The Wolf Blood escrita por Amanda Flower


Capítulo 2
A aparição


Notas iniciais do capítulo

Pessoal, mais um capítulo fresquinho pra vocês!!!!



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Ficar sozinha em casa não é fácil. Quando todos saem, tudo permanece silencioso, até o ponto de você ouvir qualquer barulho e sair correndo, como se alguém estivesse te vigiando e atrás te perseguindo. O medo de ficar sozinha vem desde criança. Uma vez, quando criança, meus pais me deixaram sozinha dentro do carro. Foi quando vi uma pessoa se aproximar do carro e olhar para mim. Então me abaixei no banco e fiquei ali quieta, até que ele saiu.

Quando estamos sozinhos, tudo pode acontecer inclusive muitas pessoas ficam loucas. Ultimamente sinto que vou enlouquecer, muitas coisas vem acontecendo. Aquele lobo não sai da minha cabeça, eu me lembro de como ele era. Eu o vejo nos meus sonhos e o vi na minha casa. Eu tive a leve impressão de que desmaiei. Quando acordei, estava deitada em minha cama. Seria um sonho? Não, para mim, não era.

Desci as escadas e fui até a cozinha. Não encontrei o copo quebrado e muito menos a poça de água que se formou. Tudo estava ali, em seu perfeito estado, tudo muito organizado. Fiquei parada, olhei pela janela e percebi que estava começando a nevar e ninguém ainda tinha chegado. Ainda bem.

Nem os calmantes eu tomei. Eu realmente vi o lobo. Ele era cinzento com alguns tons de pelo branco e preto que se misturavam em todo o seu corpo. Seus olhos amarelos estavam fixos em mim. Parecia que me conhecia e na verdade, eu não tinha medo dele.

Cada vez que pensava nisso, queria que viessem as respostas. É complicado saber que algo de errado está ocorrendo. E como eu fui para o meu quarto já que desmaiei? E por que o copo que derrubei e quebrei não estava mais lá?

A neve caía lentamente pelo gramado de casa. O quintal dos fundos era bem amplo e era lá que a minha família se reunia para comer churrasco e realizar festas entre a vizinhança. Também fazia parte da floresta, meu pai fez uma cerca para nenhum animal entrar, mas não adiantou muito. Fiquei admirando a belíssima neve cair.

Fiquei pensando em como aquele lobo entrou dentro de casa, afinal a cerca era resistente, talvez ela estivesse com defeito. Se meus pais soubessem disso, com certeza iriam querer mudar de casa.

Na maior parte do dia, eu ficava sozinha. Minha mãe era corretora de imóveis e meu pai policial. Já a minha irmã ficava praticamente o dia todo na casa das amigas e eu sempre aqui sozinha.

Fui até o quintal ver os flocos de neve que caíam e vi que a cerca estava do mesmo jeito quando a colocaram. Entrei e o meu celular começa a tocar era Jane, minha amiga da escola.

– Meghan você está bem? Sua irmã me disse que você está pirando! –Disse rapidamente.

– Eu estou ótima! –Menti tentando tirar o foco do meu estado. Não queria que ninguém soubesse o que estava havendo.

– Que bom! É que do jeito que ela falou... Amanhã você vai para a escola?

– Não se preocupe, estou bem! Claro que vou amanhã nos vemos! –Respondi, terminando a ligação.

A primeira a chegar em casa foi minha irmã Catherine. Ela chegou muito nervosa, pois brigou com uma de suas amigas por causa de um vestido. Para mim isso é briga de crianças. Catherine é minha irmã caçula. Ela tem quinze anos. Eu cuido dela, apesar de muitas vezes também brigarmos.

Conversamos um pouco e eu decidi ir tomar banho. Logo depois meu pai chegou e foi preparar o jantar. John, meu pai é bem prestativo e sempre me ajuda em tudo o que eu preciso. Conversei com ele sobre o comportamento da minha mãe no consultório e também estranhou o comportamento dela.

– Vai ver ela também está estressada! –Brincou.

Minha mãe chegou por último e a primeira coisa que ela fez foi me perguntar se eu havia tomado os calmantes.

– Tomou os calmantes que o Dr. Harry receitou? –Perguntou curiosa.

– Sim, tomei! –Menti, eu sabia que não havia tomado.

Depois do jantar, eu subi ao meu quarto e me arrumei pra dormir. Catherine já estava dormindo. Como eu estava com muita sede decidi ir até a cozinha para beber um copo de água. Desci as escadas e ouvi meus pais conversarem no escritório da minha mãe. As portas estavam fechadas. Era inevitável não ouvir aquela conversa entre os dois, parecia tão secreta.

Ouvi alguns trechos que me deixaram intrigada. Percebi que a minha mãe estava muito alterada, fora de si. Meu pai tentava acalmá-la com suas palavras consoladoras.

– Estou preocupada com ela. Você sabe do que eu estou falando.

– Não fique assim! Ainda não chegou o tempo.

Só foi isso o que eu ouvi em seguida meu pai saiu e por pouco não me pegou ouvindo a conversa. Mas o pouco que ouvi me deixou muito intrigada. Eles estavam falando de mim?

A dúvida estava me matando. As palavras martelavam a minha mente. Eu queria respostas. O que poderia acontecer comigo e por que ainda não era o tempo. Eu teria que aguardar algo ocorrer?

Como todos os dias eu estava tendo pesadelos, eu tinha medo de dormir e ter novamente aqueles sonhos horríveis. Todos já estavam dormindo menos eu. Ainda mais me lembrando da conversa dos meus pais.

A madrugada foi muito longa para mim. Eu fiquei a todo o momento sentada em minha cama apenas pensando. Estava muito calor dentro de meu quarto. Então fui até a janela que dava para ver a rua. As luzes estavam todas acesas e todos os moradores também estavam dormindo. Olhei ao redor e notei algo estranho atrás da árvore do outro lado da rua. Vi um homem de boné que estava olhando a minha casa, principalmente a janela do meu quarto. Ele ficou ali parado olhando para mim.

Me assustei e fechei a janela junto com as cortinas rosas. Depois afastei a cortina e ele ainda estava lá. Depois de uns minutos, ele foi embora. Quem era? Ultimamente pessoas estavam desaparecendo e quando o vi, fiquei com muito medo.

O dia amanheceu e logo me aprontei para ir à escola. Me olhei no espelho e vi que estava com olheiras, afinal eu não havia dormido. Minha mãe queria saber como eu estava e logo foi entrando no meu quarto sem bater a porta. Rapidamente, eu coloquei óculos escuros para ninguém perceber a minha noite não dormida.

– Filha como está?- Perguntou curiosa.

– Estou bem! –Disfarcei com um leve sorriso.

– Teve pesadelo?

– Não, essa noite foi normal. – Falei ultrapassando os limites da mentira.

Minha mãe sorriu aliviada. Meu pai levou minha irmã até a escola. Eu decidi ir caminhando. Queria refletir mais um pouco. Meus pensamentos estavam cheios de aflições. Eu peguei um atalho pela floresta, pois era mais rápido. No caminho, ouvi um barulho, então olhei para trás e não havia ninguém.

Aumentei os meus passos e o barulho se aproximava. Corri o mais rápido que pude, até que vi ele. O lobo. Ele era real. Seus olhos amarelos estavam fixos em mim e eu já ofegante, fiquei parada.

– O que quer de mim? Pare de me perseguir, me deixa em paz!

Incrivelmente ele saiu correndo e eu comecei a chorar. Pensei comigo mesma o que estava havendo? Por que eu o via? Eu realmente estava enlouquecendo?


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado! Por favor comentem! Até breve :)



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