Hulk, Smash! escrita por Jojs


Capítulo 1
Be a hero




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Depois de tudo que aconteceu em NY eu, realmente, tomei uma decisão, chega de coisas malucas na minha vida, sem mais alienígenas ou perder o controle. Creio que fui bem explícito ao encarar Fury, também em deixar minha posição em relação aos planos que eu tinha para o futuro, nós éramos seis, agora eles são cinco. Que deselegância a minha, sou Bruce Banner, mais conhecido com Hulk, não que eu goste.

Onde estamos agora depende muito de onde estivemos ontem, ou antes disso, não adiantaria eu começar esse relato pessoal sem que você, caro leitor, soubesse o que houve antes, bem antes, não tão assim. Vocês sabem sobre NY, então partiremos a contagem dali, realmente é mais prático falar do que relatar desde o começo, sei que vocês sabem disso.

– Senhores, vamos parar de falar como se não estivéssemos à frente um do outro? – Fury pediu olhando para Steve e Thor, depois de tudo que aconteceu eu ainda acreditava que eles superariam as diferenças e conversariam como humanos normais.

– Fale para esse idiota que ele não manda em tudo. – Thor apontou para Steve e depois eu o olhei, aquilo estava se tornando uma briga infantil.

– Sabe senhor Odinson tem mais problemas lá fora, agora que fizemos isso temos que continuar. – O loiro alegou, parte de mim concordava com ele, a outra se negava em aceitar.

– Viraremos o que? Os super-amigos? – Ele riu irônico daquilo, mas tive que concordar com Thor, mesmo que mentalmente apenas.

– Thor tem um pouco de razão, mas o Steve também tem. – Natasha se pronunciou e todos olharam juntos para ela, inclusive eu.

– A SHIELD não pode conter tudo sozinha, isso é um fato, mas acho desnecessário que sejamos nós a resolver, temos nossas vidas, Sr. Rogers. – Foi minha vez de falar, ele se ergueu, bateu o punho na mesa, já esperava algum moralismo.

– Eu tenho assuntos em Asgard, podemos apressar isso? – Thor pediu, os meus pensamentos iam a mil na minha mente, eu queria ir logo embora.

Quero que entendam, eles poderiam discutir isso durante vários dias, mas eles tinham escolhido justamente a véspera do natal para fazer aquilo, e como isso era muito chato, havia milhões de pessoas com quem eu poderia estar, mas lá estava eu.

– Senhores e senhorita. – Me virei para Natasha, ela assentiu com a cabeça. – Eu não sei qual são seus planos para o futuro, mas os meus não incluem ser uma pessoa pública, eu posso machucar outros, não estou afim, mas obrigado pelo convite. – Nessa hora eu me levantei, ajeitei o paletó e caminhei até a porta.

Por um tempo só ouvi os passos do meu próprio sapato, só quis que continuasse assim, mas quando me aproximei da porta ouvi uma cadeira se mexendo, parte da minha mente insistia para não ser o Nick com algum de seus argumentos.

– Bruce, você não consegue deixar de ser quem é. – Era Natasha, não sabia o motivo que a fazia insistir.

– Até mais. – A porta bateu atrás de mim, e foi assim que eu parti.

Realmente acreditei que eles tinham se esquecido de mim, tinham ido embora, não, tinham me deixado em paz, a ingenuidade não devia ser algo que me atingisse nos meus trinta e quase todos, mas depois de uma semana ela pareceu confiante.

Isolei-me na Noruega, em uma casa simplória perto de algumas montanhas, era apenas eu, coisas que eu comprava em uma pequena vila a alguns quilômetros e muitas fórmulas, o cientista dentro de mim pedia ação, além do mais eu não ia estragar tantos anos de conhecimento no isolamento, fiz algumas boas descobertas revendo antigos documentos, dentre elas o porque aquele Nobel não foi meu a alguns anos, ri da situação, confesso.

– Engraçado é apenas alguns números, uma vírgula, mudaria tudo não é mesmo To...ny. – Minha voz falhou quando eu vi que estava sozinho, eu tinha que começar a me acostumar com a solidão, não foi difícil na primeira vez, não seria agora.

Encarei-me no espelho do corredor que levava ao quarto, levei as duas mãos ao rosto, olhei aquelas orbites cansadas que eu chamava de olhos, além das bolsas negras abaixo delas, nomeadas olheiras, eu parecia tão exausto.

– Sem física para você agora. – Comentei tocando o vidro, poderia ser chamado de louco ao ser visto fazendo aquilo. – Um homem solitário precisa de atividades solitárias. – Dessa vez com a voz mais baixa.

– Você não está só. – A voz disse, eu pulei pra trás ao ver o rosto esverdeado no espelho. – Eu estou aqui, sempre estou.

Afastei-me andando entre as coisa da casa, em cada vidro que eu olhava via o rosto esverdeado, aquele sorriso assassino, aquele cheiro estranho de sangue que vinha e eu não sabia de onde, então quando olhei minhas mãos elas estavam assim, sangrando. Então eu acordei.

– Foi só um pesadelo. – Eu estava um pouco ofegante, não suado, a janela aberta jogava um pouco de vento em mim. – Pesadelo. – Repeti.

Alguns me consideram egoísta por fazer aquilo, me isolar, mas poucos, realmente, entendem o motivo de tanto, tinha sido pelo bem, aquela história de estar sempre com raiva era real, e esse real poderia muito bem custar alguma vida, eu não queria correr mais riscos, queria viver com algo além da paranoia.

Fiz progresso naqueles três meses que passei ali, nada mudava tanto em três meses, eles ainda conseguiriam estar sobrevivendo bem sem minha existência, ou ao menos sem se preocupar comigo, além de ser relaxante acordar com o sol batendo na sua porta, o leve frio se auto convidando para entrar, não havia motivos para me estressar, eu tinha encontrado a paz e não tinha vontade de findar a mesma.

Eram três meses, dois dias, sete horas, dezenove minutos e quatro, cinco, seis, sete ... segundos quando a porta explodiu, exatamente, explodiu. Resolvi não tomar decisões precipitadas, isso porque eu não queria a ajuda do outro cara, estava evitando isso ao máximo, o que era difícil quando aquele clarão acertou o meu rosto.

– Achei ele! – Aquela voz, ah! Eu a conhecia. Bati na minha testa três vezes, eu não estava alucinando.

– Sério Thor? Com tantas casas ao redor você achou a certa. – Natasha foi irônica entrando depois de Thor, atrás deles ainda vinha o agente Barton. – Olá Bruce, espero que esses três meses tenham feito bem pra sua pele, se escondeu bem dessa vez.

Passe a mão entre os cabelos os jogando para trás, eu escolhi o fim do mundo com esse propósito, não ser incomodado, acho que o recado subliminar no lance do “no meio do nada “ não tinha sido compreendido por eles.

– Desculpe atrapalhar os super amigos, mas eu estava em meu estado de paz e vocês podem ir por onde vieram, a porta não será cobrada. – Apontei o buraco no lugar que tinha se formado, eles olharam pra porta e depois para mim.

– Nós não viemos pedir sua ajuda, viemos te levar conosco. – Barton se pronunciou atrás deles, eu tinha feito a contagem errada ou faltava dois? Não importa.

– Acho que vocês não entenderam a parte que eu caí fora, sai, não estou mais na equipe. – Tentei gesticular para que eles entendessem, mas as faces pareciam às mesmas, então Natasha tocou meu ombro.

– Não tem como cair fora Bruce, vamos, junte o básico. – Ela já se virava quando eu me ergui.

Eles tinham um desrespeito descomunal para com minhas vontades, eu não ia voltar, podiam enxergar aquilo como um simples capricho, uma prisão de isolamento, mas era muito mais, eu estava protegendo as pessoas me privando delas, de estar com as mesmas, eu estava calmo como a muito não ficava.

– NÃO! Eu não vou com vocês! – Protestei. Oras, ele tinham que saber que eu decidia o que fazer da vida e não eles.

– Eu falei que ele não viria de bom grado, podemos usar a força? – Thor apontou pra mim como se simplesmente eu não estivesse lá. – Desculpe cara, é preciso. – Novamente como se eu não me importasse nele meter o bedelho.

– Não é assim que resolvemos as coisas, Thor. – Natasha virou-se para o asgardiano e depois para mim. – Banner, precisamos de você. – Agora ela se virou para mim, seus cabelos ruivos se mexiam de leve com o vento que batia sobre suas costas.

– Você não entendeu o que eu disse? Não Natasha. – Passei a mão por meus cabelos os jogando um pouco para trás, será que eles não conseguiam entender por uma só vez a minha perspectiva das coisas? A reposta para tal questionamento permanecia negativa. – Vocês não entendem não é? Eu não posso.

– Banner vamos ser menos egoístas, só um pouco. – Barton pediu com desdém olhando para um aparelho em seu pulso. – Temos que ir, sério.

Deixei uma risada seca escapar por meus lábios, eles não captavam os meus motivos, como sempre passavam outros a frente das minhas, até talvez das deles, necessidades.

– É grandão, vamos. – Thor pediu, parecia pouco paciente com aquilo. – Larga essa vida ... – Ele hesitou um momento em dizer. – Sem comentários, Barton tem razão, a coisas maiores do que a paz interior e comida natural.

– Vocês, não entendem. – Concluí dando alguns passos trás e as costas aos três.

– Nos explique então. – Natasha se aproximou, eu não queria ninguém por perto, já via o cara verde sussurrando em meu ouvido.

Virei-me para encará-la, meus olhos pareciam rubros de raiva, minha cara estava verde, meus músculos pareciam saltar, Thor apontou seu martelo pra mim, sabia que iria me acertar, Barton portava uma arma menor, e puxou Natasha pra trás quando eu empurrei a mesinha de centro contra a parede.

– ENTENDAM MEUS MOTIVOS! – Bradei para os três, ambos pareciam assustados.

– Bruce há algo sério lá fora, por favor. – Natasha se aproximou mais do que precisava, mas eu não consegui recuar, senti suas pequenas mãos quentes no meu rosto, foi minha kriptonita, como diria o Superman. – Olha.

Ela mostrou um pequeno aparelho em sua mão, ele tinha uma tela, as cenas que passaram na mesma me deixaram assustado, um pouco, aquelas criaturas, pareciam assustadoras.

– Viemos lidando com elas a semanas, não queríamos te envolver, mas todos viraram as costas para a SHIELD, são pessoas inocentes. – Barton falou e todos olharam para ele, abaixei-me pegando o óculos perto dos meus pés e o limpando na roupa.

– Mas como os chitauri voltaram? O Thor não tinha prendido Loki? Falando nele, onde ele e está e o Stark – Fiz uma pausa dando faltava do sexto integrante da equipe. – Steve. – Completei.

– Tony está com o Nick, Steve ficou só para arrumar isso, não é o Loki, nem os chitauri, você vai vir conosco? – Natasha me olhava com seus olhos esverdeados.

Era realmente sério, por mais que aquilo estivesse fazendo bem a mim, estava na hora de ir. Olhei os presentes, abaixei devagar para pegar o que restou da mesinha, cocei a cabeça e os olhei novamente.

– Vocês me devem uma porta nova, que fique claro. – Comentei passando por eles e indo pela porta á fora.

Pronto! Agora vocês sabem o que houve até aqui. Agora estou dentro desse avião, nave, como queiram chamar, não tem janelas, não que eu precisasse ver alguma coisa lá fora, mas parecia de fato um pouco mais confortante, ver nuvens, talvez.

– Porque vocês não me falaram nada? – Olhei pro Odinson que parecia entretido com a sua armadura, ele ergueu o olhar para mim, pronto para falar o que quer que fosse.

– Por uma vez queríamos respeitar o seu momento, mas não dava mais, precisamos de você. – Ele tocou o meu ombro e depois se levantou indo pra perto de Natasha e Barton.

Eu olhei minhas próprias mãos um tempo, eles estavam confiando em mim, confiando que eu ajudaria pessoas inocentes e não as machucaria, eu não poderia quebrar esse laço de confiança que estava nos envolvendo. Minhas mãos estavam ficando esverdeadas, o outro cara estava tão ansioso quanto eu. Olhei lá fora enquanto descia, era um cenário de guerra.

– Ei Hulk, esmaga! – Exclamou Natasha.

Estava na hora de pensar em outros e não em mim, de ser um herói.


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