Just a Little Boy escrita por Panda girl


Capítulo 1
Prólogo


Notas iniciais do capítulo

Capítulo reformulado, espero que gostem!



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Cintura fina, pernas longas e torneadas, cabelos castanhos e olhos verdes. Não, essa não é a descrição do nosso protagonista, mas da garota que ele observava. Na verdade, Brian era bem diferente disso: cabelos quase pretos, bem curtos, um corpo extremamente fraco e uma aparência de jovem sedentário.
Nem um pouco atraente, mas tinha dinheiro. Usava roupas de marca, tinha motorista e presenteava as mais lindas garotas do colégio com joias caríssimas, porém o que gostava mesmo era de vídeo-games. Jogava todos os dias, religiosamente. Era apaixonado pelas personagens femininas perfeitas e surreais e pelos protagonistas poderosos e imponentes.
Levantou de onde estava sentado e foi em direção à garota, que, no momento, comprava algo na lanchonete do edifício. Colocou a mão no bolso, pronto para pagar o que fosse por ela.
Quando se aproximou, no entanto, esbarrou em uma garotinha. O que poucos sabiam sobre Brian era que ele amava desenhos japoneses, cheios de personagens sexualizadas vestidas em uniformes de marinheiro e saias curtas. Não pode deixar de notar a semelhança entre a provável criança à sua frente e tais personagens. Observando um pouco mais, no entanto, percebeu que não era uma criança, mas uma garota de idade próxima a sua.
Cerca de 1,65m de altura, cabelos loiros e curtos, olhos azuis e usando vestido branco e longo, cheio de babados, caída no chão, bem diante de si. Era linda, maravilhosa, uma espécie rara em meio em tantas meninas padronizadas. Não é preciso falar que ele demorou um pouco para despertar e estender a mão para ela.
—Obrigada por sujar meu vestido novo. —disse a mais nova vítima de Brian enquanto segurava sua mão, o rosto corado.
—Meu nome é Brian. Deixe-me pagar-lhe uma bebida
—Somos apenas crianças,—a voz dura e seca— e eu quero um chá.
—Certo.
Após fazer o pedido, sentaram-se em uma mesa. A garota, que se apresentou como Taylor, desviava o olhar sempre que podia. Ela tamborilava os dedos na mesa e parecia bastante desconfortável com toda a situação.
—Então... Conte-me sobre sua vida. —O jovem sugeriu
—Não, obrigada. —Taylor parecia mais concentrada em sua bebida fumegante
Os pés da garota alcançavam o chão, mas ela ainda preferia balançá-los, fazendo com que a barra do vestido subisse um pouco e revelasse os joelhos, que estavam machucados pela queda.
—Desculpa pelo vestido. E por esbarrar em você.
—Não tem problema, as pessoas normalmente não percebem a minha presença mesmo.
Taylor tentava ao máximo evitar contato visual com ele. Era a primeira vez que alguém ignorava os cortejos do rapaz, o que o deixava altamente frustrado.
—Fale sobre algo. —Brian colocou uma quantia de dinheiro sobre a mesa e piscou para sua vítima
As leves e delicadas mãos da menina abaixaram a xícara até a altura da barriga, para que pudesse suspirar. Era tão linda, o rosto ingênuo e infantil, como o de quem nunca sofrera na vida. Tinha um olhar sereno e piedoso, mas que, ao mesmo tempo, demonstrava força. Ela claramente poderia lhe dar uma surra caso quisesse.
—Era uma vez um jovem otário que tentava conquistar garotas usando dinheiro. Quando morreu, ainda era virgem. —As palavras saíram como uma profecia. Ela empurrou as cédulas e moedas com o indicador na direção de Brian. Em nenhum momento, no entanto, Taylor olhou para Brian. O rosto virado para o céu, extremamente corado. —Não estou interessada em dinheiro. Só aceitei o chá como uma forma de você se desculpar.
O garoto riu e guardou o dinheiro no bolso, essa seria difícil.
—Ninguém nunca me disse isso, para falar a verdade. —confessou
A jovem finalmente o encarou. Primeiramente séria e, depois, abrindo um sorriso, que se transformou em uma sonora risada, atraindo a atenção de todo o estabelecimento.
—É por isso que não converso com machistas. Vocês homens têm uma visão meio conturbada, não acha? De que adianta pagar mulheres para amá-los se, no fundo, só querem seu dinheiro? Com todo o respeito às prostitutas que realmente trabalham por escolha, mas isso o que você fez foi ridículo. Quantos anos você tem? Será que realmente não consegue ser bom o suficiente para alguém te amar?
Brian se calou, este era um argumento ao qual ele não conseguia responder. Tal situação só o tornou mais interessado. Decidiu que queria conhecer melhor aquela que se sentava à sua frente.


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