No meio de mais uma reunião mundial, o jovem país canadense continuava a ficar quieto em seu canto observando a bagunça que era aquela discussão. Talvez seja porque América tenha dado mais um de seus surtos convencionais sobre como ele era um herói e que Rússia, convencionalmente, tenha o chamado de “idiota do cérebro de hambúrguer”. E como na maioria das vezes, não conseguiram resolver nada.

Mas esse tempo de discussões idiotas e baderna dentro de uma sala era melhor que os tempo em que a maior parte dos países entravam em guerra quase que toda hora. Não que as guerras já tivessem se encerrado, mas ao menos, a taxa diminui mais.

O jovem canadense lembrava das épocas em que tinha lutado e dado apoio à grandes países como Holanda. E convenhamos, ele é o quarto país mais poderoso que existe no G20. Então como ele poderia explicar a sua total falta de presença entre todos?

Será que essa neutralidade em relação a maioria das situações o tornou assim? Mas se esse realmente fosse o caso, Suíça também deveria ser invisível! Como essa situação só acontecia com ele?

Ele não gostava de guerras. Na verdade, ele já estava saturado delas! Mas ele percebia que muito dos países grandiosos como Alemanha ou América viviam ou vivem a base delas. Talvez por ele não querer mais depor de uma força militar própria para uma luta fosse o caso? Mas isso era ridículo!

Ser invisível não deveria ter nenhuma relação em não querer guerras! Isso as vezes machucava o pobre coração canadense...

Ele visualizava o representante do Reino Unido, Inglaterra, puxar América pela gola para que parasse com aquela palhaçada. Canadá até soltou um pequeno riso ao ver a cena, mas não parou de pensar sobre a sua total falta de presença e suas possíveis causas.

–- Para onde está olhando, mon petit Canadá?

O país francês surgiu por detrás e encostou a mão em sua cabeça para deixar a situação mais estranha e constrangedora. França, por que você faz isso?

O jovem canadense deixava todos os seus pensamentos de lado quando a nação do amor estava por perto. Por que só ele enxerga o jovem Canadá? Por que só ele trata essa doce nação como um país importante?

–- Não estou olhando nada...

Era visível a vermelhidão se espalhando por toda a face do jovem país. Ele lembrara da época que vivia com aquele país tão carinhoso e que o tratava tão bem como ninguém nunca havia feito. Foram alguns anos de carinho e afeto que ele nunca pode retribuir devidamente.

França, realmente, era o único país que o tratava como igual!

Mas aquele não era o momento certo para agradecer coisas tão sérias. Sem contar que um simples “obrigado” parecia que não faria diferença nenhuma. Ele só queria que o francês se afastasse um pouco para tentar explicar o que queria.

Porém, quando se virou, foi surpreendido com um beijo apaixonante daquele que tanto queria agradecer por anos de amor. Mas talvez, isso teria que ser adiado por mais um tempo...

–- Não me deixe preocupado... Me conte algo sempre que desejar mon petit... Estou aqui para ouvi-lo.

O canadense apenas fez um esforço para levantar a cabeça e soltar um tímido “oui” como resposta para a nação francesa, fazendo com que o mesmo se abaixasse e desse mais um singelo beijo no canadense. Isso fez que todos parassem o que estavam fazendo para assistirem a “bizarra” cena da reunião.

Ele não precisava que todos o enxergassem... Bastava França para que ele pudesse continuar seguindo em frente.