Iris escrita por insano insone


Capítulo 1
Capítulo 1


Notas iniciais do capítulo

*Dica:ousam a musica enquanto leem eu recomendo a versão do Goo Goo Dolls ou a da avril



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A morte era um ser solitário vivia só, ela só tinha companhia quando chegava a hora de fazer seu trabalho e mesmo isso durava apenas um segundo. Ao contrario do que todos pensam, seu trabalho era apenas retirar o sopro da vida, o que ocorria depois dependia apenas dos anjos se a pessoa fosse boa e dos demônios se fosse má.

Ela não precisava estar presente para fazer seu trabalho, pois afinal varias pessoas morriam ao mesmo tempo e ela era única. Há muito tempo ela gostava de ir pessoalmente a um caso ou outro, mas com os anos ela acabou perdendo o interesse em ir pessoalmente, ela preferia agora ficar recruza em sua torre, observando pelos seus inúmeros telescópios, as historias de suas próximas vitimas.

Um dia algo anormal aconteceu, pela primeira vez em dois mil anos foi atraída por uma morte especifica, a morte era de um senhor já bastante idoso e doente, mas o que chamou sua atenção para esse caso em especifico foi à garota do aproximadamente 20 anos que estava cuidando do velho, ela era uma mulata com os cabelos na cintura, mas o que realmente chamou a atenção da morte foram seus olhos, eles eram negros e um pouco perto demais um do outro, entretanto dentro deles parecia haver o infinito.

A morte curiosa resolveu estar presente no momento do velho, na hora em que chegou aqueles olhos olharam diretamente para ela e a garota disse “eu sei que estas ai, embora não possa te ver posso te sentir” neste momento a garota começou a chorar “sei quem e você e lhe peço, lhe rogo, por favor, não leve meu pai” a morte ficou perplexa, nada poderia fazer afinal não cabia a ela esse papel ela só tirava o sopro, mas não decidia a hora e nem o local em que o sopro seria tirado, e claro que ela poderia escolher não levar o pai da garota, mas se o deixasse vivo as consequências seriam catastróficas.

Dias após esse ocorrido a morte estava novamente em seu reduto, observando o mundo, só que uma determinada garota estrábica não lhe saia da memoria, ela não conseguindo se concentrar puxou o telescópio mais próximo e olhou para a menina, ela a encontrou deitada em uma banheira com um pequeno estilete cortando seus pulsos, logo a morte sentiu um impulso a puxando para aquele lugar, ela não acreditava no que a garota estava fazendo, resolveu ir ver se érea aquilo mesmo que estava ocorrendo.

Realmente os maiores temores da morte se concretizaram ao chegar no lugar, à garota estava realmente se alto mutilando, a morte já tinha visto aquilo muitas vezes, ela sabia que quem buscava pessoas que ela encontrava daquele jeito não eram os anjos.

A garota sentiu a presença dela mais uma vez, mais uma vez ela olhou a morte com aqueles olhos de negros e mais uma vez a morte soube que a garota a sentia, assim que sentiu a morte a garota parou de se cortar, desta vez porem ela podia ver a morte e não apenas senti-la, pela primeira vez a morte podia sentir alguém, pela primeira vez a morte não queria voltar para casa, pela primeira vez a morte se sentiu viva.

“porque esta fazendo?” perguntou a morte “eu... e. depois que você levou meu pai parecia que nada durava que, tudo parecia um filme. Eu.. eu precisava saber que estava viva e a única forma que encontrei de saber que quem tinha morrido era apenas ele que eu continuava viva era sangrando.” “você sabe quem eu sou?” “sim” “não estas com medo de mim?” “não” a morte após esse singelo não sentiu algo que nunca tinha sentido antes ela se sentiu compreendida se sentiu perto do paraíso onde só esteve uma única vez há tanto tempo que nem lembrava. Num ímpeto a morte a tocou e disse que era pra garota para de fazer isso que era pra garota espera-la naturalmente e que nem que tivesse que esperar a eternidade ela estaria lá no dai dela nem que fosse apenas para toca-la novamente.

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Cinquenta anos se passaram depois daquele dia a garota não mais se cortou e embora esperasse ansiosamente seu dia ela não tentou antecipa-lo, todos sempre acharam estranho ela não namorar casar, essas coisas normais e sempre que a perguntavam o porquê ela despistava o verdadeiro motivo para ela nunca fazer algo assim era que seu amor a esperava e ela nunca o trairia.

Quando o dia finalmente chegou à morte estava feliz como nunca antes, ela sabia que a garota a amava, sabia que por pelo menos um instante poderia toca-la novamente e que para seu amor quem aparecia seria os anjos.

Na hora correta à morte apareceu a garota assim como das outras vezes a sentiu a morte então a ceifou e finalmente pode toca-la, pelo menos até que os anjos chegassem porem pela primeira vez os anjos não vieram.

Era um presente para a morte, pois ninguém merecia viver a eternidade sozinho.


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Notas finais do capítulo

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