leve, tombando sua cabeça para o lado, desci meus lábios para seu pescoço e ela arranhou meu abdome, parou o beijo e deitou-se ao meu lado novamente. Nos entreolhamos e ela sorriu.

– Oi.- ela disse.

– Oi.- eu respondi.

– O que aconteceu?

– Você me beijou.

– Eu?.- perguntei.

– Você, Christian.

– Foi você quem me beijou.

– Não me lembro disso.- eu me coloquei entre suas pernas, ficando em cima dela.

– Deixa eu te lembrar então.- beijei-a intensamente, ela percorreu suas mãos pelas minhas costas e tirou minha camiseta, eu mordia seu lábio inferior e ela arranhava minhas costas, sua respiração estava ofegante. Beijei seu pescoço enquanto minhas mãos percorriam suas pernas e todo o perímetro de sua cintura, ela puxou minha lombar colando ainda mais nossos corpos. Tudo que eu queria era senti-la, mais e mais, o desejo que eu tinha sobre ela, agora, era além de qualquer controle que eu poderia ter sobre mim mesmo.

– Annabel?- ouvimos batidas na porta. Eu nunca coloquei uma camiseta tão rápido na minha vida.

– Oi?- ela respondeu enquanto eu me deitava novamente ao seu lado.

– O Chris precisa ir, agora.- era Danna, falando por trás da porta.

– Ok, mãe. Ele já está descendo. - Annabel levantou e eu a segui até a porta, mas antes que ela pudesse abrir, puxei-a pela cintura comprimindo a mesma na parede, ela sorriu, passou os braços ao redor do meu pescoço, me deu um beijo quente e rápido, se soltando de meus braços. Quando olhei em seus olhos vi Lindsey de relance, o que me fez sentir super culpado e quase me arrepender do que eu fizera (acredite, eu tentei me convencer).

Quando cheguei em casa me deparei com meu quarto arrumado e suspirei aliviado, apoiei a cabeça num dos meus travesseiros e no instante em que parei para pensar, acabei caindo no sono.

Acordei tarde, mesmo indo dormir cedo na noite do sábado. Hoje eu não pretendia fazer nada, talvez deixar o netflix comer minha mente e me afogar em comida, domingo era um dia chato, mas ao mesmo tempo que eu queria que passasse, eu queria que demorasse mais uns dois ou três dias, não queria ir para a escola. Annabel não falava comigo por mensagem, nem me ligava, eu encarava meu celular que nem um idiota esperando algum milagre, e a cada ''solicitação para jogo'' no facebook, eu tinha vontade de estourar essa merda na parede. Mais ou menos quarto horas da tarde ouvi alguém bater na porta do meu quarto.

– Entra.- respondi sem desgrudar os olhos do computador.

– E aí. - era Rick.

– Ah não, quem deixou você entrar? - levantei-me puxando um aperto de mão para o abraço.

– Vim te buscar, criança.- ele disse, sorrindo.

– Buscar pra onde? - respondi tirando o pijama e indo até o armário, me trocar.

– Jogar fifa de domingo, ué. Ninguém mais tá viajando, Chris, agora podemos voltar para o bingo. - ele disse, dando tapinhas nas minhas costas.

– Ah, claro. - quando já estava trocado, pensei em ontem. - O Kick vai?

– Não, ele tem almoço na casa dos tios. - ótimo.

Quando chegamos na casa de Rick, subimos rapidamente para seu quarto, onde meus amigos já estavam se xingando enquanto jogavam.

– Christian! - chamou Trav. - Sente só essa escalação ridícula que meu irmão fez.

– Ridícula?! - Travis gritou. - Essa é a melhor escalação do mundo.

– É, por isso que você tá perdendo.

– Cala a boca, eu só to perdendo porque faz tempo que não jogo.- choramingou Travis.

– Cala a boca, você. Cê joga isso aqui todo o dia...

– Pra que isso? - Rick falou, interrompendo a discussão.- Travis, sua escalação tá mesmo uma merda, cara. Lide com isso.

– Olha, eu até mandaria você se foder, Rick, mas não gosto de fazer isso na frente do Chris.- ele olhou para mim e mandou um beijinho.

– Você não faz meu tipo, Travis. - joguei uma almofada que estava na cama do Rick, em sua cabeça.

Passamos o restante da tarde jogando, comendo e rindo. Eu senti falta dos meus amigos, percebi o quanto a Lindsey tirara isso de mim, eu me dera por inteiro à ela, todos os dias, de domingo à domingo, para que tudo se resultasse numa enorme perda de tempo. Eu estava começando a ficar feliz em voltar para minha rotina, eu esqueci o quanto isso era bom para mim, o quanto falar merda com os meus amigos era importante.

Rick dormiu na minha casa, ficamos acordados fazendo suposições até tarde, até que contei:

– Beijei Annabel.

Ôloco.- ele respondeu sentando-se repentinamente no colchão que estava ao lado de minha cama e me encarando.

– Pois é. - respondi.

– Como assim, cara? - contei toda a história, explicando a parte em que minha mãe e Danna eram amigas de infância. Rick me alertou novamente sobre me aproximar por causa de Lindsey, mas neguei qualquer tipo de relação entre ela e Annabel.

***

O dia estava nublado e frio, Rick e eu nos arrastávamos para o colégio.

– Eu nunca mais durmo na sua casa quando tiver escola no dia seguinte.

– Cara, você sempre fala isso.

– Eu sei, mas agora é sério.

– Você sempre diz essa parte, também. - Rick e eu ficamos conversando até tarde, eu não fazia ideia que horas fomos dormir, mas sabia que não era nada cedo.

O sinal para a aula pareceu tocar mais rápido que o normal, eu não vi Annabel no restante do dia. Em qualquer lugar, meus olhos percorriam o perímetro, mas nada de Annabel, nem no almoço, nem no fim da aula. Durante o treino me aproximei de Kick.

– Você viu a Annabel?

– Cara,- ele me passou a bola. - Annabel é problema.

– Como assim?

– Ela é maluca, Chris.- só porque ela não quis te beijar?– Ela é muito legal, mas nem adianta tentar nada, com ela. Acredite.

– Você tentou. - passei a bola de volta e ele acertou a cesta.

– Tentei, lógico.- ele falou.

– Só porque ela não quis, quer dizer que é maluca? - ele respirou fundo e segurou a bola

– Olha, Chris, - ele parou na minha frente. - entre a nossa amizade e ficar com a bonitinha, eu realmente prefiro a gente.

– Eu não quis dizer isso...

– Dá pra perceber, cara. - eu franzi o lábio. - Eu quero a Annabel, mas não vou brigar com você, mesmo que eu tenha visto primeiro.

– Como assim...?

– Tô brincando. - ele me deu um soco no ombro e riu, me passando a bola em seguida.

Tomei um banho demorado no vestiário, nem mesmo Rick me esperou para ir embora, fiquei uns vinte minutos pensando no banho. Saí do vestiário, atravessando lentamente o ginásio vazio, já começava a ficar escuro lá fora.

– Oi, Christian. - alguém chamou, atrás de mim.

– Oi. - me virei olhando para Annabel, que tinha um sorriso no canto dos lábios. Ela se aproximou de mim, não muito, mas o bastante para eu querer tocá-la.- Não vi você hoje.

– Eu sei, conheci uns meninos legais da minha sala. - ao dizer ''meninos'' eu realmente esperava que tivesse seres do sexo feminino incluídos.

– Legal. - respondi sublime, ela deu mais uns passos em minha direção, ficando realmente perto, passou a ponta dos dedos em minha testa e limpou-os em sua calça.

– Você não tirou todo o shampoo.

– É? - eu mal processava suas palavras, fiquei observando o contorno de seus lábios e como vibravam de uma forma maravilhosa quando ela falava.

– É sim. - ela colocou uma mecha de seu cabelo atrás da orelha. - Preciso falar com você.

– Pode falar. - vish.

– Sabe, o que aconteceu no fim de semana, foi muito legal, mas...- ela hesitou em continuar. - Ah, sei lá. Acho melhor não continuar com isso. - fiquei sem respostas, eu não sabia o que falar.

– Eu fiz alguma coisa errada? - eu realmente mereço ganhar um prêmio, por falar as coisas ridículas o tempo todo.

– Lógico que não.- ela sorriu. - É só que, cheguei aqui faz pouco tempo, talvez eu devesse relaxar.

– Ah, sim. - relaxar? Como assim relaxar? O que há de errado com você, Annabel?

– Que bom que entende isso. - ela mordeu o lábio inferior.

– Tranquilo.- respondi.

– Então a gente se vê. - ela disse.

– Claro.

– Tchau, Christian. - ela envolveu seus braços ao redor do meu pescoço e me beijou. Sim, ela me beijou. Depois, saiu andando pelo corredor da escola, colocando fones no ouvido e me deixou lá, parado que nem um otário, sem nem mesmo saber o que fazer.
Tchau, Annabel. - respondi, quando ela já estava distante.


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Notas finais do capítulo

Por favor, não esqueçam que a sua opinião é muuuuuito importante para mim. Então qualquer crítica, qualquer coisinha, não deixe de comentar, vou ficar feliz em responder e saber o que você acha.
P.S.: leitores fantasmas, apareçam.



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