O Primeiro Compromisso escrita por Catelyn Everdeen Haddock


Capítulo 4
Parte IV


Notas iniciais do capítulo

Oba! Estou vibrando de alegria porque recebi um comentário! Valeu Joyce Mfc!

E esse é o ultimo! Mas dessa vez, vai ter um pouco de romance, ok?
Cat ❤



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– Violeta - Toninho gritou ao ver o impacto.

Várias pessoas foram até a calçada onde Violeta e a senhora jaziam caídas, todas aflitas e assustadas. Até o motorista foi prestar assistência às duas. Toninho, com o coração aos pulos, abriu caminho entre os curiosos e ficou lívido quando viu Violeta com a senhora assustada. Notou o cotovelo ralado da jovem, mas a mulher estava ilesa, ainda assim com palpitações.

– Ah - Toninho suspirou, afastando o suor que brotara na testa. - Graças a Deus!

Logo, ele se ajoelhou ao lado da sua companheira, lhe apalpando a mão trêmula.

– Vocês estão bem? - ele perguntou.

– Estamos - Violeta balbuciou. A senhora choramingava de medo.

– Se não fosse por você, eu estaria morta - a velha senhora lhe acariciou o rosto, com a voz embargada.

O motorista abriu o caminho entre os curiosos e procurou acalmar as duas. Toninho estava ciente de que a família da Violeta não iria deixar a filha sair outra vez com ele. Mas pelo menos foi o cotovelo que ralou, ao aterrissarem na calçada.

– Chamem a ambulância - gritou um homem entre os curiosos.

– Não vai ser necessário - Violeta avisou, mas foi praticamente ignorada. - Ninguém se feriu.

– Não precisa de ambulância - a senhora também avisou, mas nada adiantou.

– Pessoal - foi a vez do motorista. - Não vai ser necessário a ambulância aqui. O que importa é que as duas estão sãs e salvas.

Mas a multidão começou a ficar indignada com a suposta imprudência do motorista, devido ao carro avançar em alta velocidade.

– Mas elas podiam ter sido mortas, se não fosse pelo freio que você devia ter pisado - protestou uma mulher.

– Mas o freio estava quebrado - tentou explicar o motorista, sem sucesso. - Não conseguia controlar o carro.

– Por que não o levou para a oficina? - interrogou um homem.

A discussão foi geral, mas necessário para a Violeta acalmar a multidão insatisfeita.

– Pessoal - Violeta disse, fazendo um gesto para todos se acalmarem. - Ninguém teve culpa aqui. Se o motorista disse que o freio estava quebrado, já era tarde demais para levar à oficina. Ele não teve culpa.

– É verdade - Toninho acrescentou. - Eu sou prova disso e ele estava em pânico total. Foi necessário para a Violeta empurrar a senhora para o outro lado da rua, para salvá-la da morte. Deu para entender?

A multidão se entreolhou. Ao perceberem que estavam equivocados em relação ao motorista, começaram a lhe pedir desculpas pelo mal-entendido. Nem sequer chegaram a discar para a ambulância.

– Tudo bem, gente - disse o motorista. - foi só um acidente inesperado. Só isso, mas nada.

Violeta e Toninho se entreolharam com um sorriso esboçado na cara. A senhora agradeceu ao casal e perdoou o motorista.

– Acreditem, se os heróis estivessem aqui - a senhora disse, o suficiente para a Violeta ouvir. - como nos velhos tempos, isso seria uma outra história.

"Outra história", pensou Violeta, ao sentir o braço de Toninho enroscar em sua cintura, suavemente. Afinal, ela era super-heroína e era filha de super-heróis, a Família Incrível.

– Você está bem? - Toninho fez questão de perguntar, pela segunda vez.

– Claro - Violeta respondeu.

Logo depois, os dois seguiram caminho. Violeta deu uma espiada em seu relógio de pulso: oito e trinta e cinco. Ainda continua cedo. Mas ela fazia questão de voltar para casa, quando uma gota caiu no nariz de Toninho. Ele estranhou, quando os dois olharam para o céu, no momento em que as nuvens estavam carregadas e prontas para chover. Agora a chuva aumentava, praticamente encharcando os dois, quando Violeta ergueu as costas do seu cardigã acima da cabeça e logo, ela e o Toninho começaram a correr, se estabelecendo debaixo de uma tenda de uma loja fechada. Por pouco não ficavam ensopados, retirando apenas as canelas de cada um.

– Ufa - Toninho suspirou. - Por pouco não vem mais uma desventura para nos...

Subitamente, um carro passa pela rua em plena chuva, levantando aguaceiro no casal. Agora estavam completamente encharcados.

– ... Atrapalhar - Toninho completou a frase, inconformado com o caldo que acabara de levar.

– Minha mãe vai me matar - Violeta murmurou tristemente.

– Não se preocupe, Vi - Toninho tentou acalmá-la, pousando as mãos em cada ombro da companheira. - Eu explico o que aconteceu.

– Obrigada - sibilou, no exato momento em que os nervos a estimulavam para fazer uma coisa, que nem ela mesma imaginava fazer: um selinho. Nem Toninho esperava por isso.

A partir daí, o êxtase tomou todo o corpo dos dois. Entretanto, Violeta nem percebia o que estava fazendo e logo afastou seus lábios do dele, horrorizada.

– Oh, me desculpe - ela balbuciava. - Eu não devia ter feito isso.

Porem, Toninho, com a mão sobre o lábio inferior, perplexo, a encarava. "Ela me beijou", pensou, "fui beijado por uma garota! Ela me ama!". Logo, ele encostou um indicador nos lábios da jovem, procurando acalmá-la.

– Não - ele disse. - Eu não esperava isso até agora.

– Como assim? - Violeta perguntou.

– Desde que aquela garota daquele cabelo preto escondendo um dos olhos se isolava dos outros, eu parei para olhar como ela era linda por trás daquele cabelo. Me apaixonei perdidamente por ela, mesmo sem ser compreendido. Mas, por onde quer que eu passava, ela sempre mantinha distancia de mim. Mas agora que ela estava como cabelo atras das orelhas, eu tinha razão.

Logo, Violeta pôde concluir que ele se referia a ela própria. Ele se ajoelhou de frente a ela e se declarou:

– Violeta, aceita namorar comigo?

Violeta arregalou o olhar ao ouvir aquilo que Toninho acabou de dizer. Sem falar mais nada, ela se ajoelhou do tamanho dele e os dois ficaram frente a frente. Esperando que ela lhe respondesse, ele foi novamente surpreendido com o beijo da Vi. Foram se levantando aos poucos para desfrutarem do primeiro beijo, apesar da chuva continuar encharcando os dois.

•••

Durante a noite, ainda chovendo, Violeta estava em sua cama, sem virar os olhos do teto. "O que eu fiz?", refletiu, ao lembrar do momento em que ela o beijou. Ela sabia daquilo, quando ela era tímida e geralmente usava o poder da invisibilidade para se esconder dele. A memória daquilo que Toninho lhe dissera começou a entrar em sua mente, quando ela retirava o livro de Geografia do armário e ele passava pelas suas costas; quando ela fazia Educação Física, o via fazendo exercícios físicos; o Flecha pegando no seu pé a todo momento; mesmo quando ela estava na ilha em que seu pai fora aprisionado pelo Síndrome, ela não esqueceu Toninho.

Aquilo era uma chance. Ela a conquistou. Deixou escapar uma única palavra da boca:

– Aceito.


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Notas finais do capítulo

Ai, gente, como foi tão emocionante! Pena que acabou! Se der, vou ver se posto mais uma memória da Violeta, ok?

Cat ❤