Saint Seiya - A Cruz de Prata escrita por JulianHiryu


Capítulo 14
Capítulo 14: Aquele que detém o Mana




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Capítulo 14: Aquele que detém o Mana

— O quê?! – Arthur ficou incrédulo – Isso não é possível!
— É possível sim cavaleiro de ouro. E eu vou lhe provar já que você age da mesma forma que Tomé hahahahaha. – Uriel abriu os braços deixando o peito exposto e dando um enorme sorriso falou: - Tente me atacar. Veja com seus próprios olhos que falo a verdade.
Já longe do templo guardado por Uriel os demais cavaleiros seguiam avançando quando perceberam por um momento que o cosmo de Arthur desapareceu:
— Essa sensação... – Falou Scarlet
— O cosmo de Arthur se extinguiu, será que ele foi mesmo derrotado? – Comentou Seth.
— Não! – Falou Rafael. – Sei que o senhor Arthur está bem. Vamos confiar nele.
— Rafael tem razão. Vamos seguir adiante. – Disse Scarlet tentando parecer confiante apesar da preocupação que tinha com seu amado.
De volta ao templo de Chesed

Arthur sem acreditar nas palavras do arcanjo fechou sua mão direita em forma de soco e partiu em direção a Uriel, mas tudo o que conseguiu foi quebrar o punho ao socar diretamente o peitoral da armadura de seu adversário.
—Aaaaaargh! – Gritou Arthur.
— Percebe agora cavaleiro? Você não tem mais o cosmo, agora não é nada além de uma pessoa qualquer, que se quer pode tocar a superfície da minha pele.
— Não pode ser..... Eu vou cont....
Antes que pudesse continuar a falar o corpo de Arthur tombou no chão devido ao peso de sua armadura de ouro.
— Hahahahahaha – riu Uriel. – Pelo visto é verdade o que ouvi uma vez, que uma armadura não passa de um reles pedaço de metal para alguém que não é capaz de queimar o cosmo.
O arcanjo aproximou-se de Arthur e próximo ao seu ouvido perguntou:
— Então cavaleiro. O que pretende fazer?
O arcanjo levantou-se e afastou-se cerca de 1 metro e meio de onde seu oponente estava. Uriel por um momento ficou observando aquele adversário que agora não era nada além de uma pessoa comum e que não lhe representava mais ameaça.
Por um breve Momento Uriel chegou a cogitar simplesmente deixar Arthur ali, mas no fundo ele ainda era um cavaleiro então deveria ser eliminado para que a vontade de Deus se concretizasse.
— Lutou bravamente cavaleiro de Capricórnio, mas agora é hora de descansar. – Uriel falou erguendo sua mão direita em direção ao cavaleiro caído e concentrando uma esfera de chamas no centro da mesma. - Adeus.
A esfera de fogo, de tamanho próximo ao de uma laranja disparou do centro da mão de Uriel e seguiu em direção à Arthur. A distância era curta e isso já tornaria a defesa complicada, ainda mais para alguém incapacitado de se mover como era o caso de Arthur.
A chama avançou pelo ar, então ouviu-se um baque do choque dela com um objeto. Esperou-se que uma explosão ocorresse devido ao impacto do golpe com o seu alvo, mas para surpresa de Uriel e do próprio Arthur o golpe de Uriel foi anulado e entre os dois adversários encontrava-se pairando no ar o elmo da armadura de Capricórnio.
—O QUÊ!? – Uriel ficou incrédulo. - O elmo da armadura? Como isso é possível?
— É a vontade da armadura. – Explicou Arthur levantando o rosto levemente. – A armadura de Capricórnio, assim como todas as armaduras do exército de Atena, possui vontade própria. E não é da vontade da armadura deixar que você me derrote.
— TOLICE! – Gritou o Arcanjo – ACHA MESMO QUE UMA SIMPLES ARMADURA PODE TER TAMANHA AUTONOMIA?!
Irritado Uriel foi lançando consecutivos ataques, mas todos eram interceptados pelas peças da armadura de ouro. Em alguns momentos surgiam rachaduras no traje, resultado do impacto dos golpes, mas ainda assim a armadura avançava em direção ao seu oponente visando proteger seu usuário de qualquer jeito.
Elmo, peito, ombros, braços, pernas. Peça após peça a armadura se desmontou do corpo de Arthur e seguiu bloqueando todos os ataques. Por fim, ao bloquear o último golpe de Uriel a armadura se reuniu e assumiu a imagem do toquem que representava a constelação de Capricórnio.
— Obrigado... velha amiga. – Disse Arthur agora finalmente conseguindo levantar do chão.
— Pft... Então você se levantou, mas apenas para cair novamente, desta vez morto. – Disse Uriel.
— Não tenha tanta certeza arcanjo. Mesmo sem cosmo, ou armadura, ainda irei te enfrentar e irei te derrotar.
— E o que você acha que pode fazer nessas condições? Seus punhos não podem me tocar e nem mesmo seu traje você é capaz de usar. Agora resta atravessar seu coração e pôr um ponto final nesta luta.
Uriel avançou contra Arthur e desferiu um soco em direção ao seu peito, mas para espanto do arcanjo Arthur segurou o seu golpe com as mãos nuas.
— Acho que não será tão fácil. – Falou Arthur.
—Mas... como? – Uriel puxou seu punho de volta e afastou-se de Arthur.
Para o arcanjo era inacreditável aquela situação, como um homem de mãos nuas poderia ter contido o seu golpe.
— Você parece espantado Uriel, então vou lhe explicar. É verdade que cada ser vivo possui um cosmo e que esse cosmo provém do universo presente dentro de cada um. Mas no meu caso em particular há algo a mais.
— Algo a mais?!
— Sim. No passado longínquo da idade média meus ancestrais aprenderam a canalizar as energias da natureza e a fazer uso dessas energias para seu próprio benefício.
De repente o corpo de Arthur começou a emitir uma aura esverdeada, diferente do cosmo dourado que outrora ele emitiu.
— Essa energia foi batizada de Mana. Esse nome foi dado pelo próprio mago Merlin, que treinou a primeira geração de magos de minha família.
Os cabelos de Arthur se agitavam ainda mais conforme a energia em seu corpo se amplificava.
— Tolice. Acha mesmo então que pode me enfrentar usando truques de mágica? – Desdenhou o arcanjo. – Vou lhe mostrar que seu fim já é certo!
Uriel criou uma esfera de fogo ainda maior e a lançou contra Arthur, mas novamente a esfera fora bloqueada, desta vez pela própria energia de Arthur.
— Você não entendeu mesmo não é Uriel? – Falou o capricorniano. – Com os conhecimentos da minha família sou capaz de usar as energias dos seres vivos próximos para meu proveito.
— Isso quer dizer que... – Uriel parecia ter entendido.
— Exatamente. Estou canalizando as energias vindas de mim mesmo, e mais do que isso, estou usando a energia dentro de você mesmo Uriel.
— Cavaleiro maldito, como ousa tentar virar minha própria força contra mim!
Com ódio Uriel ataca Arthur lançando diversas esferas de fogo. Todas elas são interceptadas por esferas idênticas, mas feitas de mana rebatidas por Arthur.
— Agora é sua vez de ser queimado Uriel! – Arthur posicionou novamente o braço direito em formato de espada e desferiu seu ataque:
—EXCALIBUR!
A lâmina avançou em direção a Uriel. O arcanjo fechou seus braços em formato de cruz para bloquear a investida do cavaleiro, mas diferente da vez anterior o golpe foi bem-sucedido.
As proteções de armadura que revestiam os braços de Uriel foram estilhaçadas e cortes profundos surgiram em seus braços.
—Argh! Não é possível!
— Parece que o são Tomé agora é você Uriel. Não está acreditando no que acontece diante de seus olhos.
— Maldito cavaleiro! Você pagará por isso!
Uriel avançou em direção de Arthur e com o punho direito desferiu um golpe. O capricorniano esquivou-se por milímetros e teve alguns fios de cabelo e contra-atacou com sua excalibur cravando o punho direito no peito do arcanjo.
—Aaargh... – Uriel cuspiu sangue ao ter seu peito transpassado.
Do ferimento saiu uma luz brilhante e então o arcanjo caiu morto.
— Ah ah... eu o venci... – Pensou Arthur. – Infelizmente, para mim, também é o final. Quando canalizo as energias de um ser vivo para usar com o meu mana termino por ligar minha vida a desse ser, e se ele morrer enquanto estamos vinculados eu termino por morrer também. Então... nos vemos no além Uriel... e... Scarlet... seja forte....


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