Félix e Niko - Counting Stars escrita por Look at the stars


Capítulo 2
Capítulo 2


Notas iniciais do capítulo

Boa leitura ♥



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Niko estava sentado na cama, o loiro usava um terno todo escuro chegou até mesmo a dizer para Anna que era em homenagem ao luto do pedido que seria um completo fracasso. Niko não costumava se vestir assim mas a ocasião pedia, ele tinha acabado de combinar tudo com Lucas por telefone quando Anna bateu na porta e entrou antes mesmo de Niko dizer qualquer coisa.

— Uauu... moço você pode me dizer onde está meu irmão? - Anna usou sua melhor cara de espanto ao ver Niko de terno, com as madeixas loiras perfeitamente arrumadas.

Nunca o tinha visto assim todo certinho desde daquele fatídico dia em que a vida dele virou do avesso.

— Há há....sua tentativa de ser engraçada falhou.

Anna colocou a pequena mala que trazia na cama de Niko.

— Você está lindo com essa roupa, até parece uma pessoa normal. - Disse ela sorrindo.

— Isso foi um elogio ou uma ofensa? Eu não tô conseguindo descobrir.

— Foi um elogio, você tá um charme.

— Eu sei, eu sou lindo demais.

— E convencido também... - Ressaltou Anna empurrando ele de leve. - Como combinado está aqui a mala, foi difícil fazer ela com a mamãe no meu pé.

— Ótimo... Eu já falei com o seu príncipe por telefone e combinei tudo com ele! Ele vai te esperar na rua atrás de casa, você vai sair pelos fundos. Ok?

— Obrigada Niko... Eu nem sei como te agradecer.

— Me agradeça sendo muito feliz viu? - Niko foi até ela.

— Você é um irmão maravilhoso sabia? Obrigada.

— Eu que te agradeço por tudo o que você fez por mim.

Ele abraçou ela lembrando de todo apoio que recebeu da irmã quando ele precisou.

— Você sabe que se você quisesse poderia vir com a gente né? Quem sabe a gente não encontra alguém pelo caminho, e talvez esse alguém seja o seu grande amor.

— Não obrigado! - Niko a soltou para olhá-la. - Já esgotei minha cota de fugir de casa - Disse com seu humor de sempre, mas Anna sentia que algo estava quebrado dentro dele.  - E esse tal de amor que você mencionou não existe, pelo menos pra mim não.

Anna balançou a cabeça não acreditando naquilo que ele dizia.

— Amor e Nicolas Corona não costumam andar lado a lado.

— Um coração partido só pode ser consertado com amor Niko, e a pessoa que pode te oferecer isso pode está mais perto do que você imagina. Quem sabe esse alguém deseje andar ao seu lado para sempre.

— Ta bom! Vou fingir que acredito e você fingi que acredita que eu acreditei ok? - Niko sorria para ela, Anna desistiu. Seu irmão era alguém teimoso demais pra mudar de ideia.

— Tomara que você encontre alguém com um humor igual ao seu, pra responder á altura tudo que você fala Niko.

— ANNA.

— Vai que a mamãe ta te chamando. - Niko beijou a testa dela. - boa sorte maninha.

— Obrigada.

.

.

.

No salão da festa os pais de Anna recebiam os convidados.

— Família Khoury que honra receber vocês em nossa casa.

— A honra é toda nossa Sr. Corona. - César cumprimenta o amigo e sua esposa. - Deixa eu apresentar minha família, esse é meu filho mais velho Félix e sua futura noiva Edith...

Félix ficou surpreso com a afirmação do pai, aquela historia de se casar com Edith estava o tirando do sério e ela não poderia está mais contente, sorria feito modelo de pasta de dente. César continuava as apresentações:

— Minha filha Paloma e minha mulher Pilar que vocês já conhecem.

Após as apresentações entre si os pais de Anna os levaram até uma mesa e chamaram as filhas para apresentá-las a eles.

— Essas aqui são minhas filhas mais velhas, Nicole e Isabela. - As moças cumprimentaram a família sorridentes. - E essa aqui é a razão desse evento todo, minha filha Anna.

Todos cumprimentaram e elogiaram Anna por esse dia, que segundo eles seria inesquecível em sua vida.

— Você é muito linda Anna. - Pilar a elogiou seguida por Paloma e Edith, César concordava com os elogios dados a Anna. Félix era o único que não estava nem um pouco interessado no que eles falavam.

— E também temos um filho só que....- a mãe de Niko o procurava com o olhar pelo salão. - ele ainda não deve ter descido, deve estar lá em cima se arrumando.

Depois de alguns minutos que os pais de Anna se retiraram para receber os outros convidados que chegavam, Félix já estava se sentindo incômodado com a música e com Edith que insistia em ficar agarrada á ele, aquele lugar o sufocava, precisava urgentemente de ar.

— Eu vou esticar as pernas, enquanto a festa está monótona.

— Quer que eu vá com você Félix? - Edith se prontificou para acompanhá-lo.

— Não precisa Edith, eu não vou demorar. – Ele saiu sem esperar Edith protestar por não querer que ela fosse com ele.

Félix andava pelo salão da festa observando a decoração, imaginando tudo que seu pai disse quando apresentou Edith, como ele pode dizer aquilo? Dizer que ela era sua futura esposa sem nem sequer perguntar a ele se era isso mesmo que ele queria.

Félix precisa sair dali, respirar ar puro, sem pessoas por perto o sufocando. O moreno foi até o jardim, afrouxou o nó da gravata, ele falava mal de si mesmo por não ter a coragem de dizer ao seu pai que nunca se casaria com Edith porque não a amava, não a amava e nunca poderia amá-la. Nem ela e nem outra mulher, foi entre essas reclamações que Félix o viu.

Ele estava com uma mala na mão, parecia está fugindo, pelo menos não queria ser visto, pelo jeito que ele andava. Félix o acompanhou com o olhar, era um rapaz bonito foi à primeira coisa que inundou seus pensamentos naquele primeiro instante.

Em um primeiro pensamento o moreno disse a si mesmo que não era da sua conta saber o que aquele estranho ia fazer, mas sua curiosidade foi maior então o seguiu. Niko foi andando até uma parte mais afastada daquele enorme jardim que ficava nos fundos da casa da família e Félix o seguia de longe. Depois de alguns passos ele desapareceu por um caminho.

— Fala sério? - Félix exclamou diante do que via. - um jardim labirinto é... isso é tão brega.

Félix reclamava vendo que aquele jardim não era normal com todas aquelas curvas e caminhos. Foi em meio a esses pensamentos que uma voz atrás de si lhe falou.

— Dizem que quando você não conhece um lugar desses geralmente se perde. – Félix se virou tão rápido quanto as batidas do seu coração com o susto que levou, o loiro bonito e misterioso estava bem atrás dele.

— Que susto criatura... – Exclamou colocando a mão no peito - pelas contas do rosário quase tive uma parada cardíaca.

Félix respirou fundo e se recompôs passando o dedo na sobrancelha enquanto Niko apenas sorria do jeito peculiar dele.

— O que você esta fazendo aqui? Caso não tenha percebido a festa é lá dentro. – Niko agora tinha um sorriso cínico no rosto.

— Oi pra você também ta... Eu vim tomar um ar puro aqui fora, só isso.

— Você quis dizer “vim bisbilhotar o que você estava fazendo aqui fora”.

— Auto lá é... rapaz...

— Niko!!

 - Niko, eu não sou nenhum bisbilhoteiro.

— Ahhh não... É, então eu devo ter julgado mal você ter me seguido até aqui. - Disse ironicamente. - vai ver a gente tava brincando de esconde-esconde e eu nem notei.

— Mas eu devo mesmo ter cortado cebolas na tabua dos dez mandamentos pra merecer ouvir isso, é o apocalipse. Ó criatura de cabelos encaracolados, em primeiro lugar eu não te devo satisfações do que eu faço ou deixo de fazer. E em segundo, eu vim aqui fora pra tomar um ar e espairecer um pouco porque a festa lá dentro tá um tédio e a futura noivinha tá com uma cara de paisagem de dar sono.

— É deve tá mesmo, mas daqui a pouco essa festa vai ficar bem mais animada. - Félix o olhou sem entender. - Deixa eu me apresentar formalmente... sou Nicolas Corona. - Niko estendeu a mão para Félix que prontamente á apertou. - É um prazer...

— Félix Khoury... - Félix notou que o sobrenome dele era o mesmo do velho amigo de seu pai que tinha os recebido na festa. - quer dizer que eu acabei de...

— Falar mal da festa dos Coronas pra um deles? - Niko completou sorrindo. - É foi basicamente isso.

Félix o observou por alguns segundos e pode comprovar de perto o que havia achado quando o viu de longe, ele tinha um sorriso encantador e lindos olhos verdes.

— Ahh... eu vou precisar dela. - Indagou Niko ao perceber que Félix ainda estava segurando sua mão.

— Me desculpa é que... - A soltou rapidamente.

— Não tudo bem... - Niko estava adorando deixá-lo sem jeito, ele ficava gracioso pensava o loiro. – Bom, nem eu mesmo gosto dessas festas organizadas pela minha família... É só uma reunião de familiares que eu nem me lembrava que tinha. Toda essa formalidade, nariz em pé, arrogância... me dá nos nervos.

— Realmente... um tédio.

— É melhor a gente voltar agora, antes que eles dêem falta.

— A claro... Vai na frente que eu não me lembro onde fica a saída.

Niko sorriu, o levou de volta ao salão e foi ver se tudo que tinha combinado com o Dj e com o homem responsável pela iluminação estava certo. Ele teve certa dificuldade em convencê-los á fazer o que ele queria, precisou suborná-los com uma quantidade significativa de dinheiro.

Niko observava Anna enquanto o seu pai começava a falar sobre o grande motivo daquela reunião, notou também que Anna já estava impaciente.  Ela o encarava sempre que podia em busca de qualquer sinal.

— Irmãzinha, fique calma... - Sussurrava Niko. - Meu sinal será que nem fogos de artifício, será impossível não notar.

— Amigos e familiares é com muito prazer que eu compartilho esse momento com vocês, o pedido que meu futuro genro fará a minha filha...

Anna estava nervosa, Niko havia sumido e Eduardo já estava com a caixinha na mão para fazer o pedido... Enquanto seu pai falava, ela procurava Niko com o olhar completamente desesperada.

— Esse é um momento muit... - O Sr. Corona interrompeu o discurso quando a luz do salão ficou baixa demais, quase sem nenhuma iluminação, um foco de luz apontou para a escadaria onde Niko estava, a musica calma foi trocada por uma mais agitada.

Anna e o resto das pessoas não acreditavam no que Niko pretendia fazer, pelo tipo de musica que tocava ele não iria apenas dançar.

Então esse era o sinal, o momento que ninguém ia sequer notá-la na festa porque estariam ocupados demais vendo outra coisa. Anna sorriu largamente, seu irmão tinha que arrumar um jeito de se divertir com essa história toda.

Ela foi se afastando lentamente para fora de casa em rumo à porta dos fundos que dava acesso ao jardim. Em pensamentos Anna agradecia por ter um irmão como Niko, suas irmãs jamais fariam uma coisas dessas por ela. Quando estivesse com Lucas bem longe de casa ligaria para ele perguntando como ele foi louco o bastante pra fazer um Strep tease na frente de todos os familiares e amigos da família. E onde ele havia aprendido aquilo??

Enquanto Anna estava indo ao encontro de Lucas, Niko dava continuidade ao seu plano, ele tirou o paletó e jogou pra algumas garotas que estavam gritando animadas com o showzinho que ele dava. Com certeza era as filhas dos amigos de seu pai, ele sorriu ao lembrar-se de todos os esforços que seu pai fazia ao tentar convencê-lo á ter um relacionamento sério com uma delas.

E seu pai estava completamente pasmo com o que via, ordenava que ele parasse imediatamente com aquilo, mas Niko não o dava ouvidos.  Anna precisava de tempo e ele daria o maximo que conseguisse.

— Agora sim essa festa ficou interessante. - Félix dizia sorrindo do que o loiro fazia, para ele era uma diversão ver a cara de todo mundo e principalmente ver Niko desabotoar um á um os botões de sua camisa.

— Isso não tem graça Felix, coitados dos pais da Anna e dela também né? - Edith falava. - Quem é esse rapaz maluco? Deve ser algum ex-namorado querendo estragar tudo.

— Ele é irmão dela. - Félix falava sem tirar os olhos de Niko.

— Sério?? E porque ele tá fazendo isso na festa da própria irmã?

— Eu sei lá Edith... E por falar nela, cadê ela? Evaporou que nem gelo no sol de meio dia.

— Deve ter saído daqui, imagina a vergonha que a coitadinha deve está sentindo.

Niko já estava com a camisa toda aberta pronta pra tirá-la quando a música parou... Sua mãe o pegou pelo braço e o levou para o quarto.

— Mas como assim pararam na melhor parte? - Félix reclamava.

— Para com isso Félix, você só ta piorando as coisas.

Enquanto isso no quarto de Niko.

— Eu posso saber o que foi isso Nicolas?

— Ué, um strep tease pra animar a festa mãe.

— E ainda por cima faz piada? Eu não sei mais o que faço com você. Me diz o que você ganha fazendo isso? Porque você está assim?

Niko ficou calado, não queria discuti com a mãe e nem explicar seus motivos, pois ela não entenderia.

— Você me decepcionou muito hoje ouviu?... Agora eu vou descer e tentar arrumar a bagunça que você fez. E mais tarde eu e seu pai vamos ter uma conversa muito, mas muito séria com você.

Logo que a porta se fechou, Niko tirou o resto da roupa que usava e colocou outra, uma calça jeans preta uma camiseta branca e uma jaqueta preta. Calçou os sapatos e pegou uma garrafa de Whisky que tinha guardada no guarda-roupa e saiu pela janela do quarto.

Niko estava sentado na cama, o loiro usava um terno todo escuro chegou até mesmo a dizer para Anna que era em homenagem ao luto do pedido que seria um completo fracasso. Niko não costumava se vestir assim mas a ocasião pedia, ele tinha acabado de combinar tudo com Lucas por telefone quando Anna bateu na porta e entrou antes mesmo de Niko dizer qualquer coisa.

— Uauu... moço você pode me dizer onde está meu irmão? - Anna usou sua melhor cara de espanto ao ver Niko de terno, com as madeixas loiras perfeitamente arrumadas.

Nunca o tinha visto assim todo certinho desde daquele fatídico dia em que a vida dele virou do avesso.

— Há há....sua tentativa de ser engraçada falhou.

Anna colocou a pequena mala que trazia na cama de Niko.

— Você está lindo com essa roupa, até parece uma pessoa normal. - Disse ela sorrindo.

— Isso foi um elogio ou uma ofensa? Eu não tô conseguindo descobrir.

— Foi um elogio, você tá um charme.

— Eu sei, eu sou lindo demais.

— E convencido também... - Ressaltou Anna empurrando ele de leve. - Como combinado está aqui a mala, foi difícil fazer ela com a mamãe no meu pé.

— Ótimo... Eu já falei com o seu príncipe por telefone e combinei tudo com ele! Ele vai te esperar na rua atrás de casa, você vai sair pelos fundos. Ok?

— Obrigada Niko... Eu nem sei como te agradecer.

— Me agradeça sendo muito feliz viu? - Niko foi até ela.

— Você é um irmão maravilhoso sabia? Obrigada.

— Eu que te agradeço por tudo o que você fez por mim.

Ele abraçou ela lembrando de todo apoio que recebeu da irmã quando ele precisou.

— Você sabe que se você quisesse poderia vir com a gente né? Quem sabe a gente não encontra alguém pelo caminho, e talvez esse alguém seja o seu grande amor.

— Não obrigado! - Niko a soltou para olhá-la. - Já esgotei minha cota de fugir de casa - Disse com seu humor de sempre, mas Anna sentia que algo estava quebrado dentro dele.  - E esse tal de amor que você mencionou não existe, pelo menos pra mim não.

Anna balançou a cabeça não acreditando naquilo que ele dizia.

— Amor e Nicolas Corona não costumam andar lado a lado.

— Um coração partido só pode ser consertado com amor Niko, e a pessoa que pode te oferecer isso pode está mais perto do que você imagina. Quem sabe esse alguém deseje andar ao seu lado para sempre.

— Ta bom! Vou fingir que acredito e você fingi que acredita que eu acreditei ok? - Niko sorria para ela, Anna desistiu. Seu irmão era alguém teimoso demais pra mudar de ideia.

— Tomara que você encontre alguém com um humor igual ao seu, pra responder á altura tudo que você fala Niko.

— ANNA.

— Vai que a mamãe ta te chamando. - Niko beijou a testa dela. - boa sorte maninha.

— Obrigada.

.

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No salão da festa os pais de Anna recebiam os convidados.

— Família Khoury que honra receber vocês em nossa casa.

— A honra é toda nossa Sr. Corona. - César cumprimenta o amigo e sua esposa. - Deixa eu apresentar minha família, esse é meu filho mais velho Félix e sua futura noiva Edith...

Félix ficou surpreso com a afirmação do pai, aquela historia de se casar com Edith estava o tirando do sério e ela não poderia está mais contente, sorria feito modelo de pasta de dente. César continuava as apresentações:

— Minha filha Paloma e minha mulher Pilar que vocês já conhecem.

Após as apresentações entre si os pais de Anna os levaram até uma mesa e chamaram as filhas para apresentá-las a eles.

— Essas aqui são minhas filhas mais velhas, Nicole e Isabela. - As moças cumprimentaram a família sorridentes. - E essa aqui é a razão desse evento todo, minha filha Anna.

Todos cumprimentaram e elogiaram Anna por esse dia, que segundo eles seria inesquecível em sua vida.

— Você é muito linda Anna. - Pilar a elogiou seguida por Paloma e Edith, César concordava com os elogios dados a Anna. Félix era o único que não estava nem um pouco interessado no que eles falavam.

— E também temos um filho só que....- a mãe de Niko o procurava com o olhar pelo salão. - ele ainda não deve ter descido, deve estar lá em cima se arrumando.

Depois de alguns minutos que os pais de Anna se retiraram para receber os outros convidados que chegavam, Félix já estava se sentindo incômodado com a música e com Edith que insistia em ficar agarrada á ele, aquele lugar o sufocava, precisava urgentemente de ar.

— Eu vou esticar as pernas, enquanto a festa está monótona.

— Quer que eu vá com você Félix? - Edith se prontificou para acompanhá-lo.

— Não precisa Edith, eu não vou demorar. – Ele saiu sem esperar Edith protestar por não querer que ela fosse com ele.

Félix andava pelo salão da festa observando a decoração, imaginando tudo que seu pai disse quando apresentou Edith, como ele pode dizer aquilo? Dizer que ela era sua futura esposa sem nem sequer perguntar a ele se era isso mesmo que ele queria.

Félix precisa sair dali, respirar ar puro, sem pessoas por perto o sufocando. O moreno foi até o jardim, afrouxou o nó da gravata, ele falava mal de si mesmo por não ter a coragem de dizer ao seu pai que nunca se casaria com Edith porque não a amava, não a amava e nunca poderia amá-la. Nem ela e nem outra mulher, foi entre essas reclamações que Félix o viu.

Ele estava com uma mala na mão, parecia está fugindo, pelo menos não queria ser visto, pelo jeito que ele andava. Félix o acompanhou com o olhar, era um rapaz bonito foi à primeira coisa que inundou seus pensamentos naquele primeiro instante.

Em um primeiro pensamento o moreno disse a si mesmo que não era da sua conta saber o que aquele estranho ia fazer, mas sua curiosidade foi maior então o seguiu. Niko foi andando até uma parte mais afastada daquele enorme jardim que ficava nos fundos da casa da família e Félix o seguia de longe. Depois de alguns passos ele desapareceu por um caminho.

— Fala sério? - Félix exclamou diante do que via. - um jardim labirinto é... isso é tão brega.

Félix reclamava vendo que aquele jardim não era normal com todas aquelas curvas e caminhos. Foi em meio a esses pensamentos que uma voz atrás de si lhe falou.

— Dizem que quando você não conhece um lugar desses geralmente se perde. – Félix se virou tão rápido quanto as batidas do seu coração com o susto que levou, o loiro bonito e misterioso estava bem atrás dele.

— Que susto criatura... – Exclamou colocando a mão no peito - pelas contas do rosário quase tive uma parada cardíaca.

Félix respirou fundo e se recompôs passando o dedo na sobrancelha enquanto Niko apenas sorria do jeito peculiar dele.

— O que você esta fazendo aqui? Caso não tenha percebido a festa é lá dentro. – Niko agora tinha um sorriso cínico no rosto.

— Oi pra você também ta... Eu vim tomar um ar puro aqui fora, só isso.

— Você quis dizer “vim bisbilhotar o que você estava fazendo aqui fora”.

— Auto lá é... rapaz...

— Niko!!

 - Niko, eu não sou nenhum bisbilhoteiro.

— Ahhh não... É, então eu devo ter julgado mal você ter me seguido até aqui. - Disse ironicamente. - vai ver a gente tava brincando de esconde-esconde e eu nem notei.

— Mas eu devo mesmo ter cortado cebolas na tabua dos dez mandamentos pra merecer ouvir isso, é o apocalipse. Ó criatura de cabelos encaracolados, em primeiro lugar eu não te devo satisfações do que eu faço ou deixo de fazer. E em segundo, eu vim aqui fora pra tomar um ar e espairecer um pouco porque a festa lá dentro tá um tédio e a futura noivinha tá com uma cara de paisagem de dar sono.

— É deve tá mesmo, mas daqui a pouco essa festa vai ficar bem mais animada. - Félix o olhou sem entender. - Deixa eu me apresentar formalmente... sou Nicolas Corona. - Niko estendeu a mão para Félix que prontamente á apertou. - É um prazer...

— Félix Khoury... - Félix notou que o sobrenome dele era o mesmo do velho amigo de seu pai que tinha os recebido na festa. - quer dizer que eu acabei de...

— Falar mal da festa dos Coronas pra um deles? - Niko completou sorrindo. - É foi basicamente isso.

Félix o observou por alguns segundos e pode comprovar de perto o que havia achado quando o viu de longe, ele tinha um sorriso encantador e lindos olhos verdes.

— Ahh... eu vou precisar dela. - Indagou Niko ao perceber que Félix ainda estava segurando sua mão.

— Me desculpa é que... - A soltou rapidamente.

— Não tudo bem... - Niko estava adorando deixá-lo sem jeito, ele ficava gracioso pensava o loiro. – Bom, nem eu mesmo gosto dessas festas organizadas pela minha família... É só uma reunião de familiares que eu nem me lembrava que tinha. Toda essa formalidade, nariz em pé, arrogância... me dá nos nervos.

— Realmente... um tédio.

— É melhor a gente voltar agora, antes que eles dêem falta.

— A claro... Vai na frente que eu não me lembro onde fica a saída.

Niko sorriu, o levou de volta ao salão e foi ver se tudo que tinha combinado com o Dj e com o homem responsável pela iluminação estava certo. Ele teve certa dificuldade em convencê-los á fazer o que ele queria, precisou suborná-los com uma quantidade significativa de dinheiro.

Niko observava Anna enquanto o seu pai começava a falar sobre o grande motivo daquela reunião, notou também que Anna já estava impaciente.  Ela o encarava sempre que podia em busca de qualquer sinal.

— Irmãzinha, fique calma... - Sussurrava Niko. - Meu sinal será que nem fogos de artifício, será impossível não notar.

— Amigos e familiares é com muito prazer que eu compartilho esse momento com vocês, o pedido que meu futuro genro fará a minha filha...

Anna estava nervosa, Niko havia sumido e Eduardo já estava com a caixinha na mão para fazer o pedido... Enquanto seu pai falava, ela procurava Niko com o olhar completamente desesperada.

— Esse é um momento muit... - O Sr. Corona interrompeu o discurso quando a luz do salão ficou baixa demais, quase sem nenhuma iluminação, um foco de luz apontou para a escadaria onde Niko estava, a musica calma foi trocada por uma mais agitada.

Anna e o resto das pessoas não acreditavam no que Niko pretendia fazer, pelo tipo de musica que tocava ele não iria apenas dançar.

Então esse era o sinal, o momento que ninguém ia sequer notá-la na festa porque estariam ocupados demais vendo outra coisa. Anna sorriu largamente, seu irmão tinha que arrumar um jeito de se divertir com essa história toda.

Ela foi se afastando lentamente para fora de casa em rumo à porta dos fundos que dava acesso ao jardim. Em pensamentos Anna agradecia por ter um irmão como Niko, suas irmãs jamais fariam uma coisas dessas por ela. Quando estivesse com Lucas bem longe de casa ligaria para ele perguntando como ele foi louco o bastante pra fazer um Strep tease na frente de todos os familiares e amigos da família. E onde ele havia aprendido aquilo??

Enquanto Anna estava indo ao encontro de Lucas, Niko dava continuidade ao seu plano, ele tirou o paletó e jogou pra algumas garotas que estavam gritando animadas com o showzinho que ele dava. Com certeza era as filhas dos amigos de seu pai, ele sorriu ao lembrar-se de todos os esforços que seu pai fazia ao tentar convencê-lo á ter um relacionamento sério com uma delas.

E seu pai estava completamente pasmo com o que via, ordenava que ele parasse imediatamente com aquilo, mas Niko não o dava ouvidos.  Anna precisava de tempo e ele daria o maximo que conseguisse.

— Agora sim essa festa ficou interessante. - Félix dizia sorrindo do que o loiro fazia, para ele era uma diversão ver a cara de todo mundo e principalmente ver Niko desabotoar um á um os botões de sua camisa.

— Isso não tem graça Felix, coitados dos pais da Anna e dela também né? - Edith falava. - Quem é esse rapaz maluco? Deve ser algum ex-namorado querendo estragar tudo.

— Ele é irmão dela. - Félix falava sem tirar os olhos de Niko.

— Sério?? E porque ele tá fazendo isso na festa da própria irmã?

— Eu sei lá Edith... E por falar nela, cadê ela? Evaporou que nem gelo no sol de meio dia.

— Deve ter saído daqui, imagina a vergonha que a coitadinha deve está sentindo.

Niko já estava com a camisa toda aberta pronta pra tirá-la quando a música parou... Sua mãe o pegou pelo braço e o levou para o quarto.

— Mas como assim pararam na melhor parte? - Félix reclamava.

— Para com isso Félix, você só ta piorando as coisas.

Enquanto isso no quarto de Niko.

— Eu posso saber o que foi isso Nicolas?

— Ué, um strep tease pra animar a festa mãe.

— E ainda por cima faz piada? Eu não sei mais o que faço com você. Me diz o que você ganha fazendo isso? Porque você está assim?

Niko ficou calado, não queria discuti com a mãe e nem explicar seus motivos, pois ela não entenderia.

— Você me decepcionou muito hoje ouviu?... Agora eu vou descer e tentar arrumar a bagunça que você fez. E mais tarde eu e seu pai vamos ter uma conversa muito, mas muito séria com você.

Logo que a porta se fechou, Niko tirou o resto da roupa que usava e colocou outra, uma calça jeans preta uma camiseta branca e uma jaqueta preta. Calçou os sapatos e pegou uma garrafa de Whisky que tinha guardada no guarda-roupa e saiu pela janela do quarto.


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Notas finais do capítulo

Eu sei que vocês devem está se perguntando, que Niko é esse?? Não é o nosso carneirinho, calma... calma hehe. A intenção nesses primeiros capitulo é mostrar um Niko mais rebelde, decidido, irônico...enfim. Ao longo da Fic vocês vão saber o porque de ele ser assim.



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