P.O.V. Robin

“Lábios se chocando em alta velocidade. O desejo de ficar presente em ambas às mentes. Um beijo carregado de saudade e dor pela perda. Meu último beijo em Regina.”

Algumas lágrimas ainda estavam em meus olhos quando comecei a andar em direção a outra cidade, junto de Marian e Roland. Chegamos até uma cidadezinha no qual eu não lembro o nome. Tratei de providenciar roupas do nosso tempo para Marian. Comprei uma calça jeans, uma blusa sem manga branca e um casaco preto, além de um par de botas pretas.

Enquanto Marian trocava de roupa, eu pensava em Regina. Em como seus lindos olhos castanhos estavam cheios de lágrimas quando a olhei pela última vez. Fui acordado de meus pensamentos por Roland, que puxava minha camisa.

“Papa, por que a mamãe não está aqui?” “Ela está sim, só foi trocar de roupa” “Não papa, eu estou falando da Regina”.

Se meu coração já estava frágil, agora ele estava em pedaços. Roland considerava Regina como uma mãe. O silêncio parecia a melhor resposta, infelizmente os olhos de Roland diziam o contrário, já que me olhavam de forma atenta.

“Ela não podia deixar Storybrooke”.

Respirei fundo enquanto respondia. Era a verdade. Por mais que doesse lembrar que eu nunca a veria de novo, Roland merecia a verdade.

Depois de alguns minutos Marian voltou, vestida com roupas modernas. Entramos em uma loja de conveniência para comprar algumas garrafas de água. Roland observava os cartões postais e assim que avistou uma imagem da cidade de Nova York me chamou.

“Papa! Papa! A gente pode ir lá?” “Acho que sim, espera um segundo”.

Deixei Marian tomando conta de Roland enquanto analisava um mapa. O Maine ficava perto de Nova York. Talvez valesse a pena reconstruir a vida lá.

“Marian, você sabe que agora nós vamos ter que recomeçar certo?” “Sim, você tem alguma sugestão?” “Acho que Nova York pode ser o nosso recomeço”.

Tanto Marian quanto Roland concordaram. Comprei nossas passagens na estação de trem. Esperamos por alguns longos minutos até a chegada do nosso trem. Assim que entramos no vagão, percebi que Marian ficou perdida com o lugar. Rapidamente a orientei e indiquei três poltronas para nos sentarmos.

A viagem foi rápida e aproveitei esse tempo para ajudar Marian a entender o século XXI. Assim que chegamos tratei de conseguir um lugar para dormimos. Achei um apartamento que apesar de pequeno, era barato e eu teria condições de pagá-lo até conseguir um emprego.

Levei Marian e Roland para jantar em um restaurante pero da Times Square. Depois disso andamos mais um pouco e voltamos para o apartamento. Marian dormiu com Roland na cama, enquanto que eu dormi no sofá, ou pelo menos tentei, já que não conseguia parar de pensar em Regina.