One Step Closer escrita por Mariatt


Capítulo 11
Capítulo XI


Notas iniciais do capítulo

AAEEE haha
Depois de mil séculos aqui estou eu novamente, e acho que devo explicações, né?
Na verdade eu tenho basicamente dois motivos para não estar postando. O primeiro é por causa das provas, que nunca acabam. E o segundo é pela minha desmotivação para escrever. Eu to assim porque eu não tenho tido muita vontade para ver a novela, para entrar no twitter (fc pra giulia garcia), e nem tenho shippado BiAna/GuiGiu absurdamente como antes. Claro que ainda shippo os dois, mas não é tanto quanto como era. Isso faz com que eu não tenha mais taaaanta vontade de escrever. Mas prometo que vou fazer de tudo para terminar as fanfics que eu já comecei, sério.
Enfim... Boa leitura!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/573202/chapter/11

Me separei, saindo do transe. Abri meus olhos para certificar de que aquilo havia sido mesmo real. Ele me encarava com aqueles olhos que hoje estavam mais verdes que a grama, mas em alguns dias estavam azuis. Sorriu para mim e foi impossível não sorrir de volta. Eu estava ainda mais confusa. Mais confusa ainda. Impossível estar mais confusa que isso.

– Eu acho que... – Ele começou a dizer. – Não sei se deveria falar.

– Fala. – Encorajei-o.

– Eu acho que estou apaixonado por você.

Os olhos dele pediam uma resposta. Ele estava esperançoso e eu comecei a suar. Era evidente que eu sentia algo por ele, algo muito forte, aliás. Mas ainda tem o Thiago. Eu não tenho certeza de absolutamente nada, nada mesmo.

– Você é muito importante pra mim. Bem mais do que eu imaginei que seria. – Foi o que eu consegui dizer e não era mentira.

Ele pareceu satisfeito.

***

Acordei com batidas na porta. Na verdade tinha alguém quase a escancarando. Fui até ela e abri. Era o meu pai, completamente bravo.

– O que aconteceu? – Perguntei.

Ele entrou sem falar nada, logo atrás vieram minha mãe, o Binho e os pais dele. Por um momento me envergonhei, pois eu estava horrível, tinha acabado de sair da cama.

– Ferrou. – Binho disse. Moveu os lábios, para ser mais exata, para que só eu entendesse.

– O que significa isso? – Meu pai perguntou me mostrando o tablet, que estava aberto em um site de notícias.

O pior era que a reportagem tinha como título “Casal real é visto em uma boate nesta noite”, com uma foto minha e do Binho nos beijando logo embaixo.

– Vocês perderam o juízo? – Perguntou o pai de Binho, dessa vez. – Sair do castelo escondidos, sabendo de todos os riscos e ainda irem para um bar de quinta categoria?! Vocês têm uma reputação a zelar! São os futuros representantes de um povo.

– Desculpa – Eu disse. – A gente só queria se divertir.

– Não. – Binho disse. – Você não tem que se desculpa de nada, Ana. Foi tudo culpa minha, eu que levei a Ana pra lá.

– E porque você fez isso? – perguntou meu pai.

– A gente queria saber o que era ter uma vida normal. – Ele respondeu.

– E a vida que vocês têm não é normal? – Minha mãe perguntou.

– Não. –Respondi. – Viver presa em um castelo, não ter amigos e não poder sair sem ser reconhecida pra mim não é uma vida normal. – Eu estava quase chorando, mas não queria que isso acontecesse. Não na frente de todos.

– Olha. – meu pai disse. – O estrago já foi feito, não tem como voltar atrás. Mas vocês precisam prometer que nunca mais vão fazer isso.

Eu e Binho nos olhamos e colocamos as mãos para trás, cruzando os dedos.

– Prometemos. – Dissemos em coro.

– E tem mais uma coisa. - Willian disse. – Eu lamento ter que fazer isso agora, com vocês já tão grandes, mas os dois estão de castigo. Já que querem tanto saber como é ter uma vida normal, a louça do casamento será toda de vocês.

Eles saíram, mas Binho ficou. Só agora percebi que ele também estava de pijama e com o cabelo desarrumado. Na verdade ele estava lindo daquele jeito.

– Desculpa- Ele disse. – Se eu não tivesse te levado para lá, nós não estaríamos passado por isso.

– Não precisa se desculpar, até porque eu não me arrependo de ter ido. – Sorri.

– Nem eu. – Ele sorriu também. Ficamos em silêncio por alguns segundos, mas ele resolveu quebrar o gelo. – Ainda são sete e meia da manhã.

– Eu to morrendo de sono.

– Eu também...

Ele me olhou de um jeito que pude entender perfeitamente o que queria dizer. Trancamos a porta e nos deitamos na minha cama. Nós estávamos de conchinha e eu nunca dormi tão bem.

***

Era o dia do casamento. Mili estava aparentemente nervosa, por isso resolvi falar com ela, antes que começássemos a nos arrumar.

– Mili, fica calma. – Nós rimos.

– Impossível, Ana. Aliás, eu preciso muito falar com você, mas tem que ser a sós.

Nós fomos até o seu quarto, que era a sua cara, aliás.

– Ana, antes eu quero pedir desculpas por o castigo ter atingido só você e o Binho. Até porque eu também estava lá.

– Não precisa se desculpar, sério. Foi um alívio saber que você não tinha sido descoberta. – Ela sorriu.

– E tem mais uma coisa. É que uma coisa muito louca, digamos assim, vai acontecer hoje. E eu queria pedir pra você ficar com essas cartas, e só entregar depois do casamento.

– Pra quem? – Perguntei olhando as cartas que ela havia me entregado.

– Tem uma para você, uma para o Binho e outra para os meus pais. Mas por favor, prometa que só vai ler e entregar depois de tudo.

– Ta... Mas aconteceu alguma coisa?

– Digamos que vai acontecer, mas nada com que você precise se preocupar. Se Deus quiser vai dar tudo certo.

– Ok. – Sorri. – Eu to muito curiosa, mas prometo que vou me segurar.

Passamos o dia todo nos arrumamos e o casamento seria ás sete horas da noite. A agitação no castelo era inevitável, tinha gente correndo para todos os lados. O noivo também estava lá, aliás, estava desde ontem, quando foi feito um jantar “pré-casamento”, digamos assim.

Eu estava indo para o meu quarto, pois já estava com bobs nos cabelos, quando Binho segura no meu ombro me fazendo olhar para trás.

– Oi. – Ele disse rindo um pouco.

– Oi. – Sorri. – E não ria do meu cabelo. – Ele riu mais ainda.

– Desculpa! – Ergueu os braços. – Mas não se preocupe, você continua linda. – Sorri “fofamente”.

– Obrigada.

– Só fui sincero. – Ele sorriu. – Já parou para pensar que daqui um ano seremos nós?

– Já. – Respondi. – Muitas vezes, por sinal.

– Você não se sente confortável com isso, né? – Ele não parecia feliz ao me perguntar isso, talvez tivesse medo da resposta.

– No começo, não mesmo. Mas agora eu não sei...

– Isso é bom? – Ele perguntou arriscando um sorriso.

– Talvez! – Fiz mistério e continuei meu trajeto até o quarto.

– Ei, espera! Eu quero te mostrar uma coisa.

– O que? – Perguntei, mas ele apenas me puxou para a outra direção do corredor.

Entramos em seu quarto, onde havia um mural com muitas fotografias e desenhos.

– Foi você que fez? – Perguntei olhando aquelas folhas de papel, todas perfeitamente preenchidas por traços que formavam imagens maravilhosas.

– Sim... Eu sempre goste de desenhar. Aliás, te chamei aqui exatamente pra te mostrar um desenho que eu fiz. – Ele pegou um papel e me deu.

O desenho era eu e ele nos beijando. Quando vi aquilo meu coração começou a bater forte, não sei exatamente o motivo. Lembrei da noite em que nos beijamos, e para ser sincera, queria muito que acontecesse de novo.

– Ficou lindo. – Sorri.

– Fiquei com medo de você não gostar... Sei lá.

– Eu amei.

Nós ficamos ali sem dizer muitas palavras, apenas olhando um nos olhos do outro. Parecia que eu estava em outra dimensão.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Gostaram?
E o que será que é todo esse mistério da Mili, ein? haha
Bjsss



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "One Step Closer" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.